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Destilação simples Destilação da gasolina (hidrocarbonetos) - QO1 - Relatório Mariana

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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO 
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS 
Instituto de Biociências – IBIO 
Departamento de Ciências Naturais – DCN 
 
 
 
Disciplina: Química Orgânica 
Professor: Edwin Gonzalo Azero Rojas 
Aluno: Mariana Abrahão Barreiro Alvarez 
Curso: Biomedicina 
Grupo 1 
 
Prática realizada em: 03/09/2019 
 
 
 
 Destilação simples 
 Destilação da gasolina (hidrocarbonetos) 
 
 
 
 
 
 
 Rio de Janeiro Segundo semestre de 2019 
I) Objetivos 
 Realizar a avaliação da composição da gasolina e verificar sua acidez através 
da extração das substâncias pelo método de destilação simples. 
 
II) Introdução 
 Hidrocarbonetos são compostos orgânicos formados por carbono e hidrogênio; o 
número de átomos de Carbono pode variar. [1] Quanto maior a quantidade de átomos de 
carbono, maior será a força intermolecular e como consequência, maior será o ponto de 
ebulição do composto, visto que precisaria de mais energia para romper essas ligações. [2] 
Os alcanos são tipos de hidrocarbonetos, eles se caracterizam por serem exotérmicos, ou 
seja, liberarem grande quantidade de calor/energia. [3] 
 A gasolina é um líquido inflamável e volátil, é composta por mais de 400 
hidrocarbonetos, sendo eles do carbono 5 (pentano) ao carbono 10 (decano); é utilizada 
principalmente como combustível e visa atender de forma positiva o desempenho dos 
motores. Nela há especificações e é dividida de acordo com a qualidade resultante da sua 
mistura relacionada à sua resistência à compressão: comum, aditivada e premium. Criou-
se uma forma de medir a qualidade da gasolina, chamado de índice de octanagem. 
Quanto maior o índice de octanagem, maior resistente a compressão será a mistura. De 
maneira geral, com a adição de etanol à gasolina, esse índice diminui e a potencialidade 
da gasolina fica comprometida. [4] A forma com que isso é fiscalizado é pela ajuda do 
indicador alaranjado de metila que indica pela cor a presença ou não de acidez na 
amostra. A gasolina tem como matéria prima o petróleo. 
 O petróleo é uma substância natural, encontrado no fundo dos oceanos, e é a 
principal fonte de hidrocarbonetos, sendo mais comuns os hidrocarbonetos alicíclicos, 
alifáticos e aromáticos, sua densidade é menor que a da água. [5] Há frações do petróleo 
devido ao processo químico a que ele é submetido chamado de craqueamento. A 
diferença entre essas frações se dá pela quantidade de átomos de carbono; quanto maior 
a quantidade de átomos de carbono, mais pesada é a fração e consequentemente, maior 
é o seu ponto de ebulição. 
 A técnica para a separação do Petróleo é a destilação fracionada, que é usada para 
separar misturas homogêneas. A técnica e os equipamentos usados na destilação 
fracionada são os mesmos usados na destilação simples, com a diferença do uso da torre 
ou coluna de fracionamento usado somente na destilação fracionada. Nesse método, a 
separação é feita através da diferença nos pontos de ebulição dos componentes da 
mistura, e devido ao mesmo é possível obter combustíveis, entre eles a gasolina. [6] 
 
III) Materiais e Métodos 
a) Materiais utilizados: 
 
