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Aula 4 - Cristianismo e Cultura Ocidental

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07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 1/41
CRISTIANISMO E 
CULTURA OCIDENTAL
Prof. Maximiliano Wolfgramm Silva
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 2/41
Nesta unidade temática, você vai aprender
A reconhecer a presença do fenômeno religioso nas mais diversas áreas da cultura ocidental,
com foco no cristianismo.
A avaliar a influência do cristianismo no estabelecimento de relações sociais, políticas,
econômicas e culturais.
A identificar, conhecer e refletir acerca de elementos e princípios da tradição cristã presentes
no mundo ocidental, em uma perspectiva da identidade confessional da instituição.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 3/41
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 4/41
Introdução
Em uma das disciplinas cursadas no doutorado, identificamos mais de 20 definições diferentes
para a palavra cultura. Obviamente, elas apresentavam inúmeros elementos comuns, mas
também características distintas. Analisadas a partir de uma certa perspectiva, cada definição
cumpria um papel: sustentar a argumentação do seu proponente. Nessa tentativa, específicos
elementos do conceito costumam ser destacados de maneira que uma tese possa ser mais
bem articulada.
A definição apresentada neste capítulo não é diferente. Zoltán Kövecses define cultura como
"um conjunto de entendimentos compartilhados." Alguém pode argumentar que essa definição
é demasiadamente limitada por, entre outras coisas, não enfatizar objetos reais que participam
da cultura. No entanto, a definição se torna mais abrangente à medida que compreendemos
que ela também inclui os entendimentos compartilhados que as pessoas têm em conexão com
aqueles objetos reais. Esses entendimentos compartilhados lidam com as concepções das
pessoas, com a forma como elas entendem a si, seu mundo, sua realidade. Esses
entendimentos formam sistemas conceituais que governam a maneira como funcionamos na
vida cotidiana. São essencialmente nossos processos mentais e os sentimentos e emoções
desencadeados por esses processos que definem a maneira como interagimos com todos os
entes que compõem a realidade de nossa existência, o que inclui a nós mesmos.
Inúmeros são os elementos que compõem o “conjunto de entendimentos compartilhados” que
caracterizam a cultura brasileira, a qual integra o conjunto mais amplo que caracteriza a cultura
ocidental.* Os processos históricos que constituíram essas culturas são diversos e complexos, e
podem ser compreendidos a partir de perspectivas diversas. O objetivo deste capítulo é
abordar nossa constituição cultural com ênfase em seu elemento religioso, com foco no
Cristianismo. Tal ênfase se justifica pelo profundo impacto que a religiosidade cristã, também
com suas raízes judaicas, tem tido nos últimos dois mil anos do hemisfério ocidental. Assim,
nosso estudo incluirá um passeio histórico por este período que, em seus complexos
movimentos, deu origem ao mundo ocidental. Neste passeio, diversos entendimentos
caracteristicamente cristãos serão destacados em seu impacto na história e cultura ocidentais.
Que este passeio seja rico de experiências e aprendizados para você.
* Este capítulo considerará o período histórico compreendido entre a vida e obra de Jesus de Nazaré e os movimentos reformatórios
do século XVI. Os últimos cinco séculos de nossa história serão tratados no capítulo capítulo 5, o qual trará um foco mais específico
sobre a religiosidade brasileira.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 5/41
O cristianismo e a cultura ocidental
Uma cultura judaico-cristã
O cristianismo surge de dentro do judaísmo. Reconhece como sagrado o texto da Torah e,
consequentemente, partilha inúmeras percepções de mundo com a fé testemunhada pelos
judeus. Por isso, muitos percebem o pensamento ocidental como sendo caracteristicamente
judaico-cristão.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 6/41
 
https://drive.google.com/file/d/1A1Icz5UxNWAn-gUSJhrVx_Mo9F3b06m8/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 7/41
A Criação de Adão de Michelangelo. Fonte: Wikimedia 
Um tema central na fé judaica e também na fé cristã é a crença em um Deus Criador. Não se
tem por objetivo aqui entrar no velho embate entre evolucionismo e criacionismo, mas
ressaltar o impacto que a percepção criacionista, filosoficamente falando, teve sobre a história
do ocidente. Pensar a realidade a partir de um Criador estabelece uma clara distinção entre
Deus e todo o universo. Mais do que isso, implica a compreensão da realidade que molda
nossa maneira de interagir com o mundo e de entender nosso papel na história deste mundo.
Karl Löwith, filósofo alemão falecido em meados do século passado, desenvolve uma
interessante tese sobre esse tema. Ele argumenta que existem duas visões da história do
mundo: uma cíclica e outra linear.
 
