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APG 04 - O Crime Não Compensa

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APG 04 – O Crime Não Compensa 
OBJETIVO 01: ANALISAR OS EXAMES 
DE ROTINA RELACIONADOS COM A 
HAS E A FREQUÊNCIA DE REALIZAÇÃO 
 
Exames de Rotina 
para HAS 
FREQUÊNCIA DOS EXAMES: 
• A solicitação de exames é sempre 
individualizada, levando em 
consideração aspectos como a 
condição clínica do paciente e o 
acesso aos exames, além dos 
protocolos locais de assistência à 
saúde. 
• Para as pessoas portadoras de 
Hipertensão Arterial Sistêmica 
(HAS), sugere-se uma 
periodicidade anual 
AVALIAÇÃO CLÍNICA: 
• Anamnese: 
➢ História clínica completa 
➢ Perguntas sobre o tempo de 
diagnóstico 
➢ Perguntas sobre o tratamento 
com anti-hipertensivos 
(medicamentos e doses) 
➢ Apurar sintomas que indiquem 
a evolução da doença 
hipertensiva, especialmente 
lesões em órgãos-alvo (LOA) 
➢ Antecedentes pessoais 
➢ Construção de linha de tempo 
que permita melhor 
compreensão do quadro clínico 
➢ História familiar 
➢ Deve ser questionada a 
existência de fatores de risco 
específico para doenças 
cardiovasculares (DCV) e renal, 
comorbidades e aspectos 
biopsicossociais, culturais e 
econômicos 
➢ Avaliar o uso de 
medicamentos, drogas lícitas e 
ilícitas, que possam interferir 
na PA 
 
• Exame Físico: 
➢ Medida correta e repetida da 
PA e FC 
➢ Procurar sinais de LOA 
➢ Dados antropométricos e 
cálculo de IMC (considera-se 
que estão com peso ideal os 
indivíduos que apresentarem 
valores 18 e 24,9 kg/m2 de 
IMC, enquanto aqueles que 
estiverem com IMC entre 25 e 
29,9 kg/m2 são considerados 
portadores de sobrepeso. A 
obesidade é identificada 
quando o IMC for maior ou 
igual a 30 kg/m2) e da 
circunferência abdominal (para 
analisar obesidade visceral que 
é um importante parâmetro 
que estima risco cardiovascular 
com precisão. Segundo o NCEP 
III, são considerados valores 
normais aqueles inferiores a 88 
cm para as mulheres e a 102 
cm para os homens.) 
➢ Palpação e ausculta cardíaca e 
de carótidas 
➢ Verificação de pulsos 
 
 
 
APG 04 – O Crime Não Compensa 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL BÁSICA, 
AVALIAÇÃO DE LESÕES CLÍNICAS E 
SUBCLÍNICAS EM ÓRGÃOS-ALVO: 
• Tem como objetivo detectar lesões 
clínicas ou subclínicas em órgãos-
alvo, no sentido de melhor 
estratificar o risco cardiovascular 
• Sangue: 
➢ Hemograma: deve-se observar 
a presença de anemia na 
doença renal crônica e nas 
situações primárias de 
aumento do hematócrito 
(síndrome de Gaisbock) 
➢ Glicemia de Jejum e 
Hemoglobina Glicada: é 
fundamental afastar a 
presença de diabetes mellitus, 
fator de risco agravante para a 
hipertensão arterial. A 
hemoglobina glicada é indicada 
quando a glicemia de jejum for 
maior que 99 mg/dL, na 
presença de história familiar ou 
de diagnóstico prévio de DM2 
e obesidade 
➢ Creatina Sérica e Taxa de 
Filtração Glomerular (TFG 
calculada): a creatina sérica é o 
principal indicador da função 
renal. Contudo, deve-se 
atentar que a creatina somente 
começa a se elevar quando 
houver perda de 30 a 40% da 
massa funcional glomerular, 
por isso a necessidade de ser 
calculada a TFG 
➢ Ácido Úrico: a artrite gotosa é 
subdiagnosticada e passível de 
ser agravada pelo uso 
intempestivo de tiazídico. Da 
mesma forma que o uso de 
substâncias que acidificam a 
urina (p. ex., a vitamina C) 
pode facilitar a formação de 
cálculos renais. 
➢ Potássio: a hipocalemia pode 
ser o único indicador para 
hiperaldosteronismo. Além 
disso, a hipocalemia facilita o 
desenvolvimento de arritmias e 
prejudica o controle da 
glicemia 
➢ Lipidograma (colesterol total, 
HDL – colesterol, LDL – 
colesterol e triglicerídeos): 
fatores de risco muito 
frequentes entre os 
hipertensos já bem 
estabelecido o seu tratamento 
quando alterados. Não há 
necessidade de solicitar a 
dosagem do LDL-colesterol. Ele 
pode ser obtido (quando os 
triglicerídeos forem < 400 
mg/dL) utilizando-se a fórmula: 
LDL = Colesterol total – 
(Triglicerídeos/5 + HDL) 
 
