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Gabriel Henrique Pimenta Isboli Rodrigo Costa Segabinazzi Comportamento do Consumidor e user experienCe CURITIBA / 2020 © Universidade Positivo 2019 Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido Curitiba-PR – CEP 81280-330 *Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. Imagens de ícones/capa: © Thinkstock / © Shutterstock. Presidente da Divisão de Ensino Reitor Pró-Reitor Diretor de EAD Gerente de EAD Coordenadora de Conteúdo e KPls Autoria Parecerista Supervisor Editorial e Audiovisual Projeto Gráfico da Capa Prof. Paulo Arns da Cunha Prof. José Pio Martins Prof. Roberto Di Benedetto Prof. Rodrigo Poletto Profa. Roberta Galon Silva Profa. Aline Scaliante Coelho Prof. Gabriel Henrique Pimenta Isboli (Capítulos 1, 3, 5, 7) Prof. Rodrigo Costa Segabinazzi (Capítulos 2, 4, 6, 8) Profa. Anelise Machado de Araujo Felipe Guedes Antunes Regiane Rosa Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Universidade Positivo – Curitiba – PR DTCOM – DIRECT TO COMPANY S/A Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão. Sumário © Universidade Positivo 2019 Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido Curitiba-PR – CEP 81280-330 *Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. Imagens de ícones/capa: © Thinkstock / © Shutterstock. Presidente da Divisão de Ensino Reitor Pró-Reitor Diretor de EAD Gerente de EAD Coordenadora de Conteúdo e KPls Autoria Parecerista Supervisor Editorial e Audiovisual Projeto Gráfico da Capa Prof. Paulo Arns da Cunha Prof. José Pio Martins Prof. Roberto Di Benedetto Prof. Rodrigo Poletto Profa. Roberta Galon Silva Profa. Aline Scaliante Coelho Prof. Gabriel Henrique Pimenta Isboli (Capítulos 1, 3, 5, 7) Prof. Rodrigo Costa Segabinazzi (Capítulos 2, 4, 6, 8) Profa. Anelise Machado de Araujo Felipe Guedes Antunes Regiane Rosa Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Universidade Positivo – Curitiba – PR DTCOM – DIRECT TO COMPANY S/A Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão. CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO AO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR..09 Objetivos do capítulo........................................................................................................14 Tópicos de estudo..............................................................................................................14 Contextualizando o cenário.............................................................................................15 1.1 Comportamento do consumidor................................................................................15 1.1.1 Definição..................................................................................................................15 1.1.2 Abordagens teóricas................................................................................................15 1.1.3 Importância do estudo acerca do comportamento do consumidor...........................17 1.2 Marketing e o comportamento do consumidor......................................................18 1.2.1 Conceito de marketing.............................................................................................18 1.2.2 A ética no marketing................................................................................................19 1.2.3 Impacto dos consumidores nas estratégias de marketing........................................20 1.2.4 Impacto do marketing nos consumidores................................................................25 1.3 Perspectivas sobre o consumo...................................................................................27 1.3.1 Consumo x consumismo...........................................................................................27 1.3.2 Consumo hedônico x consumo utilitário..................................................................30 Proposta de Atividade.......................................................................................................31 Recapitulando....................................................................................................................32 Referências.........................................................................................................................32 CAPÍTULO 2 - FATORES DE INFLUÊNCIA DO PROCESSO DE COMPRAS DO CONSUMIDOR.............................................................................................................33 Objetivos do capítulo........................................................................................................34 Tópicos de estudo..............................................................................................................34 Contextualizando o cenário.............................................................................................34 2.1 Fatores psicológicos....................................................................................................34 2.1.1 Percepção................................................................................................................35 2.1.2 Aprendizado e memória..........................................................................................36 2.1.3 Personalidade, autoconceito e estilo de vida...........................................................38 2.1.4 Modelo VALS 2.......................................................................................................40 2.2 Fatores Socioculturais.................................................................................................41 2.2.1 Classe social............................................................................................................42 2.2.2 Influências culturais e regionalismo sobre o consumidor.........................................44 2.3 Fatores situacionais.....................................................................................................45 2.3.1 Impacto da comunicação de marketing...................................................................45 2.3.2 Situações de compra...............................................................................................46 2.3.3 Convenções sociais..................................................................................................48 2.4 Fatores demográficos.................................................................................................49 2.4.1 Demografia.............................................................................................................49 2.4.2 Critério de Classificação Econômica Brasil...............................................................50 Proposta de Atividade.......................................................................................................51 Recapitulando....................................................................................................................51 Referências.........................................................................................................................51 CAPÍTULO 3 - NECESSIDADES E MOTIVAÇÃO......................................................52 Objetivosdo capítulo........................................................................................................53 Tópicos de estudo..............................................................................................................53 Contextualizando o cenário.............................................................................................53 3.1 Necessidades................................................................................................................54 3.1.1 Definição.................................................................................................................54 3.1.2 Necessidades de Maslow.........................................................................................54 3.1.3 Necessidades x desejos............................................................................................56 3.1.4 