Buscar

Resumo Psicologias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

BOCK, A. M. et al. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. São 
Paulo: Saraiva, 2001
CAP. 01 A PSICOLOGIA OU AS PSICOLOGIAS
CIÊNCIA OU SENSO COMUM
“de psicólogo e de louco todo mundo tem um pouco”.
Usamos o termo psicologia, no nosso cotidiano, com vários sentidos. Essa 
psicologia, usada no cotidiano pelas pessoas em geral, é denominada de 
psicologia do senso comum. Cite alguns exemplos.
A psicologia do senso comum diferencia-se da psicologia científica.
O SENSO COMUM:
CONHECIMENTO DA REALIDADE
Existe um domínio da vida que pode ser entendido como vida por excelência: é 
a vida do cotidiano. [...] Quando fazemos ciência, baseamo-nos na realidade 
cotidiana e pensamos sobre ela. Afastamo-nos dela para refletir e conhecer 
além de suas aparências.
O tipo de conhecimento que vamos acumulando no nosso cotidiano é chamado 
de senso comum. Sem esse conhecimento intuitivo, espontâneo, de tentativas 
e erros, a nossa vida no dia-a-dia seria muito complicada. Comente sobre 
alguns exemplos.
O senso comum, na produção desse tipo de conhecimento, percorre um 
caminho que vai do hábito à tradição, a qual, quando estabelecida, passa de 
geração para geração.
SENSO COMUM: UMA VISÃO-DE-MUNDO
O senso comum mistura e recicla esses outros saberes, muito mais 
especializados, e os reduz a um tipo de teoria simplificada, produzindo uma 
determinada visão-de-mundo. [...] Podemos até estar muito próximos do 
conceito científico mas, na maioria das vezes, nem o sabemos. Esses são 
exemplos da apropriação que o senso comum faz da ciência.
ÁREAS DO CONHECIMENTO
Somente o senso comum, porém, não seria suficiente para as exigências de 
desenvolvimento da humanidade. Com o tempo, esse tipo de conhecimento foi-
se especializando cada vez mais.
A PSICOLOGIA CIENTÍFICA
Apesar de reconhecermos a existência de uma psicologia do senso comum e, 
de certo modo, estarmos preocupados em defini-la, é com a outra psicologia 
que este livro deverá ocupar-se — a Psicologia científica. Foi preciso definir o 
senso comum, para que o leitor pudesse demarcar o campo de atuação de 
cada uma, sem confundi-las. Entretanto a tarefa de definir a Psicologia como 
ciência é bem mais árdua e complicada.
O QUE É CIÊNCIA
A ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou 
aspectos da realidade (objeto de estudo), expresso por meio de uma linguagem 
precisa e rigorosa:
Um novo conhecimento é produzido sempre a partir de algo anteriormente 
desenvolvido. Negam-se, reafirmam-se, descobrem-se novos aspectos, e 
assim a ciência avança. Nesse sentido, a ciência caracteriza-se como um 
processo.
Objeto específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, 
processo cumulativo do conhecimento, objetividade fazem da ciência uma 
forma de conhecimento que supera em muito o conhecimento espontâneo do 
senso comum. Esse conjunto de características é o que permite que 
denominemos científico a um conjunto de conhecimentos.
Objeto de estudo da psicologia
Qual é, então, o objeto específico de estudo da Psicologia?
Se dermos a palavra a um psicólogo comportamentalista, ele dirá: “O objeto de 
estudo da Psicologia é o comportamento humano”. Se a palavra for dada a um 
psicólogo psicanalista, ele dirá: “O objeto de estudo da Psicologia é o 
inconsciente”. Outros dirão que é a consciência humana, e outros, ainda, a 
personalidade.
