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Lesões ulceradas agudas - ESTOMATOLOGIA

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Resumo estomatologia – Vanessa Wunsch 
 
Estomatologia 
Lesões ulceradas aguda 
Lesões ulceradas na boca são muito comuns e 
representam um importante desafio diagnóstico devido a 
sua variada etiologia. As lesões ulceradas podem ter origem 
traumática, infecciosa, auto-imune ou até tumoral. 
O tumor maligno mais comum da cavidade oral, chamado 
carcinoma espinocelular, usualmente se apresenta como 
uma ulceração em cavidade bucal. 
Entretanto, outras lesões podem ter aspecto clínico muito 
semelhante, como é o caso de lesões infecciosas. 
Durante o processo de diagnóstico diferencial, existe uma 
manobra chamada prova terapêutica, na qual o clínico 
estabelece um diagnóstico provisório e adota a conduta 
correspondente e acompanha o caso por um período para 
ver se a resposta se dá de forma coerente com o 
diagnóstico sugerido. Esta manobra pode ser utilizada para 
qualquer tipo de lesão e pode auxiliar no estabelecimento 
do diagnóstico final de lesões ulceradas. 
Sabe-se que o prognóstico do carcinoma espinocelular de 
boca está diretamente relacionado com o estadiamento1 da 
lesão no momento do diagnóstico. Por esta razão, não 
podemos, de maneira nenhuma, permanecer com alguma 
dúvida sobre a natureza de uma úlcera em cavidade bucal. 
Algumas se manifestam primariamente por meio de 
vesículas e bolhas rapidamente transformanda em úceras 
ou podem compor quadro sistêmico ou sindrômico. 
Detalhes semiológicos – Importante pois as lesões de base 
são as mesmas. 
1. Localização 
2. Tamanho 
3. Número de lesões 
4. Aspecto das margens 
5. Profundidade 
6. Consistência 
7. Ulceração 
● Aftas / Estomatite aftosa / Ulcerações aftosas recorrentes 
 
 
Tipos 
 
a) Afta menor: 
 85% dos casos 
 Ulceração única ou múltipla, superficial, 
contorno arredondado 
 Diâmetro de 2 a 10 mm 
 Mucosa de revestimento não 
queratinizada da mucosa bucal 
 Pode afetar a genital, conjuntiva e anal 
 Reparação tecidual 4 a 7 dias 
b) Afta maior 
 Menor comum / mais profundamente 
situada 
 Sintomatologia dolorosa intensa 
 3 a 8 semanas – Notável fibrose da 
mucosa bucal 
c) Afta Herpetiforme 
 Mais rara 5% 
 Ulcerações rasas, múltiplas, de pequeno 
diâmetro (1 a 3 mm) 
 Lembra as lesões do Herpes simples 
 Ocorre tanto na mucosa de 
revestimento quanto na queratinizada 
Não há estágios vesiculares e nem estágio pródromo de 
doença viral 
Estágios: 
Sintomático – 24h; prurido, tensão, dor, aspereza 
Pré-ulcerativo – Eritema, mácula ou pápula, elevação e 
consistência firme, membrana superficial, halo inflamatório, 
dor moderada variável. 
Ulcerativo – Membrana superficial central torna-se 
esbranquiçada, necrótica. Aspecto de cratera com margens 
avermelhadas. 4 a 6 dias atinge seu maior diâmetro. 
Menor (comum) – 85% 
Maior – 10% 
Herpetiforme – 5% Crateras difíceis de tratar 
Resumo estomatologia – Vanessa Wunsch 
 
Uso odontológico 
Reparação – 4 a 35 dias, reparação sem deixar cicatriz. 
Imunidade mediada 
 Febre 
 Estresse 
 Alimentos 
 Traumas 
 Alergias 
 Agentes hormonais 
 Infecciosos 
 Anormalidades hematológicas 
 Multifatorial 
Diagnóstico 
Manifestações clínicas / Considerar envolvimentos 
sistêmicos e síndromes 
Tratamento afta menor 
 Corticóides tópicos (oncilon) 
 Xarope de betametasona 
 Spray aerossol de proprionato de Betametasona 
 Gel fluocinonida a 0,05% 
 Elixir de betametasona a 0,01% 
Não usar bicarbonato de sódio – Causa necrose, 
transforma em afta química, necrosa as terminações 
nervosas e para a dor 
 
