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farmacos que afetam SNA

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Sistema nervoso autônomo
FÁRMACOS QUE AFETAM
COLINÉRGICOS
Neurônios colinérgicos são aqueles que são ativados pela acetilcolina. A fibra pré-ganglionar que termina na suprarrenal, o gânglio autônomo (tanto parassimpático como simpático) e as fibras pós-ganglionares da divisão parassimpática usam ACh como neurotransmissor. A divisão pós-ganglionar simpática das glândulas sudoríparas também usa ACh. Além disso, neurônios colinérgicos inervam os músculos do sistema somático e também desempenham função importante SNC.
A comunicação deste neurônio ocorre em seis etapas sequenciais.
A colina tem um nitrogênio quaternário, ou seja, é carregada positivamente e não consegue entrar nas células de forma independente. 
Para que ocorra a entrada, a colina usa um canal voltagem-dependente* de sódio, assim quando ele entra ela pega carona.
*Canal só abre devido ao potencial de ação do neurônio.
 Esse processo pode ser inibido pelo bloqueador neuromuscular hemicolínio, que depolariza o canal de sódio.
1. 
2. SÍNTESE: A colina é transportada do líquido extracelular para o citoplasma do neurônio colinérgico por um sistema dependente de energia. A captação da colina é o passo limitante da síntese de ACh. A colina-acetiltransferase catalisa a reação da colina com a acetil-CoA (doa o acetil) para formar ACh (um éster) no citosol.
 INIBIDOR: O hemicolínio-3 bloqueia o transportador de alta afinidade da colina, por isso impede a captação da colina necessária para a síntese de ACh. 
3. ARMAZENAMENTO: Ocorre o empacotamento da ACh em vesículas pré-sinápticas para evitar sua degradação dentro da célula. Isso acontece por um processo de transporte ativo através do escoamento de prótons. A vesícula madura contem ACh, ATP e proteoglicanos, isso porque na comunicação dos neurônios autônomos as vesículas precisam conter um NT primário e um co-transmissor que aumenta ou diminui o efeito do primário.
 INIBIDOR: O vesamicol bloqueia o antiportador de ACh-H+ utilizado para transportar a ACh nas vesículas, impedindo o armazenamento de acetilcolina. 
4. LIBERAÇÃO: Quando o potencial de ação estimula os canais de sódio voltagem-dependentes, estes produzem impulsos que abrem canais de cálcio voltagem dependentes na membrana pré-sináptica, o que causa um aumento na concentração de cálcio no meio intracelular. Esse aumento de cálcio promove a fusão da vesícula com a membrana celular, promovendo a liberação do conteúdo na fenda sináptica.
 INIBIDOR: A toxina botulínica impede a fusão da vesícula sináptica com a membrana da terminação axônica (pré-sináptica). É empregada no tratamento de várias doenças associadas a aumento do tônus muscular, como torcicolo, acalasia, estrabismo, blefarospasmo e outras distonias focais. A toxina botulínica também foi aprovada para o tratamento estético de linhas faciais ou rugas e é usada no tratamento de várias cefaleias e síndromes dolorosas. Como degrada uma proteína comum ao mecanismo de fusão vesicular sináptica em múltiplos tipos de terminações nervosas, ela exerce efeito geral sobre a liberação de muitos neurotransmissores diferentes, e não apenas da ACh.
5. LIGAÇÃO: A ACh da fenda pode se ligar em receptores pós- -sinápticos na célula-alvo, receptor pré-sináptico na membrana do próprio neurônio que liberou a ACh ou a outros receptores-alvo pré-sinápticos. 
A ligação ao receptor leva a uma resposta fisiológica no interior da célula, como o início de um impulso nervoso na fibra pós-ganglionar ou a ativação de enzimas específicas nas células efetoras mediadas por moléculas segundas mensageiras.
