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FILTRAÇÃO GLOMERULAR INTRODUÇÃO ➢ O sistema urinário é responsável por inúmeras funções relacionadas a outros sistemas, como a regulação do volume do LEC e da pressão sanguínea, regulação do equilíbrio iônico, regulação homeostática do pH, excreção de resíduos e produção de hormônios. RINS ➢ Quando seccionamos o rim longitudinalmente, notamos que o rim é dividido em região do córtex, mais externa, e a região medular, mais interna. A medula se divide em massas de tecido que chamamos de pirâmides renais. ➢ Cada rim tem em torno de 10 pirâmides renais, e são nelas que estão os corpúsculos renais (unidade morfofisiológica produtora da urina). ➢ Cada rim tem mais ou menos 1 milhão de néfrons e são considerados a unidade morfofisiológica da excreção renal. ➢ Cada néfron é constituído por um conjunto de capilares que chamamos de glomérulo, esse glomérulo se encontra envolto de uma cápsula chamada de cápsula de Bowman. ➢ O néfron tem um componente tanto de vasos como a parte tubular. VISÃO GERAL - FILTRAÇÃO ➢ O principal componente em relação a filtração são os capilares glomerulares. ➢ Conforme se filtra o sangue, o filtrado cai na cápsula de Bowman e vai percorrer a parte tubular. ➢ Temos a arteríola aferente que traz o sangue e o sangue depurado sai pela arteríola eferente. ➢ A formação da urina passa por uma extrema manipulação do filtrado na parte tubular. ➢ Muitas substâncias filtradas acabam retornando para o sangue através dos capilares peritubulares que é nada mais que a arteríola eferente que vai dando volta na parte tubular para recuperar de volta aquilo que não se quer perder na urina (reabsorção). NÉFRON ➢ O néfron é a unidade morfofisiológica da filtração. ➢ Temos nos rins dois tipos de néfrons que se diferenciam no grau de profundidade que se encontram na massa renal. Cerca de 80% são os néfrons corticais e 20% são néfrons justamedulares (entre a fronteira do córtex e da medula). ➢ Os néfrons justamedulares tem uma diposição de vasos diferentes, os vasos são mais paralelos e são chamados de vasa recta ou vasos retos. Existe uma relação intensa entre essa disposição a formação de urina concentrada. VASOS SANGUÍNEOS RENAIS ➢ O fluxo sanguíneo para os rins ocupa cerca de 22% do débito cardíaco. ➢ O sangue chega para ser filtrado na artéria renal e essa artéria vai se subdividindo em artéria segmentar, artéria interlobar e artéria arqueada. A partir da artéria arqueada temos a artéria interlobular que vai se dividindo em várias arteríolas aferentes, cada arteríola entra em uma cápsula de Bowman e se divide formando os capilares glomerulares. ➢ Quando o sangue é filtrado, sai pela arteríola eferente e essa arteríola dá voltas na parte tubular formando os capilares peritubulares. Esses capilares vão se confluindo formandos as veias interlobulares, veia arqueada e veia interlobar que levam sangue depurado para a veia renal. ➢ Temos então a circulação glomerular e a circulação peritubular. ➢ Há uma alta pressão hidrostática no glomérulo que vai fazer funcionar a filtração glomerular. FILTRAÇÃO GLOMERULAR ➢ O sangue chega pela arteríola aferente, que se divide em vários capilares glomerulares onde ocorre a filtração. O sangue sai pela arteríola eferente e o filtrado cai na cápsula e vai ser manipulado. BARREIRAS DE FILTRAÇÃO ➢ Temos basicamente três barreiras de filtração: o endotélio, a membrana basal e os podócitos. ➢ No endotélio há a presença de fenestras que são responsáveis por prevenir a filtração das células sanguíneas. ➢ A membrana basal é importante para barrar proteínas plasmáticas, como a albumina. ➢ E por último, as células do epitélio (podócitos) produzem os pedicelos que ficam em volta de tudo e também é uma barreira de filtração devido a poros e glicoproteínas que são carregadas negativamente (nefrina e podocina). A perda dessas barreiras promove a saída de proteínas plasmáticas, como a albumina, denominado de microalbuminúria. FILTRABILIDADE DE SUBSTÂNCIAS PELOS CAPILARES GLOMERULARES BASEADA NO PESO MOLECULAR ➢ As substâncias são filtradas baseadas, primeiramente no peso, e baseadas na carga como mostra o gráfico a seguir. ➢ A albumina é uma proteína de alto peso molecular e é uma proteína aniônica. Com isso, a membrana sendo negativa repele a albumina. ➢ O gráfico demonstra que a carga elétrica afeta a filtração. Para qualquer tamanho de dextranas, as moléculas positivas (linha vermelha) são filtradas mais rápido. ➢ Analisando os mesmos tamanhos de dextranas, as dextranas negativas não são tão filtradas, isso tem relação com a barreira formada pela membrana basal e pelos podócitos. Em algumas doenças renais há a perda de carga da barreira de filtração levando à filtração de proteínas de menor peso, caracterizando proteinúria. Essas doenças são chamadas de nefropatias com alteração mínima. CARACTERÍSTICAS DO FILTRADO GLOMERULAR ➢ Ultrafiltrado do plasma: todos os constituintes, menos as células e proteínas. Quase idêntico ao plasma. ➢ O filtrado vai então passar pela manipulação tubular. TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR ➢ Volume de liquido filtrado para dentro da cápsula/min. ➢ Essa taxa de filtração é bastante alta: 125ml/min. ➢ De 100% do plasma que vai ser filtrado, forma-se 20% de filtrado e 1% é excretado. DETERMINANTES DA INTENSIDADE DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR ➢ Mecanismos que mantêm a taxa de filtração constante. ➢ Regulam a filtração. ➢ Temos a forças hidrostáticas (principais) e forças coloidosmóticas. ➢ A filtração vai ser basicamente determinada pela diferença das forças hidrostáticas que fazem pressão positiva para que ocorra a filtração e uma força antagônica que é a força coloidosmótica do sangue. Além disso, temos a pressão na cápsula de Bowman que tem uma pressão de retorno. ➢ Temos ainda a integridade da membrana glomerular que é caracterizado com Kf (coeficiente de filtração glomerular). Esse coeficiente é um produto da permeabilidade pela área de superfície da filtração, normalmente só é alterado nas patologias. ➢ A filtração glomerular é alta porque temos uma alta pressão hidrostática e um alto Kf. ➢ A filtração pode se manter constante através do ajuste fino (pressão arterial, resistência arteriolar aferente ou eferente) da pressão hidrostática nos capilares glomerulares. MICÇÃO ➢ A urina é formada pelos néfrons, flui para pelve renal, vai para a bexiga através do ureter para poder ser eliminada. Essa eliminação é feita através de um controle neural. ➢ Normalmente, a bexiga tem uma pressão vesical muito pequena e conforme vai se armazenando a urina, a pressão vai se alterando (a partir de 300ml). Com isso, os sensores de estiramento vão mandar sinais através dos nervos pélvicos para a medula, que voltam como eferência resultando em reflexo da micção. Esse reflexo vai sendo mais frequente a partir do momento que a bexiga vai ficando cheia.
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