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Eletricidade e Magnetismo UNIDADE 2 1 2ª UNIDADE DISCIPLINA: ELETRICIDADE E MAGNETÍSMO Palavras do Professor Olá aluno (a), tudo bem? Na segunda unidade, vamos estudar os conceitos sobre Campo Elétrico e Capacitância. Destacando que, a partir de agora, você verá conteúdos que serão fundamentais para uma melhor compreensão sobre a Eletricidade. Vamos começar? CaMPo elÉTrICo Na Física, existem três tipos de campo: o campo magnético, o campo gravitacional e o campo elétrico. O campo magnético é devido à existência de um imã ou uma corrente elétrica passando por um fio. O campo gravitacional é gerado graças à existência das massas, como exemplo, tem-se o campo gravitacional terrestre. Já o campo elétrico é criado por cargas elétricas. O campo elétrico é uma grandeza vetorial e é definido por: q FE = Podemos, então, definir o campo elétrico como uma região de influência em torno da carga geradora (Q), onde qualquer carga de prova (q) nela colocada sofre a ação de uma força de origem elétrica, que poderá ser de atração ou de repulsão. Vale destacar que o campo elétrico não depende de carga q, mas somente da carga Q. A carga q é chamada de carga de prova porque serve apenas para evidenciar (provar) a exis- tência ou não do campo elétrico em um ponto P a uma distância d de Q. Figura 1 Fonte: http://carlamcoelho.blogspot.com.br/2012/03/campo-eletrico-de-uma-carga-puntiforme.html http://carlamcoelho.blogspot.com.br/2012/03/campo-eletrico-de-uma-carga-puntiforme.html 2 Características do vetor campo elétrico : Módulo: q FE = direção: da reta QP sentido: A unidade de campo elétrico no SI é o: N/C A expressão F = q E mostra que F e E têm a mesma direção e: • se q > 0 ==> F e E possuem o mesmo sentido; • se q < 0 ==> F e E possuem sentidos opostos. Perceba na figura abaixo, o efeito do campo elétrico pode ser observado durante a formação de uma tempestade. Figura 2 Fonte: http://www.blogdomamede.com.br/?p=17992 Na linguagem popular, podemos afirmar que o relâmpago é o clarão intenso e o raio é a descarga elétrica que causa o clarão. Adota-se essa terminologia para descrever como é um raio. A maioria dos raios ocorre dentro da própria nuvem ou de uma nuvem para outra. Mas, limitando-se a descrever um raio entre uma nuvem e o solo. E, já avisamos que esse, também, é um assunto de pesquisa em progresso, portanto, inacabado. http://www.blogdomamede.com.br/?p=17992 3 Imagine uma nuvem enorme com cargas separadas, negativas na base e positivas no topo. A presença dessas cargas negativas na base da nuvem induz uma carga positiva no solo, resultando em diferenças de potencial de milhões de volts entre a nuvem e a terra. Uma voltagem tão alta pode romper a capacidade de isolamento do ar (chamada de "rigidez dielétrica") fazendo com que elétrons, cargas negativas, come- cem a se mover da nuvem para a terra. dicas para evitar acidentes com raios: Leia o link para ter as dicas necessárias para se evitar acidentes com raios. Figura 3 Fonte: http://www.vjvengenharia.com.br/aterramento-para-raios Campo elétrico de uma carga puntiforme 2d Q kE = http://www.webvestibular.com.br/revisoes/fisica/raios/dicas.htm http://www.vjvengenharia.com.br/aterramento-para-raios 4 Campo elétrico de várias cargas puntiformes Se em uma dada região do espaço tivermos várias cargas Q1, Q2, Q3, Qn e quisermos calcular o campo elétrico em um certo ponto P deveremos calcular, inicialmente, o campo E 1 criado em P por Q1 e assim sucessivamente e depois fazemos uma soma vetorial desses campos. Rigorosamente tem-se: linhas de forças O conceito de campo elétrico, como vetor, foi introduzido por Michael Faraday, que raciocinava sempre em termos de linhas de força. Estas ainda constituem hoje em dia, uma maneira