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Rim/ Néfron/ Filtração Glomerular

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PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
TUTORIA 2 – PROBLEMA 2 
OBJETIVOS 
1- DESCREVER A ANATOMIA/HISTOLOGIA DO RIM E SUAS FUNÇÕES (NÉFRON). 
2- EXPLICAR A FILTRAÇÃO GLOMERULAR. 
3- ANALISAR A INFLUÊNCIA DO FLUXO SANGUÍNEO NA FILTRAÇÃO GLOMERULAR. 
DESCREVER A ANATOMIA/HISTOLOGIA DO RIM E SUAS FUNÇÕES (NÉFRON) 
 
Os rins são órgãos retroperitoneais bilaterais, 
ou seja, encontram-se fora da cavidade 
peritoneal, e podem ser encontrados nos 
quadrantes abdominais superiores à direita e à 
esquerda. 
Sua principal função é a de eliminar do 
organismo o excesso de fluidos, sais e 
subprodutos do metabolismo proteico. 
Características Morfológicas do Rim 
Localização: T12 a L3 
Limites: Anteriormente: fígado, duodeno, cólon 
ascendente, estômago, baço, pâncreas, jejuno. 
Inferior e posteriormente: M. quadrado lombar. 
Superior e posteriormente: diafragma. 
Estrutura: Hilo renal, pelve renal, seio renal, 
pólos superior e inferior, limites medial e lateral, 
córtex, medula, pirâmides, cálices maiores e 
menores, papila renal. 
Fáscia: Gordura pararrenal, gordura perirrenal, 
fáscia renal. 
Vascularização: Artérias e veias renais. 
Inervação: Plexo renal. 
O fígado está localizado superiormente ao rim 
direito, tornando-o um pouco menor do que o 
esquerdo. Cada rim mede por volta de 11 cm de 
comprimento, 5 cm de largura e 3 cm de 
espessura, e pesa cerca de 130 g. 
Os rins são organizados em duas regiões 
principais: um córtex externo e uma medula 
interna em torno do seio renal. A medula é 
composta de estruturas em forma de cone, 
chamadas pirâmides renais. 
A cápsula renal, camada de tecido conectivo 
fibroso, circunda cada um dos rins. Uma camada 
densa de tecido adiposo envolve a cápsula renal. 
Esse tecido adiposo amortece os rins contra 
choques mecânicos. Uma fina camada de tecido 
conectivo, a fáscia renal, envolve o tecido 
adiposo e auxilia a fixação dos rins e do tecido 
adiposo circundante à parede abdominal. Tecido 
adiposo rodeia a fáscia renal. 
Hilo Renal. O hilo é uma pequena área por onde 
a artéria renal e os nervos entram no rim e a veia 
renal e ureter saem dele. Está localizado no lado 
medial, côncavo, do rim. O hilo se abre para o 
seio renal, cavidade preenchida com tecido 
adiposo e tecido conectivo e, as estruturas que 
entram e saem do rim passam pelo seio renal. 
O seio renal é a dilatação inicial do ureter, que é 
separado em três grandes cálices. Os cálices se 
dividem novamente em cálices menores, cada 
qual envolvendo uma papila renal ou a ponta de 
uma pirâmide medular. 
Existem dois tipos de gordura que podem ser 
encontradas na periferia dos rins. Elas são 
conhecidas como gordura pararrenal e gordura 
perirrenal. 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
A gordura pararrenal é o tecido adiposo mais 
lateral que envolve a gordura perirrenal e a fáscia 
renal. Ela é vista mais frequentemente no 
aspecto posterior do rim, e atua como uma 
almofada para o órgão, mantendo-o ainda em 
sua posição. 
A gordura perirrenal está ligada com a gordura 
que existe no seio renal, e é conectada à mesma 
no hilo. Ela envolve o rim e a glândula 
suprarrenal completamente, possuindo 
basicamente a mesma função da gordura 
pararrenal. 
A fáscia renal é a divisão entre o tecido renal e a 
gordura perirrenal, e envolve ambos os rins e as 
glândulas suprarrenais, antes de continuar com a 
fáscia do diafragma. Da mesma forma que o 
tecido adiposo adjacente aos rins, ela mantém os 
órgãos em suas posições. 
Suprimento Sanguíneo 
As veias renais são posicionadas em frente às 
artérias renais, e a veia renal esquerda pode ser 
vista cruzando a aorta, logo posterior à artéria 
mesentérica superior. 
As artérias renais são ramos da aorta abdominal. 
A artéria renal direita é vista cursando posterior à 
veia cava inferior, e a inserção das artérias renais 
nos rins ocorre anteriormente à pelve renal. Logo 
antes da artéria renal principal entrar no tecido 
renal, ela se divide em quatro artérias 
segmentares anteriores e uma posterior. 
Circulação Renal 
Sequência: artéria renal -> artéria interlobares -> 
artérias arqueadas -> artérias interlobulares -> 
arteríolas aferentes -> glomérulo -> arteríolas 
eferentes -> capilares peritubulares -> veias inter-
lobulares -> veias arqueadas -> veias interlobares 
-> veia renal. 
Inervação 
O suprimento nervoso dos rins ocorre através do 
plexo renal, que contém fibras parassimpáticas 
do nervo vago e fibras simpáticas dos nervos 
esplâncnicos torácicos. 
Estrutura de um Néfron 
O néfron é a unidade histológica e funcional do 
rim. Existem cerca de 1,3 milhão em cada rim. 
O néfron é formado por dois componentes 
principais: 
 Corpúsculo Renal: 
 Cápsula glomerular (de Bowman); 
 Glomérulo – rede de capilares sanguíneos 
enovelados dentro da cápsula glomerular. 
 Túbulo Renal: 
 Túbulo contorcido proximal; 
 Alça do néfron (de Henle); 
 Túbulo contorcido distal; 
 Ducto ou tubo coletor. 
Cada porção de um néfron desempenha um 
