Buscar

Resumo para prova de TCC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo para prova de TCC 
 
Teoria e história: 
-Behaviorismo metodológico x radical: 
→ Watson, condicionamento clássico: aprendizagem de reações, medo, etc. Estímulo 
incondicionado + estímulo neutro -> Resposta incondicionada; de forma que, por meio de 
repetições, o estímulo neutro se torne condicionado, promovendo a resposta esperada, esta 
agora também condicionada, mesmo na ausência do estímulo incondicionado. Ex: EI 
(carne) + EN (som) = RI (saliva) => EC (som) = RC (saliva) 
→ Skinner, condicionamento operante: aumentar ou diminuir a frequência de uma resposta 
comportamental específica. Pode ser: 
➔ reforço positivo: adição de um componente de forma a aumentar a frequência 
da resposta 
➔ reforço negativo: exclusão de um componente aversivo de forma a aumentar 
a frequência da resposta 
➔ punição positiva: adição de um componente aversivo de forma a diminuir a 
frequência da resposta 
➔ punição negativa: exclusão de um componente reforçador de forma a 
diminuir a frequência da resposta 
➔ extinção: exclusão do estímulo reforçador da resposta 
-Neobehaviorismo: Tolman, entendimento de mapas cognitivos e processos mentais. 
Aprendizado ocorrendo mesmo sem reforço; aprendizagem por meio de variáveis 
intervenientes. Reforço pode diminuir a quantidade de erros 
-Bandura: aprendizagem = reforço e processamento ou manipulação de informações => 
revolução cognitiva (dec. 70) 
 
Análise do Comportamento 
-Previsão e controle do comportamento. 
Eq-Comportamento não observável: o pensamento que pode levar a um comportamento 
-Todo comportamento tem uma função. Pode haver variação do comportamento caso o 
habitual não seja suficiente para se obter o resultado desejado tuge 
-No caso de análise, principalmente de crianças, não usar rótulos prontos para 
personalidade (ex: birra), mas sim tentar descrever o comportamento 
-Comportamento: tríplice contingência: 
→ antecedente -> comportamento-resposta -> consequência 
=>na análise do antecedente: investigação das variáveis ambientais, como quando e 
como o comportamento ocorre 
=>no comportamento em si, atuar com reforçamento (aumenta a chance da 
resposta) ou punição (suprime ou diminui a resposta inadequada até a extinguir). No 
caso da punição negativa, há necessidade de que o estímulo reforçador retirado 
tenha um valor para a criança e que não apenas se aponte o erro, mas se mostre o 
comportamento correto. A punição costuma ser mais eficaz para a 
educação\aprendizagem 
-Alterações na quebra da relação estímulo-resposta: a busca por outros comportamentos 
que levem ao resultado esperado, como por exemplo, o aumento da frequência de vezes ou 
na força com que o rato aperta a alavanca em busca de comida => variação 
*Desamparo aprendido é quando a pessoa não consegue acesso a reforçadores que 
podem retirá-la da situação de punição aversiva direta. 
*Autistas têm dificuldade em lidar com imprevisibilidade, então uma estratégia para ajudar 
no comportamento é avisar antes o que irá ocorrer e não deixar que sejam pegos de 
surpresa para diminuir a aversão 
*Não elogiar crianças de forma não descritiva\específica. Vale a pena investir em descrição 
do que a criança fez corretamente e não apenas dizer “que bonito\a”, por exemplo. 
 
