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COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS POLÍTICA URBANA

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COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS
A Constituição Federal de 1988 adotou como forma de governo a República, o presidencialismo como sistema de governo e a Federação como forma de Estado; logo surge a denominação República Federativa do Brasil. Em relação ao federalismo brasileiro, este tem como característica a participação, na sua organização político-administrativa, de quatro entes, os quais são: a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
	Todos dotados de autonomia para exercerem competências públicas (as competências podem ser legislativas, administrativas e tributárias). Outra característica do federalismo é o fato de que não há hierarquia entre os entes federativos, e assim também não há entre as leis federais, estaduais e municipais; quando há conflitos entre as normas ou entre as competências em diferentes âmbitos (federal, estadual ou municipal) se decide de acordo com a prevalência de interesses. Desta forma serão abordadas tão somente as competências dos municípios enquanto entes federativos autônomos. 
	O Município é considerado entidade federativa indispensável ao sistema federativo, como se extrai da própria Constituição Federal de 1988.
 	Sua autonomia é consagrada como princípio constitucional, devendo a União assegurar sua observância, de acordo com o artigo 34, VI, c, da CF. Sua autonomia, assim como dos demais entes federativos, divide-se em quatro capacidades: auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação.
	O Município possui somente os poderes Legislativo e Executivo, o Poder Judiciário por sua vez, apesar de existir no âmbito municipal, não é de competência do município (o ente federativo que deve manter e organizar o Poder Judiciário é a União, de acordo com o artigo 21, XIII da CF).
	Assim como os outros entes, o ente federativo municipal possui competências públicas que devem ser cumpridas. Dessa forma, exerce competências privativas de natureza material (ou administrativa) e de natureza legislativa. Exerce também a competência material comum, que pode ser exercida por todos os entes da Federação. Também dispõe da competência legislativa suplementar, nos casos de falta de previsão legal na legislação federal ou estadual.
	Cabe, portanto, ao Município as competências de interesse local, conforme o artigo 30, I, da CF: “Compete aos Municípios: I – legislar sobre assuntos de interesse local.” O Município possui competências administrativas ou materiais e competências legislativas; as primeiras podem ser: a) comum (cumulativa ou paralela), quando todos os entes são aptos a exercer essas competências, está disciplinada no artigo 23 da CF/88; e b) privativa (enumeradas), somente o Município pode exercer essa competência, artigo 30 da CF/88. As competências legislativas, por sua vez, podem ser: a) expressa, disciplinada no artigo 29; b) suplementar, cabe ao Município suplementar a legislação federal e a estadual no que couber, ou seja, dentro do interesse local, artigo 30, II, CF/88. 
	O artigo 30, I, da CF diz respeito ao interesse local, o município deverá legislar sobre assuntos dessa matéria. Porém questiona-se sobre a conceituação de interesse local. Segundo MORAES (2005, p. 283 e 284) “[...] interesse local refere-se àqueles interesses que disserem respeito mais diretamente às necessidades imediatas do município, mesmo que acabem gerando reflexos no interesse regional (Estados) ou geral (União)”. Exemplos de competência de interesse local do Município são a exploração da atividade de estabelecimento comercial, o horário de funcionamento do comércio local e a fixação de horário para funcionamento de farmácias e drogarias e de plantões obrigatórios. 
	Em relação ás competências comuns existem dois aspectos importantes. O primeiro diz respeito ao fato de que essas competências não podem ser renunciadas ou transferidas. O segundo refere-se á circunstância de que a previsão de competências administrativas comuns não implica competência legislativa, porém isso não significa que os entes federativos não podem legislar sobre tais matérias, só é preciso que para isso sejam respeitados os limites do sistema constitucional em matéria de repartição de competências legislativas. 
A política urbana na Constituição brasileira de 1988
	A Política Urbana, ou política de desenvolvimento urbano, é tratada no Capítulo II do Título VII – Da Ordem Econômica e Financeira da Constituição da República de 1988. Como política pública, materializa-se na forma de um programa de ação governamental voltado à ordenação dos espaços habitáveis, abrangendo, dessa forma, tanto o planejamento quanto a gestão das cidades. 
	A execução da atividade urbanística, ora compreendida como a intervenção estatal voltada à ordenação dos espaços habitáveis, é uma típica função pública, a ser desempenhada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em suas correspectivas esferas de competência, mediante a necessária participação da sociedade civil, em cooperação com a iniciativa privada e demais setores da sociedade e em condições isonômicas com os agentes privados na promoção de empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização. 
	O protagonismo dos Municípios nesta seara é inegável, uma vez que cabe ao Poder Público Municipal, por expressa determinação constitucional, a execução da política de desenvolvimento urbano, conforme as diretrizes gerais fixadas por meio de lei federal (CF, art. 182, caput). Entre os diplomas normativos voltados ao estabelecimento das diretrizes gerais da Política Urbana destacam-se o Estatuto da Cidade, editado em 2001 na forma da Lei Federal 10.257, e o Estatuto da Metrópole, editado em 2015 na forma da Lei Federal 13.089. 
	
	Incumbe aos Municípios fixar, por meio dos seus respectivos Planos Diretores – editados por meio de lei municipal e obrigatórios para cidades com população superior a vinte mil habitantes – as exigências fundamentais de ordenação da cidade (CF, art. 182, § 2º) bem como delimitar as áreas em que o Poder Público municipal poderá exigir, mediante lei específica, nos termos da lei federal, o adequado aproveitamento do solo urbano não edificado, não utilizado ou subutilizado, por meio da aplicação sucessiva dos instrumentos enumerados no art. 182, § 4º, da Constituição, a saber: notificação para parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, imposto predial e territorial progressivo no tempo e desapropriação-sanção. Reputa-se, assim, cumprida a função social da propriedade na medida em que o proprietário dê ao imóvel urbano o devido aproveitamento, conforme as exigências fundamentais de ordenação da cidade apontadas pelo Plano Diretor (CF, art. 182, § 2º). 
	A política de desenvolvimento urbano tem dois objetivos constitucionais essenciais: a ordenação do pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, na forma que dispuser o Plano Diretor, e a garantia do bem-estar de seus habitantes (CF, art. 182, caput). Ambos os objetivos guardam íntima relação com a concretização dos direitos sociais enunciados no art. 6º da Constituição da República, em especial com os direitos sociais ao trabalho, à moradia, ao transporte e ao lazer os quais, na classificação proposta pela Carta de Atenas, correspondem às quatro funções essenciais da cidade. 
	A menção à garantia do bem-estar dos habitantes da cidade remete, ainda, ao caput do art. 225 da Constituição, que enuncia o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
	A conjugação entre os arts. 182 e 225 da Constituição da República permite afirmar que o modelo de desenvolvimento a ser promovido pela Política Urbana Brasileira é o do desenvolvimento urbano sustentável, pautado pelo equilíbrio entre crescimento econômico, inclusão social e preservação ambiental e pela solidariedade inter-geracional. Esta opção constitucional implícita pelo modelo de desenvolvimentourbano sustentável é confirmada pela enunciação explícita da garantia do direito às cidades sustentáveis como diretriz geral da política urbana brasileira feita pelo art. 2º, inciso I, do Estatuto da Cidade.

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