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Farmacologia Tammi Ráisla Fármacos Anti-hipertensivos Hipertensão: É uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. É definida como uma pressão arterial sistólica contínua maior do que 140 mmHg e/ou uma pressão sanguínea diastólica contínua maior do que 90 mmHg. Alterações morfofuncionais em órgãos alvo: normalmente o paciente tem uma elevação do tônus muscular, comprimindo as artérias e aumentando a resistência, o que aumenta a P.A, comprometendo a capacitância das veias e o retorno venoso. Logo o sistema simpático aumenta a força de contração e a frequência cardíaca para compensar o retorno venoso, aumentando ainda mais a P.A. Consequências: ✓ Insuficiência cardíaca; ✓ Insuficiência renal; ✓ Infarto agudo do miocárdio; ✓ Acidente vascular encefálico. Classificação Classificação PAS mmHg PAD mmHg Normal 120 80 Pré-hipertensão 121-139 81-89 Estágio 1 140-159 90-99 Estágio 2 160-179 100-109 Estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 Obs.! Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da P.A. Fatores de risco cardiovascular Gênero masculino Excesso de peso Estresse Dislipidemia Idade avançada Etnia negra Ingestão alta de sal Diabetes Sedentarismo Ingestão alta de álcool Tabagismo Predisposição genética Fatores de risco cardiovascular adicionais nos pacientes com HAS Idade (homem > 55 e mulheres > 65) Tabagismo Dislipidemias: TG ≥ 150 mg/dL LDL-c > 100mg/Dl; HDL < 40 mg/dL Diabetes melito História familiar prematura de doença cardiovascular: homens < 55 anos e mulheres < 65 anos. Características do tratamento anti- hipertensivo: - O tratamento da HA visa, em última análise a redução da morbimortalidade cardiovascular e renal e a mortalidade; - A proteção observada não depende especialmente do tipo de fármaco empregado, mas fundamentalmente da redução da pressão arterial; - Os benefícios são maiores quanto maior o risco cardiovascular, mas ocorrem mesmo em pequenas elevações da PA. - A hipertensão moderada pode ser controlada algumas vezes com monoterapia, mas a maioria dos pacientes requer mais de um fármaco para obter o controle. - Os efeitos adversos associados ao tratamento anti-hipertensivo podem influenciar mais os pacientes do que as vantagens futuras. Por exemplo, os β-bloqueadores podem causar disfunção sexual no homem, o que pode causar interrupção do tratamento. Assim, é importante aumentar a adesão do paciente selecionando o regime de fármaco que reduz os efeitos adversos e também minimiza o número de dosificações necessárias por dia. - Um medicamento para ser indicado deverá, preferencialmente: ✓ Ter demonstrado a capacidade de reduzir a morbimortalidade CV; ✓ Ser eficaz por via oral; ✓ Ser bem tolerado; ✓ Poder ser usado no menor número de tomadas por dia; ✓ Ser iniciado com as menores doses efetivas; ✓ Poder ser usado em associação. Classes de anti-hipertensivos disponíveis para uso clínico Farmacologia Tammi Ráisla Diuréticos Independentemente da classe, o mecanismo de ação inicial dos diuréticos é baseado na redução do volume, o que leva à diminuição da pressão arterial. O tratamento com doses baixas de diuréticos é seguro, barato e eficaz na prevenção de derrame, infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca. Ação não imediata, requer 1 mês. Devem-se monitorar os eletrólitos séricos rotineiramente em todos os pacientes que recebem diuréticos. Não é interessante que o paciente tenha perca excessiva de eletrólitos como potássio e magnésio (causa alteração cardíaca). Uso ambulatorial: recomenda-se doses baixas para evitar desidratação. Reações adversas: ✓ Hipopotassemia eventualmente acompanhada de hipomagnesemia (arritmias ventriculares) exceto os poupadores. ✓ Intolerância a glicose (↓ sensibilidade insulina). ✓ Elevação do ácido