https://drive.google.com/file/d/1A1Icz5UxNWAn-gUSJhrVx_Mo9F3b06m8/view?usp=sharing
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FA_Cria%25C3%25A7%25C3%25A3o_de_Ad%25C3%25A3o%23%2Fmedia%2FFicheiro%3AGod2-Sistine_Chapel.png&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFr00KAxwmIhSoPggnFxGw1EkXfXQ
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 8/41
 
https://drive.google.com/file/d/1uzf_W0qKbNGHcpjJMiKxmi4y2vxi9uzr/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 9/41
O calendário Maia, que causou inúmeras especulações apocalípticas em 2012, apresenta essa visão 
cíclica de realidade. Fonte: Wikimedia. 
 
https://drive.google.com/file/d/1uzf_W0qKbNGHcpjJMiKxmi4y2vxi9uzr/view?usp=sharing
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fupload.wikimedia.org%2Fwikipedia%2Fcommons%2F2%2F26%2FExposi%25C3%25A7%25C3%25A3o_%2522Tesouros%252C_Mitos_e_Mist%25C3%25A9rios_das_Am%25C3%25A9ricas%2522%252C_no_Ribeir%25C3%25A3o_Shopping._Reprodu%25C3%25A7%25C3%25A3o_Calend%25C3%25A1rio_Maia%252C_que_dizia_que_o_mundo_iria_acabar_em_dezembro_de_2012_-_panoramio.jpg&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFeg8VraVfAIcvYvYAA6cF94Qud1w
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 10/41
De acordo com sua tese, a visão cíclica se origina em uma compreensão da história da
humanidade como um reflexo da realidade cíclica percebida na natureza, no universo. A
maneira como os corpos celestes se movem, as diferentes estações do ano, a reprodução dos
seres vivos – todos esses elementos apontavam para uma realidade que não tinha fim, mas
que se repetia de alguma maneira. Nas civilizações não influenciadas pelo pensamento cristão,
ainda se pode ver esse entendimento cíclico da história. Um exemplo é a relação entre
Brahman, Vishnu e Shiva, uma expressão da compreensão hinduísta da realidade alicerçada
nos conceitos de carma e reencarnação.
 