• Urina: 
➢ Alterações nos sedimentos e 
densidade urinária indicam 
disfunção renal e a 
necessidade da dosagem da 
fração albumina: creatinina, 
principalmente diabéticos 
 
• Eletrocardiograma (ECG): 
➢ É um exame pouco sensível, 
porém bastante específico 
➢ A presença de sinais indicativos 
de aumento do átrio e 
hipertrofia ventricular 
esquerda (HVE) são dados 
importantes obtidos pelo 
exame 
➢ O ECG também detecta 
arritmias, principalmente a 
APG 04 – O Crime Não Compensa 
fibrilação atrial, frequente em 
idosos 
AVALIAÇÃO RECOMENDADA A 
POPULAÇÕES INDICADAS: 
• Radiografia de tórax: 
➢ Tem indicação no 
acompanhamento do paciente 
hipertenso nas situações de 
suspeita clínica de 
acometimento cardíaco e/ou 
pulmonar ou para a avaliação 
de hipertensos com 
acometimento de aorta em 
que o ecocardiograma não está 
disponível. 
 
• Ecocardiograma: 
➢ É mais sensível que o 
eletrocardiograma quanto ao 
diagnóstico de hipertrofia do 
ventrículo esquerdo (HVE) e 
agrega valores na avaliação de 
formas geométricas de 
hipertrofia e tamanho do átrio 
esquerdo, nas funções sistólica 
e diastólica. 
➢ Está indicado quando houver 
indícios de HVE no 
eletrocardiograma ou em 
pacientes com suspeita clínica 
de insuficiência cardíaca. 
➢ Considera-se HVE quando a 
massa do ventrículo esquerdo 
indexada para a superfície 
corpórea é igual ou superior a 
116 g/m2 no homem e 96 
g/m2 na mulher. 
 
• Albuminuria ou relação 
proteinúria/creatininúria ou 
albuminúria/creatininúria: 
➢ Exame útil para os hipertensos 
diabéticos, com síndrome 
metabólica ou com dois ou 
mais fatores de risco, pois 
mostrou prever eventos 
cardiovasculares fatais e não 
fatais (valores normais < 30 
mg/g de creatinina. 
 
• Ultrassonografia de carótidas: 
➢ Indicado na presença de sopro 
carotídeo, sinais de doença 
cerebrovascular ou presença 
de doença aterosclerótica em 
outros territórios. 
➢ O aumento na espessura 
íntima-média (EIM) das 
carótidas e/ou a identificação 
de placas de aterosclerose 
prediz a ocorrência de 
acidentes vasculares cerebrais 
e infarto do miocárdio, 
independentemente de outros 
fatores de risco CV. 
➢ Valores da EIM > 0,9 mm têm 
sido considerados como 
anormais, assim como o 
encontro de placas 
ateroscleróticas 
 
• Ultrassonografia renal ou com 
Doppler: 
➢ Necessária em pacientes com 
massas abdominais ou sopro 
abdominal 
 
• Teste ergométrico: 
➢ Está indicado na suspeita de 
doença coronária estável, 
diabetes melito ou 
antecedente familiar para 
doença coronária em pacientes 
com pressão arterial 
controlada 
 
 
APG 04 – O Crime Não Compensa 
• Medida da velocidade da onda de 
pulso (VOP), quando disponível: 
➢ Indicada em hipertensos de 
baixo e médio risco, sendo 
considerado um método útil 
para avaliação da rigidez 
arterial, ou seja, do dano 
vascular. 
➢ VOP com valores acima de 
10m/s são considerados 
anormais na população em 
geral, porém já existem valores 
de referência ajustados para 
decis de idade e sexo 
 
• Ressonância nuclear magnética 
(RNM) do cérebro: 
➢ Indicada em pacientes com 
distúrbios cognitivos e 
demência para detectar 
infartos silenciosos e micro-
hemorragias 
 
