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AULA 1 bamol

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AULA 1 Bamol
Imunidade:
Imunidade pode ser definida como os mecanismos que nosso corpo apresenta para proteger-nos contra agentes estranhos, chamados de antígenos. É a imunidade que protege nosso organismo contra infecções, e, portanto, problemas nessa área deixam-nos mais suscetíveis a doenças. 
O sistema linfático é um importante componente do sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus invasores.
Obs: Os linfócitos T helper garantem a diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos, sendo, portanto, importantes para a produção de anticorpos. Os linfócitos T supressores finalizam a resposta humoral, ou seja, a produção de anticorpos. Já os linfócitos citotóxicos garantem a morte das células estranhas.
Sistema imunológico ou imune
É responsável por garantir a imunidade, sendo formado por diferentes moléculas e estruturas tais como células, tecidos e órgãos. Os leucócitos destacam-se como as principais células do sistema imune, fazendo parte do tecido sanguíneo. Como exemplo de órgãos desse sistema temos a medula óssea vermelha, responsável pela produção de células sanguíneas, e o timo, que se relaciona com a maturação dos linfócitos T, um tipo especial de leucócito.
medula vermelha
 é composta por um tecido fibroso delicado, altamente vascular, contendo células-tronco. Essas células-tronco produzem componentes celulares, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas, para atender aos requisitos de oxigenação, coagulação e imunidade em organismos. A medula óssea vermelha também contribui para a destruição de velhos glóbulos vermelhos no corpo. No nascimento, apenas a medula vermelha está presente no corpo. No entanto, com o nascimento, a conversão da medula vermelha para a medula amarela começa imediatamente e progride do periférico para as partes centrais do esqueleto. Nos vertebrados superiores, como os mamíferos, a formação de sangue em adultos ocorre principalmente na medula óssea vermelha. Mas em vertebrados inferiores, vários outros órgãos, como fígado e baço, também podem produzir células sanguíneas.
medula óssea amarela
A medula óssea amarela serve principalmente como locais de armazenamento de gordura e pode ser convertida em medula óssea vermelha sob certas condições, perda de sangue severa ou febre. Normalmente, essas células de gordura são os últimos recursos para os requisitos de energia do corpo e podem ser usadas em caso de fome extrema. Mas sua principal função é a conversão em medula vermelha em relação a qualquer exigência do corpo. Esta medula amarela tem a capacidade de se converter dentro de 1 a 2 horas para assumir o papel da medula vermelha.
Ao contrário da medula óssea amarela, apenas a medula óssea vermelha tem a capacidade de produzir componentes celulares como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas
Tipos de imunidade
Podemos classificar a imunidade, por exemplo, em dois grupos, os quais se diferenciam em relação à velocidade em que a resposta é dada, a sua especificidade e ao momento da vida de um indivíduo em que a imunidade começa a agir, são: a imunidade inata e a adaptativa. Existe ainda a classificação em imunidade ativa e passiva, as quais se diferenciam pela forma como os anticorpos são adquiridos pelo corpo.
→ Imunidade inata e adaptativa
Imunidade ativa 
Podemos classificar a imunidade também em ativa e passiva. Na imunidade ativa, temos a ação do próprio organismo para conseguir vencer um agente invasor, ou seja, ela ocorre quando nosso corpo tem contato com um agente estranho e desenvolve uma reação imunológica. 
A imunidade ativa natural ocorre quando ficamos doentes, por exemplo. Já a imunidade ativa artificial é aquela que ocorre como consequência da vacinação.
Imunidade passiva
Na imunidade passiva, o corpo não desenvolve uma reação imunológica. O que ocorre, nesse caso, é que o organismo recebe já prontos os produtos dessa reação, como os anticorpos.
Quando recebemos leite da mãe, temos uma passagem natural de anticorpos para o bebê, sendo, portanto, um caso de imunidade passiva natural. A imunidade passiva artificial ocorre quando a pessoa recebe anticorpos prontos, sendo muito útil em doenças que necessitam de tratamento rápido, como a doença tetânica.
Obs:
Tanto a imunidade ativa quanto a passiva podem ser classificadas em natural ou artificial. 