Tratamento de afta maior 
 Corticoesteroides potentes 
 Injeções de acetonida de triancionolama 
● Ulcera traumática 
Traumatismo sobre a mucosa bucal, de ordem mecânica, 
física ou química, crônico ou agudo, acidental ou iatrogênico 
Etiologia 
 Mordida durante a mastgação 
 Traumatismo agudos 
 Térmicas (alimentos quentes) 
 Aspirador de salina 
 Sondas, diques de borracha 
 Ulceras pós anestésicas 
 Afta de Bednas 
 Escova dental 
 Aparelhos protéticos e ortodônticos 
 Hábitos 
 Injurias intraorais 
Tratamento 
 Remoção do fator causal 
 Biópsia (quando não cicatriza) 
 Hidroxipropil celulose 
 Cloridato de diclonina 
 Extração de dentes 
 Higiene da área 
Queimadura química 
 Álcool 
 Perfurme 
 Gasolina 
 Fenol 
 Peróxido de hidrogênio (água oxigenada) 
 Perborato de sódio 
 Aspirina 
 Formol 
 Mertiolate 
 Nitrato de prata 
 Ácido crônico 
 Ácido tricloroacético 
 Hipoclorito de sódio 
 Formocresol 
 Paraformaldeído 
 
↪ Limpa com clorexidina 
↪ Não usar substância cáusticas 
↪ Usar cobertura antibiótica evitando a disseminação de 
microorganismos. 
● Quelite Actínica / Queilose Actinica/Solar 
↪ Condição potencialmente maligna do vermelhão do 
lábio inferior 
↪ Exposição crônica á luz UV, mutação de genes 
↪ Pele clara, idade avançada, imunossupressão, exposição 
do arsênio, anomalias genéticas 
↪ Ocupação ao ar livre – lábio de marinheiro ou agricultor 
↪ Cofatores – Tabagismo e imunossupressão (Pode 
evoluir para um carcinoma) 
↪ Epidermoide 
Características clinicas 
 Acima de 45 anos 
 Mais prevalente em homem 
 Desenvolvimento lento 
 Atrofia / ressecamento e fissura do vermelhão do 
lábio 
 Margem indefinida entre o vermelhão e a pele 
 Progressão – áreas descamativas e ásperas, 
lesões leucoplasicas 
 Ulcerações crônicas – Evolução para carcinoma 
epidermoide 
Histopatológico 
 Diferentes graus de displasia 
 Epitélio hiperqueratose, atrófico ou acantótico 
 Tecido conjuntivo – Faixa acelular amorfa, 
basofílica – Elastose solar 
 Infiltrado inflamatório crônico e vasos dilatados 
Resumo estomatologia – Vanessa Wunsch 
 
Tratamento 
 Corticoide tópico 
 Protetor solar, chapéu 
 Vermelhectomia 
 Biópsia (quando não resolve) 
 Terapia fotodinâmica 
 Ablação a laser de CO2 
↪ Risco de transformação para carcinoma é 2,5x maior 
que a queratose actínica 
↪ Não se faz biópsia com o uso do corticóide 
● Carcinoma espinocelular (epidermoide ou de células 
escamosas) 
↪ 90% das neoplasias malignas 
↪ Exposição ao sol 
↪ Leucodermas 
↪ Ocupações ao ar livre 
↪ Homens 
↪ Fumo e tabaco 
↪ Vírus oncogênicos 
↪ Radiação 
↪ Multifatorial – Fatores intrínseco e extrínsecos, 
associados à leucoplasias 
↪ Pouca sensibilidade dolorosa 
↪ Exofítica (aumento de volume, vegetante, papilifera, 
verruciforme). 
↪ Enfítica (invasiva, escavada, ulcerada) 
↪ Leucoplásia 
↪ Eritoplásia 
↪ Eritroleucoplásica 
Pode limitar o movimento da língua, mobilidade dental, 
sangrante. 
↪ úlcera/ nódulo – Duro a palpação 
↪ Metástase tardia 
↪ Invade o osso subjacente perineural 
Tratamento 
 Excisão cirúrgica (ressecção) 
 Cirurgia de Mohs – Essa técnica é usada quando 
o tumor tem margens mal delimitadas, A cirurgia 
de Mohs permite a visualização microscópica das 
células tumorais, tornando possível assim a sua 
retirada seletiva, com mínimo dano a pele normal. 
 Pomadas imunomoduladoras 
 Terapia fotodinâmica 
 Crioterapia 
 Curetagem e eletrocoagulação 
 Laser de CO2 
 Radioterapia 
● Mucosite 
Causada pelo tratamento de quimioterapia e radioterapia 
usando o protocolo de mucoproteção 
 
Diferentes apresentações clínicas de úlcera traumática. (A) 
Ulceração rasa e extensa em ápice lingual causada por 
automutilação. (B e C) Úlceras rasas em fundo de sulco 
causadas por trauma mecânico por escova dental. (D) 
Úlcera mais profunda com bordas esbranquiçadas em 
ventre de língua.

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