úrico – tiazídicos (crises de gota). ✓ Disfunção erétil. Obs.: O uso de baixas doses reduz as reações sem prejuízo da ação anti-hipertensiva. a) Diuréticos de alça: Os diuréticos de alça (furosemida, torsemida, bumetanida e ácido etacrínico) atuam rapidamente (são os mais potentes), bloqueando a reabsorção de sódio e cloreto nos rins, mesmo em pacientes com má função renal ou naqueles que não responderam ao diurético tiazídico. Os diuréticos de alça causam diminuição da resistência vascular renal e aumento do fluxo sanguíneo renal. Furosemida cp de 40mg e ampola de 10mg/mL. Indicações: ✓ Hipertensão grave (estágio 3); ✓ Insuficiência cardíaca; ✓ Insuficiência renal: edema. Reações: ✓ Como os tiazídicos, eles podem causar hipopotassemia. ✓ Diferentemente dos tiazídicos, os diuréticos de alça aumentam o conteúdo de Ca2+ na urina, ao passo que os tiazídicos diminuem. b) Diuréticos tiazídicos: Os diuréticos tiazídicos, como a hidroclorotiazida e a clortalidona, diminuem a pressão arterial inicialmente por aumentar a excreção de sódio e água no túbulo contorcido distal. São ineficazes quando a taxa de filtração glomerular cai abaixo de 30 mL/min, ou seja, em pacientes com função renal inadequada. Nesses pacientes, podem ser necessários diuréticos de alça. Indicações: são preferidos como anti- hipertensivos (reações mais brandas e maior tempo de ação). ✓ Hipertensão lese a moderada ✓ Insuficiência cardíaca congestiva de fase inicial; ✓ Edemas (cirrose hepática, corticoides) Reações: ✓ Hipopotassemia; ✓ Hiperuricemia (causa gota); ✓ Hiperglicemia (menor extensão). c) Diuréticos poupadores de potássio Os diuréticos poupadores de potássio são usados algumas vezes associados aos diuréticos de alça e aos tiazídicos para reduzir a espoliação do potássio causada por esses diuréticos. Não indicados para induzir diurese (pois causam uma muito discreta). Agem nos ductos coletores. Espironolactona e eplerenona impedem a ação de aldosterona (reabsorção de Na+ e de água, aumentando a expressão da bomba Na+-K+), age como antagonista competitivo, diminuindo a expressão da bomba, o que faz com que diminua a excreção de potássio; pode-se associá-lo com diuréticos de alça para poupar o potássio perdido. A espironolactona é muito eficaz no tratamento de edema hepático. Outros medicamentos são a amirolida e o triantereno, agem em canais epiteliais nos ductos coletores permeáveis ao Na+, diminuindo a sua disponibilidade para a bomba sódio-potássio e a perca de potássio. Entre os dois, o mais utilizado é a espironolactona. Indicações: ✓ ICC fase inicial; efeito cardioprotetor. ✓ Associação com outros diuréticos, para prevenção e tratamento da hipopotassemia e hipomagnesemia. Farmacologia Tammi Ráisla ✓ Edema. Antagonistas dos canais de cálcio Os BCCs são uma opção de tratamento recomendado para hipertensos com diabetes ou angina. Agem antagonizando os canais de cálcio, diminuindo a entrada de cálcio no meio intracelular. O cálcio promove a despolarização das células. Os antagonistas promovem um vasorelaxamento do músculo liso vascular, dilatando principalmente as arteríolas. Doses elevadas de BCCs de curta duração devem ser evitadas devido ao maior risco de infarto do miocárdio por vasodilatação excessiva e acentuada estimulação cardíaca reflexa. Indicações: ✓ Pacientes Hipertensos; ✓ Asmáticos (diminuem broncoconstrição); ✓ Diabéticos; ✓ Doença vascular periférica. ✓ Tratamento da angina. Diferentemente dos β-bloqueadores, eles não têm potencial de afetar adversamente essas condições. Efeitos adversos: ✓ Bloqueio atrioventricular de primeiro grau e constipação são efeitos adversos dose- dependentes do verapamil. ✓ Verapamil e diltiazem devem ser evitados em pacientes com insuficiência cardíaca congestivaou com bloqueio atrioventricular, devido aos efeitos