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Resumo para prova de TCC Teoria e história: -Behaviorismo metodológico x radical: → Watson, condicionamento clássico: aprendizagem de reações, medo, etc. Estímulo incondicionado + estímulo neutro -> Resposta incondicionada; de forma que, por meio de repetições, o estímulo neutro se torne condicionado, promovendo a resposta esperada, esta agora também condicionada, mesmo na ausência do estímulo incondicionado. Ex: EI (carne) + EN (som) = RI (saliva) => EC (som) = RC (saliva) → Skinner, condicionamento operante: aumentar ou diminuir a frequência de uma resposta comportamental específica. Pode ser: ➔ reforço positivo: adição de um componente de forma a aumentar a frequência da resposta ➔ reforço negativo: exclusão de um componente aversivo de forma a aumentar a frequência da resposta ➔ punição positiva: adição de um componente aversivo de forma a diminuir a frequência da resposta ➔ punição negativa: exclusão de um componente reforçador de forma a diminuir a frequência da resposta ➔ extinção: exclusão do estímulo reforçador da resposta -Neobehaviorismo: Tolman, entendimento de mapas cognitivos e processos mentais. Aprendizado ocorrendo mesmo sem reforço; aprendizagem por meio de variáveis intervenientes. Reforço pode diminuir a quantidade de erros -Bandura: aprendizagem = reforço e processamento ou manipulação de informações => revolução cognitiva (dec. 70) Análise do Comportamento -Previsão e controle do comportamento. Eq-Comportamento não observável: o pensamento que pode levar a um comportamento -Todo comportamento tem uma função. Pode haver variação do comportamento caso o habitual não seja suficiente para se obter o resultado desejado tuge -No caso de análise, principalmente de crianças, não usar rótulos prontos para personalidade (ex: birra), mas sim tentar descrever o comportamento -Comportamento: tríplice contingência: → antecedente -> comportamento-resposta -> consequência =>na análise do antecedente: investigação das variáveis ambientais, como quando e como o comportamento ocorre =>no comportamento em si, atuar com reforçamento (aumenta a chance da resposta) ou punição (suprime ou diminui a resposta inadequada até a extinguir). No caso da punição negativa, há necessidade de que o estímulo reforçador retirado tenha um valor para a criança e que não apenas se aponte o erro, mas se mostre o comportamento correto. A punição costuma ser mais eficaz para a educação\aprendizagem -Alterações na quebra da relação estímulo-resposta: a busca por outros comportamentos que levem ao resultado esperado, como por exemplo, o aumento da frequência de vezes ou na força com que o rato aperta a alavanca em busca de comida => variação *Desamparo aprendido é quando a pessoa não consegue acesso a reforçadores que podem retirá-la da situação de punição aversiva direta. *Autistas têm dificuldade em lidar com imprevisibilidade, então uma estratégia para ajudar no comportamento é avisar antes o que irá ocorrer e não deixar que sejam pegos de surpresa para diminuir a aversão *Não elogiar crianças de forma não descritiva\específica. Vale a pena investir em descrição do que a criança fez corretamente e não apenas dizer “que bonito\a”, por exemplo. Modelação -É a utilização de um modelo como base (aprender e reproduzir) para um comportamento a partir da aprendizagem observacional, ou seja, instauração de respostas imitativas através do reforço das mesmas. -Na aprendizagem, há algumas variáveis que influenciam o comportamento, principalmente o imitativo, tais como, prestígio social, idade, sexo, cultura, crenças, nível intelectual, emocional, etc. -Tal imitação exige processamento cognitivo, não é apenas reprodução automática. Se aprende uma resposta\comportamento e se prevê (antecipação) uma consequência (cognição), se esta não for ruim, há uma tendência a repetí-lo (imitar) -Assim, para que a modelação possa ser utilizada, é preciso adequar o modelo à necessidade da pessoa; não utilizar como modelo algo\alguém com características muito diferentes das da pessoa. -Crenças de autoeficácia: nem sempre acuradas\realísticas (crença =\= capacidade\habilidade real) →pode-se atuar nelas com a exposição: mostrar fatos concretos em que a pessoa foi “bem”, fazer a pessoa tentar (de forma controlada) num ambiente controlado e com pequenas evoluções. =>inundação: último