https://drive.google.com/file/d/1VUhyDr271besxSvXsI7fzQpIXZ2cQVpb/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 11/41
A outra visão é linear. Nela, é marcante a ideia de uma história que segue a partir de um ponto
inicial. Nessa visão, entende-se a realidade com base em eventos passados quando Deus
estava atuando diretamente na história do universo (crença na “Criação” e na “Encarnação de
Deus em Jesus,” por exemplo) e prevê-se eventos que acontecerãono final dos tempos (visão
escatológica). Isso confere a essa visão uma característica futurista, de uma história que ainda
vai alcançar seu clímax. De acordo com Löwith, essa visão tem suas raízes na tradição judaica e
cristã e é essencialmente diferente da visão cíclica.
A cultura ocidental está profundamente conectada às ideias judaico-cristãs e essa é a razão
pela qual mesmo os entendimentos seculares da história apontam para algum traço
progressivo na história humana, o que é uma consequência dessa visão linear. Isso leva a uma
compreensão de que a humanidade está progredindo para um objetivo final ou, pelo menos,
em direção a um mundo melhor. Tal perspectiva pode ser percebida em pensadores como
Georg Hegel, que constrói sua filosofia a partir de um Deus que se realiza através da história,
vendo o cristianismo e o hegelianismo como o estágio final do processo. Outro exemplo é Karl
Marx, o qual via no proletariado o instrumento para alcançar o objetivo de uma transformação
mundial nas relações socioeconômicas. Podemos ainda citar Auguste Comte o qual, inebriado
pelo positivismo, reflete sobre como a superioridade intelectual e moral pode ser alcançada
pela humanidade para melhorar sua própria existência. O fato é que esses pensadores (entre
outros) usam conceitos, ideias, linguagem originados no mundo judaico-cristão, e isso
evidencia uma profunda conexão entre o cristianismo e o pensamento ocidental.
Essa tese sustenta que, mesmo que a humanidade não seja capaz de alcançar um estado de
perfeição, ela caminhará nessa direção. Esse senso de futuro, de mudança de status, de algo a
ser alcançado, origina-se da perspectiva judaica e cristã. Nele, o futuro é o verdadeiro foco da
história. No ocidente, esse esquema teleológico ou escatológico tornou possível que a história
se tornasse universal, dando a ela um significado existencial.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 12/41
Jesus: Vida e Obra
A historicidade de Jesus
No século passado, uma enorme especulação dominava as conversas ao redor da pergunta:
“Jesus realmente existiu”? Em círculos mais céticos, sua história era encarada como um grande
mito religioso, e os relatos de sua vida como contos fantasiosos recitados por pessoas
ingênuas. No entanto, as pesquisas recentes têm demonstrado que há consenso em um ponto:
Jesus existiu! Se por um lado ainda há discussão sobre os milagres que marcaram sua história
de vida, a comunidade científica hoje não nega que, há quase dois mil anos, surgiu na região da
palestina um homem que, impactando profundamente a vida de centenas de pessoas, deu
origem a um movimento religioso que transformou a história do ocidente de tal maneira que a
dividimos em antes e depois de Cristo.
Nesta disciplina, tratamos o texto bíblico como saber e herança religiosa, reconhecendo o valor
dado a ele por cristãos em todo o mundo. Não nos ateremos aqui aos detalhes da história de
Jesus registrados no Novo Testamento. A leitura de um dos evangelhos, como o de Mateus, ou
uma sessão de cinema* são boas opções para aqueles que querem conhecer um pouco mais
sobre o registro que temos de sua vida. Buscaremos, resumidamente, extrair daquele registro
temáticas que norteiem nossa percepção da fé que é elemento estruturante da história e
cultura ocidentais.
* Algumas opções sugeridas são: “Jesus, a História do Nascimento” (2006, direção de Catherine Hardwicke), “O Filho de Deus” (2014,
direção de Christopher Spencer), “A Paixão de Cristo” (2004, direção de Mel Gibson) ou “A Maior História de Todos os tempos” (1965,
direção de George Stevens).
Ensinamentos
Na época de Jesus, havia vários rabis. Eram como professores, mestres, procurados por
aquelas pessoas que desejavam aprender de sua sabedoria. Mesmo pelos seus opositores,
Jesus foi reconhecido como rabi. Partindo da realidade dos alunos, ele transmitia mensagens
transformadoras. Grande exemplo disso são suas famosas “parábolas”.* Com certeza, uma das
mais conhecidas e significativas dessas parábolas é a do Filho Pródigo, a qual muitos preferem
chamar de “A Parábola do Pai Amoroso”. Por quê? Leia o texto de Lucas 15 através deste link e
tente responder você mesmo. Além disso, busque compreender que grande verdade
transcendente Jesus ensina através dessa parábola. Uma dica: um conceito central na
interpretação dessa parábola é a palavra amor.
*Parábola é uma comparação. Nela, faz-se uso de personagens, objetos, lugares, situações do cotidiano das pessoas e, a partir
destes, são feitas comparações que transmitem mensagens transcendentes.
 
