Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Histologia do Sistema Respiratório Dividido em duas porções Porção condutora: • Conduz o ar até os alvéolos pulmonares e pro meio externo também. • Fossas nasais, nasofaringe, laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos terminais • Cartilagem, tecido conjuntivo e músculo liso • Entrada e saída de ar • Filtra, umidifica e aquece o ar Porção respiratória: • Bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos • Trocas gasosas Epitélio Respiratório • Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes • Reveste a maior parte da porção condutora • Célula colunar ciliada: - Tipo celular mais abundante - Presença de cílios • Células caliciformes - Produtoras e secretoras de muco • Células em escova (brush cells): - Receptores sensoriais • Células basais - Células tronco • Células granulares - Grânulos (epinefrina e norepinefrina) - Similares às células basais • Na microscopia ótica, conseguimos identificar: célula colunar ciliada, células caliciformes e células basais. • Esse epitélio pode sofrer modificação no seu formato chamado de metaplasia. Quando o epitélio sofre alguma agressão, ele responde modificando sua forma. Metaplasia é a mudança da forma do epitélio mas não necessariamente leva ao desenvolvimento de um câncer. Por exemplo, epitélio respiratório de fumantes sofrem metaplasia, e ocorre o aumento de células caliciformes e diminui o número de células ciliadas. Se a pessoa parar de fumar, o epitélio é capaz de voltar à sua morfologia inicial. Fossas Nasais • Local de entrada no ar. Divididas em duas narinas. Possui três regiões com histologia diferentes: vestíbulo, área respiratória e área olfatória. • Vestíbulo: entrada do nariz - Mucosa com epitélio estratificado pavimentoso e lâmina própria rica em fibras colágenas, glândulas sebáceas e sudoríparas - Folículos pilosos que formam pelos mais curtos e mais grossos chamados de vibrissas. - Barreira à penetração de partículas grosseiras. • Área respiratória: - Mucosa com epitélio respiratório e lâmina própria rica em vasos sanguíneos e nervos, glândulas mistas e elementos linfóides - Plexo venoso nas conchas nasais - Aquecimento, filtração e umidificação do ar inspirado. • Área olfatória: - Teto das cavidades nasais - Mucosa com epitélio olfatório (quimiorreceptores) e lâmina própria com vasos, nervos e glândulas de Bowman - Sensibilidade olfatória - Epitélio olfatório: pseudoestratificado colunar - Células de sustentação: estreitas na base e largas no ápice. └ Presença de microvilos apicais └ Núcleos presentes no terço apical └ Grânulos de secreção amarelo-acastanhados → presente proteínas de ligação aos odorantes └ Sustentação física, nutricional e isolamento elétrico - Células olfatórias: └ Neurônios bipolares └ Núcleos próximos à lâmina basal └ Botões olfativos na sua extremidade distal (cílios imóveis) └ Sensibilidade olfativa - Células basais: - └ Não alcançam a superfície livre do epitélio - └ Arredondadas - └ Possuem células-tronco - Na lâmina própria: - Glândulas de Bowman: └ Glândulas tubuloalveolares ramificadas serosas └ Formação de uma corrente líquida contínua └ Facilita acesso de novas substâncias odoríferas Seios Paranasais • Câmaras de ar presentes em ossos da face revestidas por epitélio respiratório. • Epitélio respiratório presente possui menor altura e menor número de células caliciformes • Sua lâmina própria possui menor número de glândulas seromucosas e presença de elementos linfóides • Quando os seios paranasais acumulam secreção, causam a sinusite. Nasofaringe • Contínua com a cavidade nasal. • É onde o swab coleta material para realizar o PCR. • Epitélio respiratório: - Lâmina própria altamente vascularizada, com glândulas mistas e elementos linfóides - Tonsilas Laringe • Porção que conduz o ar