Modelação 
-É a utilização de um modelo como base (aprender e reproduzir) para um comportamento a 
partir da aprendizagem observacional, ou seja, instauração de respostas imitativas através 
do reforço das mesmas. 
-Na aprendizagem, há algumas variáveis que influenciam o comportamento, principalmente 
o imitativo, tais como, prestígio social, idade, sexo, cultura, crenças, nível intelectual, 
emocional, etc. 
-Tal imitação exige processamento cognitivo, não é apenas reprodução automática. Se 
aprende uma resposta\comportamento e se prevê (antecipação) uma consequência 
(cognição), se esta não for ruim, há uma tendência a repetí-lo (imitar) 
-Assim, para que a modelação possa ser utilizada, é preciso adequar o modelo à 
necessidade da pessoa; não utilizar como modelo algo\alguém com características muito 
diferentes das da pessoa. 
-Crenças de autoeficácia: nem sempre acuradas\realísticas (crença =\= 
capacidade\habilidade real) 
→pode-se atuar nelas com a exposição: mostrar fatos concretos em que a pessoa foi 
“bem”, fazer a pessoa tentar (de forma controlada) num ambiente controlado e com 
pequenas evoluções. 
=>inundação: último grau de dificuldade; não deve ser apresentado muito cedo 
porque pode fazer a pessoa obter uma “comprovação” de que ela não consegue 
realizar aquele feito. Não é muito utilizada, pode diminuir a autoeficácia, bem 
arriscada na maioria das vezes 
->efeitos da autoeficácia: 
=>cognitivos: pensamentos desmotivadores\disfuncionais; reestruturação cognitiva 
=>motivacionais: influenciam o grau dos objetivos a quantidade de esforços 
despendidos, tempo de perseverança e recuperação diante das 
dificuldades\insucessos 
=>afetivos: podem aumentar ou diminuir a incidência de estresse, depressão, etc. 
=>aspectos seletivos\escolha: tomada de decisões 
→ Técnicas de fortalecimento de autoeficácia: 
=>ganhos de desempenho: dessensibilização de desempenho (exposição à 
situações por tempo longo para permitir que mecanismos fisiológicos façam com que 
a ansiedade diminua; avaliação de consequências para diminuir a reação), 
exposição de desempenho, desempenho auto-instruído (dizer a si mesmo o que 
deve fazer) 
=>principio de inibição recíproca: contra-condicionar uma reação fisiológica oposta 
para que ela se oponha àquela que normalmente ocorre na situação específica (ex: 
relaxamento e ansiedade) 
=>experiência vicariante: observar o sucesso de modelos semelhantes 
=>persuasão verbal: questionamento socrático que permite que a pessoa escolha a 
melhor estratégia; pouco eficaz sem conhecimento profundo, pois, a pessoa precisa 
de fatos anteriores que sustentem a argumentação e que ela seja susceptível à 
acreditar no argumento 
=>estados fisiológicos: atribuições diferentes de estados fisiológicos para além da 
consequência “ruim”, podem aumentar a autoeficácia, como um melhor 
entendimento do que significa tal estado fisiológico, ou do porque o corpo está 
emitindo tal sinalização 
 
TREC: Terapia Racional Emotivo Comportamental 
-Posição terapêutica humanista-existencial baseada em empirismo, que acredita na 
influência do meio no processo de aprendizagem 
-Ser humano com tendência à irracionalidade, mas com a possibilidade de rever e modificar 
comportamentos 
-Os problemas tem como base ideias irracionais, pensamentos absolutistas, tais como 
“tenho que”, “devo”, tenho a obrigação de”, etc., beirando o dogmatismo. Essas ideias 
podem ser crenças racionais (não absolutas) e irracionais (absolutas, pouco flexíveis, 
dogmas) - as irracionais são conhecidas como distorções cognitivas: interpretação da 
realidade que leva ao sofrimento 
-Modelo baseado em: 
→epistemologia: método científico; fazer com que os clientes tornem-se melhores 
“cientistas”, de forma a obterem informações corretas e evidências lógicas para a 
construção de crenças sólidas 
→dialética: pensamento lógico, entender a premissa de algum pensamento de forma que 
ele seja mais lógico e gere conclusões racionais e menos perturbadoras 
→valores: sobrevivência e felicidade; o sistema objetiva minimizar o desconforto emocional 
e comportamentos derrotistas, deforma que as pessoas possam estar em constante 
atualização na busca por uma vida mais plena e feliz, o que é mais facilmente alcançável se 
a pessoa detém pensamentos mais racionais => hedonismo responsável: melhores 
escolhas a curto prazo promovem algo melhor a longo prazo (evitar a dor e buscar o prazer 
de forma consciente) 
-A mudança mais efetiva ocorre por meio de reestruturação dos pensamentos absolutistas 
(crenças irracionais) 
-Modelo ABCDE: 
→ A: acontecimento ativador 
→ B: interpretação do acontecimento feita pela pessoa 
→ C: comportamento derivado de tal interpretação 
→ D: debater, confrontar tais interpretações e sistema de crenças irracionais por meio de 
perguntas\questionamento socrático 
=>exs: “por que não?”, “como vc sabe?”, “o que aconteceria se…”, “vc poderia 
aguentar?”, “se isso for verdade, qual o pior que poderia acontecer?”, “vale a pena o 
risco?”, etc 
→ E: nova filosofia, onde a pessoa elimina a crença irracional e adota a nova forma de 
pensar acerca daquele acontecimento\situação 
 