grau de dificuldade; não deve ser apresentado muito cedo porque pode fazer a pessoa obter uma “comprovação” de que ela não consegue realizar aquele feito. Não é muito utilizada, pode diminuir a autoeficácia, bem arriscada na maioria das vezes ->efeitos da autoeficácia: =>cognitivos: pensamentos desmotivadores\disfuncionais; reestruturação cognitiva =>motivacionais: influenciam o grau dos objetivos a quantidade de esforços despendidos, tempo de perseverança e recuperação diante das dificuldades\insucessos =>afetivos: podem aumentar ou diminuir a incidência de estresse, depressão, etc. =>aspectos seletivos\escolha: tomada de decisões → Técnicas de fortalecimento de autoeficácia: =>ganhos de desempenho: dessensibilização de desempenho (exposição à situações por tempo longo para permitir que mecanismos fisiológicos façam com que a ansiedade diminua; avaliação de consequências para diminuir a reação), exposição de desempenho, desempenho auto-instruído (dizer a si mesmo o que deve fazer) =>principio de inibição recíproca: contra-condicionar uma reação fisiológica oposta para que ela se oponha àquela que normalmente ocorre na situação específica (ex: relaxamento e ansiedade) =>experiência vicariante: observar o sucesso de modelos semelhantes =>persuasão verbal: questionamento socrático que permite que a pessoa escolha a melhor estratégia; pouco eficaz sem conhecimento profundo, pois, a pessoa precisa de fatos anteriores que sustentem a argumentação e que ela seja susceptível à acreditar no argumento =>estados fisiológicos: atribuições diferentes de estados fisiológicos para além da consequência “ruim”, podem aumentar a autoeficácia, como um melhor entendimento do que significa tal estado fisiológico, ou do porque o corpo está emitindo tal sinalização TREC: Terapia Racional Emotivo Comportamental -Posição terapêutica humanista-existencial baseada em empirismo, que acredita na influência do meio no processo de aprendizagem -Ser humano com tendência à irracionalidade, mas com a possibilidade de rever e modificar comportamentos -Os problemas tem como base ideias irracionais, pensamentos absolutistas, tais como “tenho que”, “devo”, tenho a obrigação de”, etc., beirando o dogmatismo. Essas ideias podem ser crenças racionais (não absolutas) e irracionais (absolutas, pouco flexíveis, dogmas) - as irracionais são conhecidas como distorções cognitivas: interpretação da realidade que leva ao sofrimento -Modelo baseado em: →epistemologia: método científico; fazer com que os clientes tornem-se melhores “cientistas”, de forma a obterem informações corretas e evidências lógicas para a construção de crenças sólidas →dialética: pensamento lógico, entender a premissa de algum pensamento de forma que ele seja mais lógico e gere conclusões racionais e menos perturbadoras →valores: sobrevivência e felicidade; o sistema objetiva minimizar o desconforto emocional e comportamentos derrotistas, deforma que as pessoas possam estar em constante atualização na busca por uma vida mais plena e feliz, o que é mais facilmente alcançável se a pessoa detém pensamentos mais racionais => hedonismo responsável: melhores escolhas a curto prazo promovem algo melhor a longo prazo (evitar a dor e buscar o prazer de forma consciente) -A mudança mais efetiva ocorre por meio de reestruturação dos pensamentos absolutistas (crenças irracionais) -Modelo ABCDE: → A: acontecimento ativador → B: interpretação do acontecimento feita pela pessoa → C: comportamento derivado de tal interpretação → D: debater, confrontar tais interpretações e sistema de crenças irracionais por meio de perguntas\questionamento socrático =>exs: “por que não?”, “como vc sabe?”, “o que aconteceria se…”, “vc poderia aguentar?”, “se isso for verdade, qual o pior que poderia acontecer?”, “vale a pena o risco?”, etc → E: nova filosofia, onde a pessoa elimina a crença irracional e adota a nova forma de pensar acerca daquele acontecimento\situação Modelo Cognitivo -Levanta a hipótese de que as emoções e comportamentos das pessoas sao influenciados por sua percepção dos eventos, ou seja, ñ é a situação por si que determina o que as pessoas sentem, mas como elas interpretam tal situação. Sua resposta emocional será tbm mediada por tal interpretação -Modelo: acontecimento => pensamento automático (baseado em crenças centrais e intermediárias) => emoções, comportamento, reações