papel diferente na formação da urina. De um 
modo geral, o corpúsculo renal filtra o sangue; os 
túbulos contorcidos proximais reabsorvem 
substâncias filtradas para o sangue; a alça de 
Henle ajuda a conservar a água e solutos; e o 
túbulo distal livra o sangue de resíduos 
adicionais. 
Tipos de Néfrons 
Dependendo da sua distribuição e morfologia, 
existem dois tipos principais de néfrons: corticais 
e justamedulares. 
Aqueles cujos corpúsculos renais se encontram 
perto da medula são chamados néfrons 
justamedulares (ao lado de medula). Eles têm 
longas alças de Henle, que se estendem 
profundamente na medula. Apenas cerca de 15% 
dos néfrons são néfrons corticais. A parte 
restante é chamada de néfrons corticais, e suas 
alças de Henle não se estendem profundamente 
na medula. 
Corpúsculo Renal 
Cada corpúsculo renal consiste em uma cápsula 
de Bowman e uma rede de capilares chamados 
de glomérulo, que é a unidade de filtragem do 
néfron. 
O fluido é filtrado a partir do glomérulo, para o 
interior da cápsula de Bowman. O fluido filtrado, 
então, transita para o túbulo contorcido proximal, 
que leva o conteúdo para longe dessa cápsula. 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
A Cápsula de Bowman tem uma camada 
externa, chamada de camada parietal, e uma 
camada interna, designada por camada visceral. 
A camada parietal é constituída de células 
epiteliais escamosas simples. As células epiteliais 
adquirem uma forma cuboide no início do túbulo 
contorcido proximal. A camada visceral é 
constituída de células especializadas chamadas 
de podócitos, que se envolvem em torno dos 
capilares glomerulares. 
Uma vez que a principal função dos rins é filtrar o 
sangue, o glomérulo apresenta várias 
características únicas que tornam esses capilares 
especialmente permeáveis. Numerosas aberturas 
semelhantes a janelas, chamadas de fenestras, 
encontram-se nas células endoteliais dos 
capilares glomerulares. As lacunas, chamados de 
fendas de filtração, estão entre os processos 
celulares dos podócitos, que formam a camada 
visceral da cápsula de Bowman. 
Uma membrana basal encontra-se comprimida 
entre as células endoteliais dos capilares 
glomerulares e os podócitos da cápsula de 
Bowman. Juntos, o endotélio capilar, a 
membrana basal e os podócitos da cápsula de 
Bowman formam a membrana de filtração do 
rim, que realiza o primeiro passo importante na 
formação da urina. 
A formação de urina começa quando o fluido dos 
capilares glomerulares é filtrado através da 
membrana de filtração para dentro do lúmen, ou 
espaço, no interior da cápsula de Bowman. 
Uma arteríola aferente fornece o sangue ao 
glomérulo, que é, em seguida, drenado por uma 
arteríola eferente. No ponto onde a arteríola 
aferente entra no corpúsculo renal, as células de 
músculo liso que ali se encontram formam, em 
torno da arteríola, um arranjo em forma de 
braçadeira. Essas célulassão chamadas de 
células justaglomerulares. Situadas entre as 
arteríolas aferentes e eferentes e adjacentes ao 
corpúsculo renal, elas fazem parte do túbulo 
contorcido distal do néfron. 
Células tubulares especializadas, nesta seção, 
são chamadas coletivamente de mácula densa. 
As células justaglomerulares das arteríolas 
aferentes e as células da mácula densa estão em 
contato umas com as outras e, juntas, são 
chamadas de aparelho justaglomerular. O 
aparelho justaglomerular secreta a enzima renina 
e desempenha um papel importante na regulação 
da formação do filtrado e da pressão arterial. 
Túbulo Renal 
O Túbulo Contorcido Proximal é composto por 
um epitélio cuboidal simples em sua parede e 
mede aproximadamente 14 mm de comprimento 
e 60 mm de diâmetro. Sua principal função 
basicamente é drenar a cápsula de Bowman. 
A Alça de Henle (Alça do Néfron) é uma 
continuação do túbulo contorcido proximal. Cada 
alça apresenta duas vertentes: o ramo 
descendente e o ramo ascendente. 
A primeira parte do ramo descendente é 
semelhante em estrutura ao túbulo contorcido 
proximal. A alça de Henle que se estende para 
dentro da medula torna-se muito fina perto de 
seu fim. 
O lúmen na parte fina se estreita, e ocorre uma 
transição de epitélio cuboidal simples para 
epitélio escamoso simples. Assim como o ramo 
descendente, a primeira parte do ramo 
ascendente é fina e feita de epitélio escamoso 
simples. No entanto, torna-se mais espessa, e o 
epitélio cuboidal simples substitui o epitélio 
escamoso simples. A parte grossa do ramo 
ascendente retorna para o corpúsculo renal e 
termina originando o tubo contorcido distal, perto 
da mácula densa. 
O Túbulo Contorcido Distal não é tão longo 
quanto o proximal. É formado por epitélio 
cuboidal simples, mas as células são menores do 
que as células epiteliais dos túbulos contorcidos 
proximais e não têm um grande número de 
microvilosidades. Vários túbulos contorcidos 
distais se conectam a um único ducto coletor, 
que é composto por epitélio cuboidal simples. 
O Ducto Coletor, que é maior em diâmetro do 
que os outros segmentos do néfron, forma 
grande parte dos raios medulares e estende-se 
pela medula para as pontas das pirâmides renais. 
 