Modelo Cognitivo 
-Levanta a hipótese de que as emoções e comportamentos das pessoas sao influenciados 
por sua percepção dos eventos, ou seja, ñ é a situação por si que determina o que as 
pessoas sentem, mas como elas interpretam tal situação. Sua resposta emocional será tbm 
mediada por tal interpretação 
-Modelo: acontecimento => pensamento automático (baseado em crenças centrais e 
intermediárias) => emoções, comportamento, reações fisiológicas 
→o pensamento automático é inconsciente e surge como imagens mentais ou palavras. 
Não sao verdades absolutas 
→a emoção\reação fisiológica é o gatilho para identificar o pensamento, pq emoção é mais 
fácil de ser percebida\entendida do q o pensamento. 
→as crenças centrais são ideias sobre si mesmas, as outras pessoas, o mundo e futuro, 
inicialmente colocadas para a pessoa num histórico de aprendizagem. Costumam ser mais 
globais, rígidas e super generalizadas, o jeito como as coisas “são” 
→as crenças intermediárias são regras para o comportamento que mantém as crenças 
centrais; a forma como se organiza as experiências e como existir no mundo de forma 
coerente; dita ações, atitudes, suposições. 
=>ex.: ler um livro (acontecimento) => eu jamais entenderei isso (pensamento 
automático) ← se não entendo algo corretamente, sou burro (crença intermediária) 
← sou incompetente (crença central) => tristeza, fechar o livro, dor de estômago 
(reações emocionais, comportamentais e fisiológicas) 
-Crenças 
→racionais\funcionais: alinhadas com a realidade, podem ser ruins, mas sendo reais, 
permitem a resolução de um problema 
→irracionais\disfuncionais: disfunção cognitiva, extrapolação 
*Formas de enfrentamento alternativas não fazem com que as crenças irracionais deixem 
de existir, mas ampliam as opções e o fortalecimento do sujeito 
-Tipos de distorções cognitivas: 
->dicotomia: pensamentos nos extremos, ou tudo ou nada 
->abstração seletiva: foco apenas em partes do cenário geral, sem análise do contexto geral 
->inferência arbitrária: conclusão sem evidências 
->hipergeneralização: extração de regra geral a partir de eventos isolados 
->erro oracular: antecipar que algo irá acontecer (pode levar a profecia auto realizadora) 
->desqualificação do positivo: rejeição de fatos positivos, “isso ñ conta” 
->raciocínio emocional: acreditar em algo por “sentir” que será daquela forma 
->rotulação: descrever erros por rótulos pessoais 
->tirania dos deveria: noção rígida de como algo “deveria” ser (para si ou o outro) 
->personalização: relacionar eventos à si mesmo quando não há base para tal conexão 
->leitura mental: interpretar\supor o que o outro está pensando 
->catastrofização: hiper interpretar para o pior uma situação 
->maximização\minimização 
-Atuação: focada nas crenças intermediárias e centrais, acessíveis a partir dos 
pensamentos automáticos. Interpretar os pensamentos automáticos como hipóteses a 
serem testadas, pois, quando se questiona tais pensamentos, pode-se flexibilizá-los, o que 
facilita o questionamento, tbm, das crenças mais centrais. A ideia é chegar em avaliações 
mais plausíveis e, para isto, pode-se utilizar a história de vida para a ajudar o sujeito a 
entender como tal crença foi formada 
->seta descendente: achar um pensamento global a partir do pensamento automático 
->mindfulness: tomar consciência dos pensamentos automáticos, sem reagir a eles. (na tcc 
se manipula tais pensamentos após tomar consciência) 
->reestruturação cognitiva: 
=>questionamento socrático: perguntas sucessivas que possam evidenciar erros 
lógicos e\ou empíricos. Tentar sempre levar para os 2 lados, comprovando ou 
negando a veracidade dos pensamentos automáticos 
=>ocorre de forma gradual 
->caso a reestruturação não funcione, partir para a testagem 
 
