INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL PTI

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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ
2ª LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
EDILSON AZEVEDO LOPES
INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL – PTI
PRODUÇÃO DE TEXTO – ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO
CATUNDA-CE
2020
EDILSON AZEVEDO LOPES
INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL – PTI 
PRODUÇÃO DE TEXTO – ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO
Portfólio apresentado a Universidade Norte do Paraná, como parte das exigências para a obtenção de complemento de disciplina.
CATUNDA-CE
2020
INTRODUÇÃO 
 Neste texto, iremos abordar sobre a percepção e inclusão escolar de alunos superdotados e perceber o caminho sensacional de forma mais eficaz as características da superdotação, mas nos traz inúmeras dúvidas em relação à maneira como deve ser efetivada no contexto escolar, de forma que os alunos tenham uma aprendizagem significativa e coerente aos seus interesses e necessidades. 
 Quando se fala em Educação Especial, a atenção normalmente se volta para estudantes com deficiências e a superdotação fica esquecida. Altas habilidades ou superdotação faz referência a pessoas que conseguem atingir um potencial alto no que diz respeito às múltiplas inteligências. 
 Portanto, a partir do momento que falamos de pessoas superdotadas, nos referimos a pessoas de desempenhos e habilidades avançadas, tanto na escola como no dia a dia e na sociedade em geral. Por isso, as pessoas superdotadas se diferenciam dos outros pelo seu alto nível de habilidade intelectual em comparação com as outras pessoas. Geralmente pela falta de conhecimento ao tema superdotação, onde a maioria dos profissionais pensa que esses alunos não necessitam de acompanhamento e atenção especial (FREITAS, 2006).
 Porém nesta obra abordaremos muitas questões relevantes sobre as principais realidades enfrentadas por vários educadores, tendo como exemplo a professora Fabiane e a aluna Vanessa que apresentam situações reais dessa realidade de desenvolvimentos diferenciados em relação aos demais, com isso mostrando as verdadeiras normas mais adequadas de se perceber esse publico e encaminhar da melhor forma possível para um acompanhamento mais especializado na sala de recursos multifuncional. 
 A referida sala de recursos é destinada para os estudantes com AH/SD e é um espaço organizado com materiais didático pedagógicos, equipamentos e profissionais qualificados onde é ofertado o atendimento educacional especializado que visa atender às necessidades educacionais dos alunos com AH/SD da Rede Pública de Ensino (BRASIL, 2010). 
 Portanto, procuraremos mostrar um pouco da situação problema e exemplificar para a nossa realidade mostrando o retrato das pessoas superdotadas e conhecer seu verdadeiro caminho da descoberta ao acesso dessas pessoas, dando-lhes valor e inclusão que lhes e de direito. 
DESENVOLVIMENTO
 A Superdotação Intelectual é caracterizada pelo desenvolvimento de uma habilidade significativamente superior a da média da população em alguma das áreas do conhecimento, podendo se destacar em atividades como: acadêmicas, criativas, de liderança, artísticas, psicomotoras ou de motivação. O sujeito da Superdotação é conhecido como superdotado talentoso e portador de altas habilidades (BRASIL, 2006). 
 Veremos a seguir, algumas observações corrigidas pelo Ministério da Educação MEC (BRASIL, 1999), onde aponta 12 distorções a respeito das AH/SD. 
 Todo superdotado é um “gênio”: popularmente as terminologias superdotadas e gênio são equivalentes, o que não é verdadeiro, pois o superdotado está atualmente em desenvolvimento, não se pode vinculá-lo a uma imagem universal de genialidade. 
 Criança superdotada, um “adulto partido ao meio”: Este mito engloba tanto o senso comum dos pais quanto dos professores, porém, deve ficar claro, que uma criança superdotada continua a ser uma criança, não é um adulto partido ao meio, pois o seu desenvolvimento físico e emocional, não acompanha o seu desenvolvimento intelectual. 
 O superdotado é cem por cento: o mais arrumadinho, disciplinado e obediente: Superdotação não é sinônimo de perfeição, essas características podem ser apresentadas por qualquer indivíduo, independente de ter AH/SD. 
 Superdotado como um “sabe-tudo”: Isso não é uma verdade, pois existem várias áreas de superdotação, e um indivíduo pode ter AH/SD em uma ou mais áreas do conhecimento, e ao mesmo tempo apresentar déficit em outra. 
 Todo superdotado é bem sucedido na escola: isto nem sempre ocorre devido à área de superdotação; não é porque alguém possui desenvolvimento acima da média em Física ou Matemática, que precisa se destacar na área das linguagens, ou na área artística. 
 Superdotação: condição suficiente para alta produtividade: Ser superdotado não é garantia de alta produtividade, até mesmo porque são vários os fatores que influenciam o desenvolvimento de suas potencialidades. 
