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CASO - filtração glomerular

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Resumo do Gartner, 3ª Ed; Berne, 6ª Ed e Atlas fotográfico Yokochi, 5ª Ed. 
 
Andressa Santos Pereira 
Medicina – UNEB | Turma XIII 
CASO VII – Filtração glomerular 
1) Apresentar a importância renal na homeostase 
- Os rins têm papel primordial para o organismo, exercendo 
tanto funções de excreção como de regulação, o que se 
torna fundamental para a homeostase. Eles regulam: 
1 A osmolalidade e os volumes dos líquidos 
corporais → importante para a manutenção do 
volume celular normal de todos os tecidos do 
organismo 
2 O balanço eletrolítico → Os rins são a única, ou a 
principal, via de excreção de muitos eletrólitos, 
entre eles: Na+, K+, Cl–, HCO3–, H+, Ca++ e Pi 
3 O balanço ácido-básico → O pH é mantido por 
tampões, existentes nos líquidos corporais, e pela 
ação coordenada dos pulmões, do fígado e dos rins 
- Eles excretam produtos metabólicos (ureia, ácido úrico, 
creatinina, produtos terminais do metabolismo da 
hemoglobina) e substâncias externas (drogas, substâncias 
químicas), assim como secretam e produzem hormônios: 
1 Renina → ativa o sistema renina-angiotensina-
aldosterona -> regulação da pressão arterial e o 
balanço do Na+ e K+ 
2 Calcitriol → metabólito da vitamina D 
3, é necessário para a absorção normal de Ca++, 
pelo trato gastrointestinal, e para sua deposição 
nos ossos 
3 Eritropoeitina → estimula a formação de 
eritrócitos, pela medula óssea 
2) Descrever anatomicamente os rins, destacando sua 
vascularização 
- Um septo conjuntivo fraco separa as glândulas 
suprarrenais dos rins → eles não estão realmente fixados 
um ao outro 
-Os órgãos urinários superiores (rins e ureteres), seus vasos 
e as glândulas suprarrenais são estruturas retroperitoneais 
primárias na parede posterior do abdome → posicionados, 
de cada lado da CV, no nível das vértebras T XII a L III. 
Posteriormente, as partes superiores dos rins situam-se 
profundamente às costelas XI e XII 
 
- Na margem medial côncava do rim há uma fenda vertical, 
o hilo renal → entrada para o seio renal → ocupado pela 
pelve renal, cálices, vasos, nervos e quantidade variável de 
gordura. O rim direito está mais abaixo que o esquerdo, 
provavelmente por causa do fígado 
- A cápsula adiposa (gordura perirrenal) circunda os rins e 
seus vasos enquanto se estende até suas cavidades centrais, 
os seios renais. Os rins, as glândulas suprarrenais e a gordura 
que os circunda estão encerrados (exceto 
inferioromedialmente, que tem a fáscia periuretral, que 
acompanha os ureteres) por uma camada membranácea e 
condensada de fáscia renal, que envolve os vasos renais, 
fundindo-se com as bainhas vasculares desses últimos. 
Externamente à fáscia renal está o corpo adiposo pararrenal 
(gordura pararrenal), que é mais visível posteriormente ao 
rim → todas essas fáscias vão ser responsáveis por manter 
os rins em posição fixa (só se movem durante a respiração 
ou com mudanças posturais) 
 
❖ Faces e margens: 
- Cada rim tem faces anterior e posterior, margens medial e 
lateral e polos superior e inferior. A margem lateral é 
convexa e a margem medial é côncava → localização do seio 
renal e a pelve renal 
 
❖ Vasos e nervos dos rins: 
 
➢ Artérias: 
- As artérias renais se originam ao nível das vértebras L I e L 
II. A artéria renal direita é mais longa, passa posteriormente 
Resumo do Gartner, 3ª Ed; Berne, 6ª Ed e Atlas fotográfico Yokochi, 5ª Ed. 
 