Prática\Casos 
Depressão 
-A depressão maior tá dentro dos 3 transtornos mentais de maior incidência no mundo. Em 
geral, as queixas sao vagas, por isso a importância de perguntas específicas serem 
realizadas. Queixas comuns: tontura, mal estar, formigamentos, irritabilidade, choro fácil, 
cansaço, falta de energia, etc. Difere do luto que pode durar cerca de 1 ano 
-Para ser diagnosticada a pessoa precisa preencher 5 ou mais sintomas do DSM V, por 
mais de 2 semanas: 
->humor depressivo (indivíduo mto triste, desanimado, sensível, emotivo), diminuição 
acentuada do interesse ou do prazer (um desses dois é obrigatório), alteração de peso ou 
do apetite, insônia ou hipersonia, agitação psicomotora ou retardo, cansaço ou falta de 
energia, sentir-se sem valor, culpa excessiva, dificuldade para pensar ou concentrar-se, 
pensamentos sobre morte ou ideação suicida (falar sobre morrer, comportamento de 
despedida, mudança brusca de comportamento, tentativa anterior) 
*em caso de ideação suicida ou suspeita de que o paciente poderá colocar a vida de outros 
em risco, há permissão da quebra de sigilo 
->pode estar acompanhada de delírios ou alucinações: quando os pensamentos deprimidos 
atingem uma proporção de perder contato com a realidade; o delírio mais frequente é o de 
culpa, mas tbm pode ser de ruína\miséria; possui maior risco de suicídio 
->incapacitação social ou ocupacional 
->utilizar a entrevista estruturada com perguntas diretas (eficaz para pesquisa e terapia de 
grupo) 
->instrumentos: inventário de depressão de Beck, escala Hamilton da depressão, escala de 
desesperança de Beck (para pensamentos suicidas), escala SUDS de desconforto subjetivo 
=>as escalas possuem boa correlação entre resposta e sensação real, além de 
darem indicativos sobre a eficácia da terapia 
-Tipos ou formas da depressão: 
->depressão maior: pelo menos 5 dos sintomas citados por mais de 2 semanas 
->depressão melancólica endógena: presença de anedonia (incapacidade de sentir 
alegria\prazer), flutuação do humor (no decorrer do dia), despertar precoce 
->depressão atípica: quando a capacidade de sentir prazer está parcialmente preservada e 
a pessoa é capaz de reagir positivamente diante de situações agradáveis, mas por pouco 
tempo; apresenta sonolência, aumento de apetite; grande sensibilidade a críticas e rejeição 
->depressão recorrente: apresentar diversos episódios de depressão ao longo da vida (mais 
de 1); pode ocorrer por alterações no sistema dopamina\serotonina 
->depressão crônica: com duração por longo período de tempo 
->distimia: depressão “leve”, com pelo menos dois dos seguintessintomas: alterações no 
apetite ou no sono, pouca energia ou cansaço, baixa auto estima, dificuldade de 
concentração, sentimentos de desesperança; por mais de 1 ano; é tbm chamado “transtorno 
de personalidade depressiva” 
-Tríade cognitiva: pensamentos negativos sobre si mesmo, o mundo e o futuro 
-Felicidade = Realidade - expectativas (irrealistas, baseadas em crenças e experiências) 
*depressivos não tem sequer expectativas 
-Técnicas de tratamento: 
->psicoeducação: ensinar ao paciente sobre a própria condição, a nvl psicológico e 
fisiológico 
->registro diário de pensamentos disfuncionais (RDPD) 
->seta descendente: para chegar à base do pensamento disfuncional (“se isso é verdade, 
então o q?” 
 