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.bible.com%2Fpt%2Fbible%2F1840%2FLUK.15.NAA&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFh_c86NWDP81LGmtlcRstNMnli0g
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 13/41
 
https://drive.google.com/file/d/1lhlRCSb1zG-NlGyhi34AEJS0O4URq0q0/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 14/41
Jesus transmitia mensagens transformadoras.
 
https://drive.google.com/file/d/1lhlRCSb1zG-NlGyhi34AEJS0O4URq0q0/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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Na verdade, o conceito de amor pode ser usado para resumir os ensinamentos de Jesus. Aqui,
mais uma vez, percebemos a influência do cristianismo no pensamento ocidental. Enquanto
outras culturas destacam outros princípios para o viver humano (a cultura japonesa,
marcadamente influenciada pelo Xintoísmo, aponta para a honra como valor mais nobre, por
exemplo), no ocidente, o amor é reconhecido como o bem supremo na vida e nas relações
humanas. Diante disso, torna-se significativo refletirmos um pouco sobre o que o amor
significa em um sentido bíblico-cristão.
Comumente, usamos a palavra amor para falar de paixão ou desejo sexual. Outras vezes,
compreendemos amor como o mais nobre de todos os sentimentos. No entanto, o amor
ensinado por Jesus está acima de desejos físicos e sentimentalismos. Ele se concretiza em uma
postura, em uma atitude diante da vida. Tal compreensão nos ajuda a entender melhor
palavras bíblicas como “Amem os seus inimigos” (Mateus 5.44). Para Jesus, o amor ultrapassa
qualquer sentimento desconfortável, coloca o interesse do semelhante acima de sensações e
desejos pessoais e age para o bem das pessoas. Portanto, no cristianismo, não podemos
desvencilhar a palavra amor de ação. O amor não pode ficar no nível das ideias, sentimentos
ou desejos. Para alcançar a sua essência, ele precisa manifestar-se em ações. Assim,
percebemos em Jesus um mestre que ensinava através de palavras e através de exemplos,
atitudes. Ele não ficou apenas dizendo “Ama teu próximo”, ele mesmo foi prova irrevogável
desse amor. Como ele mesmo disse “Ninguém tem mais amor por seus amigos do que aquele
que dá a sua vida por eles” (João 15.13). Encarnando a compreensão divina de amor, o
testemunho de vida de Jesus torna-se referencial existencial e ético para os seus seguidores,
inspirando milhões de pessoas até os dias de hoje. Suas palavras são: “Eu lhes dou este novo
mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros”
(João 13.34).
De perseguida à religião oficial do império 
A expansão
Na primeira metade do século I, o Império Romano vivia um período de relativa prosperidade.
A cultura era dominada pelo helenismo e a religião apresentava diversas formas de politeísmo.
Havia segurança na maioria das estradas que ligavam o Império e era grande a atividade nos
portos. O período ficou conhecido como Pax Romana. Dentro dessa realidade, os judeus eram
um povo que ainda mantinha, em grande parte, traços distintos. Em geral, seus costumes e
religiosidade os diferenciavam do restante do Império. Muitos deles estavam espalhados pelo
mundo de então, como consequênciada diáspora. Foi nessa realidade que o Cristianismo do
Novo Testamento floresceu.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 16/41
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 17/41
A antiga moeda com duas mãos entrelaçadas representa a busca romana por harmonia e paz no
império. A imagem foi largamente utilizada durante o período da Pax Romana. Fonte: Wikipedia
A mensagem cristã era transmitida de boca em boca através de pessoas que, impactadas pela
história da ressurreição de Jesus, comprometiam suas vidas com a causa do Mestre judeu. Seus
seguidores se espalharam pelo mundo romano, e cada novo convertido tornava-se um
multiplicador dos ensinamentos de Jesus. Entre os inúmeros missionários destaca-se a figura
de Paulo. Com sua vida dando uma volta de 180 graus, torna-se o mais importante divulgador
da mensagem sobre Jesus no mundo não judeu. Sua incontestável convicção de fé alcançou o
centro do Império, Roma. Com o passar do tempo, o Cristianismo avançava cada vez mais.
 