cômoda de se visualizar a configuração dos campos elétricos. As correspondências entre as linhas de força e o vetor intensidade de campo elétrico são as seguintes: 1. A tangente à linha de força, em qualquer ponto, dá a direção de E no ponto; 2. As linhas de força de um campo elétrico nunca se cruzam; 3. As linhas de força são traçadas de forma que o número de linhas através da unidade de área de cada seção reta seja proporcional ao módulo de E . Nas regiões onde as linhas forem próximas entre si, E será grande, onde forem afastadas, E será pequeno. Figura 4 Fonte: http://www.colegioweb.com.br/propriedades-do-campo-eletrico/linhas-de-forca.html observação: Note que: quando deslocarmos a barra de controle que está toda à esquerda, as linhas de força em que aparecem são representativas do campo elétrico gerado pela carga (ou distribuição esférica de cargas) http://www.colegioweb.com.br/propriedades-do-campo-eletrico/linhas-de-forca.html 5 que se quer examinar. A introdução da carga de prova, por menor que esta seja, causa uma modificação das linhas de força (como se ver na figura 4) e consequentemente uma modificação do campo. Este campo passa a ser a superposição do campo da carga mais o campo da carga de prova. Outra consequência da presença de uma "carga de prova" finita é a distorção da configuração da carga inicial. Portanto, a carga de prova deve ser tão pequena quanto possível para alterar minimamente a distribuição de cargas sob exame. Figura 5 Fonte: http://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/cap2/001.htm dispositivo australiano afasta tubarões Uma empresa australiana, chamada SeaChange Technology, fornecerá aparelhos com uma tecnologia anti-tubarões para o exército daquele país e também para as Forças Armadas dos Estados Unidos, no oceano pacífico. A referida tecnologia se chama Anti-Shark Shield, traduzindo para o português: escudo anti-tubarões. Tais aparelhos têm uma bateria acoplada que geram um campo elétrico em torno dos mergulhadores, que afasta os tubarões deles. Figura 6 Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,oI284046-eI300-aBG,00.html http://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/cap2/001.htm http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI284046-EI300-ABG,00.html 6 dIfereNÇa de PoTeNCIal – d.d.P. Para o estudo deste conceito será considerado um campo elétrico uniforme de intensidade . Pode ser considerado um campo genérico, mas o desenvolvimento matemático é mais complexo. Graças à força do seu campo eletrostático, uma carga pode realizar trabalho ao deslocar outra carga por atração ou repulsão. Essa capacidade de realizar trabalho é chamada potencial elétrico, que é uma gran- deza escalar e tem como unidade no SI: o volt (V). Quando uma carga for diferente da outra, haverá entre elas uma diferença de potencial (U). Portanto, a d.d.p. é definida como a energia necessária para conduzir uma unidade de quantidade de eletricidade de um ponto a outro num circuito elétrico, é também chamada de tensão elétrica ou queda de tensão. A soma das diferenças de potencial de todas as cargas de um campo eletrostático é conhecida como força eletromotriz ( ). Trabalho de uma força elétrica Figura 7 Fonte: http://ensinoadistancia.pro.br/ead/eletromagnetismo/Potenciale-Qdiscreto/Potenciale-Qdiscreto.html O trabalho realizado pela força elétrica, no deslocamento de uma carga q de um ponto A até um ponto B, pode ser calculado a partir dos potenciais dos pontos A e B por: ou Onde: W = trabalho (J) U = ∆V = diferença de potencial (V) É interessante notar que a diferença de potencial não depende do caminho pelo qual a carga se desloca. http://ensinoadistancia.pro.br/EaD/Eletromagnetismo/PotencialE-Qdiscreto/PotencialE-Qdiscreto.html 7 Figura 8 Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/potencial-eletrico/potencial-eletrico.php Campo elétrico Uniforme Em geral, os fenômenos físicos acontecem numa certa região do espaço. Essa região é chamada de cam- po.As grandezas físicas que darão origem aos campos recebem o nome de fontes de campos. O campo elétrico varia com o inverso do quadrado da distância entre as cargas. Quando o campo elétrico numa região tiver mesma intensidade, direção e sentido, as linhas de força estarão igualmente espaçadas, além de terem mesma direção e sentido. Este é o campo elétrico uniforme (C.E.U.). Figura 9 Fonte: http://www.dee.ufrj.br/lanteg/internas/projetosProv.htm Geralmente eles ocorrem entre duas superfícies planas condutoras. Um exemplo de campo elétrico uni- forme é aquele formado no interior da nuvem ou entre a base da nuvem e o solo, momentos antes de acontecer uma tempestade. a d.d.p. no C.e.U. Figura 10 Fonte: http://www.mundoeducacao.com/fisica/trabalho-forca-eletrica-campos-eletricos-uniformes.htm http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/potencial-eletrico/potencial-eletrico.php http://www.dee.ufrj.br/lanteg/internas/projetosPROV.htm http://www.mundoeducacao.com/fisica/trabalho-forca-eletrica-campos-eletricos-uniformes.htm 8 Como trabalho é o produto da força pelo deslocamento e, conforme já visto, a força na carga é F = q ∙ E, onde E é o campo elétrico. Logo: W = F ∙ d = q ∙ E ∙ d e substituindo em: W = q ∙ U, tem-se: Note que a unidade do campo elétrico pode ser dada em V/m (volts por metro), que é mais comum do que o N/C (newton por coulomb). Em geral, considera-se Vo um potencial de referência e de valor nulo (em muitos casos a superfície da Terra é essa referência). Notar que, teoricamente, o local do potencial de referência Vo seria o infinito, ou seja, o lugar de potencial nulo e o trabalho W seria aquele necessário para levar a carga do infinito até o local de Va. É fácil você concluir que todos os pontos de uma mesma linha vertical (Vo, Va, Vb e quaisquer outras paralelas) têm o mesmo potencial. Se, no aspecto tridimensional, em vez de linhas, considera-se planos perpendiculares à direção do campo, eles seriam superfícies equipotenciais. Note que as superfícies equipotenciais são planas somente em campo uniforme. Para outros, a determi- nação é mais complexa. Figura 11 Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/potencial-eletrico/potencial-eletrico.php No caso do campo de uma carga puntiforme, a simetria sugere que são (e realmente são) superfícies esféricas concêntricas de centro na carga. Em todos os casos, é importante você lembrar que superfícies equipotenciais e linhas de força são orto- gonais, isto é, as tangentes a cada uma no ponto de interseção são perpendiculares entre si. Condutores em equilíbrio eletrostático Não importa se o condutor é maciço ou oco, o campo elétrico no interior do condutor é sempre nulo e as cargas se distribuem na sua superfície externa, ou seja: diagrama do campo elétrico e do potencial elétrico em uma esfera condutora eletriza- da: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/potencial-eletrico/potencial-eletrico.php 9 O potencial elétrico em todos os pontos, inter- nos e superficiais, de um condutor em equilíbrio eletrostático, é constante, sendo dado pelo valor fixo: Para se determinar o vetor campo elétrico e o potencial elétrico em pontos externos a um con- dutor esférico eletrizado, supõe-se sua carga Q puntiforme e concentrada no centro: Blindagem eletrostática Considere um condutor oco A em equilíbrio eletrostático e, em seu interior, o corpo C (figura abaixo). Como já visto, o campo elétrico no interior de qualquer condutor em equilíbrio eletrostático é nulo, portanto o condutor a protege o corpo C, no seu interior, de