Papel do marketing na criação de necessidades.......................................................56 3.2 Processo de motivação...............................................................................................58 3.2.1 Definição de motivação...........................................................................................58 3.2.2 Processos motivacionais..........................................................................................59 3.2.3 Conflitos motivacionais...........................................................................................60 3.3 Envolvimento do consumidor....................................................................................62 3.3.1 Conceituação de envolvimento................................................................................62 3.3.2 Tipos de envolvimento.............................................................................................63 3.4 Valores do consumidor................................................................................................65 3.4.1 Significados de valor................................................................................................65 3.4.2 Escala de Rokeach...................................................................................................66 3.4.3 Escala de valores Schwartz (EVS)............................................................................67 3.4.4 Lista de valores (LOV).............................................................................................68 Proposta de Atividade.......................................................................................................69 Recapitulando....................................................................................................................69 Referências.........................................................................................................................69 CAPÍTULO 4 - PROCESSO DECISÓRIO DE CONSUMO.......................................71 Objetivos do capítulo........................................................................................................72 Tópicos de estudo..............................................................................................................72 Contextualizando o cenário.............................................................................................72 4.1 Decisão dos consumidores.........................................................................................72 4.1.1 Perspectivas da tomada de decisão..........................................................................73 4.1.2 Tipos de decisão dos consumidores.........................................................................74 4.2. Modelo de processo de decisão do consumidor.....................................................76 4.2.1 Reconhecimento da necessidade/problema.............................................................76 4.2.2 Compra...................................................................................................................78 4.2.3 Pós-compra.............................................................................................................78 4.2.4 Descarte.................................................................................................................80 4.3 O ambiente de venda e a tecnologia: potencializadores do consumo................81 4.3.1 A influência do layout do ponto de venda.................................................................81 4.3.2 Influência da atmosfera do ponto de venda.............................................................82 4.3.3 A influência da tecnologia no comportamento do consumidor................................84 Proposta de Atividade.......................................................................................................85 Recapitulando....................................................................................................................86 Referências.........................................................................................................................86 CAPÍTULO 5 - PAPÉIS DESEMPENHADOS PELO CONSUMIDOR..................87 Objetivos do capítulo........................................................................................................88 Tópicos de estudo..............................................................................................................88 Contextualizando o cenário.............................................................................................88 5.1 Consumidor x cliente..................................................................................................88 5.1.1 Especificidades de consumidor e de cliente.............................................................89 5.1.2 Influência do grupo..................................................................................................91 5.1.3 Líderes de opinião....................................................................................................93 5.1.4 Influências das mídias sociais...................................................................................95 5.2 Comportamento do consumidor organizacional....................................................98 5.2.1 Definição de compra organizacional........................................................................98 5.2.2 Estágios de compra organizacional.........................................................................98 5.2.3 Tipos de compra organizacional.............................................................................101 Proposta de Atividade.....................................................................................................102 Recapitulando...................................................................................................................102 Referências........................................................................................................................102 CAPÍTULO 6 - COMPORTAMENTO DE COMPRA ON-LINE.............................104 Objetivos do capítulo.......................................................................................................105 Tópicos de estudo.............................................................................................................105 Contextualizando o cenário............................................................................................105 6.1.1 Perfil do consumidor on-line.................................................................................105 6.1.4 Experiência e satisfação do consumidor on-line.....................................................106 6.1.2 Comportamento de compra on-line.......................................................................108 6.1.3 Jornada do cliente on-line......................................................................................109 6.1.4 Experiência e satisfação do consumidor on-line.....................................................1126.2 Lojas físicas e loja on-line..........................................................................................113 6.2.1 Canais virtuais de compra.......................................................................................113 6.2.2 Integração omnichannel.........................................................................................115 6.2.3 Desafios do canal omnichannel...............................................................................118 6.2.4 Tendências do canal omnichannel..........................................................................120 Proposta de Atividade.....................................................................................................120 Recapitulando...................................................................................................................120 Referências........................................................................................................................120 