OBJETIVO 02: COMPREENDER O 
MECANISMO DE AÇÃO E A CLASSE 
DOS MEDICAMENTOS PARA TRATAR 
HAS 
• As cinco principais classes de anti-
hipertensivos são: 
➢ Diuréticos (DIU) 
➢ Bloqueadores dos Canais de 
Cálcio (BCC) 
➢ Inibidores da Enzima 
Conversora de Angiotensina 
(IECA) 
➢ Bloqueadores dos Receptores 
da Angiotensina II (BRA) 
➢ Betabloqueadores (BB) 
• Os BB são úteis quando há certas 
condições clínicas específicas: pós-
infarto agudo do miocárdio (IAM) e 
angina do peito, Insuficiência 
cardíaca com fração de ejeção 
reduzida (ICFEr), para o controle da 
frequência cardíaca (FC) e em 
mulheres com potencial de 
engravidarDiuréticos 
 
• Independente da classe, o 
mecanismo de ação inicial é 
baseado na redução de volume, o 
que leva à redução da pressão 
arterial 
• O tratamento com doses baixas de 
diuréticos é seguro, barato e eficaz 
na prevenção de derrame, infarto 
do miocárdio e insuficiência 
cardíaca 
• Em pacientes que fazem 
tratamento com diuréticos, os 
eletrólitos séricos devem ser 
monitorados rotineiramente 
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS 
• Podem ser usados como 
tratamento farmacológico inicial 
• Ex: Hidroclorotiazida e a 
Clortalidona 
• Mecanismo de Ação: diminuem a 
pressão arterial inicialmente por 
aumentar a excreção de sódio e 
água (agindo no ducto coletor, na 
bomba de Na+ e Cl-), gerando 
redução do volume extracelular e 
consequente diminuição do débito 
cardíaco e do fluxo sanguíneo renal 
• Após o tratamento prolongado, o 
volume do plasma volta do normal, 
mas o efeito hipotensor 
relacionado com a diminuição da 
resistência vascular periférica 
persiste 
APG 04 – O Crime Não Compensa 
• Com exceção da metolazona, os 
diuréticos tiazídicos não são 
eficazes em pacientes com função 
renal inadequada (velocidade de 
filtração glomerular estimada 
menor que 30 ml/min/m2). Nesses 
pacientes, pode ser necessário um 
diurético de alça 
• Efeitos Colaterais: 
➢ Hipopotassemia 
➢ Hiperuricemia 
➢ Hiperglicemia em alguns 
pacientes 
DIURÉTICOS DE ALÇA 
• Ex: Furosemida, Torsemida, 
Bumetanida e Ácido Etacrínico 
• Mecanismo de Ação: atuam 
rapidamente bloqueando a 
reabsorção de sódio e cloreto nos 
rins, mesmo em pacientes com má 
função renal ou naqueles que não 
respondem aos diuréticos 
tiazídicos. Além disso, causam a 
diminuição da resistência vascular 
renal e aumentam o fluxo de 
sangue renal 
• Raramente são usados 
isoladamente para tratar 
hipertensão, mas são comumente 
usados para tratar sintomas da 
insuficiência cardíaca e edema 
• Efeitos Colaterais: 
➢ Hipopotassemia 
➢ Aumentam o conteúdo de 
cálcio na urina (os tiazídicos 
diminuem) 
DIURÉTICOS POUPADORES DE 
POTÁSSIO 
• Ex: Amilorida e Triantereno 
(inibidores do transporte de sódio 
epitelial nos ductos distais e 
coletores) e Espironolactona e 
Eplerenona (antagonistas de 
receptor de aldosterona) 
• Mecanismo de Ação: reduzem a 
perda de potássio na urina 
• Os diuréticos poupadores de 
potássio são usados algumas vezes 
associados aos diuréticos de alça e 
aos tiazídicos para reduzir a 
espoliação do potássio causada por 
esses diuréticos 
 