qualquer ação elétrica externa. Mesmo que um outro corpo eletrizado B externo induza cargas em a, não induzirá em C. Desse modo, o condutor a constitui uma blindagem eletrostática para o corpo C. Figura 12 Fonte: http://www.geocities.ws/saladefisica8/eletrostatica/campo.html http://www.geocities.ws/saladefisica8/eletrostatica/campo.html 10 Essa superfície metálica envolvendo certa região do espaço também constitui uma blindagem satisfatória - a chamada “gaiola de faraday". A blindagem eletrostática é muito utilizada para a proteção de aparelhos elétricos e eletrônicos contra efeitos externos perturbadores. Os aparelhos de medidas sensíveis estão acondicionados em caixas me- tálicas, para que as medidas não sofram influências externas. As estruturas metálicas de um avião, de um automóvel e de um prédio constituem blindagens eletrostáticas. leI de GaUss A lei de Gauss pode ser enunciada da seguinte forma: “O fluxo do vetor campo elétrico através de uma superfície fechada é igual à carga total no interior da superfície, dividida pela constante de permissividade do meio”. Ou, em outras palavras: Veja que esta lei se refere ao fluxo através de uma superfície fechada, no caso em que o campo elétrico é produzido por cargas colocadas no interior da superfície. Figura 13 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/lei_de_Gauss Para poder se calcular o fluxo é necessário saber manipular o conceito de campo elétrico. O campo elétri- co de uma carga puntiforme positiva de valor 'q', tem direção radial a carga, sentido para ‘fora’ da carga. Portanto, o fluxo do vetor campo elétrico produzido por uma carga puntiforme positiva de valor 'q' através de um cubo de aresta 'a' estando a carga no centro do cubo, sendo: 0 = 1/ 4πK, pela definição da lei de Gauss, tem-se: Por essa expressão, você percebe que o fluxo depende apenas da carga total inclusa na superfície. https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Gauss 11 Essa igualdade foi demonstrada para valores absolutos. Prova-se que o sinal do primeiro membro coincide sempre com o do segundo. Suponha q positivo; então as linhas de força “saem” de q, e, portanto, saem da superfície. Mas, normalmente é convencionado que quando as linhas de força saem de uma superfície fechada o fluxo que atravessa a superfície seja positivo. Logo, quando q é positivo, Ø também é positivo. Observe que a lei de Gauss e a lei de Coulomb são formas diferentes, mas com resultados iguais, de abordar o cálculo do campo elétrico para determinada distribuição de cargas elétricas. Como regra geral, o uso de uma ou outra lei é determinado pelas seguintes circunstâncias: Distribuição de cargas com alta simetria → Lei de Gauss Distribuição de cargas com baixa simetria → Lei de Coulomb Chegamos à segunda parte dessa unidade: a CaPaCITÂNCIa CaPaCITÂNCIa de UM CoNdUTor Suponha que você tenha um condutor isolado, inicialmente neutro, de qualquer outro condutor. Você resolve carregá-lo, sucessivamente, com diversas cargas elétricas, a cada carga recebida, ele atingirá um potencial elétrico cada vez maior. Essa experiência nos mostra que se ele estiver isolado, o quociente de cada carga pelo potencial correspondente é constante, ou seja: Q1 / v1 = Q2 / v2 = ... = Qn / vn = C A constante C é chamada capacitância ou capacidade eletrostática do condutor. Por definição, capacida- de do condutor é o quociente de sua carga pelo seu potencial, quando ele está isolado. Tem-se, então: No sistema SI, a unidade de capacitância é o F (farad), sendo: 1 F = 1 coulomb / volt. Como a capacitância é constante indica que os potenciais que um condutor isolado adquire são direta- mente proporcionais às suas cargas. A condição de ele estar isolado é necessária, porque, se estiver em presença de outros