Transtorno Afetivo Bipolar 
-Quando o episódio depressivo é parte de um quadro maior de variação intensa e brusca de 
humor, alternando entre períodos depressivos e fases de euforia intensa, a mania. 
-Na mania, a pessoa apresenta euforia, humor inflado, pensamentos acelerados, libido 
aumentada, maior sensação de bem estar e um risco de alucinações e delírio de grandeza. 
O juízo pode ser prejudicado e a pessoa pode se envolver em comportamentos de risco. 
-Podem estar presentes em tal transtorno: 
->depressão 
->mania 
->hipomania: mania sem delírios 
->episódios mistos: 3 sintomas de um episódio e 1 de outro 
-Os quadros podem se apresentar em ciclos durante o ano ou de forma mais crônica em um 
ou outro - tornando o diagnóstico mais difícil 
-Os sintomas podem iniciar na adolescência e podem decorrer de alterações no sistema 
dopaminérgico\noradrenérgico\colinérgico, podendo levar à perda de massa cinzenta 
(consequência cognitiva) 
-O diagnóstico deve ser feito com cuidado, tentando englobar o cenário geral, pois o quadro 
pode ser confundido com outros transtornos e a medicação pode piorar os sintomas. O 
tratamento é feito com medicamentos estabilizadores do humor e técnicas de TCC, como 
psicoeducação e reestruturação cognitiva 
*Borderline possui características específicas de personalidade, tais como, crenças 
irracionais, carências, auto mutilação, etc 
 
 
Transtorno de Pânico 
-Uma das síndromes mais incapacitante dos transtornos de ansiedade 
-Há ativação simpática do corpo: sistema luta e fuga => aumento acelerado da 
sintomatologia física da ansiedade (taquicardia, tremores, sensação de falta de ar, 
sudorese, náuseas, etc.). Esses sintomas fazem o indivíduo ter a sensação de morte 
iminente ou perda de controle e pode passar a antecipá-los e até a modificar\evitar 
determinados comportamentos para evitar que os sintomas surjam. 
-Ataque de pânico =\= transtorno de pânico: o ataque pode vir numa situação estressante, é 
esperado ou inesperado, mas o transtorno pode vir sem precedentes ou motivos claros e há 
um caráter de modificação de comportamentos para evitar os sintomas -> medo dos 
sintomas corporais\de morrer dos sintomas 
-Ataque de pânico noturno: pessoa acorda à noite com os sintomas. Está mais ligado à 
disfunções autonômicas do que à fatores cognitivos => teoria de alarme de falso 
sufocamento; presença de sintomas respiratórios 
-Ansiedade antecipatória: hipervigilância constante sobre as crises que pode acabar por 
provocar novas crises; como o ataque passa a acontecer em situações diferentes, há 
associação à essas situações -> profecia auto realizadora: se não for, nada acontece -> 
evitação de cada vez mais situações. 
-Ciclos do Pânico: ansiedade antecipatória -> ataques de pânico -> fuga e alívio (reforço 
negativo) -> autocrítica e auto desconfiança -> ansiedade antecipatória -> etc, etc... 
-História típica do paciente costuma ser um histórico normal até a ocorrência do primeiro 
episódio 
-É comumente associado a outros transtornos de ansiedade e humor, além de abuso de 
substâncias 
-Há caráter genético 
 
=>​Agorafobia é a evitação de certas situações ou locais devido a pensamentos de que não 
conseguirá escapar ou que não conseguirá socorro - principalmente caso venha a ter um 
ataque de pânico. Pode estar ligada à depressão. Se difere do pânico pelo caráter de 
evitação, mas pode ocorrer os 2 no indivíduo. 
 