Beta Bloqueadores 
 
• Utilizados para pacientes 
hipertensos com doenças ou 
insuficiência cardíaca 
concomitante 
• Mecanismo de Ação: 
➢ Reduzem a pressão arterial 
primariamente diminuindo o 
débito cardíaco 
➢ Podem também diminuir o 
efluxo simpático do sistema 
nervosos central 
➢ Podem inibir a liberação de 
renina dos rins, reduzindo a 
formação de angiotensina II e a 
secreção de aldosterona 
• Exemplos: 
➢ Propranolol: atua em 
receptores beta 1 e beta 2 
➢ Metoprolol e Atenolol: 
bloqueadores seletivos de beta 
1 (são os mais comumente 
prescritos) 
➢ Nebivolol: bloqueador seletivo 
de Beta 1, que aumenta a 
produção de óxido nítrico, 
levando à vasodilatação 
• Os beta bloqueadores seletivos 
devem ser administrados 
APG 04 – O Crime Não Compensa 
cautelosamente em pacientes 
hipertensos que também têm 
asma 
• Os beta bloqueadores não 
seletivos, como Propranolol e 
Nadolol, são contraindicados 
devido ao bloqueio da 
broncodilatação mediada por beta 
2 
• Os β-bloqueadores devem ser 
usados com cautela no tratamento 
de pacientes com insuficiência 
cardíaca aguda ou doença vascular 
periférica. 
• Efeitos Colaterais: 
➢ Bradicardia 
➢ Hipotensão 
➢ Efeitos adversos ao SNC 
(fadiga, letargia e insônia) 
➢ Diminuição de libido e 
disfunção erétil 
➢ Os β-bloqueadores não 
seletivos podem desregular o 
metabolismo lipídico, 
diminuindo a lipoproteína de 
alta densidade (HDL) e 
aumentando os triglicerídeos. 
➢ A retirada abrupta pode causar 
angina, infarto agudo do 
miocárdio e a morte súbita 
 
Inibidores da 
Enzima Conversora 
de Angiotensina 
 
• Ex: Enalapril, Lisinopril, Captopril 
• São recomendados como 
tratamento de primeira escolha 
contra hipertensão arterial em 
pacientes com indicações, como 
risco alto de doença coronária ou 
história de diabetes, AVE, 
insuficiência cardíaca, infarto do 
miocárdio ou doença renal crônica 
• Mecanismo de Ação: 
➢ Diminui a pressão reduzindo a 
resistência vascular periférica, 
sem aumentar o débito 
cardíaco 
➢ Bloqueia a ECA que hidrolisa a 
angiotensina I para formar o 
potente vasoconstritor 
angiotensina II 
➢ A ECA degrada a bradicinina, 
um peptídeo que aumenta a 
produção de óxido nítrico e 
prostaciclinas nos vasos 
sanguíneos (potentes 
vasodilatadores) 
➢ Os IECAs diminuem os níveis de 
angiotensina II e aumentam os 
níveis de bradicinina, levando à 
vasodilatação de arteríolas e 
veias 
➢ Reduzindo a angiotensina II, 
também é reduzido a 
aldosterona, fazendo com que 
haja menor retenção de água e 
sódio 
• Os IECAs são usados no cuidado de 
pacientes após infarto do 
miocárdio e são fármacos de 
primeira escolha no tratamento de 
pacientes com disfunções 
sistólicas. 
• O tratamento crônico com IECAs 
obtém redução sustentada da 
pressão arterial, regressão da 
hipertrofia ventricular esquerda e 
prevenção do remodelamento 
ventricular, após infarto do 
miocárdio. 
• Os IECAs são os fármacos de 
primeira escolha para tratar a 
APG 04 – O Crime Não Compensa 
insuficiência cardíaca, os pacientes 
hipertensos com doença renal 
crônica e os pacientes com risco 
elevado de doença arterial 
coronariana 
• Efeitos Colaterais: 
➢ Tosse seca (altos níveis de 
bradicinina) 
➢ Exantema 
➢ Febre 
➢ Alteração do paladar 
➢ Hipotensão 
➢ Hiperpotassemia 
 
Bloqueadores do 
Receptor de 
Angiotensina II 
 
• Ex: Losartana e Irbesartana 
• Podem ser usados como fármacos 
de primeira escolha para o 
tratamento da hipertensão, 
especialmente em pacientes com 
forte indicação de diabetes, 
insuficiência cardíaca ou doença 
renal crônica 
• Mecanismo de Ação: 
➢ Bloqueiam os receptores de 
AT1, diminuindo sua ativação 
pela angiotensina II 
➢ Produzem dilatação arteriolar e 
venosa 
➢ Bloqueia a secreção de 
aldosterona, reduzindo a 
pressão arterial através da 
diminuição da retenção de 
água e sódio 
• OBS: eles não aumentam os níveis 
de bradicinina 
• Efeitos Colaterais: 
➢ Efeitos colaterais semelhantes 
aos dos IECAs, embora o risco 
de tosse e angioedema sejam 
menores 
• Não devem ser usados juntos com 
os IECAs devido à similaridade dos 
efeitos colaterais e do mecanismo 
de ação. 
• Não deve ser usado por gestantes 
 