inotrópicos (força de contração do músculo cardíaco) e dromotrópicos (velocidade de condução) negativos. ✓ Tontura, cefaleia e sensação de fadiga causada pela redução da pressão arterial ocorrem mais frequentemente com di- hidropiridinas. ✓ Edema periférico é outro efeito adverso comumente registrado desta classe. ✓ Nifedipina e outras di-hidropiridinas podem causar hiperplasia gengival. a) Fenilalquilaminas: O verapamil é o menos seletivo dos BCCs e apresenta efeitos significativos nas células cardíacas e no músculo liso vascular. Ele é usado também no tratamento da angina e das taquiarritmias supraventriculares, bem como para prevenir a enxaqueca e a cefaleia em salvas. Verapamil Cp 80, 120 e 240 mg ou Ampola de 2,5 mg/mL. b) Benzotiazepinas: O diltiazem afeta tanto as células cardíacas quanto as do músculo liso vascular, mas apresenta efeito inotrópico cardíaco negativo menos pronunciado comparado ao efeito do verapamil. Diltiazem Cp 30 mg; 60 mg – F. Ampola 30 e 60 mg. Ambos são mais seletivos para canais do músculo cardíaco e das artérias coronárias. Não possuem ação periférica. São depressores cardíacos, com efeito inotrópico e cronotrópico negativo. Não indicados para pacientes com hipertensão sem cardiopatia. Indicados para cardiopatas, como angina (dor no peito) e arritmia. c) Diidropiridinas Esta classe de BCCs inclui nifedipino (o protótipo), anlodipino, felodipino, isradipino, nicardipino e nisoldipino. Possuem maior seletividade por canais de cálcio nas periferias. Muito eficazes como anti-hipertensivo, entretanto, deve-se ressaltar que as formulações de curta ação devem ser evitadas (estimulação simpática reflexa). Pouca ou nenhuma ação cardíaca. Principais reações: taquicardia (espec. nifedipino), vermelhidão e edema maleolar (não relacionado com retenção hidrossalina, ideal substituir). Nifedipino pode ser administrado por gestantes hipertensas com risco de parto prematuro, pois tem afinidade por canais de cálcio uterino, causando relaxamento do músculo desse órgão. Nifedipino é um bloqueador de canal de cálcio com meia-vida curta (4horas), utilizado em emergências hipertensivas. Ele está contraindicado para o tratamento de HAS crônica por aumentar o risco cardiovascular do paciente. Atuantes no Sistema Renina- Angiotensina-Aldosterona a) Inibidores da enzima conversora de angiotensina: Os IECAs, como enalapril e lisinopril, são recomendados como tratamento de primeira escolha contra hipertensão em pacientes com uma variedade de indicações, incluindo risco alto de doença coronária ou história de diabetes, AVE, Farmacologia Tammi Ráisla insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio ou doença renal crônica. Esses fármacos bloqueiam a ECA que hidrolisa a angiotensina I para formar o potente vasoconstritor angiotensina II. Os IECAs diminuem os níveis de angiotensina II (ocorre vasodilatação de arteríolas e veias, menor secreção de aldosterona) e aumentam os de bradicinina (maior vasodilatação, causa tosse seca não produtiva). Indicações: ✓ Pacientes com nefropatia diabética (retardam o declínio da função renal); ✓ Pacientes que tiveram infarto do miocárdio; ✓ Pacientes com insuficiência cardíaca; ✓ Pacientes hipertensos com doença renal crônica ✓ Pacientes com risco elevado de doença arterial coronariana. Reações adversas: ✓ Hipotensão; ✓ Hiperpotassemia; ✓ Tosse seca não-produtiva; ✓ Alteração do paladar; ✓ Contraindicado na gestação. Farmacocinética: Todos são convertidos no metabólito ativo no fígado, exceto captopril e lisinopril, de forma que estes dois podem ser preferidos para pacientes com grave insuficiência hepática. Fosinopril é o único IECA que não é eliminado primariamente pelos rins e não requer ajuste de dosagem em pacientes com insuficiência renal. Enalaprilato e cizalapril são pró-fármacos, sendo