DIVERSIDADE DE OBJETOS DA PSICOLOGIA
Na realidade, este é um “problema” enfrentado por todas as ciências humanas, 
muito discutido pelos cientistas de cada área e até agora sem perspectiva de 
solução. Conforme a definição de homem adotada, teremos uma concepção de 
objeto que combine com ela. Como, neste momento, há uma riqueza de 
valores sociais que permitem várias concepções de homem, diríamos 
simplificadamente que, no caso da Psicologia, esta ciência estuda os “diversos 
homens” concebidos pelo conjunto social. Assim, a Psicologia hoje se 
caracteriza por uma diversidade de objetos de estudo.
A SUBJETIVIDADE COMO OBJETO DA PSICOLOGIA
A Psicologia colabora com o estudo da subjetividade: é essa a sua forma 
particular, específica de contribuição para a compreensão da totalidade da vida 
humana.
Nossa matéria-prima, portanto, é o homem em todas as suas expressões, as 
visíveis (nosso comportamento) e as invisíveis (nossos sentimentos), as 
singulares (porque somos o que somos) e as genéricas (porque somos todos 
assim) — é o homem-corpo, homem-pensamento, homem-afeto, homem-ação 
e tudo isso está sintetizado no termo subjetividade.
Esta síntese — a subjetividade — é o mundo de ideias, significados e emoções 
construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas 
vivências e de sua constituição biológica; é, também, fonte de suas 
manifestações afetivas e comportamentais.
O mundo social e cultural, conforme vai sendo experienciado por nós, 
possibilita-nos a construção de um mundo interior. São diversos fatores que se 
combinam e nos levam a uma vivência muito particular. Nós atribuímos sentido 
a essas experiências e vamos nos constituindo a cada dia.
A subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer 
de cada um. É o que constitui o nosso modo de ser: De um certo modo, 
podemos dizer que a subjetividade não só é fabricada, produzida, moldada, 
mas também é auto moldável, ou seja, o homem pode promover novas formas 
de subjetividade, recusando-se ao assujeitamento e à perda de memória 
imposta pela fugacidade da informação; recusando a massificação que exclui e 
estigmatiza o diferente, a aceitação social condicionada ao consumo, a 
medicalização do sofrimento. Nesse sentido,
retomamos a utopia que cada homem pode participar na construção do seu 
destino e de sua coletividade.
“estudar a subjetividade, nos tempos atuais, é tentar compreender a produção 
de novos modos de ser, isto é, as subjetividades emergentes, cuja fabricação é 
social e histórica.”
A PSICOLOGIA E O MISTICISMO
A Psicologia, como área da Ciência, vem se desenvolvendo na história desde 
1875, quando Wilhelm Wundt (1832-1926) criou o primeiro Laboratório de 
Experimentos em Psicofisiologia, em Leipzig, na Alemanha.
<Desligamento das ideias psicológicas de ideias abstratas e espiritualistas>
A Psicologia, ao relacionar-se com esses saberes, deve ser capaz de enfrentá-
los sem preconceitos, reconhecendo que o homem construiu muitos “saberes” 
em busca de sua felicidade. Mas é preciso demarcar nossos campos. Esses 
saberes não estão no campo da Psicologia, mas podem se tornar seu objeto de 
estudo.
Não se deve misturar a Psicologia com práticas adivinhatórias ou místicas que 
estão baseadas em pressupostos diversos e opostos ao da Psicologia.
CAP. 02 A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
PSICOLOGIA E HISTÓRIA
Compreender, em profundidade, algo que compõe o nosso mundo significa 
recuperar sua história. 
Esta história pode ser mais ou menos longa para os diferentes aspectos da 
produção humana. No caso da Psicologia, a história tem por volta de dois 
milênios. Esse tempo refere-se à Psicologia no Ocidente, que começa entre os 
gregos, no período anterior à era cristã.
A PSICOLOGIA ENTRE OS GREGOS: OS PRIMÓRDIOS
A história do pensamento humano tem um momento áureo na Antiguidade, 
entre os gregos, particularmente no período de 700 a.C. até a dominação 
romana, às vésperas da era cristã. 