CAPÍTULO 7 - USER EXPERIENCE..............................................................................122 Objetivos do capítulo.......................................................................................................123 Tópicos de estudo.............................................................................................................123 Contextualizando o cenário............................................................................................123 7.1 Navegação na WEB...................................................................................................124 7.1.1 Visão Geral de Navegação na WEB.........................................................................124 7.1.2 Papéis da Navegação.............................................................................................125 7.1.3 O design como sucesso na navegação da WEB......................................................126 7.2 Elementos da experiência do usuário.....................................................................129 7.2.1 Noções gerais de “User Experience”.......................................................................129 7.2.2 Relações entre UX e Interação humano-computador..............................................131 7.2.3 Dimensões da experiência do usuário.....................................................................132 7.2.4 Etapas do processo de experiência do usuário (UX)...............................................134 7.3 Experiência do usuário e interface...........................................................................134 7.3.1 Definição de usabilidade.........................................................................................134 7.3.2 Diferenças entre experiência do usuário e usabilidade............................................134 7.3.3 O design como fonte de sucesso na experiência do usuário....................................135 7.4 Arquitetura de informação para a navegação na WEB........................................136 7.4.1 Arquitetura da informação.....................................................................................136 7.4.2 Componentes da arquitetura da informação..........................................................137 7.4.3 Arquitetura persuasiva...........................................................................................136 Proposta de Atividade.....................................................................................................139 Recapitulando...................................................................................................................139 Referências........................................................................................................................139 CAPÍTULO 8 - NEUROCIÊNCIA E CONSUMO.......................................................141 Objetivos do capítulo.......................................................................................................142 Tópicos de estudo............................................................................................................142 Contextualizando o cenário...........................................................................................142 8.1 Neurociência e neuromarketing..............................................................................142 8.1.1 Definição de neurociência......................................................................................143 8.1.2 Definição de neuromarketing................................................................................144 8.1.3 Metodologias aplicadas ao neuromarketing...........................................................147 8.1.4 Ética e neuromarketing..........................................................................................150 8.2 Neurociência e comportamento de compra..........................................................152 8.2.1 Reações neurológicas a ambientes físicos e virtuais...............................................152 8.2.1 Reações neurológicas a ambientes físicos e virtuais...............................................157 Proposta de Atividade.....................................................................................................159 Recapitulando...................................................................................................................159 Referências........................................................................................................................159 9 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E USER EXPERIENCE CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO AO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Gabriel Henrique Pimenta Isboli 10 Compreenda seu livro: Metodologia Caro aluno, A metodologia da Universidade Positivo apresenta materiais e tecnologias apropriadas que permitem o desenvolvimento e a interação entre alunos, docentes e recursos didáticos e tem por objetivo a comunicação bidirecional entre os atores educacionais. O seu livro, que faz parte dessa metodologia, está inserido em um percurso de aprendizagem que busca direcionar a construção de seu conhecimento por meio da leitura, da contextualização teórica-prática e das atividades individuais e colaborativas; e fundamentado nos seguintes propósitos: • valorizar suas experiências; • incentivar a construção e a reconstrução do conhecimento; • estimular a pesquisa; • oportunizar a reflexão teórica e aplicação consciente dos temas abordados. Compreenda seu livro: Percurso Com base nessa metodologia, o livro apresenta os itens descritos abaixo. Navegue no recurso para conhecê-los. 1. Objetivos do capítulo Indicam o que se espera que você aprenda ao final do estudo do capítulo, baseados nas necessidades de aprendizagem do seu curso. 2. Tópicos que serão estudados Descrição dos conteúdos que serão estudados no capítulo. 3. Contextualizando o cenário Contextualização do tema que será estudado no capítulo, como um cenário que o oriente a respeito do assunto, relacionando teoria e prática. 4. Pergunta norteadora Ao final do Contextualizando o cenário, consta uma pergunta que estimulará sua reflexão sobre o cenário apresentado, com foco no desenvolvimento da sua capacidade de análise crítica. 5. Pausa para refletir São perguntas que o instigam a refletir sobre algum ponto estudado no capítulo. 6. Boxes São caixas em destaque que podem apresentar uma citação, indicações de leitura, de filme, apresentação de um contexto, dicas, curiosidades etc. 7. Proposta de atividade Sugestão de atividade para que você desenvolva sua autonomia e sistematize o que aprendeu no capítulo. 8. Recapitulando É o fechamento do capítulo. Visa sintetizar o que foi abordado, retomando os objetivos do capítulo, a pergunta norteadora e fornecendo um direcionamento sobre os questionamentos feitos no decorrer do conteúdo. • • • • 11 Compreenda seu livro: Metodologia Caro aluno, A metodologia da Universidade Positivo apresenta materiais e tecnologiasapropriadas que permitem o desenvolvimento e a interação entre alunos, docentes e recursos didáticos e tem por objetivo a comunicação bidirecional entre os atores educacionais. O seu livro, que faz parte dessa metodologia, está inserido em um percurso de aprendizagem que busca direcionar a construção de seu conhecimento por meio da leitura, da contextualização teórica-prática e das atividades individuais e colaborativas; e fundamentado nos seguintes propósitos: • valorizar suas experiências; • incentivar a construção e a reconstrução do conhecimento; • estimular a pesquisa; • oportunizar a reflexão teórica e aplicação consciente dos temas abordados. Compreenda seu livro: Percurso Com base nessa metodologia, o livro apresenta os itens descritos abaixo. Navegue no recurso para conhecê-los. 1. Objetivos do capítulo Indicam o que se espera que você aprenda ao final do estudo do capítulo, baseados nas necessidades de aprendizagem do seu curso. 2. Tópicos que serão estudados Descrição dos conteúdos que serão estudados no capítulo. 