 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
 
 
 
 
 
 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
 
 
 
 
 
 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
EXPLICAR A FILTRAÇÃO GLOMERULAR. 
O manejo renal de qualquer substância consiste 
na combinação dos processos a seguir: 
 Filtração: processo pelo qual água e solutos 
do sangue deixam o sistema vascular através 
da barreira de filtração e entram no Espaço 
de Bowman. 
 Secreção: processo de transporte de 
substâncias do citosol das células epiteliais 
que formam as paredes do néfron para o 
lúmen dos túbulos. 
 Reabsorção: processo de movimento de 
substâncias do lúmen, através da camada 
epitelial, para o interstício circundante. 
A filtração é um processo inespecífico pelo qual 
os materiais são separados com base em seu 
tamanho ou carga elétrica. 
Assim, o primeiro passo para a formação da urina 
é a separação bruta de água e de pequenos 
solutos, das células do sangue e outras 
moléculas maiores, que ocorre quando o sangue 
flui pelos capilares glomerulares. A solução 
resultante é coletada na cápsula de Bowman e 
chamada de filtrado. É esse filtrado que vai ser 
modificado e transformado em urina. 
Cerca de 99% do volume filtrado é reabsorvido 
para o sangue conforme ele passa pelo néfron, e 
menos de 1% torna-se urina. Embora possa 
parecer inútil remover tanto material do sangue e 
logo devolvê-lo, é importante que a filtração seja 
contínua, de modo que os resíduos possam ser 
removidos do sangue tão depressa quanto 
possível. 
Membrana de Filtração 
O corpúsculo renal é o local de filtração do 
sangue no néfron. Assim, ele apresenta vários 
componentes que constituem coletivamente uma 
barreira de filtração, chamada de membrana de 
filtração. 
A membrana de filtração impede que as células 
sanguíneas e as proteínas entrem no lúmen da 
cápsula de Bowman, com base no tamanho e na 
carga, mas permite a passagem de outros 
componentes do sangue. Então, pela membrana 
as moléculas de água e pequenos solutos 
atravessam facilmente dos capilares 
glomerulares para dentro da cápsula de Bowman, 
mas as moléculas maiores não. 
A membrana de filtração é composta das 
seguintes partes: 
1. As fenestrações do capilar glomerular. 
2. A membrana basal entre a parede do capilar 
e a camada visceral da cápsula de Bowman. 
3. Podócitos da camada visceral da cápsula de 
Bowman. 
 