É entre os filósofos gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar uma 
Psicologia. O próprio termo psicologia vem do grego psyché, que significa 
alma, e de logos, que significa razão. Portanto, etimologicamente, psicologia 
significa “estudo da alma”. A alma ou espírito era concebida como a parte 
imaterial do ser humano e abarcaria o pensamento, os sentimentos de amor e 
ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção.
Os filósofos pré-socráticos (assim chamados por antecederem Sócrates, 
filósofo grego) preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo 
através da percepção. Discutiam se o mundo existe porque o homem ovê ou 
se o homem vê um mundo que já existe. Havia uma oposição entre os 
idealistas (a idéia forma o mundo) e os materialistas (a matéria que forma o 
mundo já é dada para a percepção).
Mas é com Sócrates (469-399 a.C.) que a Psicologia na Antiguidade ganha 
consistência. Sua principal preocupação era com o limite que separa o homem 
dos animais. Desta forma, postulava que a principal característica humana era 
a razão.
O passo seguinte é dado por Platão (427-347 a.C.), discípulo de Sócrates. 
Esse filósofo procurou definir um “lugar” para a razão no nosso próprio corpo.
Definiu esse lugar como sendo a cabeça, onde se encontra a alma do homem.
Aristóteles (384-322 a.C), discípulo de Platão, foi um dos mais importantes 
pensadores da história da Filosofia. Sua contribuição foi inovadora ao postular 
que alma e corpo não podem ser dissociados. Para Aristóteles, a psyché seria 
o princípio ativo da vida.
Tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possui a sua psyché ou 
alma.
Portanto, 2 300 anos antes do advento da Psicologia científica, os gregos já 
haviam formulado duas “teorias”: a platônica, que postulava a imortalidade da 
alma e a concebia separada do corpo, e a aristotélica, que afirmava a 
mortalidade da alma e a sua relação de pertencimento ao corpo.
A PSICOLOGIA NO IMPÉRIO ROMANO E NA IDADE MÉDIA
Falar de Psicologia nesse período é relacioná-la ao conhecimento religioso, já 
que, ao lado do poder econômico e político, a Igreja Católica também 
monopolizava o saber e, consequentemente, o estudo do psiquismo.
Nesse sentido, dois grandes filósofos representam esse período: Santo 
Agostinho (354-430) e São Tomás de Aquino (1225-1274).
A PSICOLOGIA NO RENASCIMENTO
Na transição para o capitalismo, começa a emergir uma nova forma de 
organização econômica e social. Dá-se, também, um processo de valorização 
do homem.
As ciências também conhecem um grande avanço. Em 1543, Copérnico causa 
uma revolução no conhecimento humano mostrando que o nosso planeta não é 
o centro do universo. Em 1610, Galileu estuda a queda dos corpos, realizando 
as primeiras experiências da Física moderna. Esse avanço na produção de 
conhecimentos propicia o início da sistematização do conhecimento científico 
— começam a se estabelecer métodos e regras básicas para a construção do 
conhecimento científico.
Neste período, René Descartes (1596-1659), um dos filósofos que mais 
contribuiu para o avanço da ciência, postula a separação entre mente (alma, 
espírito) e corpo, afirmando que o homem possui uma substância material e 
uma substância pensante, e que o corpo, desprovido do espírito, é apenas uma 
máquina. Esse dualismo mente-corpo torna possível o estudo do corpo 
humano morto, o que era impensável nos séculos anteriores (o corpo era 
considerado sagrado pela Igreja, por ser a sede da alma), e dessa forma 
possibilita o avanço da Anatomia e da Fisiologia, que iria contribuir em muito 
para o progresso da própria Psicologia.
A ORIGEM DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
No século 19, destaca-se o papel da ciência, e seu avanço torna-se 
necessário. O crescimento da nova ordem econômica — o capitalismo — traz 
consigo o processo de industrialização, para o qual a ciência deveria dar 
respostas e soluções práticas no campo da técnica.
O conhecimento tornou-se independente da fé. Os dogmas da Igreja foram 
questionados. O mundo se moveu. A racionalidade do homem apareceu, 
então, como a grande possibilidade de construção do conhecimento.