Andressa Santos Pereira 
Medicina – UNEB | Turma XIII 
à VCI. A artéria renal esquerda é mais curta, mais próxima à 
parte abdominal da aorta 
 
- Cada artéria se divide perto do hilo em cinco artérias 
segmentares → área suprida por cada artéria segmentar é 
uma unidade independente → segmentos renais, irrigados 
pelas artérias com mesmo nome 
o Segmento superior (apical) 
o Segmento anterossuperior e anteroinferior 
o Segmento inferior 
o Segmento posterior 
 
❖ Microvascularização renal 
- Cada rim recebe uma artéria que, no hilo, antes de penetrar 
em seu parênquima, costuma se dividir em diversos ramos. 
Estes ramos invadem o tecido renal e logo dão origem às 
artérias interlobares, que seguem entre as pirâmides de 
Malpighi (pirâmides renais), percorrendo o espaço entre os 
lobos renais (colunas renais) → Ao atingirem a base das 
pirâmides (divisão entre o córtex e a medula), as interlobares 
originam as arqueadas, que iniciam um trajeto paralelo à 
cápsula do órgão, no limite preciso entre o córtex e a medula 
- Das arqueadas surgem as interlobulares, que passam a 
percorrer um trajeto perpendicular à cápsula do rim e em 
direção a ela (atravessando o córtex) 
- Das interlobulares originam-se as arteríolas aferentes, que 
vão formar as alças capilares dos glomérulos. Da confluência 
dessas alças surgem as arteríolas eferentes, que continuam 
o trajeto arterial para nutrir o parênquima renal. Tais 
arteríolas originam os vasos peritubulares encarregados da 
reabsorção tubular 
- Na realidade, os glomérulos estão interpostos no sistema 
arterial periférico dos rins, e, assim, são as arteríolas 
eferentes que, em última análise, nutrem o parênquima do 
córtex renal com sangue arterial. Além disso, elas 
também originam arteríolas secundárias que se projetam 
para irrigar a medula renal: os vasos retos 
- A vascularização da medula é extremamente escassa 
(vasos retos), tornando esta região muito sensível a 
pequenas alterações de perfusão 
➢ Veias: 
- Diversas veias renais drenam cada rim e se unem de modo 
variável para formar as veias renais direita e esquerda → 
situam-se anteriormente às artérias renais direita e 
esquerda. A veia renal esquerda é mais longa, recebe a veia 
suprarrenal esquerda, a veia gonadal (testicular ou ovárica) 
esquerda. Todas as veias renais drenam para a VCI 
➢ Vasos linfáticos: 
- Acompanham as veias renais e drenam para os linfonodos 
lombares direito e esquerdo (cavais e aórticos) 
➢ Nervos: 
- Originam-se do plexo nervoso renal e são formados por 
fibras simpáticas e parassimpáticas → suprido por fibras dos 
nervos esplâncnicos abdominopélvicos (principalmente o 
imo) 
3) Caracterizar a histologia do rim e do aparelho 
justaglomerular, destacando a barreira de FG 
- Os rins são revestidos por uma delgada cápsula 
frouxamente aderida → tecido conjuntivo denso não 
modelado, com ocasionais fibras elásticas e células 
musculares lisas 
❖ Visão geral da estrutura renal 
- O rim é subdivido em córtex externo e medula interna. A 
região cortical aparece em tonalidade marrom escura e de 
aspecto granular, enquanto a medula contém de 6-12 
distintas regiões estriadas pálidas → pirâmides renais -> a 
base aponta para o córtex e o ápice (papila) aponta para o 
hilo 
 
❖ Néfrons 
- Dois tipos de néfrons são encontrados no rim humano: os 
néfrons corticais, mais curtos, subdivididos em dois grupos 
(néfrons superficiais e néfrons intermediários do córtex), e os 
néfrons justamedulares, mais longos, cujo corpúsculo renal 
Resumo do Gartner, 3ª Ed; Berne, 6ª Ed e Atlas fotográfico Yokochi, 5ª Ed. 
 
Andressa Santos Pereira 
Medicina – UNEB | Turma XIII 
está localizado no córtex e cujas partes tubulares se 
estendem profundamente na medula 
- Cada néfron é constituído de: corpúsculo renal, com seu 
glomérulo associado → filtram o sangue; porções tubulares, 
o túbulo proximal, os segmentos delgados da alça de Henle 
e o túbulo distal → modificam a urina 
➢ Corpúsculo renal: 
- Composto pelo glomérulo → um tufo de capilares 
invaginado dentro da cápsula de Bowman (bolsa do néfron), 
- A cápsula de Bowman é formada pelo folheto visceral da 
cápsula de Bowman (formado por podócitos → células 
epiteliais modificadas). Tem ainda o folheto parietal da 
cápsula de Bowman, uma camada mais externa composta 
de única camada de células epiteliais pavimentosas 
(dispostas sobre uma delgada lâmina basal). Entre o folheto 
visceral e o parietal tem o espaço de Bowman (espaço 
urinário) 
 
