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Resenha crítica - Psicologia Social

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ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO SOCIAL 
 
A Psicologia Social está marcada pela preocupação que diz respeito a pluralidade 
e multiplicidade que acercam o binômio individuo-sociedade e suas relações. É uma 
psicologia que se direciona preponderantemente aos estudos dos processos socioculturais 
e nos indivíduos que ali se inserem. 
Com o destaque dado ao indivíduo ou à sociedade, fez com que autores como 
House (1977) e Stephan & Stephan (1985), percebessem a existência de duas 
modalidades de Psicologia Social: a Psicologia Social Psicológica e a Psicologia Social 
Sociológica. A Psicologia Social Psicológica, de acordo com Allport (1954), procura 
clarificar os sentimentos, pensamentos e comportamentos do indivíduo na presença real 
ou imaginada de outras pessoas (processos intraindividuais responsáveis pelo modo que 
os indivíduos respondem aos estímulos sociais). Já a Psicologia Social Sociológica, 
segundo Stephan e Stephan (1985), tem como centro, o estudo da experiência social que 
o sujeito adquire a partir de sua participação nos diferentes grupos sociais com os quais 
convive (privilegia os fenômenos que emergem dos diferentes grupos e sociedades). 
Freitas (1998a) constata que a Psicologia Social, parte de uma visão sócio-
histórica, junto às relações em uma esfera do cotidiano, eliminando-se posturas 
reducionistas, psicologizantes e a-históricas sobre os processos psicossociais”. 
Silva e Corgozinho (2011) estabelece que a Psicologia Social estuda a relação 
entre o indivíduo e a sociedade, de modo histórico, de como seus membros se organizam 
para garantir sua sobrevivência até seus costumes, valores e instituições necessários para 
continuidade da sociedade. 
Dentro desse contexto, Freitas (1998b) afirma que a intervenção do Psicólogo 
Social Comunitário se descreve atualmente por três ideologias de atuação. A primeira diz 
respeito a assistência, baseadas em ideais filantrópicos e de caridade. A segunda por 
curiosidade científica, em busca de se conhecer o desconhecido, e por fim, uma 
inserção pautada no compromisso real com a transformação social e a busca de mudanças 
das condições vividas por essa população. Vale ressaltar que essa intervenção não 
corresponde a um processo unidirecional, ao contrário, o processo busca realizar no 
campo da Psicologia, uma criação de conhecimento e metodologia para a realização das 
capacidades dos sujeitos trabalhados (Sarriera, Silva, Pizzinato, Zago, & Meira, 2000) 
Freitas (1998b) relata que esta inserção se estabelece numa relação de dois pólos, 
no qual de um lado se encontra o profissional, com seus conhecimentos, e do outro a 
comunidade, inserida em um contexto sociopolítico-geográfico e em um determinado 
tempo histórico. 
 
De acordo com Freitas (1998b), a inserção do psicólogo na comunidade pode 
ocorrer de duas maneiras. Na primeira, os objetivos trabalhados são definidos a priori, 
antes de esse profissional conhecer a realidade em que irá atuar e, no segundo, os 
objetivos são definidos a posteriori, no qual ocorre primeiro a entrada do profissional na 
comunidade e o levantamento das necessidades para depois se definir os objetivos. Esta 
segunda maneira pode ocorrer de duas formas: reconhece as necessidades da população 
e o psicólogo decide o que fazer; faz um levantamento juntamente com a participação da 
população e decide o que irá trabalhar. 
 
REFERÊNCIAS: 
Allport, G. W. (1954). The historical background of modern social 
psychology. Handbook of social psychology, 1, 3-56. 
 Freitas, M. D. F. Q. D. (1996a). Psicologia na comunidade, psicologia da comunidade e 
psicologia (social) comunitária: práticas da psicologia em comunidade nas décadas de 60 
a 90, no Brasil. Psicologia social comunitária: da solidariedade à autonomia, 54-80. 
Freitas, M. D. F. Q. (1998b). Inserção na comunidade e análise de necessidades: reflexões 
sobre a prática do psicólogo. Psicologia: reflexão e crítica, 11(1), 0.House, J.S. (1977). 
The three faces of social psychology. Sociometry, 40, 161-177 
House, J. S. (1977). The three faces of social psychology. Sociometry, 161-177. 
Sarriera, J. C., Silva, M. A., Pizzinato, A., Zago, C. U., & Meira, P. (2000). Intervenção 
psicossocial e algumas questões éticas e técnicas. Psicologia comunitária. Estudos 
atuais, 25-44. 
Stephan, C. W., & Stephan, W. G. (1985). Two social psychologies: An integrative 
approach. Dorsey Press. 
Vilares da Silva, J., & Pinto Corgozinho, J. (2011). Atuação do psicólogo, SUAS/CRAS 
e psicologia social comunitária: possíveis articulações. Psicologia & Sociedade, 23.

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