Estavam dadas as condições materiais para o desenvolvimento da ciência 
moderna. As ideias dominantes fermentaram essa construção: o conhecimento 
como fruto da razão; a possibilidade de desvendar a Natureza e suas leis pela 
observação rigorosa e objetiva. [...]Sentiu-se necessidade da ciência. 
Nesse período, surgem homens como Hegel, que demonstra a importância da 
História para a compreensão do homem, e Darwin, que enterra o 
antropocentrismo com sua tese evolucionista. A ciência avança tanto, que se 
torna um referencial para a visão de mundo. A partir dessa época, a noção de 
verdade passa, necessariamente, a contar com o aval da ciência.
É em meados do século 19 que os problemas e temas da Psicologia, até então 
estudados exclusivamente pelos filósofos, passam a ser, também, investigados 
pela Fisiologia e pela Neurofisiologia em particular. Os avanços que atingiram 
também essa área levaram à formulação de teorias sobre o sistema nervoso 
central, demonstrando que o pensamento, as percepções e os sentimentos 
humanos eram produtos desse sistema.
O caminho natural que os fisiologistas da época seguiam, quando passavam a 
se interessar pelo fenômeno psicológico enquanto estudo científico, era a 
Psicofísica. Por volta de 1860, temos a formulação de uma importante lei no 
campo da Psicofísica. É a Lei de Fechner-Weber, que estabelece a relação 
entre estímulo e sensação, permitindo a sua mensuração.
Dessa forma, os fenômenos psicológicos vão adquirindo status de científicos, 
porque, para a concepção de ciência da época, o que não era mensurável não 
era passível de estudo científico.
Outra contribuição muito importante nesses primórdios da Psicologia científica 
é a de Wilhelm Wundt (1832-1926). Wundt cria na Universidade de Leipzig, na 
Alemanha, o primeiro laboratório para realizar experimentos na área de 
Psicofisiologia. Por esse fato e por sua extensa produção teórica na área, ele é 
considerado o pai da Psicologia moderna ou científica.
Para explorar a mente ou consciência do indivíduo, Wundt cria um método que 
denomina introspeccionismo. Nesse método, o experimentador pergunta ao 
sujeito, especialmente treinado para a auto-observação, os caminhos 
percorridos no seu interior por uma estimulação sensorial (a picada da agulha, 
por exemplo).
A PSICOLOGIA CIENTÍFICA
O berço da Psicologia moderna foi a Alemanha do final do século 19. Wundt, 
Weber e Fechner trabalharam juntos na Universidade de Leipzig. Seguiram 
para aquele país muitos estudiosos dessa nova ciência, como o inglês Edward 
B. Titchner e o americano William James.
Essas teorias devem obedecer aos critérios básicos da metodologia científica, 
isto é, deve-se buscar a neutralidade do conhecimento científico, os dados 
devem ser passíveis de comprovação, e o conhecimento deve ser cumulativo e 
servir de ponto de partida para outros experimentos e pesquisas na área.
Embora a Psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados 
Unidos que ela encontra campo para um rápido crescimento, resultado do 
grande avanço econômico que colocou os Estados Unidos na vanguarda do 
sistema capitalista. É ali que surgem as primeiras abordagens ou escolas em 
Psicologia, as quais deram origem às inúmeras teorias que existem 
atualmente.
Essas abordagens são: o Funcionalismo, de William James (1842-1910), o 
Estruturalismo, de Edward Titchner (1867-1927) e o Associacionismo, de 
Edward L. Thorndike (1874-1949).
O FUNCIONALISMO
O Funcionalismo é considerado como a primeira sistematização 
genuinamente americana de conhecimentos em Psicologia. Uma sociedade 
que exigia o pragmatismo para seu desenvolvimento econômico acaba por 
exigir dos cientistas americanos o mesmo espírito.