 Superdotado não, super estimulado: A estimulação é necessária para maior desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos superdotados, porém super estimular um indivíduo que não é superdotado, não o fará se tornar superdotado, porém deixar de estimular um superdotado, pode fazer com que as potencialidades desse indivíduo não floresçam. 
 Toda criança com indícios de superdotação “é superdotada”: Indícios de superdotação devem ser trabalhados, a fim de propiciar o desenvolvimento e a efetivação do seu potencial. Quando se fala em ser superdotado, isso quer dizer que o desenvolvimento já foi efetivado; ou seja, uma criança com indícios de superdotação, pode se tornar um superdotado, assim como pode não se tornar. 
 Superdotação indicador de: rebeldia, desrespeito, desobediência, atrevimento, ousadia e “do contra”: A natureza do superdotado é de não se contentar com tudo que lhe é apresentado, aceitando tudo como verdade absoluta, geralmente é questionador, e muitas vezes esses comportamentos são mal interpretados, vistos como rebeldia, ou falta de educação. 
 Todo superdotado foi criança precoce, um “prodígio”: Na verdade a superdotação não tem faixa etária para se manifestar, a precocidade é uma das características a serem observadas, mas não é uma regra; pois um indivíduo pode ser superdotado sem ter sido uma criança precoce. 
 Superdotado só procede de família rica: A superdotação é característica do ser humano, e não está vinculada a condição social, famílias ricas, não são fábricas de superdotados. 
 Todo superdotado é “meio maluco”: Como o superdotado foge do modelo do senso comum, apresenta-se fora dos padrões usuais de comportamento, acaba muita vezes sendo visto como um louco, o que também não se aplica à realidade. O superdotado é diferente, assim como cada indivíduo é diferente dos demais, e isso não o torna maluco. 
 De acordo com as observações, observa-se que os alunos com AH/SD enfrentam vários preconceitos por parte de vários setores como: escola, professores, pais, colegas de classe, amigos e a sociedade de um modo geral.
 Conforme os relatos acima, e percebendo sobe os mitos que surgem sobre esse tema ainda tão complexo e pouco abordado nas escolas, irão conhecer situações diversas que nos proporcionam muitas repostas em relação a um assunto direcionado ao tema superdotado que conhecemos nos artigos estudados que aborda como exemplo a historia da professora Fabiane que expressa muito bem à relação que os professores tem de forma direta com os alunos, e faz com que varias observações e descobertas sejam realizadas com freqüência no dia a dia da sala de aula e lhes proporcionam ser uma das pessoas mais adequadas a conhecer melhor o nível intelectual e suas múltiplas inteligência quando for o caso.
 A observação minuciosa da professora Fabiane sobre o excelente desempenho da aluna Vanessa nas aulas de lingüísticas, e de acordo com a teoria das inteligências múltiplas de Gardner foi possível compreenderde acordo com as características em facilidade em compreender, interpretar, produção textual e a facilidade em vários idiomas fez com que ela analisasse de varias formas o modo ser da aluna e perceber que suas características era muito semelhante a inteligência lingüística, mesmo assim, a pesar de conhecer muito bem a aluna, não e suficiente para dar um diagnostico final, por que envolve muitos outros fatores no seu meio alem de professores, para se ter uma idéia do desenvolvimento intelectual mais exato.
 Durante muito tempo a ciência vem estudando esse tipo de comportamento e inúmeras propostas foram desenvolvidas para avaliação e diagnóstico da Superdotação intelectual, baseadas em testes de inteligência, avaliação de padrões comportamentais e de condições de desenvolvimento. 
 Para os autores, existem três condições fundamentais para o diagnóstico: habilidade acima da média, comprometimento com a tarefa e criatividade. Outros autores defendem propostas multidisciplinares para o desenvolvimento de um diagnóstico e de propostas interventivas. Esses aspectos e procedimentos de sinalização são utilizados varias fontes de informações são necessárias como; excelente desempenho escolar, as observações dos professores, dos pais, da equipe de AEE e dos próprios colegas de sala (MOON; FELDHUSEN; KELLY, 1991).
 Conheceremos agora alguns gestos e ações, embora não exista um padrão comportamental homogêneo entre os indivíduos superdotados, há um conjunto de características que podem servir como indicativos na avaliação da superdotação. Vale ressaltar que os superdotados podem apresentar diversas dessas características, mas não necessariamente todas elas. Os traços observados são os seguintes (BRASIL, 2007).