3. Contextualizando o cenário Contextualização do tema que será estudado no capítulo, como um cenário que o oriente a respeito do assunto, relacionando teoria e prática. 4. Pergunta norteadora Ao final do Contextualizando o cenário, consta uma pergunta que estimulará sua reflexão sobre o cenário apresentado, com foco no desenvolvimento da sua capacidade de análise crítica. 5. Pausa para refletir São perguntas que o instigam a refletir sobre algum ponto estudado no capítulo. 6. Boxes São caixas em destaque que podem apresentar uma citação, indicações de leitura, de filme, apresentação de um contexto, dicas, curiosidades etc. 7. Proposta de atividade Sugestão de atividade para que você desenvolva sua autonomia e sistematize o que aprendeu no capítulo. 8. Recapitulando É o fechamento do capítulo. Visa sintetizar o que foi abordado, retomando os objetivos do capítulo, a pergunta norteadora e fornecendo um direcionamento sobre os questionamentos feitos no decorrer do conteúdo. • • • • 9. Referências bibliográficas São todas as fontes utilizadas no capítulo, incluindo as fontes mencionadas nos boxes, adequadas ao Projeto Pedagógico do curso. Boxes Navegue no recurso abaixo para conhecer os boxes de conteúdo utilizados. Afirmação Citações e afirmativas pronunciadas por teóricos de relevância na área de estudo. Assista Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações complementares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado. Biografia Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa relevante para o estudo do conteúdo abordado. Contexto Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato; demonstram a situação histórica, social e cultural do assunto. Curiosidade Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto tratado. 12 Dica Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado. Esclarecimento Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da área de conhecimento trabalhada. Exemplo Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto abordando a relação teoria-prática. Apresentação da disciplina Este não é um texto que você abandonará depois de concluí-lo. Salve-o para revisitar sempre que precisar. Além da base conceitual que você terá para pensar por conta própria no dia a dia profissional, este também é um manual repleto de dicas, passos, orientações de atualização e truques rápidos para minimizar bloqueios criativos e maximizar ondas de inspiração. Mais do que um conteúdo para ser aprovado nesta disciplina, este é um manual para você ter no seu computador do trabalho no qual você encontra um conteúdo dedicado à compreensão do comportamento do consumidor e sua experiência de compra on-line. Precisa de um para pensar seu ambiente ? Precisa de uma escala para avaliar e validar valores checklist on-line oferecidos ao consumidor? Sabe o que considerar para construir ofertas em ambiente físico e em ambiente digital? E um modelo para comunicar valor ao cliente? Nesta disciplina, você poderá se aprofundar em todos esses temas, de modo que consiga elaborar estratégias de negócio, atração e manutenção de clientes. Assim, nas próximas páginas, pedimos que faça anotações, rascunhe ideias, sublinhe passagens importantes. Use este material! Se possível, imprima. Some sua tinta às próximas páginas. De vez em quando, volte aqui e adicione mais tinta. Este é seu treinamento e ele acabou de começar. A autoria Gabriel Henrique Pimenta Isboli O professor Gabriel Henrique Pimenta Isboli é Doutor em Administração pela Universidade Estadual de Maringá, com período colaborativo na (UK). Mestre em Administração, Especialista em Gestão de Varejo eUniversity of Leeds Vendas e Bacharel em Administração (pela UEM. Além de professor, atua como consultor autônomo e divulgador científico no Instagram, oferecendo ciência em com orientações práticas.marketing Currículo Lattes: <http://lattes.cnpq.br/2980621533498105>. 13 Dica Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado. Esclarecimento Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da área de conhecimento trabalhada. Exemplo Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto abordando a relação teoria-prática. Apresentação da disciplina Este não é um texto que você abandonará depois de concluí-lo. Salve-o para revisitar sempre que precisar. Além da base conceitual que você terá para pensar por conta própria no dia a dia profissional, este também é um manual repleto de dicas, passos, orientações de atualização e truques rápidos para minimizar bloqueios criativos e maximizar ondas de inspiração. Mais do que um conteúdo para ser aprovado nesta disciplina, este é um manual para você ter no seu computador do trabalho no qual você encontra um conteúdo dedicado à compreensão do comportamento do consumidor e sua experiência de compra on-line. Precisa de um para pensar seu ambiente ? Precisa de uma escala para avaliar e validar valores checklist on-line oferecidos ao consumidor? Sabe o que considerar para construir ofertas em ambiente físico e em ambiente digital? E um modelo para comunicar valor ao cliente? Nesta disciplina, você poderá se aprofundar em todos esses temas, de modo que consiga elaborar estratégias de negócio, atração e manutenção de clientes. Assim, nas próximas páginas, pedimos que faça anotações, rascunhe ideias, sublinhe passagens importantes. Use este material! Se possível, imprima. Some sua tinta às próximas páginas. De vez em quando, volte aqui e adicione mais tinta. Este é seu treinamento e ele acabou de começar. A autoria Gabriel Henrique Pimenta Isboli O professor Gabriel Henrique Pimenta Isboli é Doutor em Administração pela Universidade Estadual de Maringá, com período colaborativo na (UK). Mestre em Administração, Especialista em Gestão de Varejo eUniversity of Leeds Vendas e Bacharel em Administração (pela UEM. Além de professor, atua como consultor autônomo e divulgador científico no Instagram, oferecendo ciência em com orientações práticas.marketing Currículo Lattes: <http://lattes.cnpq.br/2980621533498105>. A todos que já se frustraram com textos acadêmicos desnecessariamente confusos e distantes da realidade dos alunos. Sempre quis ser o tipo de professor que nunca tive. Igualmente, gostaria de oferecer o tipo de material que sempre quis: claro, preciso, didático e de alto nível. Rodrigo Costa Segabinazzi O professor Rodrigo Costa Segabinazzi é formado em Psicologia pela PUCRS, Mestre e Doutor em Administração com ênfase em , pela UFRGS. Atua como professor de disciplinas Presenciais e EAD, em cursos deMarketing Graduação e Pós-Graduação desde. Atualmente, é professor da Escola Superior de Propaganda e ,Marketing unidade Porto Alegre. Currículo lattes: <http://lattes.cnpq.br/8006331919726232>.14 Dedico este material à minha família, especialmente aos meus pais Maria Tereza e Danilo, que são exemplos de dedicação, envolvimento, e tanto trabalharam pelo desenvolvimento de outras pessoas. Dedico também à minha noiva Rafaela, que tanto me motiva e acredita na educação de qualidade. Objetivos do capítulo Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Conhecer a base conceitual sobre o comportamento de consumo, estudando como as ações de marketing influenciam o processo de compra. • Apresentar as principais abordagens teóricas sobre o comportamento do consumidor. • Compreender as perspectivas sobre o consumo. Tópicos de estudo • Comportamento do consumidor. • Definição. • Abordagens teóricas. • Importância do estudo acerca do comportamento do consumidor. • e o comportamento do consumidor.Marketing • Conceito de marketing. • A ética no marketing. • Impacto dos consumidores nas estratégias de marketing. • Impacto do nos consumidores.marketing • Perspectivas sobre o consumo. • • • • • • • • • • • • • 15 Dedico este material à minha família, especialmente aos meus pais Maria Tereza e Danilo, que são exemplos de dedicação, envolvimento, e tanto trabalharam pelo desenvolvimento de outras pessoas. Dedico também à minha noiva Rafaela, que tanto me motiva e acredita na educação de