Figura 1 R- corpúsculo renal. S - Espaço urinário. P - Folheto parietal 
- A região na qual os vasos queirrigam e drenam o glomérulo 
entram e saem da cápsula de Bowman é conhecida como 
pólo vascular, enquanto a região de continuação entre o 
corpúsculo renal e o túbulo proximal, que drena o espaço de 
Bowman, é chamada de pólo urinário. O glomérulo é 
irrigado por uma arteríola glomerular aferente curta e reta 
e é drenado pela arteríola glomerular eferente → o 
glomérulo é um leito capilar arterial completo 
 
- A arteríola glomerular eferente apresenta uma maior 
resistência ao fluxo sanguíneo → pressão capilar muito 
elevada no glomérulo, quando comparado a outros leitos 
capilares. O filtrado que sai do glomérulo entra no espaço de 
Bowman através de uma complexa barreira de 
filtração → parede endotelial do capilar, pela lâmina basal e 
pelo folheto visceral da cápsula de Bowman 
✓ Glomérulo 
- Composto de capilares fenestrados com células endoteliais 
altamente delgadas, exceto na região que contém o núcleo. 
Os poros são grandes, variando entre 70 e 90 nm de 
diâmetro → atuam como uma barreira apenas para 
elementos figurados do sangue e para macromoléculas que 
possuam diâmetro que exceda o tamanho das fenestras 
- Formado por inúmeras alças de capilares anastomosados 
originados de ramos da arteríola glomerular AFERENTE 
(AGA). As células normalmente presentes no tecido 
conjuntivo da AGA são substituídas por um tipo celular 
especializado conhecido como células mesangiais → 
também podem ser contráteis, pois possuem receptores 
para moléculas vasoconstritoras como a angiotensina II -> 
podem reduzir o fluxo de sangue através do glomérulo. Estas 
células, juntamente com os podócitos e com a lâmina basal 
glomerular, oferecem suporte físico aos capilares do 
glomérulo. Podem ser células mesangiais 
extraglomerulares → localizadas no pólo vascular; ou 
células mesangiais intraglomerulares → semelhantes a 
pericitos, situadas no interior do corpúsculo renal. São 
provavelmente fagocitárias e atuam na reabsorção da 
lâmina basal, além de secretar prostaglandinas e citocinas 
pró-inflamatórias 
o Lâmina basal glomerular → envolve o 
glomérulo, consistindo em 3 camadas: 
Lâmina densa => camada densa intermediária, 
constituída de colágeno tipo IV 
Lâminas raras => camadas menos elétron-
densas, contêm laminina, fibronectina e 
heparan-sulfato, localizados em ambos os 
lados da lâmina densa (sanduíche: rara interna 
- densa - rara externa) 
➢ Folheto visceral da cápsula de Bowman: 
- Composto por células epiteliais altamente modificadas 
para função de filtração → podócitos → possuem 
numerosas extensões citoplasmáticas, os prolongamentos 
primários (principais) e suas subdivisões, os 
prolongamentos secundários (pedicelos) 
 
- Os pedicelos possuem um glicocálix bem desenvolvido, 
composto por sialoproteínas negativamente carregadas. O 
citoplasma dos pedicelos não possui organelas, mas possui 
microtúbulos e microfilamentos. As interdigitações 
formadas entre os pedicelos formam fendas de filtração. As 
fendas de filtração não estão completamente abertas → são 
cobertas pelo delgado diafragma da fenda → se estende 
entre pedicelos vizinhos e atua como parte da barreira de 
filtração 
❖ Aparelho justaglomerular 
Resumo do Gartner, 3ª Ed; Berne, 6ª Ed e Atlas fotográfico Yokochi, 5ª Ed. 
 
