Buscar

Mecanismos de Ação de Receptores de Fármacos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FARMACODINÂMICA
INTERAÇÃO FÁRMACO-RECEPTOR
Aluna: Inggryd Frazão 
Os receptores acoplados a proteína G são também conhecidos como receptores metabotrópicos ou receptores que atravessam a membrana 7 vezes e constituem a maior família. Muitos agentes atuam nessa família de receptores ativando ou inibindo a via de transdução de sinal da proteína G. O salbutamol é um agonista do receptor β2-adrenérgico no músculo liso dos brônquios, sendo utilizado no tratamento de pacientes com asma. A clonidina é um agonista parcial do receptor α2-adrenérgico no Sistema Nervoso Central, sendo usada no tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). A prazosina é um bloqueador α1-adrenérgico utilizado no tratamento da hipertensão. Diante destas informações, descreva o mecanismo de ação dos receptores em questão. 
1.Salbutamol:
Como a dispneia é o sintoma que mais incomoda o asmático, os broncodilatadores constituem o pilar terapêutico do tratamento sintomático da asma. Há três classes de medicamentos broncodilatadores usados no tratamento do asmático: β2-agonistas (de ação curta e prolongada), metilxantinas e anticolinérgicos. No caso apresentado o SALBUTAMOL, agonista do receptor β2-adrenergico. 
Sobre o receptor, ele é um potente broncodilatador e pode ser administrado pela via inalatória (mais recomendado), oral ou intravenosa. Terá uma ação curta, sendo chamado de broncodilatadores de resgate (dura de 4-6 horas) sendo solicitado para o alivio imediato de sintomas agudos e constituem a primeira opção broncodilatadora nas exacerbações. O seu mecanismo de ação se dá através da ativação do receptor β2-adrenérgico (Rβ2A) acoplado á proteína G na superfície celular. 
A ativação desse receptor leva ao aumento da atividade da adenilciclase, enzima que catalisa a conversão do ATP em AMPc. Esse último se liga na unidade regulatória da proteína quinase A, promovendo a liberação de sua unidade catalítica que causa fosforilação de um grande número de proteínas alvo, relaxando o músculo liso peribrônquico. O AMPc inibe a liberação de cálcio dos depósitos intracelulares e reduz o influxo de cálcio através da membrana, auxiliando o relaxamento da musculatura lisa e a broncodilatação. A ativação do Rβ2A também potencializa a atividade anti-inflamatória dos glicocorticosteroides, aumentando a translocação do receptor de glicocorticosteroide do citoplasma para o núcleo da célula, auxiliando na resposta terapêutica.
2.Clonidina: 
A clonidina tem vários usos clínicos que demonstra agonismo na classe de receptores α adrenérgicos. O receptor α-2 é um receptor acoplado à proteína G inibitório regulador (Gi), que infrarregula o segundo mensageiro intracelular monofosfato cíclico de adenosina. Funcionalmente, a presença do receptor α-2 na membrana pré-sináptica forma parte de um mecanismo de feedback negativo que regula a liberação pré-sináptica de noradrenalina. Portanto, conforme a concentração sináptica de noradrenalina aumenta, o aumento subsequente na ativação pré-sináptica do receptor α-2 infrarregula ainda mais a liberação de neurotransmissor, que por sua vez atua relaxando os vasos sanguíneos de outras partes do corpo promovendo a vasodilatação. 
3.Prazosina: 
O cloridrato de prazosina é indicado para o controle da hipertensão arterial sistêmica (HAS) e hiperplasia prostática benigna, sendo responsável por reduzir a resistência vascular periférica total ao bloquear os receptores α1 adrenérgicos pós-sinápticos. Vai causar uma vasodilatação, reduzindo a resistência periférica, isso ocorre pois vai ser responsável por inibir o efeito vasoconstritor de catecolaminas circulantes e libertados localmente (epinefrina e norepinefrina).

Continue navegando