qualidade. Objetivos do capítulo Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Conhecer a base conceitual sobre o comportamento de consumo, estudando como as ações de marketing influenciam o processo de compra. • Apresentar as principais abordagens teóricas sobre o comportamento do consumidor. • Compreender as perspectivas sobre o consumo. Tópicos de estudo • Comportamento do consumidor. • Definição. • Abordagens teóricas. • Importância do estudo acerca do comportamento do consumidor. • e o comportamento do consumidor.Marketing • Conceito de marketing. • A ética no marketing. • Impacto dos consumidores nas estratégias de marketing. • Impacto do nos consumidores.marketing • Perspectivas sobre o consumo. • • • • • • • • • • • • • • Consumo x consumismo. • Consumo hedônico x consumo utilitário. Contextualizando o cenário Pessoas são complexas e entendê-las e compreender como elas se comportam é um trabalho para uma vida. Ao longo das próximas páginas, você será propriamente introduzido a essa temática. Por que ? Porque, infelizmente, existe muita desinformação sobre o tema. Muita receita pronta sem apropriamente construção do pensamento que suporta aquela orientação, de modo que, à menor variação do cenário de consumo (e, acredite, essas variações ocorrem mais rápido do que a gente imagina), aquela orientação não serve mais. Assim, é de vital importância que um profissional interessado nesse tópico aprenda a estudar as pessoas e sua dinâmica com o mercado. Dessa forma, este capítulo tem como pergunta norteadora o seguinte questionamento: o que querem os consumidores e como faço para atendê-los? 1.1 Comportamento do consumidor Marketing depende de entender pessoas, sejam elas pessoas físicas ou jurídicas. Embora pessoas jurídicas não sejam de carne e osso, humanos estão por trás dela (o que mantém válida minha afirmação). Pessoas se relacionam com pessoas, e isso talvez seja uma das principais máximas em marketing. Em um mundo com infinita variedade de produtos e serviços, sobretudo com a forte presença do mundo digital - possibilitando ao consumidor o acesso a ofertas do mundo inteiro -, não é exagero dizer que é vital à prosperidade de um negócio saber dialogar com desejos e necessidades de um mercado que nem sempre sabe o que quer. 1.1.1 Definição Comportamento do consumidor é algo ao mesmo tempo amplo e complexo. Muitos acadêmicos ao redor do mundo dedicam suas vidas pesquisando sobre esse tema dentro do . Esse é um estudo praticamentemarketing infinito. Assim, o campo do comportamento do consumidor é abrangente e compreende “os processos envolvidos quando indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou descartam produtos, serviços, ideias ou experiências para satisfazer suas necessidades e desejos” (SOLOMON, 2017, p. 28). Com isso, entendemos que esse campo envolve uma atividade holística, requerendo atenção dos profissionais de marketing a muitas áreas, em vista de entender e dialogar melhor com os consumidores. Como destacam Vieira, Maia e Silva (2010), entender o consumidor faz parte da gestão dos negócios. Uma empresa não sobrevive sem clientes e um produto que não vende, não possui propósito de existir. O consumidor, dessa forma, atua ativamente nas empresas. Ele é cocriador de valor para esses negócios (MACCEDO, 2019). Entendê-los possibilita comunicar-se melhor e isso permite criar melhores ofertas, que vendem mais. 1.1.2 Abordagens teóricas Marketing, assim como praticamente tudo no meio científico, possui diferentes abordagens. Nosso objetivo aqui não é explorar os pormenores filosóficos, mas sim apresentar que existem múltiplos caminhos a serem trilhados para aprofundar no tema enquanto ciência. • • 16 Gaião, Souza e Leão (2012) já apresentaram essa discussão, para eles, comportamento do consumidor é um campo recente de estudos no , sendo que a origem data de meados do século passado. Vamos acompanharmarketing clicando nas abas abaixo: Anos 1950 Nos anos 1950, havia domínio da economia nos estudos de mercado, com o objetivo de metrificar comportamentos, isso apresentava forte influência behaviorista (perspectiva focada em analisar comportamentos de maneira objetiva por meio de mecanismos de estímulo e resposta, desconsiderando as subjetividades dos indivíduos). Anos 1960 Já nos anos 1960, passou a haver maior interesse cognitivista (corrente que focada no entendimento da mente), referente a estudos dedicados ao processamento de informações e escolhas do consumidor. Anos 1980 Nos anos 1980, o interpretativismo ganhou espaço frente ao positivismo (ordena ciências experimentais) dominante nos estudos das últimas décadas. O interpretativismo se contrapõe à noção objetiva de causa e efeito do positivismo, considerando que a realidade é uma construção. Apresenta forte influência de estudos antropológicos ao considerar a complexidade sociocultural e os simbolismos no consumo - Antropologia que se baseia no estudo do homem em sentido mais amplo, envolvendo conhecimentos como Psicologia, costumes, crenças, cultura e afins. Anos 2000 Por fim, nos anos 2000, a CCT ( ) ou Teoria da Cultura de Consumo, em tradução livre,Consumer Culture Theory escola de pensamento em marketing interessada no estudo do consumo a partir do ponto de vista social e cultural –, impulsionada por estudos de metodologias qualitativas, abriu espaço frente à postura dominante da economia e da Psicologia na academia. Sobre esse tema das abordagens teóricas, reflita sobre a seguinte questão: DICA Faça buscas complementares no Google/YouTube para um panorama geral dessas diferentes perspectivas teóricas. 17 Gaião, Souza e Leão (2012) já apresentaram essa discussão, para eles, comportamento do consumidor é um campo recente de estudos no , sendo que a origem data de meados do século passado. Vamos acompanharmarketing clicando nas abas abaixo: Anos 1950 Nos anos 1950, havia domínio da economia nos estudos de mercado, com o objetivo de metrificar comportamentos, isso apresentava forte influência behaviorista (perspectiva focada em analisar comportamentos de maneira objetiva por meio de mecanismos de estímulo e resposta, desconsiderando as subjetividades dos indivíduos). Anos 1960 Já nos anos 1960, passou a haver maior interesse cognitivista (corrente que focada no entendimento da mente), referente a estudos dedicados ao processamento de informações e escolhas do consumidor. Anos 1980 Nos anos 1980, o interpretativismo ganhou espaço frente ao positivismo (ordena ciências experimentais) dominante nos estudos das últimas décadas. O interpretativismo se contrapõe à noção objetiva de causa e efeito do positivismo, considerando que a realidade é uma construção. Apresenta forte influência de estudosantropológicos ao considerar a complexidade sociocultural e os simbolismos no consumo - Antropologia que se baseia no estudo do homem em sentido mais amplo, envolvendo conhecimentos como Psicologia, costumes, crenças, cultura e afins. Anos 2000 Por fim, nos anos 2000, a CCT ( ) ou Teoria da Cultura de Consumo, em tradução livre,Consumer Culture Theory escola de pensamento em marketing interessada no estudo do consumo a partir do ponto de vista social e cultural –, impulsionada por estudos de metodologias qualitativas, abriu espaço frente à postura dominante da economia e da Psicologia na academia. Sobre esse tema das abordagens teóricas, reflita sobre a seguinte questão: DICA Faça buscas complementares no Google/YouTube para um panorama geral dessas diferentes perspectivas teóricas. Sabendo disso, cabe ressaltar que todas essas abordagens teóricas possuem espaço no debate científico. Não há qualquer intenção de dizer se estudos positivistas são melhores que interpretativistas ou vice-versa. Cada pesquisa tem suas particularidades e requer objetivos e métodos específicos para suas necessidades. Assim, o importante é o estudo disse aplicado ao comportamento do consumidor. 