https://drive.google.com/file/d/1j9y5W1LqmXJHP8tRxp1XO5Um8JPUKcdA/view?usp=sharing
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FFicheiro%3ANerva_Aureus_Concordia.png&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEjFwxD_XIK6e3JEx4hXHHBFxmVfA
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 18/41
 
https://drive.google.com/file/d/10IXSMn33dBolVHcovt_04UBqNm1tpg3S/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/10IXSMn33dBolVHcovt_04UBqNm1tpg3S/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 19/41
Pessoas consideradas inimigas do estado romano, muitas vezes, eram condenados à tortura ou 
morte sendo jogados em arenas com feras selvagens. Esses condenados eram chamados de 
bestiários. Fonte: Wikimedia 
 
https://drive.google.com/file/d/10IXSMn33dBolVHcovt_04UBqNm1tpg3S/view?usp=sharing
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fupload.wikimedia.org%2Fwikipedia%2Fcommons%2F8%2F8d%2FBestiarii.jpg&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHjim9dmRgmuQ3oQmKJepaoe79M9w
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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Alguns por questões religiosas, outros por questões políticas, percebiam na mensagem de
Jesus e no número de seus seguidores uma ameaça em potencial. Isso ocorreu tanto entre
líderes judeus como entre líderes romanos. Nero, imperador romano, ao acusar os cristãos
pelo incêndio na capital do império (18 a 19 de julho de 64), deu origem a um longo período de
intolerância. O Cristianismo foi declarado uma religião fora da lei. Seus seguidores eram
passíveis de prisão, tortura, confisco de bens e morte. A intolerância alastrou-se por três
séculos. Nesse período, houve momentos de calmaria e tranquilidade para os cristãos. Em
outros momentos, líderes romanos promoveram verdadeiros derramamentos de sangue,
como é o caso de Décio e Diocleciano. No entanto, como registrou o historiador Tertuliano, o
sangue dos mártires era uma semente de cristãos. Quanto mais eram perseguidos, mais
aumentava o número daqueles dos que seguiam a Jesus Cristo.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 21/41
De perseguidos a perseguidores
Não era mais possível fugir de um fato: o Cristianismo era uma realidade irreversível. Nações
inteiras dentro do império já haviam sido convertidas. Foi então que uma mistura de convicção
religiosa e interesses políticos causou uma reviravolta na situação do Cristianismo. Galério
iniciou, oficialmente, o processo de mudança. Em 311, ele promulgou um Édito de Tolerância,
dando fim à perseguição iniciada por Diocleciano. Em 313, no ocidente, Constantino fez do
Cristianismo uma religião lícita através do Édito de Milão. Em 380, Teodósio tornou o
Cristianismo a religião oficial do Império Romano através do Édito de Tessalônica.
De marginais, os cristãos passaram a dominar o cenário religioso de então. Agora pense: De
que maneira essa mudança foi positiva e de que maneira ela foi negativa para o Cristianismo?
Positivamente, talvez alguns possam apontar para a liberdade de culto bem como para o apoio
do Estado para a atividade missionária. No entanto, desde o início, essa perigosa mistura
mostrou-se perniciosa, tanto para o estado quanto para a religião que se fortalecia
politicamente. O decreto de Teodósio foi imediatamente seguido por intolerância e
perseguição, com atitudes extremistas contra aqueles que professavam outra fé. O poder
crescente dos líderes da igreja ofuscou sua visão de maneira que não mais enxergavam os
ensinamentos mais básicos deixados pelo Mestre Jesus.
A atual separação entre clero e laicato, ainda marcante em algumas denominações cristãs, era
desconhecida no chamado cristianismo primitivo. Aqueles que exerciam funções sacerdotais
eram respeitados pelo seu ofício, mas estavam tão perto de Deus como qualquer outra pessoa
poderia estar. Com o passar do tempo, as diferenças entre clero e laicato foram sendo
intensificadas. Tal diferença foi reforçada quando os bispos de algumas cidades do Império
começaram a assumir um grau de importância maior. Isso aconteceu especialmente com
aquelas cidades por onde um dos doze apóstolos havia passado. Esses bispados assumiram
primazia entre os demais. Pastoreando a cidade tida tradicionalmente como o local da morte
dos grandes apóstolos Pedro e Paulo, a qual também representava a glória do Império, o Bispo
de Roma gozava de posição especial. Não demorou para que se defendesse a submissão de
outras comunidades cristãs ao bispo de Roma, que mais tarde veio a ser conhecido como Papa.
Cada vez mais o clero colocava-se em uma posição de ascensão, poder e dominação. Regiam
sobre as consciências das pessoas devido a distorcidas compreensões da mensagem de Cristo
e, obviamente, ao desejo natural do ser humano de manter e ampliar o poder adquirido.
O papado de Roma impunha suas convicções, muitas vezes baseadas em simples ignorância
científica e/ou teológica, pela força da espada. Um grande exemplo disso é a Inquisição.
Inicialmente criada para orientar e instruir, transformou-se em um braço de julgamento e cruel
condenação da época.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
07/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 22/41
 