fisiológicas →o pensamento automático é inconsciente e surge como imagens mentais ou palavras. Não sao verdades absolutas →a emoção\reação fisiológica é o gatilho para identificar o pensamento, pq emoção é mais fácil de ser percebida\entendida do q o pensamento. →as crenças centrais são ideias sobre si mesmas, as outras pessoas, o mundo e futuro, inicialmente colocadas para a pessoa num histórico de aprendizagem. Costumam ser mais globais, rígidas e super generalizadas, o jeito como as coisas “são” →as crenças intermediárias são regras para o comportamento que mantém as crenças centrais; a forma como se organiza as experiências e como existir no mundo de forma coerente; dita ações, atitudes, suposições. =>ex.: ler um livro (acontecimento) => eu jamais entenderei isso (pensamento automático) ← se não entendo algo corretamente, sou burro (crença intermediária) ← sou incompetente (crença central) => tristeza, fechar o livro, dor de estômago (reações emocionais, comportamentais e fisiológicas) -Crenças →racionais\funcionais: alinhadas com a realidade, podem ser ruins, mas sendo reais, permitem a resolução de um problema →irracionais\disfuncionais: disfunção cognitiva, extrapolação *Formas de enfrentamento alternativas não fazem com que as crenças irracionais deixem de existir, mas ampliam as opções e o fortalecimento do sujeito -Tipos de distorções cognitivas: ->dicotomia: pensamentos nos extremos, ou tudo ou nada ->abstração seletiva: foco apenas em partes do cenário geral, sem análise do contexto geral ->inferência arbitrária: conclusão sem evidências ->hipergeneralização: extração de regra geral a partir de eventos isolados ->erro oracular: antecipar que algo irá acontecer (pode levar a profecia auto realizadora) ->desqualificação do positivo: rejeição de fatos positivos, “isso ñ conta” ->raciocínio emocional: acreditar em algo por “sentir” que será daquela forma ->rotulação: descrever erros por rótulos pessoais ->tirania dos deveria: noção rígida de como algo “deveria” ser (para si ou o outro) ->personalização: relacionar eventos à si mesmo quando não há base para tal conexão ->leitura mental: interpretar\supor o que o outro está pensando ->catastrofização: hiper interpretar para o pior uma situação ->maximização\minimização -Atuação: focada nas crenças intermediárias e centrais, acessíveis a partir dos pensamentos automáticos. Interpretar os pensamentos automáticos como hipóteses a serem testadas, pois, quando se questiona tais pensamentos, pode-se flexibilizá-los, o que facilita o questionamento, tbm, das crenças mais centrais. A ideia é chegar em avaliações mais plausíveis e, para isto, pode-se utilizar a história de vida para a ajudar o sujeito a entender como tal crença foi formada ->seta descendente: achar um pensamento global a partir do pensamento automático ->mindfulness: tomar consciência dos pensamentos automáticos, sem reagir a eles. (na tcc se manipula tais pensamentos após tomar consciência) ->reestruturação cognitiva: =>questionamento socrático: perguntas sucessivas que possam evidenciar erros lógicos e\ou empíricos. Tentar sempre levar para os 2 lados, comprovando ou negando a veracidade dos pensamentos automáticos =>ocorre de forma gradual ->caso a reestruturação não funcione, partir para a testagem Prática\Casos Depressão -A depressão maior tá dentro dos 3 transtornos mentais de maior incidência no mundo. Em geral, as queixas sao vagas, por isso a importância de perguntas específicas serem realizadas. Queixas comuns: tontura, mal estar, formigamentos, irritabilidade, choro fácil, cansaço, falta de energia, etc. Difere do luto que pode durar cerca de 1 ano -Para ser diagnosticada a pessoa precisa preencher 5 ou mais sintomas do DSM V, por mais de 2 semanas: ->humor depressivo (indivíduo mto triste, desanimado, sensível, emotivo), diminuição acentuada do interesse ou do prazer (um desses dois é obrigatório), alteração de peso ou do apetite, insônia ou hipersonia, agitação psicomotora ou retardo, cansaço ou falta de energia, sentir-se sem valor, culpa excessiva, dificuldade para pensar ou concentrar-se, pensamentos sobre morte ou ideação suicida (falar sobre morrer, comportamento de despedida, mudança brusca de comportamento, tentativa anterior) *em caso de ideação suicida ou suspeita de que o paciente poderá colocar a vida de outros em risco, há permissão