1.1.3 Importância do estudo acerca do comportamento do consumidor Foco é algo escasso, muito mais do que tempo. Em um mundo em que uma notificação pode retirar um potencial cliente de seu site para nunca mais voltar, conseguir reter a atenção vale ouro. Espero que, neste ponto, você já tenha consciência de que comportamento do consumidor não é algo simples. Consumidores se comportam de maneira diferente. E não me refiro somente a diferentes pessoas, mas aquelas que podem ter comportamentos diferentes: o pai é esposo, é o amigo, é o colega de trabalho, é o atleta de fim de semana, e assim por diante (SOLOMON, 2017). Cada face do consumidor oferece comportamentos diferentes que podem, inclusive, ser conflitantes entre si. Encontrar a mensagem certa envolve estudar tanto a pessoa em si como o ambiente social em que ela se encontra (VIEIRA; MAIA; SILVA, 2010). Embora todo mundo precise de comida e moradia, provavelmente pessoas da classe A e pessoas da classe C possuirão diferenças em seus hábitos de consumo. Ademais, o consumidor também pode exercer diferentes papéis em uma decisão de compra (iniciador, influenciador, decisor, comprador, usuário). Para ficar mais claro, um exemplo: digamos que esteja chegando o aniversário de Clara, a filha de Roberto e Luana. Passeando pelo shopping em seu horário de almoço, Roberto acha um brinquedo bonito para a filha. À noite, ele discute a ideia com Luana se aquele é uma boa opção de presente e decidem que sim. Ambos pagam conjuntamente (eles dividem todas as despesas da casa) pelo item. Chegado o aniversário de Clara, os pais fazem a PAUSA PARA REFLETIR Qual a melhor abordagem teórica em ?marketing ESCLARECIMENTO Passar horas trabalhando em um projeto não quer dizer que esteja efetivamente engajado com ele e ou que esta é uma medida muito confiável. Duas horas de foco total no trabalho pode ser muito mais produtivo que seis horas dispersas. 18 entrega do presente e a menina agradece e passa a brincar imediatamente com ele em seu quarto. Percebeu como um único item movimenta diferentes papéis em várias pessoas? É preciso estar atento a essas nuances. E isso é tarefa do ao analisar o comportamento do consumidor.marketing 1.2 e o comportamento do consumidorMarketing Nesta seção, você terá acesso às bases de como pensar de um ponto de vista estratégico. Tendo marketing conhecido a importância de estudar o comportamento do consumidor e suas bases conceituais, agora é importante pensar mais ativamente como explorar oportunidades no mercado. As próximas páginas condensam o conceito vigente de marketing de acordo com a AMA (American Marketing ), entidade que reúne os maiores acadêmicos pesquisadores sobre o tema, reflexões sobre aAssociation responsabilidade ética dos profissionais de marketing e os impactos que consumidores e empresas geram entre si. 1.2.1 Conceito de marketing De acordo com a AMA ( ), “ é a atividade, conjunto de instituições eAmerican Marketing Association marketing processos para criar, comunicar, entregar e realizar trocas que possuem valor para consumidores, clientes, parceiros e sociedade como um todo” (AMA, 2017). De maneira complementar, a AMA (2017) estabelece uma diferença entre alguns tipos de . Clique e veja:marketing Influenciador Focado em alavancar indivíduos influenciadores de potenciais consumidores. Orienta atividades de marketing em volta dessas, pessoas direcionando mensagens da marca para outros mercados. De relacionamento Trata-se de estratégias voltadas para segmentar compradores no intuito de formar lealdade. Viral Encoraja pessoas a transmitirem mensagens de marketing, facilitando o processo. Verde CURIOSIDADE A AMA ( ) é uma associação de profissionais e acadêmicos de American Marketing Association localizada nos Estados Unidos.marketing 19 entrega do presente e a menina agradece e passa a brincar imediatamente com ele em seu quarto. Percebeu como um único item movimenta diferentes papéis em várias pessoas? É preciso estar atento a essas nuances. E isso é tarefa do ao analisar o comportamento do consumidor.marketing 1.2 e o comportamento do consumidorMarketing Nesta seção, você terá acesso às bases de como pensar de um ponto de vista estratégico. Tendo marketing conhecido a importância de estudar o comportamento do consumidor e suas bases conceituais, agora é importante pensar mais ativamente como explorar oportunidades no mercado. As próximas páginas condensam o conceito vigente de marketing de acordo com a AMA (American Marketing ), entidade que reúne os maiores acadêmicos pesquisadores sobre o tema, reflexões sobre aAssociation responsabilidade ética dos profissionais de marketing e os impactos que consumidores e empresas geram entre si. 1.2.1 Conceito de marketing De acordo com a AMA ( ), “ é a atividade, conjunto de instituições eAmerican Marketing Association marketing processos para criar, comunicar, entregar e realizar trocas que possuem valor para consumidores, clientes, parceiros e sociedade como um todo” (AMA, 2017). De maneira complementar, a AMA (2017) estabelece uma diferença entre alguns tipos de . Clique e veja:marketing Influenciador Focado em alavancar indivíduos influenciadores de potenciais consumidores. Orienta atividades de marketing em volta dessas, pessoas direcionando mensagens da marca para outros mercados. De relacionamento Trata-se de estratégias voltadas para segmentar compradores no intuito de formar lealdade. Viral Encoraja pessoas a transmitirem mensagens de marketing, facilitando o processo. Verde CURIOSIDADE A AMA ( ) é uma associação de profissionais e acadêmicos de American Marketing Association localizada nos Estados Unidos.marketing Desenvolvimento e marketing de produtos projetados para minimizar efeitos negativos no ambiente físico ou para melhorar a qualidade dele. De palavra-chave Posiciona uma mensagem de marketing na frente dos usuários, por meio de palavras-chave e frases específicas usadas na busca. De guerrilha Estratégia de marketing não convencional, mas criativa, que visa resultados máximos com recursos mínimos. Nas discussões de , embora se possa seguir várias abordagens (como os parágrafos anteriores indicam),marketing enfatizamos que todas essas possibilidades possuem um mesmo ponto comum: trazer o consumidor em contato com a organização para o centro das decisões estratégicas Como você pode notar, as definições acima são recentes e datam de 2017. A versão anterior era de 2014! Isso mostra que estamos continuamente revisitando e discutindo o que é marketing. 1.2.2 A ética no marketing Talvez você já tenha ouvido que o manipula pessoas. É quase como se fosse uma entidademarketing marketing maligna, uma palavra maldita. Parte da sociedade a área de uma forma pejorativa sim. Parte dessa responsabilidade se deve a escândalos políticosenvolvendo a figura de marketeiros, o que fez com que o termo (que poderia ser usado para se referir a qualquer profissional do setor, desde pesquisador do tema a gerente de produtos e coordenador político, para citar algumas possibilidades) passasse a ser visto negativamente. Clique a seguir e conheça mais sobre a discussão da ética no :marketing Responsabilidade Marketing envolve responsabilidade, ou seja, a pessoa que trabalha com isso age como a voz da empresa perante o mercado. Agentes fiscalizadores Nessa discussão, ainda, podemos destacar a importância de agentes fiscalizadores no mercado, como a legislação do e entidades como o Código de Defesa do Consumidor (CDC) Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR). Práticas nocivas e abusivas Os agentes fiscalizadores visam mediar as relações dos indivíduos com as organizações, em um esforço de proteger o lado mais fraco (o consumidor, na maioria dos casos) contra práticas nocivas e abusivas perante o mercado. Profissionais sérios buscam atuar no de modo a ajudar consumidores com a melhor solução suasmarketing necessidades. Mais do que buscar modelos de receita, o busca modelos de negócio. Claro, é possível agirmarketing de má-fé e enganar o consumidor durante algum tempo, mas isso não é sustentável no longo prazo. 