6. DEGRADAÇÃO: O sinal no local efetor pós-juncional termina rapidamente devido à hidrólise da ACh pela acetilcolinesterase (AChE), formando colina e acetato na fenda sináptica
 INIBIDOR: Os agentes pertencentes a essa classe ligam-se à AChE e inibem-na, elevando a concentração de ACh endógena liberada na fenda sináptica. A ACh acumulada ativa receptores colinérgicos adjacentes. Os fármacos incluídos nessa classe são também designados como agonistas dos receptores de ACh de ação indireta, visto que geralmente não os ativam de modo direto. É importante assinalar que poucos inibidores da AChE também exercem ação direta. Por exemplo, a neostigmina, carbamato quaternário, não apenas bloqueia a AChE, como também se liga aos nAChR na junção neuromuscular, ativando- os. Os inibidores da acetilcolinesterase apresentam diversas aplicações clínicas: aumento da transmissão na junção neuromuscular; aumento do tônus parassimpático; e aumento da atividade colinérgica central.
7. RECICLAGEM: A colina pode ser recolhida por um sistema de captação de alta afinidade acoplado ao sódio que transporta a molécula de volta para o neurônio. Ali, ela é acetilada em ACh, que é armazenada até a liberação por um potencial de ação subsequente, voltando ao passo 1.
Receptores colinérgicos
Um receptor colinérgico (AchR) é uma proteína integral de membrana que gera uma resposta a partir de uma molécula de acetilcolina. Encontra-se principalmente nas terminações neuromusculares e tanto no sistema nervoso central, como no periférico. Uma vez liberada na fenda sináptica, a ACh liga-se a uma de duas classes de receptores, localizados habitualmente sobre a superfície da membrana da célula pós-sinápticas. 
· Aos receptores muscarínicos (mAChR), que são acoplados à proteína G (GPCR) com sete domínios transmembrana ou;
· Aos receptores nicotínicos (mAChR), que são canais iônicos regulados por ligantes. 
Embora os muscarínicos sejam sensíveis ao mesmo neurotransmissor dos nicotínicos, essas duas classes de receptores colinérgicos compartilham pouca semelhança estrutural.
RECEPTORES MUSCARÍNICOS 
Existem cinco tipos de receptores muscarínicos denominados M1-M5. Estão localizados no sistema nervoso periférico e em órgãos efetores autônomos, como coração, músculos lisos, cérebro e glândulas exócrinas. 
Embora os cinco subtipos sejam encontrados nos neurônios, receptores:
· M1 também são encontrados nas células parietais gástricas e gânglios autônomos (e neurônios corticais) ; 
· M2, nas células cardíacas e nos músculos lisos; fármacos com ações muscarínicas preferencialmente estimulam esses tecidos, mas, em concentrações elevadas, podem mostrar alguma atividade em receptores nicotínicos.
· M3, na bexiga, nas glândulas exócrinas e no músculo liso;
· M4 e M5 apenas no sistema nervoso central.
MECANISMOS DE TRANSDUÇÃO DO SINAL PELA ACh: Dentre os inúmeros mecanismos, os receptores se dividem em dois grupos funcionais distintos. 
Os receptores M1, M3 e M5 são receptores acoplados a proteína G, a qual estimula a fosfolipase C e estimula a excitação da célula. 
Em contraste, a ativação do subtipo M2 no músculo cardíaco estimula a proteína G, denominada Gi, a qual inibe a adenililciclase e ativa os canais de K+, suprimindo a excitabilidade celular. O coração responde diminuindo a velocidade e a força de contração. 
 
AGONISTAS MUSCARÍNICOS: A pilocarpina é um exemplo de agonista muscarínico não seletivo usado no tratamento da xerostomia e do glaucoma. Atualmente, são feitos esforços para desenvolver agonistas e antagonistas muscarínicos que atuem em subtipos específicos de receptores. Agonistas dos receptores M1 são investigados para o tratamento da doença de Alzheimer, e antagonistas dos receptores M3, para o tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica. 
Na atualidade, nenhum fármaco clinicamente importante interage apenas com receptores M4 e M5.
EFEITOS DA ACETILCOLINA SOBRE OS RECEPTORES MUSCARÍNICOS NOS TECIDOS PERIFÉRICOS
RECEPTORES NICOTÍNICOS
Os receptores nicotínicos, além de ligarem a ACh, reconhecem a nicotina, mas têm baixa afinidade pela muscarina. O receptor nicotínico é composto de cinco subunidades (α, β, γ, δ e ε) e funciona como um canal iônico disparado pelo ligante.