da quebra de sigilo ->pode estar acompanhada de delírios ou alucinações: quando os pensamentos deprimidos atingem uma proporção de perder contato com a realidade; o delírio mais frequente é o de culpa, mas tbm pode ser de ruína\miséria; possui maior risco de suicídio ->incapacitação social ou ocupacional ->utilizar a entrevista estruturada com perguntas diretas (eficaz para pesquisa e terapia de grupo) ->instrumentos: inventário de depressão de Beck, escala Hamilton da depressão, escala de desesperança de Beck (para pensamentos suicidas), escala SUDS de desconforto subjetivo =>as escalas possuem boa correlação entre resposta e sensação real, além de darem indicativos sobre a eficácia da terapia -Tipos ou formas da depressão: ->depressão maior: pelo menos 5 dos sintomas citados por mais de 2 semanas ->depressão melancólica endógena: presença de anedonia (incapacidade de sentir alegria\prazer), flutuação do humor (no decorrer do dia), despertar precoce ->depressão atípica: quando a capacidade de sentir prazer está parcialmente preservada e a pessoa é capaz de reagir positivamente diante de situações agradáveis, mas por pouco tempo; apresenta sonolência, aumento de apetite; grande sensibilidade a críticas e rejeição ->depressão recorrente: apresentar diversos episódios de depressão ao longo da vida (mais de 1); pode ocorrer por alterações no sistema dopamina\serotonina ->depressão crônica: com duração por longo período de tempo ->distimia: depressão “leve”, com pelo menos dois dos seguintessintomas: alterações no apetite ou no sono, pouca energia ou cansaço, baixa auto estima, dificuldade de concentração, sentimentos de desesperança; por mais de 1 ano; é tbm chamado “transtorno de personalidade depressiva” -Tríade cognitiva: pensamentos negativos sobre si mesmo, o mundo e o futuro -Felicidade = Realidade - expectativas (irrealistas, baseadas em crenças e experiências) *depressivos não tem sequer expectativas -Técnicas de tratamento: ->psicoeducação: ensinar ao paciente sobre a própria condição, a nvl psicológico e fisiológico ->registro diário de pensamentos disfuncionais (RDPD) ->seta descendente: para chegar à base do pensamento disfuncional (“se isso é verdade, então o q?” Transtorno Afetivo Bipolar -Quando o episódio depressivo é parte de um quadro maior de variação intensa e brusca de humor, alternando entre períodos depressivos e fases de euforia intensa, a mania. -Na mania, a pessoa apresenta euforia, humor inflado, pensamentos acelerados, libido aumentada, maior sensação de bem estar e um risco de alucinações e delírio de grandeza. O juízo pode ser prejudicado e a pessoa pode se envolver em comportamentos de risco. -Podem estar presentes em tal transtorno: ->depressão ->mania ->hipomania: mania sem delírios ->episódios mistos: 3 sintomas de um episódio e 1 de outro -Os quadros podem se apresentar em ciclos durante o ano ou de forma mais crônica em um ou outro - tornando o diagnóstico mais difícil -Os sintomas podem iniciar na adolescência e podem decorrer de alterações no sistema dopaminérgico\noradrenérgico\colinérgico, podendo levar à perda de massa cinzenta (consequência cognitiva) -O diagnóstico deve ser feito com cuidado, tentando englobar o cenário geral, pois o quadro pode ser confundido com outros transtornos e a medicação pode piorar os sintomas. O tratamento é feito com medicamentos estabilizadores do humor e técnicas de TCC, como psicoeducação e reestruturação cognitiva *Borderline possui características específicas de personalidade, tais como, crenças irracionais, carências, auto mutilação, etc Transtorno de Pânico -Uma das síndromes mais incapacitante dos transtornos de ansiedade -Há ativação simpática do corpo: sistema luta e fuga => aumento acelerado da sintomatologia física da ansiedade (taquicardia, tremores, sensação de falta de ar, sudorese, náuseas, etc.). Esses sintomas fazem o indivíduo ter a sensação de morte iminente ou perda de controle e pode passar a antecipá-los e até a modificar\evitar determinados comportamentos para evitar que os sintomas surjam. -Ataque de pânico =\= transtorno de pânico: o ataque pode vir numa situação estressante, é esperado ou inesperado, mas o transtorno pode vir sem precedentes ou motivos claros e há um caráter de modificação de comportamentos para evitar os sintomas -> medo dos sintomas corporais\de morrer dos sintomas -Ataque