para os pulmões e também é um órgão da fonação. • Possui peças cartilaginosas (hialina e elásticas) unidas entre si por tecido conjuntivo fibroelástico. • Órgão da fonação: dobras da mucosa formam: - Falsas pregas vocais - parte superior - Pregas vocais verdadeiras - parte inferior • Epiglote: na deglutição, fecha a entrada de ar. - Possui um centro de cartilagem elástica - É revestida, dependendo da região, por um epitélio lingual (epitélio escamoso estratificado), e epitélio faríngeo (epitélio ciliado pseudoestratificado). - A parte de baixo da laringe é epitélio respiratório. - Em seu centro, possui cartilagem elástica. - Glândulas serosas - Com a idade, o tecido cartilaginoso da epiglote é substituído por tecido adiposo. → epiglote torna-se flácida • Pregas da mucosa: dois pares superiores e dois pares inferiores - Falsas pregas vocais (pregas vestibulares) - Pregas vocais verdadeiras → emissão da voz • Pregas vocais falsas: - Epitélio respiratório - Lâmina própria com tecido conjuntivo frouxo, numerosas glândulas mistas e elementos linfóides - Aumentam a área de contato com o ar inspirado, possuem células linfóides e auxiliam na imunidade da região. • Pregas vocais verdadeiras: - Epitélio estratificado pavimentoso - Lâmina própria com tecido conjuntivo elástico ao qual se seguem músculos intrínsecos da laringe - Epitélio mais resistente à abrasão do ar. - Possuem músculo vocal. - Não há glândula seromucosa nem acúmulo de tecido linfóide, diferente das falsas. Traqueia • Existem anéis de cartilagem em formato de C que permitem a luz da traqueia sempre aberta para que ela não colabe e impeça a respiração. • Mucosa: - Epitélio respiratório reveste a luz da traquéia - Logo abaixo do epitélio, há uma lâmina própria com tecido conjuntivo frouxo elástico • Submucosa: - Tecido conjuntivo denso fibroelástico - Glândulas seromucosas - Elementos linfóides - Vasos linfáticos e sanguíneos • Anéis de cartilagem hialina - 16 a 20 - Forma de ‘’C’’ - Ligamentos fibroelásticos os ligam entre si e presença de músculo liso relacionado ao processo de contração. - Impede distensão excessiva - Gera o reflexo da tosse, junto à membrana fibroelástica. Árvore brônquica abaixo da traquéia • Brônquio principal • Brônquio lobar • Brônquio segmentar • Bronquíolo terminal • Bronquíolos respiratórios • Ductos alveolares • Sacos alveolares • Alvéolos • À medida que as estruturas vão se diferenciando, ocorre uma simplificação histológica para facilitar a troca gasosa. Brônquios • Brônquios primários direito e esquerdo são similares à traquéia • Brônquios intrapulmonares (dentro do parênquima pulmonar) • Epitélio cilíndrico simples ciliado • Lâmina própria rica em fibras elásticas • Camada muscular lisa - feixes em espiral • Submucosa - glândulas seromucosas • Peças irregulares de cartilagem hialina • BALT: tecido linfóide associado aos brônquios Bronquíolos • Formados após a ramificação dos brônquios • Ausência de cartilagem, glândulas e nódulos linfóides • Epitélio cilíndrico simples ciliado a cúbico simples ciliado ou não • Diminuição do número de células caliciformes (podendo estar ausentes) • Lâmina própria delgada, rica em fibras elásticas (sem glândulas) • Musculatura lisa bem desenvolvida. Bronquíolos terminais • Últimas porções da árvore brônquica • Epitélio colunar baixo ou cúbico, com células ciliadas e não ciliadas • Ausência de células caliciformes • Células musculares lisas formando um anel • Células de clara: - Células colunares, não ciliadas, com microvilos - Ápice em cúpula - Grânulos secretores → proteção - Degradação de toxinas - Reparo alveolar Bronquíolos respiratórios • Subdivisões dos bronquíolos terminais • Transição entre porção condutora e respiratória • Epitélio cúbico simples + células de clara • Músculo liso e fibras elásticas mais delgados • Presença de expansões saculiformes em sua parede constituídas por alvéolos → trocas gasosas • Os alvéolos ficam inseridos na parede dos bronquíolos respiratórios. Ductos Alveolares • Arranjos lineares de alvéolos • Epitélio simples pavimentoso • Alvéolos são sustentados pelo estroma pulmonar • Rico em fibras elásticas e fibras reticulares • Fibras elásticas: distensão duranteinspiração e contração passiva na expiração • Fibras reticulares: suporte para capilares e alvéolos; impede distensões excessivas • Diferença entre parênquima e estroma: - Estroma: tecido conjuntivo não funcional de sustentação de um órgão. Ou seja, serve para a sustentação das células funcionais de um órgão. - Parênquima: elementos funcionais de um órgão. Nos pulmões, o parênquima são os alvéolos e os ductos alveolares. Alvéolos • Unidade estrutural e funcional do sistema respiratório • Epitélio simples pavimentoso → formado por células intercaladas entre si: pneumócitos tipo I e II • Podem ser encontrados como alvéolos isolados, mas também em bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e sacos alveolares. • Pneumócito tipo I: - Célula pavimentosa, núcleo achatado - Citoplasma escasso - Desmossomos e zônulas de oclusão entre células adjacentes - Barreira de espessura mínima para permitir trocas gasosas e impedir passagem de líquido - Responsável pelas trocas gasosas • Pneumócito tipo II: - Entre pneumócitos tipo I - Células cúbicas - Citoplasma vacuolizado - REG e Golgi desenvolvido - Corpos multilamelares (citoplasma vacuolizado na microscopia ótica) - Produz e secreta surfactante pulmonar: substância aquosa coberta por fosfolipídeos e diminui a tensão superficial → a presença do surfactante auxilia a expansão do alvéolo na expiração e a diminuição na inspiração - Síndrome da angústia respiratória do recém-nascido Septo Interalveolar • Espaço do estroma que fica entre a parede de dois alvéolos. • Duas camadas de pneumócitos separadas por interstício de tecido conjuntivo (fibras reticulares e elásticas, substância fundamental e abundante rede capilar) • Poros alveolares: alguns alvéolos podem apresentar poros entre eles → equalizam pressão de ar entre alvéolos; permitem circulação colateral em caso de obstrução bronquiolar. • Não é possível identificar o septo interalveolar no microscópio ótico. • Pode-se encontrar macrófagos, capilares, fibroblastos, fibras colágenas (colágeno tipo III) e elásticas no septo interalveolar. Barreira hematoaérea barreira que separa o ar do alvéolo do sangue circulante. • Formada por: - Citoplasma do pneumócito I - Lâmina basal do pneumócito I Macrófagos Alveolares • Células de poeira • Localizados no septo interalveolar e na superfície dos alvéolos • Remoção de partículas • Renovação de surfactante Fibrose cística • Canal de cloreto defeituoso - perda na absorção de cloreto. O cloreto não consegue sair da célula; Com isso, a célula aumenta a absorção de sódio para fazer o equilíbrio químico. A água também entra na célula. A água sai do muco, que fica viscoso e desidratado e leva a quadros de infecções recorrentes. • Obstrução respiratória Enfisema e pneumonia • Enfisema pulmonar: ruptura de alvéolos; destruição alveolar e dilatação de espaços aéreos. Diminui a capacidade respiratória • Pneumonia: leucócitos e hemácias nos alvéolos. Capilares congestionados; alvéolos perdem sua função de troca gasosa. Covid-19 • Pode causar congestão do epitélio da traqueia e congestão de vasos • Rompimento de alvéolos • Depósito de fibrina (membrana hialina) nos alvéolos • Congestão de vasos no pulmão • Pneumócitos tipo II e proliferam e formam células gigantes • Células de defesa infiltram o tecido alveolar • Formação de pequenos trombos na região de alvéolos, bronquíolos e capilares, prejudicando a vascularização e as trocas gasosas.
Compartilhar