condutores eletrizados, o fenômeno de indução modificará o seu potencial e a relação dada acima não subsistirá mais. Mas é bom destacar que a capacitância do condutor depende de sua forma geométrica, de suas dimen- sões e do meio no qual está colocado. A capacitância de uma esfera isolada de raio R e carga Q, é dada por: O farad (F) é uma unidade muito grande. Uma esfera, para ter capacidade de um farad, no vácuo, preci- saria ter raio de: 9.000.000 km 12 energia potencial elétrica em um condutor Saiba que um capacitor possui uma energia potencial elétricaEP, que é igual à energia que foi gasta para fazê-lo passar do estado neutro ao estado de eletrizado com carga elétrica. Essa é também a energia que o condutor deve devolver se retirarmos toda a sua carga elétrica, até fazê-lo voltar ao estado neutro. Ele perde a carga elétrica Q em um tempo muito pequeno, da ordem de bilionési- mo de segundo, mas essa carga não sai toda de uma só vez, ela sai em parcelas pequenas. A expressão da energia potencial elétrica de um condutor com carga elétrica Q e potencial elétrico V, é: Sendo Q = CV, podemos escrever EP sob as formas: equilíbrio eletrostático entre dois condutores Quando colocamos dois corpos eletrizados, a e B, em contato, haverá transporte de carga elétrica do que tem potencial elétrico mais alto para o que tem potencial elétrico mais baixo, até que os potenciais elé- tricos fiquem iguais. Quando atingir essa igualdade, as cargas elétricas ficam em equilíbrio eletrostático, que se representarão por veQ. Como houve troca de cargas elétricas, as cargas posteriores ao contato, Q’a e Q’B, são diferentes das cargas, Qa e QB, anteriores ao contato. Pelo princípio da conservação da energia, a soma algébrica das cargas posteriores ao contato deve ser igual à soma algébrica das cargas anteriores ao contato: e resulta: e no equilíbrio eletrostático, têm-se: 13 Conclusões: 1ª) O potencial elétrico equivalente de vários corpos em contato é igual ao quociente da soma algébrica das cargas elétricas pela soma das suas capacitâncias. 2ª) Quando todos os corpos têm capacitâncias iguais, o potencial elétrico equivalente após o contato é a média aritmética dos potenciais elétricos primitivos. 3ª) Quando todos os corpos têm capacitâncias iguais, as cargas elétricas ficarão iguais e será a média aritmética das cargas primitivas. CaPaCITores O capacitor é um aparelho destinado a armazenar cargas elétricas e é constituído por dois condutores separados por um isolante: os condutores são chamados armaduras (ou placas) do capacitor e o isolante é o dielétrico do capacitor. Costuma-se dar nome a esses aparelhos de acordo com a forma de suas ar- maduras. Assim temos o capacitor plano, capacitor cilíndrico, capacitor esférico, etc. O dielétrico pode ser um iso- lante qualquer como o vidro, a parafina, o papel e muitas vezes o próprio ar. Figura 14 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/diel%C3%a9trico Note que a capacitância do capacitor depende do dielétrico entre suas placas. Este isolante dificulta a passagem das cargas de uma placa para outra, o que descarregaria o capacitor. Dessa forma, um capacitor pode armazenar uma quantidade maior de carga elétrica para uma mesma diferença de potencial. https://pt.wikipedia.org/wiki/Diel%C3%A9trico 14 Os capacitores são amplamente utilizados em rádios, gravadores, televisores, circuitos elétricos de veí- culos, etc. Capacitor de Placas Paralelas Figura 15 Fonte: http://thumbs.dreamstime.com/z/capacitor-de-placa-paralela-6898250.jpg Portanto, para todos os efeitos práticos e para simplificar os cálculos, suponha que as placas sejam pla- nos infinitos. Mesmo que elas sejam finitas, como são na realidade, a aproximação de plano infinito pode ser usado se a distância entre as