de pânico noturno: pessoa acorda à noite com os sintomas. Está mais ligado à disfunções autonômicas do que à fatores cognitivos => teoria de alarme de falso sufocamento; presença de sintomas respiratórios -Ansiedade antecipatória: hipervigilância constante sobre as crises que pode acabar por provocar novas crises; como o ataque passa a acontecer em situações diferentes, há associação à essas situações -> profecia auto realizadora: se não for, nada acontece -> evitação de cada vez mais situações. -Ciclos do Pânico: ansiedade antecipatória -> ataques de pânico -> fuga e alívio (reforço negativo) -> autocrítica e auto desconfiança -> ansiedade antecipatória -> etc, etc... -História típica do paciente costuma ser um histórico normal até a ocorrência do primeiro episódio -É comumente associado a outros transtornos de ansiedade e humor, além de abuso de substâncias -Há caráter genético =>Agorafobia é a evitação de certas situações ou locais devido a pensamentos de que não conseguirá escapar ou que não conseguirá socorro - principalmente caso venha a ter um ataque de pânico. Pode estar ligada à depressão. Se difere do pânico pelo caráter de evitação, mas pode ocorrer os 2 no indivíduo. Ansiedade -Disparo de sintomas simpáticos: sistema luta e fuga; reação de defesa do organismo -A ansiedade vai diminuir em algum momento naturalmente pelo corpo: se disparou sintomas, vai ter que acalmá-los (parassimpático) -O maior problema é a interpretação do indivíduo sobre o que está sentindo -Modelo cognitivo para ansiedade e ataque de pânico: ->Clark (1986): ataques de pânico derivam de interpretações cognitivas erradas de sensações corporais. Estímulos externos levam à ativação do sistema simpático -> apreensão, a qual leva à -> sensações corporais que são a “confirmação do perigo”, levando à -> interpretações mais catastróficas, aumentando -> ansiedade (estímulo); mantendo um círculo vicioso e retroalimentado ->Barlow (1988): concebe o ataque de pânico como um “alarme falso”, uma resposta autônoma a um momento momentâneo de aumento de estresse, e seria mais comum em pessoas mais vulneráveis biológica (por reatividade fisiológica aumentada) ou psicologicamente (por maior sensibilidade a sintomas de ansiedade). -Diagnóstico se dá por entrevistas, investigando sua situação de vida, histórico ou perguntas mais específicas sobre o ataque. Pode-se utilizar escalas de avaliação dos sintomas, até para comparar o progresso do indivíduo com a terapia, como o inventário de Ansiedade de Beck e a Escala de Pânico e Agorafobia. -Bases para o tratamento: ->farmacológico ->treino respiratório (estratégia ACALME-SE): ativar o sistema parassimpático por meio de respiração lenta e com a mão em concha na frente do rosto, para que se possa sentir o ar entrando e saindo, eliminando a sensação de que “não há ar” ->respiração diafragmática: respiração profunda que pode ser utilizada antes ou depois do ataque de pânico - nunca durante, pq pode piorar a ansiedade ->psicoeducação: autonomia para o indivíduo que passa a conhecer a ansiedade e os próprios sintomas ->reestruturação cognitiva: para atuar em crenças disfuncionais ->exposições: => interoceptivas: exposição aos próprios sintomas corporais =>exteroceptivas: externas, aos locais =>ao vivo, imaginária ou virtual =>graduais: do estímulo menos aversivo ao mais aversivo, em graus de dificuldade, hierarquias; há repetição de cada grau até que a ansiedade sentida seja a menor possível =>prolongada: até que a ansiedade comece a baixar (reação natural do corpo, ansiedade atinge o pico e depois começa a recuar)* *na evitação, o indivíduo sente a ansiedade chegando ao pico e cessa o estímulo, fazendo com que a ansiedade cesse imediatamente, o propósito da exposição prolongada é fazer o indivíduo perceber que a ansiedade irá baixar também mesmo continuando a exposição, apenas fará uma curva e não uma reta de diminuição Fobias Específicas: -Ataques de pânico situacionais, em que os desencadeantes sao circunstanciais, como interação social ou algum animal\objeto específico. Ou seja, a reação de medo patológica está interligada a alguma situação concreta ou objeto específico -Os sintomas são de um ataque de ansiedade, com catastrofização, nervosismo, apreensão, dificuldade de concentração, etc. -As fobias são desproporcionais, imotivadas, produtorasde esquivas e