que o primeiro é convertido por hidrólise em enalaprilato. b) Antagonistas dos receptores AT1: Previne e converte os efeitos da angiotensina II, levando a vasodilatação, excreção de sódio, e diminuição da atividade noradrenérgica. Seus efeitos farmacológicos são similares aos dos IECAs por produzirem dilatação arteriolar e venosa e bloqueio da secreção de aldosterona, reduzindo, assim, a pressão arterial e diminuindo a retenção de sal e água. Localização dos receptores da angiotensina II tipo I: córtex adrenal, vasos sanguíneos, rins e terminações nervosas adrenérgicas. Ação uricosúrica: aumenta a excreção da ácido úrico; previne gota. Losartana Cp 12,5 mg; 25 mg; 50 mg e 100 mg. Pacientes com uso de captopril com tosse seca podem usar losartana. Indicações: ✓ Hipertensão arterial ✓ Úteis na prevenção do acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca congestiva. ✓ Nefroproteção no DM 2. ✓ Redução de eventos coronariano. Reações adversas: bem toleradas Contraindicado para gestantes. Fármacos Betabloqueadores Os receptores adrenérgicos da noradrenalina ou da adrenalina tipo β são excitatórios, ativam proteína G e aumentam a AMPc, que ativa a PKA (proteína quinase A), que fosforiza canais de cálcio, causando relaxamento do músculo liso e contração do coração. Os β-bloqueadores reduzem a pressão arterial primariamente diminuindo o débito cardíaco. Eles também podem diminuir o efluxo simpático do sistema nervoso central (SNC) e inibir a liberação de renina dos rins, reduzindo, assim, a formação de angiotensina II e a secreção de aldosterona. Readaptação dos barorreceptores e ↓ das catecolaminas nas sinapses. Receptores: ✓ β1 – coração e rins. ✓ β2 – pulmões, fígado e músculo esquelético ✓ β3 – tecido adiposo. - O protótipo dos β-bloqueadores é o propranolol (1º geração), que atua em receptores β1 e β2 (não seletivo). - Bloqueadores seletivos de receptores β1 (cardiosseletivos), como atenolol, metoprolol e bisoprolol, estão entre os β-bloqueadores mais comumente prescritos. Compõem a 2º geração. - O nebivolol é um bloqueador seletivo de receptores β1 que aumenta também a produção de óxido nítrico, levando à vasodilatação. O carvedilol é um estimulador dos receptores α1 e inibidor dos receptores β1 e β2. Ambos são da 3º geração. Devem ser usados com cautela no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca aguda ou doença vascular periférica. Indicações: Farmacologia Tammi Ráisla ✓ Pacientes hipertensos com doença cardíaca concomitante, como taquiarritmia supraventricular (p. ex. fibrilação atrial), infarto do miocárdico prévio, angina pectoris e insuficiência cardíaca crônica. Reações adversas: ✓ Broncoconstricção; ✓ Bradicardia; ✓ Insônia; ✓ Disfunção erétil; ✓ Aumenta triglicerídeos e LDLc; ✓ Intolerância a glicose (1ª e 2ª geração) novos casos de diabetes (espec. Associação com diuréticos). ✓ Edemas periféricos Adrenérgicos de ação central a) Clonidina: A clonidina atua centralmente, produzindo inibição dos centros vasomotores simpáticos e diminuindo a estimulação simpática para a periferia. Isso leva à redução da resistência periférica total e à diminuição da pressão arterial. A clonidina não reduz o fluxo sanguíneo renal ou a filtração glomerular e, portanto, é útil no tratamento da hipertensão complicada por doença renal. Os efeitos adversos incluem sedação, boca seca e constipação. Ocorre hipertensão de rebote após interrupção súbita da clonidina. Por isso, se a interrupção for necessária, o fármaco deve ser retirado lentamente. b) Metildopa. Metildopa é um α2-agonista que é convertido em metilnorepinefrina no SNC, causando diminuição do efluxo adrenérgico. É usada principalmente para o tratamento da hipertensão na gestação, por ter registros de segura. Causa sonolência, sedação, boca seca,disfunção sexual, lesão