 Água destilada 
 Alaranjado de metila 
 Balão de fundo redondo de 125 mL 
 Cabeça de destilação 
 Condensador de tubo reto 
 Funil 
 Gasolina 100 mL 
 Garras (3 unidades) 
 Manta de aquecimento 
 Mufa (4 unidades) 
 Papel alumínio 
 Pedras de ebulição (5 unidades) 
 Pera de secção 
 Pipeta de 10 mL 
 Proveta graduada de 100 mL 
 Rolha para termômetro 
 Suporte universal de aparelhagem (3 unidades) 
 Tela de amianto 
 Termômetro de 0C a 200C 
 Tubo de ensaio 
 Unha 
 
 
b) Metodologia 
 Na parte 1 do experimento, foram medidos 100 mL de gasolina com o auxilio da 
proveta graduada, em seguida foi transferido para o balão de fundo redondo, com a ajuda 
de um funil. Colocou-se o balão na manta de aquecimento. Foram colocadas pedras de 
ebulição no balão de fundo redondo e em seguida, conectou-se a adaptação com o 
termômetro e foi deixado o bulbo abaixo da saída lateral, a qual foi conectada a um 
condensador de tubo reto, preso a um suporte universal assessorado por garras e mufas, 
manteve-se a atenção para não deixar sobre pressão nenhuma vidraria que foi utilizada 
no sistema de suporte. 
 Foi colocada na saída do condensador uma unha e o destilado foi recolhido na 
mesma proveta graduada usada para medir o volume da gasolina no início do 
experimento, o qual não foi lavado, nem tampouco seco, foi vedado com papel alumínio. 
Em uma tomada de 110 Volts, a manta de aquecimento foi ligada, e a temperatura foi 
aumentada gradualmente de maneira que a primeira gota caiu na proveta graduada após 
5 a 10 minutos . Utilizou-se uma tabela, onde foi registrada a temperatura do ponto inicial 
da destilação, que corresponde à saída da primeira gota. Depois, a temperatura foi 
regulada de modo à velocidade da destilação se estabilizar de 4,0 a 5,0 mL por minuto. 
 Na tabela, foi registrada a temperatura a cada 5,0 mL de gasolina destilada até o 
volume de 90 mL. Após essa medida, foi registrado a cada 1,0 mL. Deixou-se de registrar 
a temperatura no ponto final, quando foi notado que o seu valor começou a cair. O 
aquecimento foi interrompido, esperou-se um tempo para que o resíduo do balão voltasse 
à temperatura ambiente, em seguida, com o auxilio de uma pipeta de 10 mL, foi medido o 
seu volume e devidamente registrado na tabela. O resíduo foi guardado para a parte 2 do 
experimento. 
 Na parte 2 do experimento, foi colocado em uma pipeta graduada já com o resíduo 
da destilação da gasolina, água destilada em volume igual a 3 vezes o volume do resíduo. 
A pipeta foi tampada com rolha de cortiça e agitada vigorosamente de modo a tentar 
misturar todo conteúdo. Após as duas fases terem sido separadas, foi transferida da 
pipeta para um tubo de ensaio limpo, a maior parte da fase aquosa. Em seguida, foi 
acrescentada uma gota de indicador alaranjado de metila (metil orange) e a cor resultante 
desse processo foi registrada a fim de verificar a presença ou não de acidez na amostra. 
 
 Imagem 1- Esquema de aparelhagem usado para a destilação 
Legenda da Imagem 1: 
1-Manta aquecedora; 
2- Condensador de Tubo reto; 
3- Balão de fundo redondo; 
4- Rolha ; 
5- Unha; 
6- Proveta graduada; 
7- Suporte; 
8- Tela de amianto; 
9- Papel alumínio; 
10-Cabeça de destilação 
 4 
 10 
 5 2 
 3 
 9 
 1 
 6 8 
 
 7 
IV) Resultados e discussão 
 
 Gráfico 1 – Volume de gasolina destilada relacionada ao aumento da temperatura 
 
Tabela 1 – Resultados quantitativos referentes à destilação 
Volume de gasolina destilada 
(mL) 
Temperatura 
(C) 
Volume de gasolina 
destilada (mL) 
Temperatura(ºC) 
 Primeira gota 
 