https://drive.google.com/file/d/1-KTm6AZGnLKbDcrv81d3bUTfMZzHKCAU/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 23/41
Retrato da inquisição. Fonte: Wikimedia. 
Disputas de poder ocorreram por todo Império e foram intensificadas nas disputas entre o
Bispo de Constantinopla e o de Roma. Além da questão cultural, marcante diferença entre os
dois grupos de cristãos, vários desentendimentos provocaram uma crescente divisão entre o
oriente e o ocidente. A Controvérsia Iconoclasta (movimento no Império Bizantino que se opôs
à veneração de ícones e imagens religiosas) foi apenas o estopim que impulsionou a
oficialização da separação através da bula de excomunhão no qual o Bispo de Roma expulsava
da Igreja o Bispo de Constantinopla, e vice-versa. Ocorria a primeira grande divisão dentro da
Igreja Cristã, conhecida como o Cisma de 1054. Formam-se, então, as Igrejas Ortodoxas
Orientais e a Igreja Católica Apostólica Romana. Devido à sua influência sobre o mundo
ocidental, esta última será o foco de nossos estudos.
 
https://drive.google.com/file/d/1-KTm6AZGnLKbDcrv81d3bUTfMZzHKCAU/view?usp=sharing
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fcommons.wikimedia.org%2Fwiki%2FFile%3AAn_auto-da-f%25C3%25A9_of_the_Spanish_Inquisition_and_the_execution_o_Wellcome_V0041892.jpg&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEmLSk7EcbcY382TvcYdSbvqlzYBAhttps://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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As reformas protestantes do Séc. XVI
A Igreja Cristã na Idade Média
Mil e quinhentos anos depois de seus primeiros passos na Palestina, a Igreja Cristã havia
mudado muito. No processo de massificação que seguiu o reinado de Teodósio, ser cristão
passou a não depender mais de uma convicção pessoal, mas de uma nova ordem política e
social. O Cristianismo estava dividido entre Oriente e Ocidente. Nesse mesmo período, vivia-se
na Europa as consequências da exploração marítima, do renascimento do grande comércio e
da invenção da imprensa. O mundo estava mudando, e tudo isso despertou um grito de
mudança dentro da própria igreja.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 25/41
Adaptando uma prensa usada para extrair o suco de uvas, Gutenberg criou um aparelho que,
fazendo uso de tipos móveis, agilizava em muito a cópia de textos escritos. A partir daí, ideias se
proliferaram com facilidade.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 26/41
Vozes dissidentes se manifestaram através dos escritos de João Wycliffe, professor de Oxford
que viveu no século XIV e é considerado o precursor das reformas religiosas que sacudiram a
Europa. Ele inspirou João Hus, que entre outras coisas defendia a ideia de que qualquer um
poderia se comunicar com Deus sem mediação sacerdotal. Seus ensinamentos, considerados
heréticos, o levaram para a fogueira. Mais tarde, também se destacaram os movimentos
reformistas liderados por João Calvino e Ulrico Zuínglio. O pensamento desenvolvido por eles
impactou muito a teologia evangélica que se seguiu. Apesar de sua importância, iremos focar
nossa atenção no movimento reformatório liderado por Martinho Lutero, especialmente
considerando seu profundo impacto nas estruturas religiosa, social e política do ocidente e sua
conexão com a tradição da Ulbra.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 27/41
Maximilian Karl William Weber, mais conhecido como Max Weber, escreveu a clássica obra “A Ética
Protestante e o Espírito Capitalista,” onde argumenta que a religião foi uma das causas para que as
culturas oriental e ocidental se desenvolvessem de forma diversa. Sua tese coloca o protestantismo
como um dos elementos essenciais para o nascimento do capitalismo.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 28/41
A reforma luterana
No início do século XVI, o papa Leão X sentia a necessidade de firmar a autoridade e poder de
Roma. Percebia a Igreja Romana enfraquecida e via na construção da Catedral de São Pedro
um movimento importante naquela direção. Para tanto, precisava de recursos financeiros, o
que motivou a prática da venda de indulgências.
 