hepática. Classe Fármaco Diurético Ácido etacrínico Amilorida Bumetanida Clortalidona Eplerenona Espironolactona Furosemida Hidroclorotiazida Indapamida Metolazona Torsemida Triantereno Bloqueadores dos canais de Ca2++ Anlodipino Clevedipino Diltiazem Felodipino Isradipino Nicardipino Nifedipino Nisoldipino Verapamil IECAs Benazepril Captopril Enalapril Fosinopril Lisinopril Moexipril Cizalapril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril BRA Alisartana medoxomil Candesartana Eprosartana Irbesartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana Beta bloqueadores Acebutolol Atenolol Betaxolol Bisoprolol Carvedilol Esmolol Labetalol Metoprolol Nadolol Nebivolol Penbutolol Pindolol Propranolol Timolol Adrenérgicos de ação central Metildopa Clonidina α-bloqueadores Doxazosina Prazosina Terazosina Outros Clonidina Fenoldopam Hidralazina Metildopa Minoxidil Nitroprussiato Farmacologia Tammi Ráisla Qual conduta farmacológica pode ser realizada em cada situação? 1) Em consulta de acompanhamento, paciente apresenta pressão arterial em 150:100 mmHg, com quadro de insuficiência cardíaca crônica e edema em membros inferiores. Fazendo uso de Metoprolol e hidroclorotiazida. Avalie a prescrição. Metoprolol é um betabloqueador indicado para insuficiência cardíaca. Porém Hidroclorotiazida não é a melhor opção para este caso, nem para regular a pressão e reverter o edema. O ideal na insuficiência cardíaca crônica é um diurético de alça como furosemida. Assim, substituir hidroclorotiazida por furosemida, dessa forma o edema poderá ser revertido e possivelmente a pressão arterial diminuirá. 2) Paciente hipertenso procura o pronto atendimento de saúde com crise gotosa. Durante anamnese o paciente relata fazer uso de anti-inflamatórios para dor, além de Hidroclorotiazida e Losartana. Médico então comenta que um desses medicamentos deve ser evitado, qual seria? O medicamento que deve ser evitado neste paciente é a hidroclorotiazida, pois é um diurético que causa elevação dos níveis séricos de ácido úrico, podendo desencadear crises gotosas. 3) Paciente masculino, 43 anos, com arritmia cardíaca, há um ano tratado com Atenolol é encaminhado para reavaliação e é diagnosticado com uma comorbidade, Diabetes mellitus 2. Paciente também apresenta média da PA 140:90 mmHg. Sem histórico de antecedentes familiares e sem dislipidemia. Avalie uma possível prescrição. Para arritmia cardíaca o paciente já faz uso de atenolol e que também neste caso tem efeito anti- hipertensivo. Mas como ele apresenta níveis ainda elevados, devido ao desenvolvimento da hipertensão é necessário acrescentar mais um anti-hipertensivo. Por se tratar de um paciente diabético temos que pensar em um anti- hipertensivo que possa trazer nefroproteção com um inibidor da ECA (ex: captopril) ou um antagonista de angiotensina II (ex: Losartana). 4) Paciente diabético, hipertenso e com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), fazendo uso de Captopril, retorna ao seu médico com queixa de tosse seca. Continuar a prescrição? A tosse foi desencadeada porque o captopril ao inibir a ECA proporcionou um aumento de bradicinina pulmonar (irritativo para o pulmão). Logo, pode substituir por um antagonista de angiotensina II (ex: Losartana), que tem a mesma eficácia terapêutica e não irá causar tosse. 5) Seu João, 60 anos, apresenta arritmia cardíaca e já sofreu infarto agudo do miocárdio. Atualmente faz uso de Metoprolol e Anlodipino. Porém na sua última consulta, queixou-se de disfunção erétil e edema maleolar. O que pode justificar estes sintomas? A disfunção erétil pode ser causada pelos betabloqueadores (ex: Metoprolol) e o edema maleoar é uma reação que ocorre com os antagonistas de canais de cálcio (ex: anlodipino).
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