· Desenvolvimento neuropsicomotor precoce: a criança engatinha, anda e fala mais cedo do que o esperado, com vocabulário avançado para a idade;
· Habilidade superior para manutenção da atenção;
· Ótima capacidade de memória com elevada e rápida capacidade de aprendizagem;
· Persistência e motivação para a resolução de problemas;
· Aquisição precoce da leitura;
· Habilidade acima da média com números e aritmética;
· Curiosidade incomum, desejo de aprender e capacidade de elaborar questionamentos de forma ilimitada;
· Interesses em áreas específicas, podendo tornar-se especialista no assunto;
· Criatividade;
· Sensibilidade elevada, podendo apresentar fortes reações em relação a parte sensorial (ruídos, odores, dores), e especialmente à frustração;
· Comportamento de liderança;
· Energia elevada, o que pode ser confundido com hiperatividade, especialmente quando não estimuladas adequadamente;
· Aguçada percepção de relações de causa e efeito;
· Facilidade para estabelecer generalizações, ou seja, transferir aprendizagens de uma situação para outra;
· Elevado senso crítico: rapidez em identificar contradições e inconsistências;
· Pensamento divergente: habilidade em encontrar diversas idéias e soluções para um mesmo problema;
· Tendência ao perfeccionismo.
 As pessoas superdotadas possuem capacidade de desenvolvimento muito além das demais pessoas da população, porém vale lembrar que ninguém nasce sabendo que é um superdotado. Suas habilidades precisam ser descobertas e aperfeiçoadas, sendo assim, o professor tem um papel muito importante, que é o de descobrir, motivar e não deixar que essas potencialidades acima da média fiquem escondidas ou fiquem pelo caminho por falta de incentivo (BRASIL, 2007).
 Portanto, existem várias modalidades de atendimento ao aluno com superdotação como o da professora Fabiane que observou com muita atenção a aluna Vanessa e muitas outras, onde cada alternativa atende a diferentes necessidades. Mais uma vez, não existe um modelo ideal, e podemos considerar que o método adequado é um conjunto de combinações entre as alternativas de atendimento possíveis. A escola e o principal setor onde o aluno pode ser encontrado e moldado de forma mais eficiente, mas os principais métodos utilizados são apresentados sob uma nomenclatura geral – agrupamentos, aceleração e enriquecimento. Essa nomenclatura, no entanto, esconde as sutilezas que precisam ser consideradas a cada implantação, onde a equipe de Atendimento Educacional Especializado (AEE) tem um desafio muito grande pela frente em descobrir e preparar a capacidade intelectual de um ser humano. 
CONCLUSÃO
 A pesquisa bibliográfica nos mostra que os alunos com características de AH/SD necessitam de apoio dos professores como, por exemplo, a situação problema da professora Fabiane e da aluna Vanessa apresentada no artigo de estudo e da escola que apresenta as melhores estratégias para desenvolver suas potencialidades, o que exige o oferecimento de oportunidades para expressar e aprimorar as habilidades de forma mais eficiente. 
 Diante das muitas várias características que podem ser observadas nos alunos, a superdotação depende da indicação de alguns fatores como: habilidade acima da média, apresentação de manifesta precocemente; criatividade e novas formas para resolver problemas em sua área de domínio e a fazer as coisas a seu modo; e motivação para dominar sua área de interesse, com dedicação a cima da media. 
 Portanto, para apreciar e contemplar com mais eficiência o desenvolvimento e capacidade de aprendizagem destes individuo, o educando precisa estar atento para perceber as características. No entanto, a qualificação do profissional de educação e fundamental no processo de identificação desses alunos destaques e ao mesmo tempo buscar o direcionamento certo para desenvolver com qualidade esses alunos com uma percepção diferenciada considerando seu contexto e realidade
 Em fim, buscou-se nesta pesquisa mostrar com eficiência as características dos alunos com um diferencial na aprendizagem e a importância do professor nessa descoberta e direcioná-lo da melhor forma possível nas varias esferas de conhecimento que a escola apresenta, onde esperamos que essa pesquisa seja rica e interessante para as demais pesquisas no futuro e propondo alternativas e novas idéias.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Manual de Orientação: Programa de Implantação de Sala de recursos Multifuncionais. 2010. Disponível em: Acesso em: 25 de maio de 2016.
FREITAS, S. N. Educação e Altas Habilidades/Superdotação: a ousadia de rever conceitos e práticas. Santa Maria: Ed. Da UFSM, 2006.
FERRARI, Juliana Spinelli. "Superdotação Intelectual"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/superdotacao-intelectual.htm. Acesso em 23 de março de 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Saberes e práticas da inclusão. Brasília: DF, 2006.
MOON, S. M.; FELDHUSEN, J. F.; KELLY, K. W. Identification procedures: bridging theory and practice. Gifted Child Today, v. 14, n. 1, 30-38, 1991.
VIRGOLIM, A. M. R. Altas Habilidades/ Superdotação Encorajando potenciais. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Brasília-DF, 2007.