A ligação de duas moléculas de ACh provoca uma alteração conformacional que permite a entrada de íons sódio, resultando na despolarização da célula efetora. Como a ACh dissocia-se rapidamente das moléculas receptoras no estado ativo, e a acetilcolinesterasedegrada rapidamente a ACh livre (não ligada) na fenda, a despolarização mediada pelos nAChR é breve (< 10 ms).A mudança na conformação das subunidades α, induzida pela ligação da ACh, desencadeia as alterações globais no poro que possibilitam o fluxo de íons através do receptor.
 
A nicotina em concentração baixa estimula o receptor; em concentração alta, o bloqueia. Os receptores nicotínicos estão localizados no SNC, na suprarrenal, nos gânglios autônomos e na junção neuromuscular (JNM) nos músculos esqueléticos. Os receptores nicotínicos dos gânglios autônomos diferem daqueles situados na JNM. Por exemplo, os receptores ganglionares são bloqueados seletivamente pela mecamilamina, ao passo que os receptores da JNM são bloqueados especificamente pelo atracúrio. A ligação da ACh liberada pelos neurônios motores α aos receptores nicotínicos na membrana da célula muscular resulta em despolarização da placa motora terminal.
Fármacos colinérgicos
São fármacos que sustentam a ação da ACh. Também chamados de fármacos parasimpaticomiméticos, pois produzem efeitos que mimetizam a ação parassimpática. São divididos em 3 classes principais:
1. Agonistas colinérgicos – imitam a ação da ACh;
2. Anticolinesterásicos – impedem a ação da enzima acetilcolinesterase;
3. Anticolinérgicos – impedem a ACh de ativar os receptores colinérgicos.
FÁRMACOS QUE AGEM SOBRE RECEPTORES COLINÉRGICOS
A manipulação farmacológica da transmissão colinérgica teve sucesso limitado, em virtude das ações complexas da ACh que dificultam a obtenção de efeitos seletivos. Apenas uma fração relativamente pequena dos numerosos agentes colinérgicos e anticolinérgicos descobertos no século passado é utilizada na prática clínica. Esses fármacos são usados principalmente para:
· Midríase
· Glaucoma
· Xerostomia (boca seca)
· Cinetose (e como antieméticos)
· Modulação da motilidade gastrintestinal
· Espasmos vesicais e incontinência urinária
· Efeitos cosméticos sobre as linhas cutâneas e rugas
· Distonias (p. ex., torcicolo), cefaleia e síndromes dolorosas
· Bloqueio neuromuscular agudo e reversão durante a cirurgia
· Doença pulmonar obstrutiva crônica, como broncodilatadores.
· Tratamento da doença de Alzheimer, disfunção cognitiva e demência
· Doenças neuromusculares, como a miastenia gravis e a síndrome de Eaton-Lambert
AGONISTAS COLINÉRGICOS
Raramente são administrados por via intramuscular ou intravenosa, comumente administrados de forma tópica ou por via oral. Ao se combinarem com os receptores no tecido alvo estimulam e produzem:
· SalivaçãoEFEITOS ADVERSOS
· Cãibras abdominais 
· Diarreia 
· Náuseas 
· Sudorese aumentada
· Bradicardia
· Vasodilatação
· Miose (constrição das pupilas)
· Broncoconstrição
· Atividade aumentada do TGI (estômago, esôfago e intestino)
· Tônus aumentado e contração dos músculos da bexiga
Acetilcolina injeção oftálmica para reduzir a pressão ocular em cirurgias
Carbacol gotas oftálmicas para reduzir a pressão intraocular em pacientes com glaucoma
Pilocarpina reduz pressão ocular e trata xerostomia Usado no tratamento de glaucoma e dura cerca de 100 horas.
ANTICOLINESTERÁSICOS
Podem ser classificados em irreversíveis e reversíveis. Os irreversíveis possuem longa duração e raramente são usados de forma terapêutica. São muito utilizados como inseticidas organofosforados (diflos, ecotiofato, paration) e gases bélicos. Já os reversíveis são de curta duração e auxiliam o tratamento de diversas doenças.