50 70 80 
 5 60 75 80 
 10 65 80 85 
 15 70 85 135 
 20 70 90 140 
 25 70 91 145 
 30 70 92 150 
 35 75 93 150 
 40 75 
 45 75 
 50 75 
 55 75 
 60 78 
 65 78 
 Volume do resíduo: 3,9 mL 
 
 O experimento teve início a uma temperatura ambiente e a primeira gota foi 
observada aos 60C e a partir disso foi registrada a temperatura de 5 em 5 mL. 
00.0 ºC
10.0 ºC
20.0 ºC
30.0 ºC
40.0 ºC
50.0 ºC
60.0 ºC
70.0 ºC
80.0 ºC
90.0 ºC
100.0 ºC
110.0 ºC
120.0 ºC
130.0 ºC
140.0 ºC
150.0 ºC
160.0 ºC
 A primeira gota destilada corresponde ao pentano (Carbono 5), haja vista que é a 
menor das moléculas presentes na mistura de hidrocarbonetos e consequentemente 
apresentar menor ponto de ebulição, sendo um hidrocarboneto volátil. É possível observar 
no gráfico 1 que a temperatura aumenta de forma gradual e que em algumas 
temperaturas se mantém constante por algum tempo. 
 Podemos compreender a partir disto que de início, a temperatura permaneceu 
constante até todo o pentano ter sido consumido na ebulição, em seguida, a temperatura 
aumentou até atingir o ponto de ebulição da próxima fração, o hexano, permanecendo 
constante até o mesmo ser completamente consumido, e assim sucessivamente até a 
última fração presente nessa mistura de hidrocarbonetos, o decano (Carbono 10). 
 É possível notar que os valores registrados pelo termômetro nesse experimento 
diferem do obtido na literatura; esse fato pode ocorrer devido à perda de calor/energia 
para o meio durante o experimento. 
 Foi possível saber as frações mais ricas dessa mistura ao observar a quantidade 
em mL de cada fração ao monitorar a temperatura. Nessa mistura foi observada que a 
fração mais rica na temperatura de 75C, que foi correspondido de 35mL a 55 mL, 
resultando em 20 mL dessa fração. De acordo com a literatura, o Hexano apresenta ponto 
de ebulição de 68,7C. A partir desse princípio, pode-se dizer que nessa amostra de 
gasolina o hexano corresponde à fração mais rica. 
 O volume do resíduo no bolão de fundo redondo foi de 3,9 mL, e esse resíduo 
corresponde à parte mais densa dessa amostra, e desse modo a com maior ponto de 
ebulição, alto o suficiente para não ter conseguido sofrer ebulição durante o experimento. 
Pode-se dizer que os pigmentos que são adicionados à gasolina durante a sua produção, 
além das frações mais pesadas da gasolina, correspondem a esse resíduo, uma vez que 
ele apresenta uma coloração, estando mais concentrado nesse momento, e a gasolina 
destilada na proveta graduada sai incolor. 
 
 - Cor obtida após o uso do indicador alaranjado de metila: Laranja amarelado 
 Foi adicionado ao tubo de ensaio o resíduo com volume de 3,9 mL e o triplo de seu 
volume de água destilada, ou seja, 11,7 mL. Foram homogeneizados e em seguida, ao 
ser posto para reagir com uma gota do indicador alaranjado de metila não foi obtida a cor 
rosa ou vermelha que indicaria a acidez da amostra. Portanto, é possível afirmar que ao 
se obter uma coloração laranja amarelada, a amostra não é ácida. 
 
V) Conclusão 
A amostra de gasolina utilizada teve como fração mais rica o hexano e ao avaliar a 
acidez, foi notado que a mesma não apresentava substâncias ácidas na sua composição. 
 