sofrimento, persistentes, frequentes e intensas e estão acompanhadas por manifestações físicas. -As fobias mais observadas são o medo de dirigir, de lugares fechados, aviões\voar, sangue\ferimentos, alguns animais específicos (cobras, aranhas, baratas, insetos) -Há comportamento de evitação -Tratamento: ->exposição ->reestruturação cognitiva Transtorno do Estresse Pós Traumático -É um transtorno de ansiedade, cujos critérios diagnósticos sao: ->reviver o evento em sonhos, flashbacks, pensamentos ou percepções, em forma de imagens indesejadas (específico do TEPT) ->evitação de lembrar (interno) ->evitação de lugares relacionados ao trauma\evento (externo) ->dificuldade de sentir sensações boas ->hipervigilância ->dificuldade de concentração\dormir ->dissociação: =>despersonalização: sensação de ser um “observador fora do corpo” (peri traumática) =>desrealização: sensação de ter vivido o momento como se fosse um sonho, com imagens distorcidas -Os sintomas permanecem por mais de 1 mês após o evento, podendo, inclusive, serem tardios. Podem durar de 3 meses a 1 ano -Os traumas mais comuns sao de acidentes, desastres naturais ou causados, estupros, assaltos, sequestros, abusos físico\sexual, diagnósticos de doenças graves, etc. -Este transtorno nunca vem sozinho, mas comumente com outros transtornos em conjunto, tornando o diagnóstico mais difícil pq as queixas costumam ser confundidas com as de outros transtornos, tornando-o subdiagnosticado -Comorbidades: ->abuso de substâncias ->depressão ->fobias ->transtorno de ansiedade generalizada -Fatores de risco: ->existência de traumas anteriores ->presença de elementos associados à maior ameaça de vida no evento traumático (como armas de fogo, lesão corporal) ->ameaça de vida percebida (a pessoa saber que poderia ter morrido ali) ->ausência de apoio social ->diagnóstico psiquiátrico no passado -Hipótese etiológica: ->teoria do bioprocessamento emocional: o medo é processado de forma diferente em vítimas que desenvolvem o transtorno, sendo representado por uma rede de memórias do evento com informações acerca =>do estímulo temido =>das respostas verbais, comportamentais e fisiológicas =>dos significados desses estímulos ->ou seja, essas memórias indicam quais estímulos devem ser perigosos e q sistema ativar qndo estiver diante deles. ->diferença para medo real: ocorre diante de um estímulo, de fato, ameaçador ->medo patológico: associação entre estímulos não perigosos, ativando resposta de luta e fuga e evitação sem “necessidade”; ocorre por interpretações distorcidas e medo intenso -Avaliação: ->verificação da ocorrência de traumas: por ser subdiagnosticado ->utilização de inventários ->abordagem empática: mtos indivíduos têm receio de falar sobre o trauma, então a indicação é que se utilize de perguntas diretas, mas ainda mantendo a empatia e o tato como focos -Tratamento: ->psicoeducação: explicar sobre sintomas e sobre como ocorrerá o tratamento ->reestruturação cognitiva ->exposição: =>imaginária: relembrar o trauma e o reviver em sua imaginação por períodos prolongados =>ao vivo: ao que causa a ansiedade (e dificulta\atrapalha a vida), não ao trauma em si =>virtual ->coterapia: treino de respiração e relaxamento *é preciso focar em evitar recaídas (quando se perde tudo o que se trabalhou talvez pela persistência do disparador da ansiedade na vida da pessoa, diferente de lapso que é uma “fraqueza” de se sentir os sintomas novamente em algumas situações, podendo ser manejado) Transtorno de Ansiedade Crônico\Generalizado - TAC\TAG -Preocupações resistentes e excessivas sobre vários temas\situações do dia a dia -Os indivíduos recorrem ao tratamento normalmente devido à comorbidades, como depressão e transtorno do humor, pq consideram as preocupações como um “estilo de pensamento” -Sintomas cognitivos: ->percepção exagerada de perigo ou ameaça ->percepção diminuída da capacidade de lidar com ameaças ->catastrofização ->hiperfoco para informação de ameaça + interpretações de tendências ->intolerância à incertezas = perfeccionismo* ->sem habituação (diminuição do estímulo de ansiedade qndo há exposição à este), devido ao fato de o indivíduo passar de uma preocupação à outra sequencialmente* =>as preocupações sao de vários tipos =>pode ser baseadas na realidade, com e sem solução, ou não =>aquelas preocupações sem resposta, geram reação em cadeia de pensamentos