Andressa Santos Pereira 
Medicina – UNEB | Turma XIII 
- As arteríolas aferentes, antes de se capilarizarem em 
glomérulos, apresentam uma modificação da camada 
média onde passam a exibir células especiais que, pela 
localização, são chamadas de células justaglomerulares 
- O túbulo contorcido distal, em determinado ponto de seu 
trajeto, aproxima-se da arteríola aferente (do mesmo 
néfron), exatamente ao nível das células justaglomerulares. 
Neste local sua parede se modifica, formando uma estrutura 
conhecida como mácula densa 
- O conjunto de células justaglomerulares com a mácula 
densa forma o Aparelho Justaglomerular. Esta estrutura 
histológica é fundamental para permitir um “meio de 
comunicação” entre o fluido tubular e a arteríola aferente – 
o chamado feedback tubuloglomerular, importante para a 
regulação da filtração glomerular 
✓ Processo de filtração 
- O fluido que deixa os capilares glomerulares através das 
fenestras é filtrado pela lâmina basal. A lâmina densa retém 
as moléculas grandes, enquanto os poliânions das lâminas 
raras impedem a passagem de moléculas carregadas 
negativamente → repelem cargas negativas, absorvem 
positivas e neutras 
- O fluido que entra no espaço de Bowman é chamado de 
ultrafiltrado glomerular. Como a lâmina basal retém 
macromoléculas maiores, ela poderia se tornar obstruída, 
caso não houvesse a fagocitose contínua desta lâmina basal 
pelas células mesangiais intraglomerulares e sua 
reposição pelas células do folheto visceral da cápsula de 
Bowman (podócitos) e pelas células endoteliais dos capilares 
glomerulares 
✓ Correlações clínicas 
- A presença de albumina na urina (albuminúria) é o 
resultado do aumento da permeabilidade do endotélio 
glomerular. Entre as causas desta condição estão a lesão 
vascular, hipertensão, envenenamento por mercúrio e 
exposição a toxinas bacterianas. A lâmina basal também 
pode ser lesada pela deposição de complexos antígeno-
anticorpo que são filtrados pelos glomérulos ou 
provenientes da reação de anticorpos antilâmina basal com 
a membrana basal propriamente dita. Ambos os casos 
produzem tipos de glomerulonefrite 
4) Compreender os mecanismos de filtração glomerular e 
sua regulação 
❖ Avaliação da função renal 
➢ Intensidade da filtração glomerular: 
- Soma das intensidades de filtração de todos os néfrons 
funcionantes → índice de função renal → queda na IFG 
indica progressão de doença renal 
- Creatinina (produto do metabolismo da creatina nos 
músculos esqueléticos) pode ser usada para medir IFG → É 
filtrada livremente pelo glomérulo para o espaço de 
Bowman, e podemos considerar, a princípio, que não é 
reabsorvida, secretada nem metabolizada pelas células do 
néfron. Portanto, a quantidade de creatinina excretada na 
urina por minuto equivale à quantidade de creatinina filtrada 
pelo glomérulo a cada minuto → DEPURAÇÃO 
(volume/tempo) 
- Nem todo plasma que entra nos rins é filtrado. Embora, 
praticamente, todo o plasma que penetra nos rins pela 
artéria renal passe pelo glomérulo, quase 10% não o faz 
➢ Filtração glomerular: 
- O ultrafiltrado plasmático é desprovido de elementos 
celulares (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) e, 
praticamente, não contém proteínas. A concentração de 
sais e moléculas orgânicas, como a glicose e os aminoácidos, 
é semelhante no plasma e no ultrafiltrado → impulsionado 
pelas forças de Starling → variações alteram a FG 
✓ Determinantes da composição do ultrafiltrado 
- BARREIRA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR → restringe a 
filtração de moléculas com base em seu tamanho e carga 
elétrica → moléculas neutras, com raio menor que 20 Å, são 
filtradas livremente; moléculas com mais de 42 Å não são 
filtradas; moléculas com raios entre 20 e 42 Å são filtradas 
em graus variáveis → A albumina plasmática, proteína, com 
raio molecular efetivo de 35,5 Å, é pouco filtrada. Como a 
albumina filtrada normalmente, é reabsorvida com avidez 
pelo túbulo proximal, na prática, não se nota albumina na 
urina 
✓ Dinâmica da ultrafiltração 
- Pressão hidrostática e pressão oncótica (forças de Starling) 
impulsionam o líquido da luz dos capilares glomerulares 
através da barreira de filtração, para o espaço de Bowman 
(não tem pressão oncótica no EB porque não ocorre 
extravasamento de proteínas ou não deve ocorrer) 
- Forças que favorecem a filtração: PhCG 
- Forças que impedem a filtração: PhCB, PoCG 
- A pressão efetiva de filtração é maior na porção aferente 
(17 mmHg) do que na porção eferente (8mmHg) → essa 