https://www.youtube.com/watch?v=YJaIzcQoaTk
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 29/41
Assista ao documentário "Os caminhos de Lutero." Nele, Rogério Enachev nos faz conhecer,
através de um tour pela Alemanha dos dias de hoje, elementos importantes da Reforma
Luterana.
Os primeiros passos da Reforma de Lutero Os primeiros passos da Reforma de Lutero | Ep.1| Ep.1
Naquela época, ensinava-se que a Igreja Romana possuía um “tesouro de méritos” (boas ações)
conquistado através da vida piedosa de Jesus, Maria, os Santos Apóstolos, entre outros. Esse
tesouro poderia ser transferido para os fiéis da igreja através de uma Carta de Indulgências,
compensando com as boas ações dos santos o castigo que deveria vir como consequência dos
pecados cometidos. A lógica aqui presente está associada ao Sacramento da Penitência, e pode
representar um conceito difícil para quem não está familiarizado com a teologia romana. No
entanto, grosso modo, a venda dessas Cartas de Indulgência consistia em venda de perdão dos
pecados, ou melhor dizendo, isenção do mal que cada um deveria sofrer como consequência
do pecado. Era possível comprar indulgências até mesmo para entes queridos já falecidos,
garantindo a saída destes do purgatório. Essa cultura surgiu durante o período medieval com
forte influência do pensamento religioso que se afastou da Bíblia.
 
https://www.youtube.com/watch?v=YJaIzcQoaTk
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 30/41
João Tetzel, pregador dominicano, inquisidor, foi o grande promulgador de indulgências na
Alemanha na época de Lutero. Fonte: Wikimedia
 
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fcommons.wikimedia.org%2Fwiki%2FFile%3AJohann-tetzel-1.jpg&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEQOy3zAOSaJg3SPbGxXqd2_msvBg
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 31/41
Você sabe qual é a base conceitual do logo da ulbra? Clicando aqui, você terá acesso ao texto
que explica um pouco sua origem.
 
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ulbra.br%2Freforma-luterana%23rosa&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEd75fXHzBy2z5C5_xtdsqsPZT0mg
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 32/41
É importante afirmar que o objetivo de Lutero nunca foi o de dividir a Igreja Cristã. Percebemos
isso no próprio nome do movimento: Reforma Protestante (Luterana). Reformar não é
construir algo novo, é fazer o que temos em mãos voltar a ser o que era antes. Lutero queria
que a Igreja voltasse ao caminho do perdão gratuito ensinado por Cristo e à liberdade
conquistada por Ele. No entanto, se muitos apoiaram suas propostas de mudança, tantos
outros não concordaram com as ideias defendidas por Lutero. Da mesma maneira como era
indesejada, a separação tornou-se inevitável.
Os desdobramentos desse movimento para a sociedade ocidental são profundos, e não temos
como articulá-los na mesma dimensão com que impactaram nosso mundo. Em uma sociedade
impregnada pelo religioso, mudanças dessa ordem atingiram a vida como um todo. De maneira
resumida, podemos dizer que a Reforma alterou a organização política da Europa,
enfraquecendo o poder da Igreja Romana e, consequentemente, fortalecendo o poder da
nobreza e contribuindo para a criação dos estados-nação. Em sua doutrina dos dois reinos, o
pensamento de Lutero lançou as bases filosóficas para o que hoje chamamos de distinção
entre igreja e estado. Além disso, fortaleceu ideais humanistas os quais, valorizando virtudes e
capacidades humanas, abriram caminho para a revolução cultural e científica que caracterizam
o iluminismo. Na economia, trouxe uma certa sacralidade para as profissões lícitas e,
valorizando também as bênçãos materiais dadas por Deus para o benefício das pessoas, deu
origem a uma nova relação da pessoa religiosa com os bens materiais. Elevou a educação
formal à posição de elemento essencial para o desenvolvido das sociedades, defendendo que
lugar de crianças, meninos e meninas, era na escola. Isso porque Lutero, que por toda sua vida
foi professor universitário, sabia por experiência própria do poder transformador do
conhecimento na vida dos indivíduos. Não é sem razão que países impactados diretamente
pela Reforma se tornaram referência em educação para o mundo. Universidades que são
famosas em todo mundo tiveram sua fundação intimamente ligada a empreendimentos
educacionais de protestantes. Para uma maior aprofundamento sobre a relação entre Lutero e
Educação, acesse este link.
 
