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SISTEMA LINFÁTICO Funções: - Preservação do balanço de fluido; - Facilita o transporte de proteínas teciduais; - Inicia funções imunológicas, já que transportam materiais estranhos (antígenos, bactérias e microrganismos) até os linfonodos; - Possui função nutricional (como no caso do intestino, onde absorve a gordura digerida pelos quilomícrons e os transporta para o plasma). Características: - Os fluidos e macromoléculas que deixam o sangue capilar são coletados do espaço intersticial por capilares linfáticos; - Os vasos linfáticos retornam o ultrafiltrado (especialmente as proteínas plasmáticas) para a corrente sanguínea no nível das veias; - Esse processo completa a circulação extravascular de fluido e proteínas, assegurando a homeostase do volume tecidual; - 10 a 50% das proteínas plasmáticas retornam ao sistema circulatório através do sistema linfático durante 24h; - A deficiência da função linfática pode levar a edema grave, rico em proteína. Formação da linfa: - Composta basicamente por fluido intersticial drenado das áreas adjacentes aos capilares linfáticos; - Inicialmente, o capilar linfático está esvaziado, devido a compressão do tecido que o circunda. Posteriormente, o vaso se expande devido as suas características elásticas; - Em certos momentos a pressão dentro do capilar cai abaixo da pressão do fluido intersticial, formando um gradiente de pressão favorável à entrada do fluido; - No leito linfático há presença de válvulas que asseguram o fluxo unidirecional. - A linfa se move por mecanismos intrínsecos (contração rítmica da musculatura lisa do vaso) e extrínsecos (compressão exercida pelos tecidos e pela pressão intratorácica negativa); - Aproximadamente 4L de linfa são formados diariamente, deixando claro a importância desse sistema; - O fluido do espaço intersticial funciona como reservatório para o plasma sanguíneo. Se o volume plasmático cai, como nos casos de hemorragia, parte do fluido intersticial é reabsorvido. Se o volume plasmático aumenta, o excesso entra no espaço intersticial; Forças de Starling: - Em 5L de sangue, 3L é plasma; - A água (plasma) exerce a pressão hidrostática que faz com que o líquido tenda a sair do capilar e ir para o espaço intersticial, mas isso não acontece; - Isso não acontece porque dentro do sangue existem muitas proteínas que exercem uma pressão contrária a saída do líquido. É a chamada pressão oncótica; - A pressão oncótica ou coloidosmótica (proteína solubilizada) é fundamental para regulação de líquido que vai para o espaço intersticial; - As principais proteínas são albumina e globulina; - Problemas na regulação dessas pressões podem gerar edema. Edema: - É o acúmulo de fluido no espaço intersticial; - O edema se desenvolve quando a taxa de filtração capilar supera a taxa de drenagem linfática por um período, ou seja, a patogênese do edema envolve ou um aumento da taxa de filtração ou uma diminuição do fluxo linfático; - A consequência imediata é o retardo na troca de nutrientes e metabólitos entre células e plasma; - Dois tipos mais comuns: edema subcutâneo (periférico) e edema pulmonar; - O edema subcutâneo não é detectado clinicamente até que o volume intersticial tenha crescido 100%; - No edema periférico ocorre deficiência na nutrição da célula (decorrente do aumento da distância fusional), ulceração da pele, deformidade, desconforto e dificuldade de locomoção; - O edema pulmonar é comumente causado pela insuficiência ventricular esquerda; - No edema pulmonar o pulmão tem dificuldade de se insuflar (provocando dispneia) e há um aumento da distância sangue-gás (capilar-alvéolo) que diminui as trocas gasosas (provocando hipoxia); Causas do edema: 1. Aumento da pressão capilar: - Geralmente secundária à elevação da pressão venosa causada por insuficiência ventricular, sobrecarga de fluido ou trombose venosa 2. Hipoproteinemia: - Redução do teor de proteínas que reduzirá a pressão oncótica (contrária à hidrostática), aumentando a taxa de filtração capilar e fluxo da linfa; - Pode ser provocada por má nutrição, perda excessiva de proteína na urina (sd nefrótica), doença intestinal, insuficiência hepática (já que o fígado sintetiza albumina, uma das principais proteínas); 3. Alterações na permeabilidade capilar: - Aumento da condutância hidráulica e da permeabilidade a proteínas; 4. Insuficiência linfática: - Deficiência da drenagem linfática; - Causa tanto o acúmulo de fluido quanto o de proteína no interstício, já que esses dois elementos passam para o espaço intersticial em grandes quantidades diariamente. - O fluido é linfoedema é rico em proteína; - A causa mais comum dessa patologia é a filariose (efelantíase).
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