diferença deve existir para que haja o próprio fluxo 
sanguíneo e também é decorrente do fato de que a PhCG 
diminui ao longo do capilar, devido à resistência ao fluxo 
causada pelo tamanho do capilar e a PoCG se torna maior 
ao longo do capilar porquea água acaba sendo filtrada e as 
proteínas continuam 
➢ Fluxo sanguíneo renal 
- Estreita relação entre fluxo sanguíneo renal (FSR) e 
intensidade de filtração glomerular (IFG) 
- Os rins regulam seu fluxo sanguíneo, ajustando a 
resistência vascular, em resposta às alterações da pressão 
arterial → esses ajustes são tão precisos que o fluxo 
sanguíneo permanece relativamente constante enquanto a 
pressão varia entre 90 e 180 mmHg → AUTORREGULAÇÃO 
→ principalmente pelas arteríolas aferentes 
- A autorregulação do FSR e da IFG se dá por meio de 
dois mecanismos: um deles responde às alterações da 
pressão arterial, e o outro às alterações da [NaCl], no 
líquido tubular. Ambos regulam o tônus da arteríola 
aferente. 
1. O mecanismo sensível à pressão, chamado 
mecanismo miogênico, está relacionado à 
propriedade intrínseca da musculatura lisa 
vascular: a tendência a se contrair quando 
distendida. Da mesma forma, quando a pressão 
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Andressa Santos Pereira 
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arterial se eleva e a arteríola aferente se distende, 
a musculatura lise se contrai 
2. Feedback tubuloglomerular envolve uma alça de 
feedback na qual a mácula densa do aparelho 
justaglomerular, afere a concentração de NaCl no 
líquido tubular, convertendo-a em um ou mais 
sinais que afetam a resistência da arteríola 
aferente e, portanto, a IFG. Quando a IFG aumenta, 
elevando a [NaCl] no líquido tubular, mais NaCl 
penetra nas células da mácula densa, o que leva a 
aumento da formação e liberação de ATP e 
adenosina, um metabólito do ATP, por essas 
células, provocando a vasoconstrição da arteríola 
aferente → IFG volta ao nível normal 
3. As células da mácula densa também produzem 
vasodilatadores, como o NO ATENUA o feedback 
tubuloglomerular, angiotensina II ESTIMULA; elas 
também fazem controle da secreção de renina 
pelas células justaglomerulares 
- Aspectos importantes da autorregulação: 
1. A autorregulação está ausente quando a pressão 
arterial cai abaixo de 90 mmHg 
2. A autorregulação não é perfeita; o FSR e a IFG, de 
fato, se alteram, ligeiramente, nas variações da 
pressão arterial 
3. Apesar da autorregulação, o FSR e a IFG podem 
ser alterados por certos hormônios e por variações 
da atividade nervosa simpática 
➢ Taxa de filtração glomerular: 
- Diversos outros fatores podem afetar a relação entre IFG e 
FSR 
✓ Nervos simpáticos → liberam norepifrina e 
dopamina, e a epinefrina circulante é secretada 
pela medula suprarrenal. A norepinefrina e a 
epinefrina causam vasoconstrição, ligando-se a 
adrenoceptores α1, localizados, principalmente, 
nas arteríolas aferentes. A ativação de 
adrenoceptores α1 reduz a IFG e o FSR. A 
desidratação ou fortes estímulos emocionais, como 
o medo e a dor, ativam os nervos simpáticos e 
reduzem a IFG e o FSR 
✓ Angiotensina II → produzida localmente nos rins e 
também de forma sistêmica. Ela contrai as 
arteríolas aferente e eferente* e reduz a IFG e o FSR 
→ a eferente é mais sensível a angiotensina II do 
que a aferente, assim, baixas concentrações de 
angiotensina II a constrição da eferente predomina 
✓ Prostaglandinas → durante condições patológicas, 
como hemorragia, os rins produzem PGs 
localmente, o que provoca aumento do FSR, sem 
alterar a IFG. As prostaglandinas aumentam o FSR 
por mitigarem os efeitos vasoconstritores dos 
nervos simpáticos e da angiotensina II. Esse efeito 
é importante, por impedir a ocorrência de 
vasoconstrição intensa e potencialmente lesiva, o 
que poderia levar à isquemia renal. Os anti-
inflamatórios não esteroidais (AINEs), como a 
aspirina e o ibuprofeno, inibem a síntese de 
prostaglandinas. Assim, a administração de tais 
fármacos durante a isquemia renal e o choque 
hemorrágico é contraindicada, pois, por 
bloquearem a produção de prostaglandinas, 
reduzem o FSR e aumentam a isquemia renal 
✓ Óxido nítrico → fator de relaxamento derivado do 
endotélio (mácula densa), é importante 
vasodilatador, em condições basais, 
contrabalançando a vasoconstrição provocada pela 
angiotensina II e pelas catecolaminas 
✓ Bradicinina → vasodilatador, atua estimulando 
liberação de NO e prostaglandinas, aumentando 
FSR e IFG

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