Edrofônio usado no diagnóstico da miastenia gravis 
Donepezila, Galantamina, Tacrina e Rivastigmina demência branda à moderada em pacientes com Alzheimer 
Fisostigmina aumenta a motilidade do intestino e da bexiga, servindo no tratamento de atonia nos dois órgãos. 
Neostigmina aumentar o tônus da bexiga e a contração muscular em pacientes com miastenia gravis. 
Piridostigmina aumenta contração muscular em pacientes com miastenia gravis
ANTICOLINÉRGICOS
Antagonizam a ação da ACh e são classificados de acordo com seu mecanismo de ação em: 
Anticolinérgicos muscarínicos: bloqueiam os receptores muscarínicos 
· Úteis na oftalmologia (efeito midriático), no mal de Parkinson, bexiga urinária hiperativa, asma e intoxicação por organofosforados;
· Ex.: atropina e escopolamina
Anticolinérgicos bloqueadores musculares: bloqueiam os receptores nicotínicos na junção muscular e interferem na transmissão do impulso para os músculos esqueléticos, causam relaxamento da musculatura esquelética. 
· Precursor: curare, utilizado para paralisar caças. 
· Úteis como adjuvantes na anestesia, cirurgia, intubação e em procedimentos ortopédicos. 
· Ex.: Rocurônio, Succinilcolina...
Anticolinérgicos bloqueadores ganglionares: bloqueiam os receptores nicotínicos dos gânglios autônomos simpático e parassimpático. Interferem no impulso nervoso, causando diversos efeitos adversos e por isso tem uma utilização terapêutica limitada.
· Úteis em casos de emergência de crise hipertensiva e para produzir hipotensão controlada em cirurgias. 
· Ex.: Trimetafano, mecamilamina e nicotina (sem efeito terapêutico)Os transportadores de monoaminas têm papel crítico no funcionamento normal no cérebro, o que é ressaltado pela ampla gama de medicamentos para depressão, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno obsessivo compulsivo, desordens do sono, que agem sobre estes transportadores.
ADRENÉRGICOS 
A transmissão noradrenérgica tem papel essencial no sistema de alerta, na regulação da pressão sanguínea e no controle do humor. Os neurônios noradrenérgicos centrais apresentam uma difusa arborização axonal. Os corpos celulares se agregam em pequenos núcleos na ponte e no bulbo, sendo o locus coeruleus (LC), localizado na ponte, o mais proeminente, contendo aproximadamente 50% dos neurônios noradrenérgicos. Os neurônios que se originam nesse núcleo inervam amplamente o córtex cerebral, áreas límbicas, hipotálamo, cerebelo, chegando até a medula espinhal, de onde as fibras simpáticas transportam os impulsos nervosos aos órgãos efetores.
Os neurônios adrenérgicos liberam norepinefrina como neurotransmissor primário. Esses neurônios são encontrados no sistema nervoso central (SNC) e também no sistema nervoso simpático, onde servem de ligação entre os gânglios e os órgãos efetores. 
A neurotransmissão nos neurônios adrenérgicos é semelhante à dos neurônicos colinérgicos, contudo, deste processo o neurotransmissor é a norepinefrina. A comunicação ocorre nos seguintes passos: 
1. SÍNTESE: A tirosina é transportada para dentro do neurônio adrenérgico por uma proteína sódio-dependente. O aminoácido é hidroxilada em di-hidroxifenilalanina (L-Dopa) pela enzima tirosina hidroxilase. 
Esta é a etapa que limita a velocidade na formação de norepinefrina. Então a L-Dopa é descarboxilada pela enzima descarboxilase de L-aminoácido aromático, formando dopamina no neurônio pré-sináptico.
Em neurônios dopaminérgicos, a síntese termina em dopamina. Fármacos que amenizam os efeitos do mal de Parkinson possuem em sua composição L-Dopa, por ser precursora da dopamina.
2. ARMAZENAMENTO: A dopamina é transportada para dentro de vesículas sinápticas por um sistema transportador de aminas. Em seguida, a dopamina é hidroxilada pela enzima dopamina hidroxilase, formando norepinefrina. 