Ansiedade 
-Disparo de sintomas simpáticos: sistema luta e fuga; reação de defesa do organismo 
-A ansiedade vai diminuir em algum momento naturalmente pelo corpo: se disparou 
sintomas, vai ter que acalmá-los (parassimpático) 
-O maior problema é a interpretação do indivíduo sobre o que está sentindo 
-Modelo cognitivo para ansiedade e ataque de pânico: 
->Clark (1986): ataques de pânico derivam de interpretações cognitivas erradas de 
sensações corporais. Estímulos externos levam à ativação do sistema simpático -> 
apreensão, a qual leva à -> sensações corporais que são a “confirmação do perigo”, 
levando à -> interpretações mais catastróficas, aumentando -> ansiedade (estímulo); 
mantendo um círculo vicioso e retroalimentado 
->Barlow (1988): concebe o ataque de pânico como um “alarme falso”, uma resposta 
autônoma a um momento momentâneo de aumento de estresse, e seria mais comum em 
pessoas mais vulneráveis biológica (por reatividade fisiológica aumentada) ou 
psicologicamente (por maior sensibilidade a sintomas de ansiedade). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Diagnóstico se dá por entrevistas, investigando sua situação de vida, histórico ou 
perguntas mais específicas sobre o ataque. Pode-se utilizar escalas de avaliação dos 
sintomas, até para comparar o progresso do indivíduo com a terapia, como o inventário de 
Ansiedade de Beck e a Escala de Pânico e Agorafobia. 
-Bases para o tratamento: 
->farmacológico 
->treino respiratório (estratégia ACALME-SE): ativar o sistema parassimpático por meio de 
respiração lenta e com a mão em concha na frente do rosto, para que se possa sentir o ar 
entrando e saindo, eliminando a sensação de que “não há ar” 
->respiração diafragmática: respiração profunda que pode ser utilizada antes ou depois do 
ataque de pânico - nunca durante, pq pode piorar a ansiedade 
->psicoeducação: autonomia para o indivíduo que passa a conhecer a ansiedade e os 
próprios sintomas 
->reestruturação cognitiva: para atuar em crenças disfuncionais 
->exposições: 
=> interoceptivas: exposição aos próprios sintomas corporais 
=>exteroceptivas: externas, aos locais 
=>ao vivo, imaginária ou virtual 
=>graduais: do estímulo menos aversivo ao mais aversivo, em graus de dificuldade, 
hierarquias; há repetição de cada grau até que a ansiedade sentida seja a menor 
possível 
=>prolongada: até que a ansiedade comece a baixar (reação natural do corpo, 
ansiedade atinge o pico e depois começa a recuar)* 
*na evitação, o indivíduo sente a ansiedade chegando ao pico e cessa o estímulo, 
fazendo com que a ansiedade cesse imediatamente, o propósito da exposição 
prolongada é fazer o indivíduo perceber que a ansiedade irá baixar também mesmo 
continuando a exposição, apenas fará uma curva e não uma reta de diminuição 
 
 
 
 
Fobias Específicas: 
-Ataques de pânico situacionais, em que os desencadeantes sao circunstanciais, como 
interação social ou algum animal\objeto específico. Ou seja, a reação de medo patológica 
está interligada a alguma situação concreta ou objeto específico 
-Os sintomas são de um ataque de ansiedade, com catastrofização, nervosismo, 
apreensão, dificuldade de concentração, etc. 
-As fobias são desproporcionais, imotivadas, produtorasde esquivas e sofrimento, 
persistentes, frequentes e intensas e estão acompanhadas por manifestações físicas. 
-As fobias mais observadas são o medo de dirigir, de lugares fechados, aviões\voar, 
sangue\ferimentos, alguns animais específicos (cobras, aranhas, baratas, insetos) 
-Há comportamento de evitação 
-Tratamento: 
->exposição 
->reestruturação cognitiva 
 