Imunidade inata
O indivíduo já nasce com ela protegendo seu organismo. Ela apresenta uma resposta rápida e é representada por barreiras biológicas, químicas e físicas (pele, membranas e secreções e células especializadas). Para que essa imunidade seja capaz de agir, não é necessário um contato anterior com agentes agressores. Além disso, ela não é específica para um determinado antígeno.
As principais células especializadas que fazem parte da imunidade inata são os neutrófilos, macrófagos, células dendríticas e células natural killer. Essas células atuam de diferentes formas, por exemplo, realizando a fagocitose (processo em que a célula engloba uma partícula e degrada-a), liberando mediadores inflamatórios e produzido proteínas.
Qual é a importância da imunidade inata ou natural?
Frequentemente ouvimos que pessoas com algum tipo de doença estão com a “imunidade baixa”. Quando o sistema imunológico está fragilizado, o corpo humano com um todo fica mais vulnerável a infecções. Em outras palavras, é como se os invasores encontrassem um caminho mais livre para se propagar dentro do nosso organismo.
Como fortalecer a imunidade natural?
Todos os alimentos que consumimos e as condições às quais submetemos o nosso corpo são determinantes para aumentar ou reduzir a nossa imunidade. Uma pessoa com alimentação desregrada, sedentária e com hábitos de vida nocivos certamente terá um sistema imunológico mais suscetível a ser derrotado pelos elementos externos.
Imunidade adaptativa
É mais especializada, bastante específica, porém mais lenta. Diferentemente da inata, a imunidade adaptativa não está presente desde o nascimento, sendo adquirida durante a vida do indivíduo. Ela é ativada quando a imunidade inata não for suficiente para barrar um determinado antígeno, ocorrendo então uma série de eventos que desencadeiam a síntese de proteínas e a ativação de determinadas células.
Podemos classificá-la em humoral e celular. A imunidade humoral caracteriza-se pela presença de anticorpos, que são glicoproteínas produzidas por um tipo especial de leucócito chamado linfócito B. Os anticorpos são capazes de neutralizar e destruir antígenos, porém são bastante específicos, tendo efeito apenas contra antígenos para os quais foram produzidos.
Denominamos de resposta primária quando o antígeno tem o primeiro contato com o organismo, levando à ativação dos linfócitos B e à produção de anticorpos e células de memória. Quando o corpo entra em contato com um antígeno pela segunda vez, temos uma resposta secundária, em que há o reconhecimento desse antígeno pelas células de memória e uma produção mais rápida de anticorpos.
Temos ainda a imunidade celular ou imunidade mediada por células, a qual é desencadeada por células especializadas que atuam garantindo a destruição de uma célula infectada. Essa imunidade é mediada por um grupo de leucócitos específicos chamados de linfócitos T.
imunidade humoral
envolve a produção de anticorpos, proteínas sintetizadas pelos plasmócitos, os quais são formados pela diferenciação dos linfócitos B. 
Os plasmócitos são uma variedade de leucócitos, isto é, glóbulos brancos. Os plasmócitos são responsáveis por produzir os anticorpos, proteínas que podem neutralizar vírus, bactérias, parasitas e outros elementos estranhos ao organismo. Os plasmócitos podem estar presentes no sangue, porém de maneira pontual, em caso de necessidade de defesa do organismo. Na maior parte do tempo, eles se localizam nos órgãos linfoides, especialmente nos numerosos gânglios linfáticos disseminados pelo corpo, e no baço.
A imunidade humoral, também conhecido como imune – resposta mediada por anticorpos, é um dos mecanismos mais importantes de defesacontra a invasão de organismos por microrganismos ou toxinas extracelulares.
imunidade humoral → resposta imune humoral [RIH] extracelular Linfócitos B Plasmócitos.
imunidade celular
Na imunidade celular, o corpo reconhece as células infectadas e as mata, usando células como macrófagos e células natural killer. Essas células são projetadas para desencadear a morte celular, garantindo que as células infectadas não se repliquem e permitam que a infecção se espalhe. As células CD4 (linfócitos), também conhecidas como células T auxiliares, desempenham um papel importante na imunidade celular, concentrando e direcionando ataques a células infectadas para que o sistema imunológico possa atingir com precisão e eficácia uma infecção.
imunidade celular→ resposta imune celular [RIC] intracelular Linfócitos T CD4 (auxiliar) e CD8 (citotóxico) 
CD4 e CD8 são simplesmente dois tipos diferentes de glicoproteínas encontradas na superfície das células T e outros linfócitos (a classe de células brancas do sangue que são centrais no sistema imunológico).