Esse sistema é bloqueado pela reserpina. Na maioria dos neurônios pós-ganglionares simpáticos, a norepinefrina é o produto final. Na medula da suprarrenal e em certas áreas do cérebro, parte da norepinefrina é convertida adiante em epinefrina. 
3. LIBERAÇÃO: A chegada do potencial de ação na junção neuromuscular inicia a entrada de íons cálcio do líquido extracelular para o axoplasma. O aumento no cálcio promove a fusão das vesículas sinápticas com a membrana celular, que sofrem exocitose para expelir seu conteúdo na sinapse. Fármacos como a guanetidina bloqueiam essa liberação.
4. LIGAÇÃO: A norepinefrina liberada das vesículas sinápticas difunde-se para o espaço sináptico e se liga aos receptores pós-sinápticos no órgão efetor ou aos receptores pré-sinápticos noterminal nervoso. A ligação da norepinefrina aos receptores inicia uma cascata de eventos no interior da célula, resultando na formação do segundo mensageiro intracelular, que atua como intermediário (transdutor) na comunicação entre o neurotransmissor e a ação gerada no interior da célula efetora. 
Receptores adrenérgicos usam o monofosfato cíclico de adenosina (AMPc) como segundo mensageiro e o ciclo do fosfatidilinositol para transduzir o sinal em um efeito. A norepinefrina também se liga a receptores pré-sinápticos (principalmente do subtipo α2) que modulam a liberação do neurotransmissor.
5. RECAPTAÇÃO: A norepinefrina pode:
1) Difundir para fora do espaço sináptico e entrar na circulação sistêmica; 
2) Ser metabolizada a metabólitos inativos pela catecol-O-metiltransferase (COMT) no espaço sináptico; 
3) Sofrer captação de volta para o neurônio 
A captação pela membrana neuronal envolve um transportador de norepinefrina dependente de sódio-cloreto (NET) que pode ser inibido pelos antidepressivos tricíclicos como a imipramina, pelos inibidores da captação de serotonina e norepinefrina como a duloxetina, ou pela cocaína. O mecanismo de captação da norepinefrina para o interior do neurônio pré-sináptico é o mecanismo primário para terminar seus efeitos.
6. POSSÍVEIS DESTINOS DA NOREPINEFRINA CAPTADA: Logo que a norepinefrina entra no citoplasma do neurônio adrenérgico, ela pode ser captada para o interior das vesículas sinápticas através do sistema transportador de aminas e ser sequestrada para liberação por outro potencial de ação, ou pode permanecer no citoplasma em um pool protegido. Alternativamente, a norepinefrina pode ser oxidada pela monoaminoxidase (MAO), presente na mitocôndria neuronal. 
METABOLISMO DE CATECOLAMINASAs duas isoformas possuem algum grau de especificidade de ligante: a MAO-A degrada preferencialmente a ST, a NE e a DA, enquanto a MAO-B degrada a DA mais rapidamente do que a ST e a NE. 
O metabolismo das catecolaminas envolve as duas enzimas: a MAO e a catecol-O-metiltransferase (COMT). A MAO é uma enzima mitocondrial que é expressa na maioria dos neurônios. Ocorre em duas isoformas: a MAO-A e a MAO-B. A COMT é uma enzima citosólica expressa primariamente no fígado.
A diminuição na atividade da MAO resulta em no aumento da dopamina, noradrenalina e serotonina nos locais de armazenamento no sistema nervoso central e no sistema nervoso simpático. Devido a esta ação, muitos fármacos inibidores da MAO são utilizados no tratamento da depressão, uma vez que o aumento na disponibilidade de um ou mais neurotransmissores vem sendo relacionada à ação antidepressiva.
Receptores adrenérgicos 
Os receptores adrenérgicos (também denominados adrenoreceptores) são seletivos para a norepinefrina e a epinefrina. A dopamina em concentrações supra fisiológicas também pode ativar alguns adrenoreceptores. Esses receptores são divididos em duas classes principais, denominadas α e β. Todas as classes e subclasses de receptores de catecolaminas são membros da superfamília de receptores acoplados à proteína G.