VI) Respostas do questionário 
 
1. Qual seria a curva de destilação de uma gasolina que fosse constituída apenas 
por n-hexano puro? 
Resposta: A temperatura iria aumentar até chegar ao ponto de ebulição do hexano, 
que de acordo com a literatura é de 68,7C. E depois de atingida essa temperatura, 
a temperatura ficaria constante, haja vista que não apresentaria outras moléculas 
para ebulição. 
2. Por que uma gasolina de boa qualidade não deve conter compostos 
sulfurados? 
Resposta: Os compostos sulfurados quando presentes na gasolina podem 
prejudicar o motor do automóvel, além de serem nocivos ao meio ambiente quando 
liberados pelos automóveis, causando problemas ambientais. 
3. Como, pela comparação das chuvas de destilação de duas gasolinas, pode-se 
prever qual deverá ser mais facilmente inflamável? 
Resposta: Pode-se prever qual será mais inflamável ao observar a curva da 
gasolina que terá em sua fração mais rica o menor hidrocarboneto, ou seja, o de 
menor número de átomos de carbono e como consequência, o de menor peso 
molecular. Quanto menor o hidrocarboneto, menor é o seu ponto de ebulição 
devido as suas fracas forças intermoleculares, o que pode ser observado no 
gráfico. A gasolina que apresentar essas características será a mais inflamável. 
4. Por que introduz pedras de ebulição no experimento? 
 Resposta: As pedras de ebulição não permitem que com o aumento da 
temperatura, as bolhas que se formam durante a ebulição subam de forma muito 
agitada, impedindo, dessa maneira, que respingue amostra fervendo para fora da 
vidraria. Isso porque elas homogeneízam as zonas de calor e promovem o 
desnivelamento da superfície. 
5. Por que deve-se manter o sistema aberto e não hermeticamente fechado? 
 Resposta: A gasolina tem como principal componente os alcanos, e esses 
compostos são exotérmicos, ou seja, liberam calor. Portanto, deve-se manter o 
sistema aberto a fim de que quando esse calor for liberado, não aumente a pressão 
interna na vidraria a ponto de causar uma explosão. 
 
VII) Referências Bibliográficas 
[1] BATISTA, Carolina. Hidrocarbonetos. Disponível: 
<https://www.todamateria.com.br/hidrocarbonetos/> Acessado em: 15 de Setembro de 
2019. 
https://www.todamateria.com.br/hidrocarbonetos/
[2] MICHA, Renan. Compostos de carbono e hidrogênio. Disponível em: 
<http://educacao.globo.com/quimica/assunto/quimica-organica/hidrocarbonetos.html> 
Acessado em: 15 de Setembro de 2019. 
[3] Alcanos. SóQ. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2019. Disponível em: 
<http://www.soq.com.br/conteudos/em/funcoesorganicas/p1.php> Acessado em: 15 de 
Setembro de 2019 
[4] Entenda a Octanagem.Petrobrás. Disponível em: 
<https://gasolina.hotsitespetrobras.com.br/petrobras-podium/entenda-a-octanagem> 
Acessado em: 15 de Setembro de 2019 
[5] SILVA, André. Petróleo como principal fonte de hidrocarbonetos. Info Escola. 
Disponível em: <https://www.infoescola.com/quimica/petroleo-como-principal-fonte-de-
hidrocarbonetos/> Acessado em: 15 de Setembro de 2019. 
[6] DIAS, Diogo Lopes. Destilação fracionada; Brasil Escola. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/quimica/destilacao-fracionada.htm.> Acessado em: 15 de 
Setembro de 2019. 
 
 
http://educacao.globo.com/quimica/assunto/quimica-organica/hidrocarbonetos.html
http://www.soq.com.br/conteudos/em/funcoesorganicas/p1.php
https://gasolina.hotsitespetrobras.com.br/petrobras-podium/entenda-a-octanagem
https://www.infoescola.com/quimica/petroleo-como-principal-fonte-de-hidrocarbonetos/
https://www.infoescola.com/quimica/petroleo-como-principal-fonte-de-hidrocarbonetos/

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