20 1.2.3 Impacto dos consumidores nas estratégias de marketing Entender comportamentos de compra envolve uma discussão multifatorial. Consumidores são diferentes. Ponto. Tenha sempre isso em mente. Por mais confiante que a empresa seja em suas políticas estratégicas, deve-se sempre estar atento ao consumidor e diversas variáveis que acabam por influenciar o mercado (CROCCO ., 2013).et al Logo, entender o consumidor é vital do ponto de vista estratégico. Uma empresa que não sabe direito com quem está lidando deixa de conseguir oferecer um bem ou serviço mais direcionado e que satisfaça a suas dores, desejos e necessidades. Consumidores possuem vontades e particularidades. Como dissemos, consumidores são diferentes. Parte do trabalho do profissional de marketing é estar atento a essas nuances, pois, bens e serviços similares podem ter estratégias distintas em termos de posicionamento, precificação e jornada de relacionamento, por exemplo. Nesse sentido, particularidades referentes a uma série de variáveis conduzem a esses ajustes finos em busca de diferenciar a oferta de sua organização perante os demais concorrentes no mercado. Tais ajustes, inclusive, podem partir de demandas do público, como em virtude de causas sociais (por exemplo, proteção a florestas, veganismo, combate à escravidão, sustentabilidade), o que faz com que as organizações se adequem de forma a tornar suas ofertas com maior valor para o mercado. Variáveis que influenciam o consumidor. 21 1.2.3 Impacto dos consumidores nas estratégias de marketing Entender comportamentos de compra envolve uma discussão multifatorial. Consumidores são diferentes. Ponto. Tenha sempre isso em mente. Por mais confiante que a empresa seja em suas políticas estratégicas, deve-se sempre estar atento ao consumidor e diversas variáveis que acabam por influenciar o mercado (CROCCO ., 2013).et al Logo, entender o consumidor é vital do ponto de vista estratégico. Uma empresa que não sabe direito com quem está lidando deixa de conseguir oferecer um bem ou serviço mais direcionado e que satisfaça a suas dores, desejos e necessidades. Consumidores possuem vontades e particularidades. Como dissemos, consumidores são diferentes. Parte do trabalho do profissional de marketing é estar atento a essas nuances, pois, bens e serviços similares podem ter estratégias distintas em termos de posicionamento, precificação e jornada de relacionamento, por exemplo. Nesse sentido, particularidades referentes a uma série de variáveis conduzem a esses ajustes finos em busca de diferenciar a oferta de sua organização perante os demais concorrentes no mercado. Tais ajustes, inclusive, podem partir de demandas do público, como em virtude de causas sociais (por exemplo, proteção a florestas, veganismo, combate à escravidão, sustentabilidade), o que faz com que as organizações se adequem de forma a tornar suas ofertas com maior valor para o mercado. Variáveis que influenciam o consumidor. Variáveis que influenciam o consumidor. Fonte: CROCCO et al., 2013, p. 57. (Adaptado). Note que há muitas variáveis que influenciam o consumidor no momento da compra, para além das individuais. Em primeiro nível, temos as variáveis individuais. Essas se referem a características particulares à pessoa. Aqui, clique e acompanhe o que encontramos: • Variáveis demográficas Homem, mulher, branco, preto, índio, cabelo afro, cabelo liso, idoso, solteiro entre outras. • Características particulares à aprendizagem Pessoas auditivas, pessoas cinestésicas, pessoas visuais, autodidata, aprendizado por imitação, aprendizado por condicionamento. • Motivações Como já discutido pelo tradicional modelo da hierarquia das necessidades de Maslow, o qual será visto ainda neste capítulo. • Emoções São 27 ao todo, citadas no item 1.3.1. • Estilo de vida Padrões que refletem atividades, interesses e opiniões no uso de tempo e dinheiro (CROCCO , 2013).et al. Fonte: © DisobeyArt / / Shutterstock. Em segundo nível, encontramos as Diferentemente das variáveis anteriores, estas sevariáveis sociológicas. referem à coletividade, à interação com outras pessoas e . Aqui, também localizamos a família egrupos de pessoas outras micro e macroculturas, como grupos que compartilham do mesmo ou atividade profissional, porhobby exemplo (CROCCO 2013). No quadro abaixo, você poderá visualizar como esses grupos se organizam.et al., • • • • • 22 Tipos de Grupos. Fonte: CROCCO et al., 2013, p. 50. (Adaptado). Entenda grupos como duas ou mais pessoas que possuem interesses em comum; ainda, os grupos podem ser usados como referência, para onde as pessoas recorrem como forma de validar comportamentos e valores. Culturas, a propósito, é um conceito da Antropologia. Neste material, vamos entender o termo como uma matriz por meio da qual os indivíduos se avaliam e se identificam como membros de uma sociedade. Como Solomon (2017, p. 574) resume, cultura se refere aos “valores, éticas, rituais, tradições, objetos materiais e serviços produzidos ou valorizados pelos membros de uma sociedade”. Como exemplo, idioma, nacionalidade, grupo étnico, religião, família e cultura organizacional são algumas das fontes de cultura de um grupo (CROCCO et al., 2013). Variáveis como as mencionadas anteriormente, são algumas das influências sob as quais os processos de decisão de compra estão sujeitos. Em síntese, Crocco (2013) agrupam em três principais elementos as influênciaset al. nesse processo: diferenças individuais, influências ambientais e processos psicológicos. As duas primeiras foram contempladas nos últimos parágrafos. A terceira, processos psicológicos, é apresentada agora sequencialmente com base em Crocco (2013) e Vieira (2010). A seguir, vamos conhecê-las de maneira sintética:et al. • reconhecimento da necessidade: aqui, o indivíduo identifica um problema em uma condição atual a qual representa um distanciamento entre a condição presente (eu atual) e a condição desejada (eu ideal). Exemplo: o meu eu atual está com fome; o meu ideal está satisfeito; como fazer para conduzir o meu eu atual o mais próximo possível do ideal? • 23 Tipos de Grupos. Fonte: CROCCO et al., 2013, p. 50. (Adaptado). Entenda grupos como duas ou mais pessoas que possuem interesses em comum; ainda, os grupos podem ser usados como referência, para onde as pessoas recorrem como forma de validar comportamentos e valores. Culturas, a propósito, é um conceito da Antropologia. Neste material, vamos entender o termo como uma matriz por meio da qual os indivíduos se avaliam e se identificam como membros de uma sociedade. Como Solomon (2017, p. 574) resume, cultura se refere aos “valores, éticas, rituais, tradições, objetos materiais e serviçosproduzidos ou valorizados pelos membros de uma sociedade”. Como exemplo, idioma, nacionalidade, grupo étnico, religião, família e cultura organizacional são algumas das fontes de cultura de um grupo (CROCCO et al., 2013). Variáveis como as mencionadas anteriormente, são algumas das influências sob as quais os processos de decisão de compra estão sujeitos. Em síntese, Crocco (2013) agrupam em três principais elementos as influênciaset al. nesse processo: diferenças individuais, influências ambientais e processos psicológicos. As duas primeiras foram contempladas nos últimos parágrafos. A terceira, processos psicológicos, é apresentada agora sequencialmente com base em Crocco (2013) e Vieira (2010). A seguir, vamos conhecê-las de maneira sintética:et al. • reconhecimento da necessidade: aqui, o indivíduo identifica um problema em uma condição atual a qual representa um distanciamento entre a condição presente (eu atual) e a condição desejada (eu ideal). Exemplo: o meu eu atual está com fome; o meu ideal está satisfeito; como fazer para conduzir o meu eu atual o mais próximo possível do ideal? • Fonte: © tsarevv / / Shutterstock. • busca por informação: o indivíduo recorre à própria memória para resgatar como situações similares já foram resolvidas anteriormente. Essa busca pode ser tanto rápida tal qual escolher o que jantar em um dia comum durante a semana, bem como demorada, como planejar o jantar onde será feito um pedido de casamento. De maneira complementar à busca interna da própria memória, o consumidor também pode fazer uso de ferramentas eletrônicas de busca, sobretudo