· Receptores β: Se dividem em 3 subtipos: β1, β2 e β3, sendo que o último ainda é pouco conhecido. Todas as subclassses de β-adrenoceptores são pós-sinápticos. Apesar de serem tradicionalmente conhecidos por estarem ligados à AC através da proteína estimuladora GS, aumentando a sinalização por AMPc, estudos recentes sugerem que os receptores β são capazes de interagir também com proteína Gi, β-arrestinas e GPCR-quinases (GRKs), diversificando suas sinalizações intracelulares Gera efeito excitatório e inibitório.
Receptores α-adrenérgicos se dividem em α1 e α2.
· Receptores α1: Se subdividem em α1A, α1B e α1C, têm localização pós-sináptica e estão geralmente acoplados à proteína Gq. Desta forma, seus efeitos são mediados através da via de sinalização fosfolipase C, o que resulta na ativação da proteína quinase C (PKC) e na liberação intracelular de Ca2+ Gera efeito excitatório. 
· Receptores α2: Se dividem em α2A, α2B e α2C e estão associados à proteína Gi , consequentemente, sua ativação gera queda de AMPc, através da inibição da AC Gera efeito inibitório. 
· Os receptores α2A e α2C são encontrados também no corpo celular e no terminal pré-sináptico, atuando como autoreceptores, afim de mediar a inibição da transmissão sináptica por retroalimentação, desta forma agem como moduladores da função noradrenérgica mecanismo local para modular a saída de norepinefrina quando há atividade simpática elevada.
 ESTIMULO DOS RECEPTORES α1, β e α2
1. A estimulação de receptores α1 por catecolaminas leva a ativação de uma proteína de acoplamento Gq. 
2. A subunidade α ativada (αq*) dessa proteína ativa o efetor, fosfolipase C, que leva à liberação de IP3 (1, 4, 5- trifosfato de inositol) e DAG (diacilglicerol) do difosfato de fosfatidilinositol (PtdIns 4,5P2). 
3. O IP3 estimula a liberação de estoques sequestrados de cálcio, levando a uma concentração aumentada de cálcio citoplasmático. 
4. O Ca2+ pode então ativar proteínas- cinase dependentes de cálcio, que por sua vez fosforila seus substratos. 
5. O DAG ativa a proteína-cinase C (PKC).
A. A ativação de adrenoceptores β estimula a adenililciclase por ativação da proteína G estimuladora, Gs, que leva à dissociação de sua subunidade α carregada com GTP. A subunidade ativada αs ativa diretamente a adenililciclase, resultando em um aumento de velocidade da síntese de AMPc.
B. Ligantes de adrenoceptor α2 inibem a adenililciclase por causar dissociação da proteína G inibidora, Gi, em suas subunidades; A subunidade ativada α1 carregada com GTP e uma unidade β - γ .
OBS: A epinefrina, noraepinefrina e isoproterenol são inversamente proporcionais em grau de afinidade nos receptores. Nos receptores α o grau de afinidade é da epinefrina para o isoproterenol.
DESSENSIBILIZAÇÃO DOS RECEPTORES
A exposição prolongada às catecolaminas reduz a sensibilidade desses receptores, um fenômeno denominado dessensibilização (down-regulation). Isto pode ocorrer por meio de 3 mecanismos:
1) sequestro dos receptores de forma que ficam indisponíveis para interação com o ligante;
2) dessensibilização, isto é, o desaparecimento do receptor por destruição ou por diminuição de síntese;
3) incapacidade de acoplar-se à proteína G, porque o receptor foi fosforilado no lado citoplasmático.
Receptores dopaminérgicos 
Apesar de a dopamina ser um neurotransmissor proeminente do SNC, a sua administração sistêmica tem poucos efeitos sobre o SNC, visto que ela não atravessa facilmente a barreira hematoencefálica. A dopamina ativa um ou mais subtipos de receptores de catecolaminas nos tecidos periféricos, e o efeito predominante depende da concentração local do composto. 