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.ulbra.br%2Fupload%2F5af00d56a6492c62edb81dca20f897cf.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEfhyY0yRKgGO42o2dmEr5VVty3HQ
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=007/04/2021 T004
https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 33/41
 
https://www.youtube.com/watch?v=-qqRFJZhIEE
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 34/41
Como parte das celebrações dos 500 Anos da Reforma Protestante, em 2017, a Universidade
Luterana do Brasil produziu o documentário “A Reforma Luterana através da Arte” o qual
analisou obras de arte produzidas pelos artistas alemães Lucas Cranach e Albert Dührer sobre
Martinho Lutero e sua obra:
A Reforma Luterana através da Arte – com LibrasA Reforma Luterana através da Arte – com Libras
Também em 2017, a Revista Ultimato publicou o texto “A influência da Reforma na história da
pintura” (Clique aqui para acessar), destacando elementos de uma palestra ministrada pelo
pintor espanhol Miguel Angel Oyarbide. Em suma, o texto traça uma linha histórica que conecta
expressões artísticas contemporâneas ao movimento da Reforma Protestante.
Nessas poucas páginas, fizemos uma viagem panorâmica pelos primeiros quinze séculos da
história da igreja cristã. No próximo capítulo, trataremos dos últimos cinco séculos, mas com
um olhar voltado para a história brasileira.
 
https://www.youtube.com/watch?v=-qqRFJZhIEE
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.ultimato.com.br%2Fconteudo%2Fa-influencia-da-reforma-na-historia-da-pintura&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEOOV2QMibpAxy74vyMdCAJP0sfZg
https://sites.google.com/ulbra.br/g000001gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000001GS002/t004 35/41
 
https://drive.google.com/file/d/16NhU0ETzLR5jqQvp0tsXShjdXJRpnfcK/view
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G000001VD001T003.mp4
 
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Infográfico
 
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https://drive.google.com/file/d/1l4dvW2S6V-gM0k-kEd_w0errcBBsegab/view?usp=sharing
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Referências
BLOMBERG, Craig L. The Historical Reliability of the Gospels. Credo Courses, 2007.
BUSS, Paulo W. (Org.). Reforma Luterana - Ontem e Hoje. Porto Alegre: Editora Concórdia,
2019.
DREHER, Martin Norberto. A Igreja no Império Romano. São Leopoldo: Sinodal, 2001.
________. A Igreja no Mundo Medieval. São Leopoldo: Sinodal, 2001.
________. De Luder a Lutero - Uma Biografia. São Leopoldo: Sinodal, 2014.
GONZALES, Justo L. Uma História Ilustrada do Cristianismo. São Paulo: Vida Nova, 1980-
2005, v 1-5.
HÄNGGLUND, Bengt. História da Teologia. 7. ed. Porto Alegre: Concórdia, 2003.
LÖWITH, Karl. Meaning in History. Chicago: Phoenix Books, 1949.
MAIER, Paul L. Jesus - Verdade ou Mito? São Paulo: CPTN, 2007.
MEIER, John P. A Marginal Jew - Rethinking the Historical Jesus. New York: Doubleday, 1994.
WALKER, Williston. História da Igreja Cristã. São Paulo: Aste, 2001.
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