Em conjunto, esses componentes impedem 
que as moléculas maiores do que 7 nm de 
diâmetro ou com massa molecular igual ou 
superior a 40.000 daltons passem através da 
membrana de filtração. Em primeiro lugar, as 
fenestras têm cerca de 7 nm de tamanho e 
servem como filtro inicial. A maioria das 
proteínas do plasma é um pouco maior do que 
7 nm em diâmetro e é retida nos capilares 
glomerulares. No entanto, a albumina, que 
tem diâmetro apenas ligeiramente menor do 
que 7 nm, entra no filtrado apenas em 
pequenas quantidades. Portanto, o filtrado 
não é isento de proteína, mas, em vez disso, 
contém cerca de 0,03% de proteína. Além 
disso, algumas proteínas e alguns hormônios 
(como o hormônio de liberação da tirotrofina, 
a ocitocina e o hormônio antidiurético) são 
suficientemente pequenos para atravessar a 
membrana de filtração. As proteínas capazes 
disso são ativamente reabsorvidas por 
endocitose e metabolizadas pelas células do 
túbulo proximal. 
 
 
 
 
 
 
 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
EXPLICAR A INFLUÊNCIA DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL NA FILTRAÇÃO GLOMERULAR. 
Filtração Glomerular e Fluxo Sanguíneo Renal 
Fluxo Sanguíneo Renal (FSR) 
Fluxo Sanguíneo Renal (FSR): cerca de 1L/min 
ou 20% do débito cardíaco. 
Os profissionais da saúde fazem uso frequente 
das medidas padrão de fluxo sanguíneo pelo rim 
para determinar se esses órgãos estão 
funcionando corretamente. Uma medida padrão é 
a taxa de fluxo sanguíneo renal. 
Duas informações são utilizadas para calcular 
esse número: 
■ Fração renal, que é de 21%. 
■ Débito cardíaco, que é 5.600 mL / min. 
Assim, a taxa de fluxo sanguíneo renal é 5.600 × 
0,21 = 1,176 mL / min. 
Também é utilizado pelos profissionais de saúde 
a taxa de fluxo renal de plasma, que é igual à 
velocidade de fluxo sanguíneo renal multiplicado 
por 55% (porcentagem de sangue total, que é de 
plasma) 
1.176 mL/min × 0,55 = 646,8 mL de plasma/min, 
ou seja, cerca de 650 mL/min (0,650 L). 
Quando o sangue é filtrado pelos glomérulos, 
cerca de 19% do plasma são removidos do 
sangue. Essa é a chamada fração de filtração, 
que é igual a 650 mL de plasma/min × 0,19 = 
123,5 mL de plasma/min. Assim, cerca de 125 
mL (0,125 L) de filtrado são produzidos a cada 
minuto e chamados de taxa de 
filtração glomerular (TFG). Em torno de 180 mil 
mL (180 L) de filtrado são produzidos 
diariamente. Esse enorme volume é igual a cerca 
de 90 garrafas de 2 L por dia. Uma vez que uma 
pessoa saudável produz apenas 1.000-2.000 mL 
(1-2 L) de urina por dia, o equivalente a uma 
garrafa de 2 L de refrigerante, é facilmente 
evidente que nem todo o filtrado torna-se urina. 
Na verdade, cerca de 99% do volume filtrado é 
reabsorvido para o sangue conforme ele passa 
pelo néfron, e menos de 1% torna-se urina. 
Embora possa parecer inútil remover tanto 
material do sangue e logo devolvê-lo, é 
importante que a filtração seja contínua, de modo 
que os resíduos possam ser removidos do 
sangue tão depressa quanto possível. 
Pressão de filtração 
A formação do filtrado deve-se a um gradiente de 
pressão no corpúsculo renal, chamado pressão 
de filtração, que depende da combinação de três 
pressões diferentes: 
 A pressão capilar glomerular (PCG) é uma 
pressão a favor da filtração do sangue 
pressionandoas paredes dos capilares, ou 
simplesmente a pressão arterial. A PCG força 
os fluidos e os solutos do sangue para dentro 
da cápsula de Bowman. 
 A pressão hidrostática capsular (PHC) é 
uma pressão contra a filtração, ocasionada 
pela pressão do acúmulo do filtrado na 
cápsula de Bowman. A PHC é comparável à 
pressão arterial, pois o sangue que pressiona 
as paredes de um capilar cria a pressão 
sanguínea, e o filtrado que pressiona as 
paredes da cápsula de Bowman cria a PHC. 
 A pressão coloidosmótica do sangue 
(PCS) é também uma pressão contra a 
filtração, exercida pela força osmótica das 
proteínas plasmáticas dentro dos capilares 
glomerulares. A presença dessas proteínas 
se opõe ao movimento do fluido do capilar 
glomerular para o interior da cápsula de 
Bowman. A PCS é maior na extremidade final 
do capilar glomerular do que no seu início, 
porque, conforme o fluido deixa os capilares e 
entra na cápsula de Bowman, existe maior 
concentração de proteína no capilar 
glomerular. 
Para calcular a pressão de filtração, todas as três 
pressões de filtração são somadas, e 
percebemos que em um rim normal a PCG se 
sobrepõe à PHC e à PCS, e a pressão de 
filtração é uma pressão de filtração líquida de 
cerca de 10 mmHg:

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