de eventos em busca de uma solução “perfeita” *são as principais características do TEPT -Modelo de intolerância à incerteza e metacognitivo: ->persistente interpretação negativa de situações ambíguas ->apreensão em relação ao futuro, mesmo ao que pode nem acontecer ->desgaste cognitivo: a busca por possíveis problemas + dificuldade de gerar soluções eficazes = dificuldade em realizar tarefas ->o desenvolvimento do transtorno se dá por modelação (baixa autoeficácia) ->mantenedores: =>fuga-esquiva =>necessidade de reasseguramento (“vc tem certeza?”, “mas e se…?”) =>busca incessante de indícios de ameaça =>ruminação =>sintomas somáticos de ansiedade *a busca por problemas e soluções é tão incessante que retroalimenta o transtorno, visto que o indivíduo acredita que se algo ñ aconteceu, foi pq ele se precaveu bastante, fazendo com que ele mantenha o estilo -> crença positiva sobre a preocupação: evita ser “pego de surpresa” -Diagnóstico: ->entrevista clínica, focando na avaliação das preocupações do indivíduo (há foco em eventos negativos) ->preencher, nos últimos 6 meses, quase todos os dias, pelo menos 3 sintomas dentre: agitação ou se sentir tenso\no limite, cansaço fácil, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, transtornos do sono ->questionários e inventários de ansiedade -Tratamento: ->início: psicoeducação; fim: prevenção de recaídas ->meio: triagem de preocupações, reestruturação cognitiva, descatastrofizaçao, respiração diafragmatica, relaxamento, exposição à preocupação (habituação dos sintomas), prevenção do comportamento preocupado, resolução de problemas e de crenças ->podem ser utilizadas técnicas de metacognição, como mindfulness e regulação emocional Transtorno Obsessivo-Compulsivo -Presença de obsessões ou compulsões que consomem tempo e interferem nas atividades diarias dos indivíduos, causando sofrimento. -Comumente tem outro transtorno associado, tal como ansiedade, fobia social, fobias específicas ou depressão -Algumas sintomatologias sao: ->contaminação e lavagem ->simetria, verificações e ordem ->pensamentos indesejáveis, geralmente sobre sexo, agressão e religiao ->colecionismo -Modelo cognitivo comportamental: ->obsessões e compulsões surgem por crenças disfuncionais ->a maioria das pessoas possuem intrusões cognitivas (pensamentos, imagens ou impulsos indesejáveis), entretanto, costumam ignorá-las; mas os indivíduos com TOC dão importância à tais intrusões, criando interpretações irracionais sobre as mesmas (se penso em esfaquear meu filho, é pq posso perder o controle e matá-lo), gerando as obsessões de controle por supressão da intrusão *tal modelo, entretanto, não explica simetria e contaminação =>crenças que podem levar à interpretação errada de pensamentos intrusivos: responsabilidade exagerada, importância exagerada aos pensamentos, importância de controlar os pensamentos, exacerbação dos riscos, intolerância à incerteza, perfeccionismo -Tratamento: ->psicoeducação ->diário de sintomas->exposição e prevenção de resposta: enfrentar a situação sem realizar o ritual ->modelação: realizar ações difíceis para o indivíduo, junto com ele ->reestruturação cognitiva Transtorno de Ansiedade Social -É quando surge uma ansiedade numa situação de interação social, seja por aumentar o grau de formalidade ou exposição da pessoa. O indivíduo teme que sua ansiedade seja exposta e que possa ser humilhado por isso. É acompanhada por desejo de fuga ou evitação da situação -Subtipos: ->fobia social restrita: limitada a poucas situações sociais específicas; ansiedade de desempenho social ->fobia social generalizada: na qual aparecem sintomas de ansiedade na maioria das situações sociais -Subdiagnosticada, indivíduos acreditam que a fobia é “jeito de ser’ -Sintomas: ->evitação de situações sociais ->crenças negativas de avaliação em situações sociais imaginadas ou reais* ->sensibilidade à rejeição e críticas ->excesso de preocupação com a opinião dos outros e aparência pessoal ->apresenta isolamento social, comprometimento de habilidades sociais ou as enfrenta com grande sofrimento (sofre antes, durante e depois) *principal característica -Avaliação: entrevista estruturada -Tratamento: ->grupal ou individual ->psicoeducação ->reestruturação cognitiva ->hierarquia de exposições ->teatro forum (do oprimido)
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