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Classes de hipoglicemiantes e resumo sobre formação, liberação e ação da insulina

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Agentes Hipoglicemiantes 
Olá, tudo bem? Nesse resumo vou tentar 
escrever o conteúdo de forma mais simples 
possível. Antes de falar sobre as classes de 
medicamentos, vou fazer um breve resumo de 
como a insulina é liberada, como age nas células 
e o que é o diabetes. 
É um hormônio peptídico anabólico que é 
sintetizado no Reticulo Endoplasmatico Rugoso 
das células b (beta) pancreáticas. No inicio de sua 
formação é a pré-pró-insulina, mas seu peptídeo 
de sinalização é clivado (“cortado”) gerando a 
pró-insulina que é transportada por vesículas que 
possuem convertases que a cliva em insulina e 
peptídeo C. Resumindo, a insulina é formada após 
clivagem da pré-pró-insulina e pró-insulina, 
ficando dentro de vesículas com o peptídeo C 
esperando sinal para ser liberada para o corpo. 
São transportadores de glicose, ou seja, vão para 
a membrana da célula e captam glicose do 
sangue permitindo sua entrada na célula.. 
Concorda que a célula necessita de glicose para 
gerar Atp? Então, para isso ela precisa entrar na 
célula e ela entra por meio desses receptores! 
Cada tipo de glut (1,2,3,4,5) possui uma 
especificidade diferente, ou seja, é capaz de 
captar glicose a depender de suas 
concentrações (de glicose). 
Glut 1: Está em todos os tecidos e capta glicose 
a níveis basais 
Glut2: Está presente nas células b pancreáticas, 
rins, intestino e fígado. Capta glicose quando esta 
está em níveis mais elevados. 
Glut3: Presente em cérebro e placenta e tbm 
capta glicose a níveis basais. 
Glut4: Presente em músculo e tecido adiposo. 
Capta glicose mediado por insulina 
Glut 5: Presente em intestino, rim. Capta frutose 
Nas células b pancreáticas temos o glut2. Ao 
entrar glicose por esse transportador, nas 
mitocôndrias há a formação de ATP que acaba 
bloqueando os canais de k+ sensíveis a ATP, 
promovendo despolarização da célula beta e 
então abrindo canais de Ca2+ voltagem 
dependentes permitindo a exocitose de 
vesículas que contem insulina e peptídeo C para 
a corrente sanguínea. 
Quando a insulina chega em outros tipos 
celulares (Ex: Cels. musculares) encontra o 
receptor de insulina (receptor ligado a quinase) 
que acaba ativando várias vias que também 
acaba promovendo o recrutamento de Glut para 
a membrana celular para captar glicose. Assim a 
glicose entra na célula e a glicemia diminui. 
Quando possui níveis elevados de glicemia 
associado a uma secreção pancreática 
inadequada ou ausente, com ou sem 
comprometimento da ação da insulina. Pode ser 
tipo l (células b deixam de produzir a insulina) e 
tipo ll (há queda na produção de insulina ou 
diminuição de seu efeito sobre as células. 
Obesidade também pode gerar diabetes, pois os 
adipócitos aumentados produzem uma proteína 
de quimiotaxia de macrófagos. Quando eles 
chegam no tecido há a produção de TNF alfa 
que favorece a exportação de ácidos graxos 
para os músculos e lá formam depósitos 
 
 
ectópicos de lipídeos que acabam interferindo na 
movimentação de glut4 para a superfície do 
miócito gerando resistência a insulina. 
Classes de hipoglicemiantes 
É importante se atentar que os agentes 
hipoglicemiantes querem diminuir a quantidade 
de glicose na corrente sanguínea e encaminha-
las para o interior das células para formação de 
energia. 
Fármacos dessa classe ligam-se ao receptor de 
sulfonilureias que é associado a canais de K+ 
sensíveis a ATP das células b pancreáticas, 
promovendo a entrada de Ca2+ na célula e 
consequente exocitose de vesículas contendo 
insulina e peptídeo C para a corrente sanguínea. 
Com a liberação de insulina ocorre o mecanismo 
descrito acima, onde a glicose é captada pela 
célula e assim utilizada reduzindo a glicemia. 
Ex: Clorpropamida, Glibenclamida, Glipizina, etc. 
É semelhante aos da classe das sulfonilureias, 
mas não possui enxofre em suas moléculas, 
sendo então usados em pacientes com 
hipersensibilidade a essa molécula. 
Ex: Repaglinida, Nateglinida 
Gera ativação de uma quinase ativada por AMP 
que gera redução da gliconeogenese (produção 
de glicose por meio de compostos anglicanos). 
Ex: Metformina 
Se ligam a receptores nucleares que modulam a 
expressão de genes envolvidos no metabolismo 
de lipídeos, glicose e sinalização da insulina. Com 
sua utilização há o aumento da sensibilidade à 
insulina, diminuição do débito hepático de glicose 
e aumento da expressão de glut 1 e glut 4. 
Ex: Pioglitazona 
Retardam a absorção e digestão do amido e dos 
dissacarídeos, aumentando a concentração de 
carboidratos no intestino (ou seja, diminuindo sua 
absorção). Alguns de seus sintomas adversos são 
flatulências, dor abdominal e diarreias.. Não pode 
ser utilizado junto com sulfonilureias devido risco 
de hipoglicemia 
Ex: Acarbose 
Glp-1r é um receptor de peptídeo semelhante ao 
glucagon 1. Sendo agonista desse receptor há 
uma queda na liberação de glucagon. 
Ex: Exenatida 
A ddp-4 metaboliza as increatinas (increatinas 
estimulam secreção de insulina) e com esses 
fármacos esse metabolismo é comprometido, 
mantendo a secreção de insulina. 
Ex: Sitagliptina, Vildagliptina 
Sglt são cotransportadores simportes de sódio e 
glicose e gera reabsorção de glicose de até 90% 
nos túbulos proximais. Então sua inibição gera 
glicosúria (aumento da excreção de glicose na 
urina) e assim reduzindo a glicemia dos pacientes

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