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PCC Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem

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Polo EAD- Florianópolis
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC)
Observação de criança(s), adolescente(s) e/ou jovens no espaço escolar na educação básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II ou Médio) para compreender características que ressaltam o desenvolvimento físico-motor, afetivo-emocional, intelectual, moral ou social desses sujeitos.
NOME: Jonas de Oliveira Monteiro
CURSO: Física- Licenciatura 
MATRÍCULA: 201908653787 
DISCIPLINA: Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem 
PROFESSOR (A): Roseli Cantalogo Couto
DATA: 08/06/2020 
OBJETIVOS DESTE RELATÓRIO 
O presente trabalho tem como objetivo Identificar as características do desenvolvimento físico-motor, afetivo-emocional, intelectual, moral ou social nos sujeitos, conforme o título do presente trabalho, desenvolver um relatório sobre a observação realizada p ara entender como essas características influenciam o desenvolvimento da aprendizagem nesses sujeitos e relacionar teoria e prática para entender os fenômenos observados e para a escrita do relatório. 
 
INTRODUÇÃO TEÓRICA
Este relatório vai se basear nos ensinamentos d e Erikson no que diz respeito ao “grau de su cesso que uma criança experimenta em satisfazer as demandas desses estágios dependerá muito fortemente das interações que ela tem com as pessoas e objetos em seu mundo.”(CARRARO, 2015, p. 30) Pois como diz Erikson inda “qualquer tarefa desenvolvimental que não é completada com sucesso deixa um resíduo que interfere na tarefa posterior” (CARRARO, 2015 p. 30). Isso será visto no capítulo 4, da forma como foi observado. Também usaremos dos pensamentos de Piaget como o fato de que 
“ao contrário de muitos teóricos, Piaget não pensava que o ambiente molda a criança. Antes a criança (como o adulto) busca ativamente entender seu ambiente. No processo, ela explora, manipula e examina objetos e pessoas em seu mundo.” (CARRARO, 2015, p. 32) 
 
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 Foi elaborado este trabalho com base em observações de um jovem , menino, d e seus 12 anos , estudante do ensino básico, parente que mora em minha casa. Não f oi feito uma abordagem diretas com perguntas ou testes para que fosse mais espontâneos e autênticas as reações da criança, objeto da análise. 
 