Desse modo, para a escola funcionalista de W. James, importa responder “o 
que fazem os homens” e “por que o fazem”. Para responder a isto, W. James 
elege a consciência como o centro de suas preocupações e busca a 
compreensão de seu funcionamento, na medida em que o homem a usa para 
adaptar-se ao meio. 
O ESTRUTURALISMO
O Estruturalismo está preocupado com a compreensão do mesmo fenômeno 
que o Funcionalismo: a consciência. Mas, diferentemente de W. James, 
Titchner irá estudá-la em seus aspectos estruturais, isto é, os estados 
elementares da consciência como estruturas do sistema nervoso central. Esta 
escola foi inaugurada por Wundt, mas foi Titchner, seguidor de Wundt, quem 
usou o termo estruturalismo pela primeira vez, no sentido de diferenciá-la do 
Funcionalismo. O método de observação de Titchner, assimcomo o de Wundt, 
é o introspeccionismo, e os conhecimentos psicológicos produzidos são 
eminentemente experimentais, isto é, produzidos a partir do laboratório.
O ASSOCIACIONISMO
O principal representante do Associacionismo é Edward L. Thorndike, e sua 
importância está em ter sido o formulador de uma primeira teoria de 
aprendizagem na Psicologia. O termo associacionismo origina-se da 
concepção de que a aprendizagem se dá por um processo de associação das 
ideias — das mais simples às mais complexas. Assim, para aprender um 
conteúdo complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as ideias mais 
simples, que estariam associadas àquele conteúdo.
Thorndike formulou a Lei do Efeito, que seria de grande utilidade para a 
Psicologia Comportamentalista. De acordo com essa lei, todo comportamento 
de um organismo vivo (um homem, um pombo, um rato etc.) tende a se repetir, 
se nós recompensarmos (efeito) o organismo assim que este emitir o 
comportamento. Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se 
o organismo for castigado (efeito) após sua ocorrência. E, pela Lei do Efeito, o 
organismo irá associar essas situações com outras semelhantes. Por exemplo, 
se, ao apertarmos um dos botões do rádio, formos “premiados” com música, 
em outras oportunidades apertaremos o mesmo botão, bem como 
generalizaremos essa aprendizagem para outros aparelhos, como toca-discos, 
gravadores etc.
AS PRINCIPAIS TEORIAS DA PSICOLOGIA NO SÉCULO 20
A Psicologia enquanto um ramo da Filosofia estudava a alma. A Psicologia 
científica nasce quando, de acordo com os padrões de ciência do século 19, 
Wundt preconiza a Psicologia “sem alma”.
Se antes a Psicologia estava subordinada à Filosofia, a partir daquele século 
ela passa a ligar-se a especialidades da Medicina, que assumira, antes da 
Psicologia, o método de investigação das ciências naturais como critério 
rigoroso de construção do conhecimento.
Essa Psicologia científica, que se constituiu de três escolas — 
Associacionismo, Estruturalismo e Funcionalismo —, foi substituída, no século 
20, por novas teorias.
As três mais importantes tendências teóricas da Psicologia neste século são 
consideradas por inúmeros autores como sendo o Behaviorismo ou Teoria (S-
R) (do inglês Stimuli-Respond — Estímulo-Resposta), a Gestalt e a 
Psicanálise.
O Behaviorismo, que nasce com Watson e tem um desenvolvimento grande 
nos Estados Unidos, em função de suas aplicações práticas, tornou-se 
importante por ter definido o fato psicológico, de modo concreto, a partir da 
noção de comportamento (behavior). • A Gestalt, que tem seu berço na 
Europa, surge como uma negação da fragmentação das ações e processos 
humanos, realizada pelas tendências da Psicologia científica do século 19, 
postulando a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade. 
A Gestalt é a tendência teórica mais ligada à Filosofia.• A Psicanálise, que 
nasce com Freud, na Áustria, a partir da prática médica, recupera para a 
Psicologia a importância da afetividade e postula o inconsciente como objeto 
de estudo, quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e 
da razão.

Continue navegando