São receptores acoplados a proteína G, separados em 5 subtipos diferentes (D1 a D5) e dividido em duas famílias: A família D1, que inclui receptores D1 e D5, está associada a proteína Gs, apresenta uma terminação carboxila intracelular longa e estimulam a enzima AC, levando à formação dos segundos mensageiros AMPc e IP3 com consequente ativação da PKA; A família D2, que inclui os receptores D2, D3 e D4, esta acoplada à proteína Gi que inibe a AC e, consequentemente, o resultado de sua ativação diminui o acúmulo de AMPc, modulando a atividade da PKA e seus efetores. 
· D1 regiões inervadas por neurônios dopaminérgicos, como o núcleo caudado e putâmen, como na substância negra, núcleo accumbens, hipotálamo, tálamo e córtex frontal. 
· D2 mais abundante no cérebro, localizado em regiões ricas em dopamina, como os tecidos estriado, núcleo accumbens e bulbo olfatório.
Este receptor medeia os efeitos da DA sobre o controle do movimento, alguns aspectos comportamentais e a secreção de prolactina pela hipófise.
· D3 e D4 mais escassos, encontrando-se predominantemente nas áreas límbicas.
As funções dos receptores D3 e D4 ainda são pouco conhecidas, apesar de que suas localizações nas áreas límbicas do cérebro sugerem um envolvimento na cognição, emoções e comportamento.
· D5 localização mais restrita, sendo encontradosprincipalmente no hipocampo, tálamo, estriado e córtex cerebral.
Os receptores D1 e D5 são responsáveis pelo controle do movimento, sistema de recompensa e funções cognitivas, como aprendizado e memória. 
Fármacos adrenérgicos
A farmacologia adrenérgica envolve o estudo dos agentes que atuam sobre vias mediadas pelas catecolaminas endógenas: norepinefrina (NE), epinefrina (EPI) e dopamina (DA). Os fármacos adrenérgicos atuam em receptores adrenérgicos localizados no neurônio na pré-sinapse ou no órgão efetor pós-sináptico. A sinalização por meio dos receptores de catecolaminas causa diversos efeitos fisiológicos, como: 
· aumento da frequência e da força da contração cardíaca; 
· modificação da resistência periférica do sistema arterial; 
· inibição da liberação de insulina; 
· estimulação da liberação hepática de glicose; 
· aumento da liberação de ácidos graxos livres pelos adipócitos.
O mecanismo de ação dos fármacos varia de acordo com o composto, caso seja agonista ou antagonista. As catecolaminas e os fármacos simpatomiméticos são classificados em simpatomiméticos de:
1. Agonistas de ação direta: Estes fármacos atuam diretamente nos receptores α ou β, produzindo efeitos similares aos resultantes da estimulação dos nervos simpáticos ou da liberação de epinefrina da medula suprarrenal. Exemplos de agonistas de ação direta incluem epinefrina, norepinefrina, isoproterenol e fenilefrina. Podem exibir considerável seletividade para um subtipo específico de receptor, ou podem ter pouca ou nenhuma seletividade, atuando sobre vários tipos de receptores.
2. Agonistas de ação indireta: Estes fármacos podem bloquear a captação de norepinefrina ou aumentar a biodisponibilidade. A norepinefrina, então, atravessa a sinapse e se liga aos receptores α ou β. Exemplos de inibidores da captação e de liberadores de norepinefrina são a cocaína e as anfetaminas, respectivamente. 
a. O aumento pode ocorrer por diversos mecanismos: 
i. Liberação das reservas plasmáticas ou das vesículas dos neurônios adrenérgicos;
ii. Bloqueio do transporte da norepinefrina nos neurônios simpáticos (ex: cocaína) aumentando assim o tempo de permanência do transmissor no receptor;
iii. Bloqueio das enzimas envolvidas no metabolismo, a monoaminoxidase (MAO) ou a catecol-Ometiltransferase (COMT) aumentando efetivamente a oferta de transmissor.
3. Agonistas de ação mista: Fármacos que liberam norepinefrina armazenada nos terminais nervosos de forma indireta e também ativam diretamente os receptores α e β. A efedrina e seu estereoisômero, pseudoefedrina, estimulam os adrenoceptores diretamente e liberam norepinefrina do neurônio adrenérgico.

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