Transtorno do Estresse Pós Traumático 
-É um transtorno de ansiedade, cujos critérios diagnósticos sao: 
->reviver o evento em sonhos, flashbacks, pensamentos ou percepções, em forma de 
imagens indesejadas (específico do TEPT) 
->evitação de lembrar (interno) 
->evitação de lugares relacionados ao trauma\evento (externo) 
->dificuldade de sentir sensações boas 
->hipervigilância 
->dificuldade de concentração\dormir 
->dissociação: 
=>despersonalização: sensação de ser um “observador fora do corpo” (peri 
traumática) 
=>desrealização: sensação de ter vivido o momento como se fosse um sonho, com 
imagens distorcidas 
-Os sintomas permanecem por mais de 1 mês após o evento, podendo, inclusive, serem 
tardios. Podem durar de 3 meses a 1 ano 
-Os traumas mais comuns sao de acidentes, desastres naturais ou causados, estupros, 
assaltos, sequestros, abusos físico\sexual, diagnósticos de doenças graves, etc. 
-Este transtorno nunca vem sozinho, mas comumente com outros transtornos em conjunto, 
tornando o diagnóstico mais difícil pq as queixas costumam ser confundidas com as de 
outros transtornos, tornando-o subdiagnosticado 
-Comorbidades: 
->abuso de substâncias 
->depressão 
->fobias 
->transtorno de ansiedade generalizada 
-Fatores de risco: 
->existência de traumas anteriores 
->presença de elementos associados à maior ameaça de vida no evento traumático (como 
armas de fogo, lesão corporal) 
->ameaça de vida percebida (a pessoa saber que poderia ter morrido ali) 
->ausência de apoio social 
->diagnóstico psiquiátrico no passado 
-Hipótese etiológica: 
->teoria do bioprocessamento emocional: o medo é processado de forma diferente em 
vítimas que desenvolvem o transtorno, sendo representado por uma rede de memórias do 
evento com informações acerca 
=>do estímulo temido 
=>das respostas verbais, comportamentais e fisiológicas 
=>dos significados desses estímulos 
->ou seja, essas memórias indicam quais estímulos devem ser perigosos e q sistema ativar 
qndo estiver diante deles. 
->diferença para medo real: ocorre diante de um estímulo, de fato, ameaçador 
->medo patológico: associação entre estímulos não perigosos, ativando resposta de luta e 
fuga e evitação sem “necessidade”; ocorre por interpretações distorcidas e medo intenso 
-Avaliação: 
->verificação da ocorrência de traumas: por ser subdiagnosticado 
->utilização de inventários 
->abordagem empática: mtos indivíduos têm receio de falar sobre o trauma, então a 
indicação é que se utilize de perguntas diretas, mas ainda mantendo a empatia e o tato 
como focos 
-Tratamento: 
->psicoeducação: explicar sobre sintomas e sobre como ocorrerá o tratamento 
->reestruturação cognitiva 
->exposição: 
=>imaginária: relembrar o trauma e o reviver em sua imaginação por períodos 
prolongados 
=>ao vivo: ao que causa a ansiedade (e dificulta\atrapalha a vida), não ao trauma 
em si 
=>virtual 
->coterapia: treino de respiração e relaxamento 
*é preciso focar em evitar recaídas (quando se perde tudo o que se trabalhou talvez pela 
persistência do disparador da ansiedade na vida da pessoa, diferente de lapso que é uma 
“fraqueza” de se sentir os sintomas novamente em algumas situações, podendo ser 
manejado) 
 
Transtorno de Ansiedade Crônico\Generalizado - TAC\TAG 
-Preocupações resistentes e excessivas sobre vários temas\situações do dia a dia 
-Os indivíduos recorrem ao tratamento normalmente devido à comorbidades, como 
depressão e transtorno do humor, pq consideram as preocupações como um “estilo de 
pensamento” 
-Sintomas cognitivos: 
->percepção exagerada de perigo ou ameaça 
->percepção diminuída da capacidade de lidar com ameaças 
->catastrofização 
->hiperfoco para informação de ameaça + interpretações de tendências 
->intolerância à incertezas = perfeccionismo* 
->sem habituação (diminuição do estímulo de ansiedade qndo há exposição à este), devido 
ao fato de o indivíduo passar de uma preocupação à outra sequencialmente* 
=>as preocupações sao de vários tipos 
=>pode ser baseadas na realidade, com e sem solução, ou não 
=>aquelas preocupações sem resposta, geram reação em cadeia de pensamentos 
de eventos em busca de uma solução “perfeita” 
*são as principais características do TEPT 
-Modelo de intolerância à incerteza e metacognitivo: 
->persistente interpretação negativa de situações ambíguas 
->apreensão em relação ao futuro, mesmo ao que pode nem acontecer 
->desgaste cognitivo: a busca por possíveis problemas + dificuldade de gerar soluções 
eficazes = dificuldade em realizar tarefas 
->o desenvolvimento do transtorno se dá por modelação (baixa autoeficácia) 
->mantenedores: 
=>fuga-esquiva 
=>necessidade de reasseguramento (“vc tem certeza?”, “mas e se…?”) 
=>busca incessante de indícios de ameaça 
=>ruminação 
=>sintomas somáticos de ansiedade 
*a busca por problemas e soluções é tão incessante que retroalimenta o transtorno, visto 
que o indivíduo acredita que se algo ñ aconteceu, foi pq ele se precaveu bastante, fazendo 
com que ele mantenha o estilo -> crença positiva sobre a preocupação: evita ser “pego de 
surpresa” 
-Diagnóstico: 
->entrevista clínica, focando na avaliação das preocupações do indivíduo (há foco em 
eventos negativos) 
->preencher, nos últimos 6 meses, quase todos os dias, pelo menos 3 sintomas dentre: 
agitação ou se sentir tenso\no limite, cansaço fácil, dificuldade de concentração, 
irritabilidade, tensão muscular, transtornos do sono 
->questionários e inventários de ansiedade 
-Tratamento: 
->início: psicoeducação; fim: prevenção de recaídas 
->meio: triagem de preocupações, reestruturação cognitiva, descatastrofizaçao, respiração 
diafragmatica, relaxamento, exposição à preocupação (habituação dos sintomas), 
prevenção do comportamento preocupado, resolução de problemas e de crenças 
->podem ser utilizadas técnicas de metacognição, como mindfulness e regulação emocional 
 