placas forem muito menor do que as suas dimensões. Já foi visto que as linhas de campo são idênticas em toda a extensão do capacitor, desprezando os efeitos de borda, e a diferença de potencial entre as placas paralelas se relacionam com o campo de acordo com a relação: Onde: U é a diferença de potencial elétrico (V), E é o módulo do campo elétrico (N/C) ou (V/m) e d é a distância entre as placas (m). Para calcularmos a capacitância, no caso do capacitor de placas paralelas, consideramos que a densidade de carga, σ, é dada por q/A, onde A é a área da placa (não há inconsistência, a placa é “infinita” apenas para efeito de cálculo, como uma aproximação). Portanto, E = q / (A ∙ 0), de onde se obtém: q = E ∙ A ∙ 0 Da relação, Q = C ∙ V, obtém-se: E ∙ A ∙ 0 = C ∙ E ∙ d, logo: Essa relação nos mostra que a capacitância só depende de uma constante universal, a constante dielétri- ca no vácuo, 0, e das dimensões do capacitor. Esse tipo de resultado é geral. Para qualquer capacitor, a http://thumbs.dreamstime.com/z/capacitor-de-placa-paralela-6898250.jpg 15 capacitância só depende da constante dielétrica do meio entre as placas e de propriedades geométricas. associação de Capacitores Em geral, os circuitos elétricos e eletrônicos são constituídos de vários componentes, associados de di- ferentes maneiras. Uma forma simples de abordar esse tipo de problema é considerar a associação dos componentes de um mesmo tipo. Veja agora como tratar a associação de capacitores. associação em paralelo Figura 16 Fonte: http://www.colegioweb.com.br/capacitores/associacao-de-capacitores.html O que caracteriza a associação de capacitores em paralelo é a igualdade de potencial entre as placas dos capacitores. Na figura 16, com quatro capacitores, as placas superiores estão com o mesmo potencial, dado pelo polo positivo da bateria. Da mesma forma, as placas inferiores estão com o mesmo potencial negativo. Portanto, as diferenças de potencial são iguais, ou seja: v1 = v2 = v3 = v4 = v Pela equação: Q = CV, obtém-se: Q1 = C1 ∙ v, Q2 = C2 ∙ v, Q3 = C3 ∙ v e Q4 = C4 ∙ v A carga Q, fornecida pela bateria, é distribuída entre os capacitores, na proporção de suas capacidades. Assim, Q = Q1 + Q2, tem-se: Q = (C1 + C2) ∙ V. Portanto: No caso mais geral, com ‘n’ capacitores, (capacitância equivalente de uma associação em paralelo). http://www.colegioweb.com.br/capacitores/associacao-de-capacitores.html 16 associação em série Figura 17 Fonte: http://ricuti.com.ar/No_me_salen/eleCTrICIdad/elec_m16.html No caso da associação em série figura, é fácil concluir que são iguais as cargas acumuladas nas placas de todos os capacitores. Então, se as cargas são iguais, mas as capacitâncias são diferentes, então os potenciais também serão diferentes. Portanto: Portanto: No caso mais geral, com ‘n’ capacitores: (capacitância equivalente de uma associação em série) Importante: Qualquer que seja o tipo de associação, série, paralela ou mista, a energia elétrica armaze- nada na associação é igual à soma das energias elétricas de cada capacitor individualmente e que é igual à energia elétrica no gerador equivalente. enToTal = en1 + en2 + en3 http://ricuti.com.ar/No_me_salen/ELECTRICIDAD/elec_m16.html 17 aCesse o aMBIeNTe vIrTUal Encerramos neste momento, todo o conteúdo da Unidade II. É importante que você tenha compreendido todo o assunto, pois ele é a base para compreensão das unidades seguintes. Agora, você deve ir ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e realizar as atividades (caráter avaliativo) referentes ao conteúdo aprendido na segunda unidade. Caso você tenha alguma dúvida, entre em contato com o (a) tutor (a) para que as esclareça. Encontramo-nos em breve na próxima unidade. Até lá!
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