RESULTADOS E CONCLUSÃO 
Começo pelo modo com o despertar a criança. Começa a tocar o despertador. Neste dia, a criança despertou, mas sentou-se na cama e ficou a pensar, meio dormindo, meio acordada por vários minutos. 
Após isso, ela levantou -se assutada pelo tempo perdido e f oi correndo se aprontar, não sem antes ter sido chamada à realidade pelos pais. Dirigiu-se para o café da manhã no refeitório conversando sobre como tinha dormido mal e continuava cansada. Findo este, começou o momento de estudos, feitos por vídeo uma vez que estamos em plena quarentena ainda. Notou-se muito enfado do jovem pela matéria estudada , com exclamações como “para que vou usar isso? ” e “não vou ser engenheiro! Não estou entendendo nada!” Desta primeira parte notei o que poderia ter sido a observaç ão de Piaget, citada no capítulo 2 deste relatório: “Antes a criança (como o adulto) busca ativamente entender seu ambiente” (CARRARO, 2015, p. 32), pois ela estava, pensando no porquê tinha que acordar naquela cedo e não podia dormir mais, no porquê tinha que estuda r algo que julgava não ser de utilidade. No fundo, ela estava “procurando entender sei ambiente”. 
Findo o estudo veio o almoço no qual o rapaz não queria comer salada , mas convencido pela necessidade de toma-la para fortalecer a saúde comeu um pouco. Aqui vemos um pouco de raciocínio em desenvolvimento: “As crian ças agora são capazes de pensar com lógica porque podem levar múltiplos aspectos de uma situação em consideração. Contudo, as crianças ainda apresentam certas limitações para pensar situações reais no aqui e agora. ”(CARRARO, 2015, p.96). Com efeito, pela relutância de comer salada vi a limitação do rapaz vendo apenas o gosto das f olhas, mas percebi também a lógica e coerência ao aceitar os argumentos de aspectos nutritivos e salutares para o corpo da salada. 
Algumas vezes aconteceu alguns incidentes como trombadas em objetos da mesa de refeições, queda de talheres, copo e de comida seguida de censuras verbais que desfecharam em sistemáticas desculpas, respostas tentando justificar o erro. Isso ocorreu também com relação a bagunças do material escolar, cama e mesa de objetos pessoais da criança que preguiçosamente tentava justificar-se e queria que sua mãe ou outro qualquer arruma-se para ela. Lembrei-me do que foi lido estudando: 
“O raciocínio da criança desta fase, especialmente dos dois aos quatro anos de idade, é muito influenciado por suas próprias vontades e desejos. Suas percepções e explicações refletem apenas um ponto de vista, ou seja, o seu. Por isso seus julgamentos são sempre absolutos e ela é insensível aos argumentos contrários às suas afirmações.”(CARRARO, 2015, p.80) 
 A afirmação é de crianças mais novas d o que a observada, m as curiosamente se encaixa perfeitamente com a que vi: qualquer tentativa de convence-la sobre determinados pontos era totalmente in útil. Explicar e argumentar não dava resultado nenhum. Aqui se encaixa também, parece, o fato de “em condições de alta tensão, a criança pode também exibir comportamentos característicos de fases anteriores do desenvolvimento. ” (CARRARO, 2015, p. 101) 
Pude entender certo trecho visto em meu s estudo s de certas manias do rapaz de, por exemplo omitir a concordância de sujeito plural com verbo no singular: “Com o a criança modela sua fala pela linguagem que ouve, é importante que os pais e os outros adultos com que ela frequentemente se comunica usem a dicção e normas gramaticais corretamente. Os erros d e articulação ou gagueira, bem como características da voz, estabelecidas nesse início, podem se transformar em hábitos fortes que perdurarão a vida inteira.”(CARRARO, 2015 , p.80) Assim, certos dizeres como “nós vai”, “e “ele disseram”, entre outros parecem mais inteligíveis. 
Nas brincadeiras notava-se certo alheamento. Tanto em jogos de tabuleiro, como físicos o desejo de vencer e ser o melhor era percebido, mas se a criança perdia duas ou três vezes este ou aquele desejo, logo era substituído pelo desânimo e pelo desinteresse. Aqui percebi alguns pontos estudados. Primeiramente um traço egocêntrico, pois: “O pensamento da criança pré-escolar é regulado pela percepção imediata e na maioria de seus raciocínios ela toma a si mesma como ponto de referência.”(CARRARO, 2015, 
p. 96) Com efeito, percebi que o interesse do jovem nas brincadeiras tinha como parâmetro sua capacidade de vencer e ser o melhor. Se ela perdia, não sabia jogar b em, então era melhor sair do jogo e passar para outro. Em segundo lugar, notei aquilo que diz Erikson “qualquer tarefa desenvolvimental que não é completada com sucesso deixa um resíduo que interfere na tarefa posterior” (CARRARO, 2015 p. 30). P orisso, um egoísmo mais de criança mais nova do que de uma criança de doze anos. 
Outro ponto notado é um constante desejo de ser visto e chamar atenção sobre si, um desejo de ser o centro dos acontecimentos, especialmente dos mais velhos da casa. Para isso, e la valia-sede qualquer artifício, até mesmo fazer coisas erradas como bater portas, janelas, fazer lições erradas. O importante para ela, parece, é ser vista, mesmo que isso implique numa repreensão. Lembrando que “Os pais e mestres devem ter sensibilidade suficiente para responder aos esforços da criança para a gradar, encorajando a formação de traços e atitudes desejáveis, sem contudo inibir sua espontaneidade e capacidades.” (CARRARO, 2015, p. 10 2) Não será que a criança desenvolveu um instinto torto de que será “agradável” ser vista, mesmo que como bagunceira? Ou por outra, ela note certo “agrado” de ela ser deste jeito, e, por isso, pratica tais atos? 
Concluo este relatório pensando: pude perceber nesta atividade muita s verdades contidas neste estudo e constatar muitos fatos observados pelos grandes psicólogos. Mas o que no fundo vi f oi o que diz Bock, Furtado e Teixeira (1999, p. 251): 
“As crianças encontram nos pais os modelos de como os adultos comportam-se — como atendem ao telefone e às visitas; como se portam à mesa, resolvem conflitos e lidam com a dor; o que pensam sobre os acontecimentos do mundo etc. Os pais são os primeiros modelos de como é ser homem e ser mulher”. 
Ou seja, resumidamente, as crianças são aquilo que os pais lhes ensinaram a ser e o jovem analisado é aquilo que lhe ensinaram , seja bom, ou mal. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CARRARO, Patrícia Rossi. Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem . Rio de Janeiro: SESES, 2015. 
BOCK, Ana Mercês Bah ia; FURTADO, Odair; TE IXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: Uma introdução ao estudo de psicologia. 13ª ed . São Paulo: Saraiva, 1999.

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