Transtorno Obsessivo-Compulsivo 
-Presença de obsessões ou compulsões que consomem tempo e interferem nas atividades 
diarias dos indivíduos, causando sofrimento. 
-Comumente tem outro transtorno associado, tal como ansiedade, fobia social, fobias 
específicas ou depressão 
-Algumas sintomatologias sao: 
->contaminação e lavagem 
->simetria, verificações e ordem 
->pensamentos indesejáveis, geralmente sobre sexo, agressão e religiao 
->colecionismo 
-Modelo cognitivo comportamental: 
->obsessões e compulsões surgem por crenças disfuncionais 
->a maioria das pessoas possuem intrusões cognitivas (pensamentos, imagens ou impulsos 
indesejáveis), entretanto, costumam ignorá-las; mas os indivíduos com TOC dão 
importância à tais intrusões, criando interpretações irracionais sobre as mesmas (se penso 
em esfaquear meu filho, é pq posso perder o controle e matá-lo), gerando as obsessões de 
controle por supressão da intrusão 
*tal modelo, entretanto, não explica simetria e contaminação 
=>crenças que podem levar à interpretação errada de pensamentos intrusivos: 
responsabilidade exagerada, importância exagerada aos pensamentos, importância 
de controlar os pensamentos, exacerbação dos riscos, intolerância à incerteza, 
perfeccionismo 
-Tratamento: 
->psicoeducação 
->diário de sintomas->exposição e prevenção de resposta: enfrentar a situação sem realizar o ritual 
->modelação: realizar ações difíceis para o indivíduo, junto com ele 
->reestruturação cognitiva 
 
Transtorno de Ansiedade Social 
-É quando surge uma ansiedade numa situação de interação social, seja por aumentar o 
grau de formalidade ou exposição da pessoa. O indivíduo teme que sua ansiedade seja 
exposta e que possa ser humilhado por isso. É acompanhada por desejo de fuga ou 
evitação da situação 
-Subtipos: 
->fobia social restrita: limitada a poucas situações sociais específicas; ansiedade de 
desempenho social 
->fobia social generalizada: na qual aparecem sintomas de ansiedade na maioria das 
situações sociais 
-Subdiagnosticada, indivíduos acreditam que a fobia é “jeito de ser’ 
-Sintomas: 
->evitação de situações sociais 
->crenças negativas de avaliação em situações sociais imaginadas ou reais* 
->sensibilidade à rejeição e críticas 
->excesso de preocupação com a opinião dos outros e aparência pessoal 
->apresenta isolamento social, comprometimento de habilidades sociais ou as enfrenta com 
grande sofrimento (sofre antes, durante e depois) 
*principal característica 
-Avaliação: entrevista estruturada 
-Tratamento: 
->grupal ou individual 
->psicoeducação 
->reestruturação cognitiva 
->hierarquia de exposições 
->teatro forum (do oprimido)

Continue navegando