Bloqueadores dos 
Canais de Cálcio 
 
• São recomendados para 
hipertensos com diabetes ou 
angina 
• Doses elevadas devem ser evitadas 
devido ao risco de infarto do 
miocárdio por vasodilatação 
excessiva e acentuada estimulação 
cardíaca reflexiva 
• Classes: 
➢ Difenilalquilaminas: o único 
representante é o Verapamil 
(disponível nos EUA). É o 
menos seletivo dos BBCs e 
apresenta efeitos significativos 
nas células cardíacas e no 
músculo liso vascular. Também 
é usado para prevenir 
enxaqueca e cefaleia em salvas 
➢ Benzotiazepínico: o único 
representante é o Diltiazem 
(aprovado nos EUA). Como o 
Verapamil, o Diltiazem afeta 
tanto as células cardíacas 
quanto as do músculo liso 
vascular, mas apresenta efeito 
inotrópico cardíaco negativo 
APG 04 – O Crime Não Compensa 
menos pronunciado 
comparado ao efeito do 
Verapamil. 
➢ Di – hidropiridinas: Esta classe 
de BCCs inclui Nifedipino (o 
protótipo), Anlodipino, 
Felodipino, Isradipino, 
Nicardipino e Nisoldipino. 
Todas as di-hidropiridinas 
apresentam muito maior 
afinidade peloscanais de cálcio 
vasculares do que pelos canais 
de cálcio do coração. Elas são, 
por isso, particularmente 
benéficas no tratamento da 
hipertensão. As di-
hidropiridinas têm a vantagem 
de interagir pouco com outros 
fármacos cardiovasculares, 
como a digoxina ou a varfarina, 
que são frequentemente 
usados em conjunto com BCCs. 
• Mecanismo de Ação: 
➢ Os antagonistas de canais de 
cálcio bloqueiam a entrada de 
cálcio por se ligarem aos canais 
de cálcio do tipo L no coração e 
nos músculos lisos dos vasos 
coronarianos e arteriolares 
periféricos. 
➢ Isso causa o relaxamento do 
músculo liso vascular, 
dilatando principalmente as 
arteríolas. 
➢ Os BCCs não dilatam veias 
• Efeitos Colaterais: 
➢ Bloqueio atrioventricular de 
primeiro grau e constipação 
(verapamil) 
➢ Tonturas, cefaleias e sensação 
de fadiga causadas pela 
redução da PA, e edema 
periférico (di – hidropiridina) 
 
OBJETIVO 03: REVER O TRATAMENTO 
NÃO MEDICAMENTOSO DA HAS 
• Tabagismo: 
➢ Deve haver a cessação devido 
ao risco cardiovascular e de 
neoplasias 
• Dieta: 
➢ Dieta com alto teor de 
potássio, cálcio, magnésio e 
fibras e baixo teor de sódio 
apresentou resultados 
significativos sobre a pressão, 
diminuindo a PA 
• Laticínios: 
➢ Possuem efeito hipotensor, 
principalmente os pobres em 
gordura 
• Chocolates e Produtos com Cacau: 
➢ O consumo de produtos com 
cacau abaixa a PA 
• Café e Produtos com Cafeína: 
➢ O café possui compostos que 
podem auxiliar na redução da 
PA 
➢ A cafeína pode elevar a 
pressão de forma aguda por 
até 3 horas, mas o consumo 
frequente leva à tolerância 
• Perda de Peso: 
➢ Reduz o fator de risco 
obesidade 
• Consumo de Bebidas Alcoólicas: 
➢ Há relação entre o consumo 
excessivo de bebidas alcoólicas 
e aumento da PA 
• Atividade Física: 
➢ Reduz o fator de risco 
sedentarismo 
 
 
 
APG 04 – O Crime Não Compensa 
Referências: 
• BARROSO, Weimar Kunz Sebba et 
al. Diretrizes Brasileiras de 
Hipertensão Arterial–
2020. Arquivos Brasileiros de 
Cardiologia, v. 116, p. 516-658, 
2021. 
• BRANDÃO, Andréa A.; AMODEO, 
Celso; NOBRE, 
Fernando. Hipertensão. Editora 
Manole, 2022. 
• CONSOLIM-COLOMBO, Fernanda 
M.; IZAR, Maria Cristina de O.; 
SARAIVA, José Francisco K. Tratado 
de cardiologia SOCESP 4a ed. 
Editora Manole, 2019 
• WHALEN, Karen; FINKELL, Richard; 
PANAVELIL, Thomas 
A. Farmacologia Ilustrada. Grupo 
A, 2016

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