As células T CD4 atuam desencadeando uma resposta imune quando confrontadas com um patógeno. As células T CD8 respondem atacando o patógeno marcado e neutralizando-o.
As células T supressoras então “desligam” a atividade de CD4 quando uma resposta imune suficiente foi alcançada.
Inflamação: é um mecanismo de defesa no corpo.
O sistema imunológico reconhece células danificadas, irritantes e patógenos, e inicia o processo de cura.
Quando algo prejudicial ou irritante afeta uma parte do nosso corpo, há uma resposta biológica para tentar removê-lo.
Os sinais e sintomas da inflamação podem ser desconfortáveis, mas são um sinal de que o corpo está tentando se curar.
O que é inflamação:
A inflamação é um sinal de que o sistema imunológico do corpo está ativo em uma determinada área.
Quando os glóbulos brancos vão para uma área para combater uma infecção, eles liberam uma série de substâncias químicas que fazem com que a área inche e muitas vezes se torne sensível.
Sinais externos de inflamação dependem de onde ela está localizada, mas podem incluir a área quente ao toque, rígida e inchada.
Com uma resposta importante do sistema imunológico, pode haver fadiga e febre que se espalham além da área imediata da infecção.
Quando a condição se desenvolve nas articulações, pode causar a condição dolorosa conhecida como artrite. Isso geralmente ocorre quando o sistema imunológico reage exageradamente e ataca os tecidos saudáveis, uma condição conhecida como distúrbio autoimune. Esses distúrbios podem assumir várias formas diferentes e criar problemas em todo o corpo, dependendo do que o sistema imunológico está atacando.
Sintomas
Os sintomas da inflamação variam dependendo se a reação é aguda ou crônica.
Os efeitos da inflamação agudam podem ser resumidos:
Dor: É provável que a área inflamada seja dolorosa, especialmente durante e depois do toque. Os produtos químicos que estimulam as terminações nervosas são liberados, tornando a área mais sensível.
Vermelhidão: Isso ocorre porque os capilares da área são preenchidos com mais sangue do que o habitual.
Imobilidade: Pode haver alguma perda de função na região da inflamação.
Inchaço: Isso é causado por um acúmulo de fluido.
Calor: mais sangue flui para a área afetada, e isso faz com que pareça quente ao toque.
Estes cinco sinais de inflamação agudam aplicam-se apenas a inflamações da pele. Se a inflamação ocorre no interior do corpo, como em um órgão interno, apenas alguns dos sinais podem ser notados.
Por exemplo, alguns órgãos internos podem não ter terminações nervosas sensoriais próximas, portanto não haverá dor, como em certos tipos de inflamação pulmonar.
Os sintomas da inflamação crônica se apresentam de maneira diferente.
Estes podem incluir:
Aftas, fadiga, dor no peito, dor abdominal, febre, erupção cutânea, dor nas articulações.
Qual é a relação entre Inflamação e Inchaço?
A inflamação e o inchaço estão tão intimamente relacionados que algumas pessoas usam os termos de forma intercambiável, mas eles não são sinônimos.
Simplificando, uma inflamação é a reação do corpo a danos físicos ou a algum outro irritante, e o inchaço é um sintoma que pode ser causado por uma inflamação.
Infecção:
A infecção é a penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso, o qual pode ser, por exemplo, um vírus, uma bactéria, um protozoário ou um fungo. Infecção, segundo o Ministério da Saúde, é a penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no organismo do homem ou outro animal.
· Como consequência podem surgir os sintomas DOR e formação de PUS, entre outros.
· PUS = fluido espesso causado por infecção que inclui glóbulos brancos e resíduos celulares, podendo ter tons de branco, amarelo, rosa ou verde, podendo em alguns casos apresentar mal cheiro.

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