hoje; • avaliação das alternativas: ocorrer à avaliação mediante as variáveis individuais e sociológicas. Recursos financeiros, personalidade e grupos de referência são algumas das possíveis influências no processo de decisão de compra. Além delas, o próprio ambiente de compra (seja ele físico ou virtual) também será avaliado pela pessoa (desde limpeza e organização na loja física como também velocidade de carregamento e usabilidade do site/aplicativo, por exemplo). • compra: selecionada uma opção dentre as alternativas separadas inicialmente, o consumidor realiza a compra. É importante reforçar que o processo de compra pode acontecer com diferentes níveis de planejamento. O consumidor pode realizá-lo: • compra não planejada: por exemplo, vai ao mercado para comprar um vinho novo para acompanhar o jantar, mas lá avalia por algum tempo as opções mais apropriadas para a refeição; • compra por impulso: na fila do caixa, observa a gôndola e pega um chocolate, impulsivamente; • compra parcialmente planejada: vai ao mercado comprar uma massa, mas não decidiu, ainda, sobre a marca do produto; • compra totalmente planejada: para realizar uma festa, pensa, planeja, pesquisa e realizada tudo o que foi projetado no papel. • • • • • • • 24 Fonte: © Photographee.eu / / Shutterstock. • experiência pós-compra: o processo de compra se encerra com uma avaliação final da experiência como um todo. Caso a pessoa fique satisfeita com a opção escolhida, possivelmente em uma oportunidade futura, o processo será considerado positivamente; por outro lado, se o houve insatisfação com a escolha, haverá ponderação do nível de desagrado. Todo esse processo de decisão de compra e variáveis relacionadas são importantes para orientar as empresas no desenvolvimento de estratégias de , de modo a oferecer soluções que satisfaçam a demanda dosmarketing consumidores. Inclusive, tais estratégias são moldáveis às demandas desses consumidores, como podemos visualizar em causas sociais, ambientais e políticas, para citar algumas. A pressão dos consumidores exerce poder ativo de agência no mercado (SHOVE, 2010). Criação da satisfação do cliente. Fonte: CROCCO et al., 2013, p. 26. (Adaptado). Partindo do esquema acima, a satisfação se estabelece por meio do desempenho que o produto (bem ou serviço) apresenta, juntamente com os padrões de comparação com opções similares (CROCCO 2013).et al., Porém, precisamos considerar um outro cenário: em uma das primeiras frases deste capítulo, dissemos que o consumidor é cocriador de valor, certo? Pois bem. Isso é uma díade. Consumidores e empresas constroem valor. Ao mesmo tempo que o consumidor consome ofertas em que identifique algum valor para si, o também marketing exerce influência situacional nesse processo ao buscar construir ofertas irresistíveis. • 25 Fonte: © Photographee.eu / / Shutterstock. • experiência pós-compra: o processo de compra se encerra com uma avaliação final da experiência como um todo. Caso a pessoa fique satisfeita com a opção escolhida, possivelmente em uma oportunidade futura, o processo será considerado positivamente; por outro lado, se o houve insatisfação com a escolha, haverá ponderação do nível de desagrado. Todo esse processo de decisão de compra e variáveis relacionadas são importantes para orientar as empresas no desenvolvimento de estratégias de , de modo a oferecer soluções que satisfaçam a demanda dosmarketing consumidores. Inclusive, tais estratégias são moldáveis às demandas desses consumidores, como podemos visualizar em causas sociais, ambientais e políticas, para citar algumas. A pressão dos consumidores exerce poder ativo de agência no mercado (SHOVE, 2010). Criação da satisfação do cliente. Fonte: CROCCO et al., 2013, p. 26. (Adaptado). Partindo do esquema acima, a satisfação se estabelece por meio do desempenho que o produto (bem ou serviço) apresenta, juntamente com os padrões de comparação com opções similares (CROCCO 2013).et al., Porém, precisamos considerar um outro cenário: em uma das primeiras frases deste capítulo, dissemos que o consumidor é cocriador de valor, certo? Pois bem. Isso é uma díade. Consumidores e empresas constroem valor. Ao mesmo tempo que o consumidor consome ofertas em que identifique algum valor para si, o também marketing exerce influência situacional nesse processo ao buscar construir ofertas irresistíveis. • 1.2.4 Impacto do nos consumidoresmarketing Vamos olhar agora pelo ponto de vista das organizações no que se refere à criação de valor em ofertas para o mercado. Embora entender os consumidores e suas dores, desejos, vontades e necessidades seja imprescindível para a construção de ofertas, isso em si requer um esforço ativo de outras pessoas (essas, jurídicas) para se diferenciarem. Caso não aconteça por diferenciação, as ofertas serão frente às opções concorrentes.commodities Uma caneta promocional é a mesma que uma de luxo? Uma calça exclusiva de uma marca possui a mesmajeans qualidade que outra encontrada na loja de departamentos mais próxima? Um par de óculos de sol certificado internacionalmente é diferente do comercializado por vendedores ambulantes? Um café servido em uma padaria de bairro tem o mesmo apelo daquele oferecido por uma rede reconhecida mundialmente? Fonte: © GaudiLab / / Shutterstock. Acho que já ficou claro, certo? Marcas com uma proposta diferenciada podem cobrar preços diferenciados. Se o consumidor reconhecer essa diferença como algo positivo, ele vai pagar mais. Esse é um exercício de “fazer uso das palavras corretas para se comunicar com um público e guiá-lo a uma tomada de decisão”, como diz Maccedo (2019, p. 15). O autor escreve sobre um termo em inglês que se refere àcopywriting, essa arte de transmitir ideias que conduzem o potencial cliente ao longo de uma jornada de relacionamento. Esqueça o pensamento tradicional de escrever para vender. é mais do que pensar qual a próximaMarketing promoção. Toda a comunicação da marca deve ser pensada para refletir uma identidade e como é a relação com o mercado. Vender é apenas parte desse relacionamento (MACCEDO, 2019). Em meio a tantas distrações, as empresas primeiro devem se preocupar em atrair e manter a atenção do consumidor. Exponha falhas das soluções atuais e ofereça uma nova solução que conserte essas falhas. Por mais que tecnologias surjam e desapareçam, se você se dedicar a entender as pessoas,sempre será possível se adaptar e construir ofertas diferenciadas. Ou seja, construir. Assim como em uma amizade ou namoro, o interesse e desejo de as partes permanecerem juntas deve ser alimentado. Como um exercício para auxiliar o profissional de a pensar nas estratégias de comunicação (focada emmarketing ganhos, focada em perdas, focada em sonhos), diferenciação (por preço, por funcionalidade, por comodidade, por confiabilidade) e posicionamento (classe A, classe C, B2B, luxo, topo de funil), Maccedo (2019) sugere dois passos. 26 Primeiro, escrever todas as características referentes ao bem/serviço. Por mais óbvio que seja, registre tudo o que puder. Como exemplo, pense em um grampeador: Fonte: © AlekseyJL / / Shutterstock. • base de borracha; • é preto; • corpo de aço; • armazena dois pentes de carga; • grampeia até 50 folhas de uma vez; • garantia de um ano. Segundo passo, deve-se escrever todos os benefícios, de preferência, relacionando às características. Como exemplo, segue o quadro abaixo: Quadro de todos os benefícios do produto. Fonte: MACCEDO, 2019, p. 54. (Adaptado). Uma vez entendido o bem/serviço e como ele se relaciona com o potencial público consumidor, existe todo um planejamento considerado pela empresa para agregar e alavancar valor à oferta, adequando o discurso para tornar • • • • • • 27 Primeiro, escrever todas as características referentes ao bem/serviço. Por mais óbvio que seja, registre tudo o que puder. Como exemplo, pense em um grampeador: Fonte: © AlekseyJL / / Shutterstock. • base de borracha; • é preto; • corpo de aço; • armazena dois pentes de carga; • grampeia até 50 folhas de uma vez; • garantia de um ano. Segundo passo, deve-se escrever todos os benefícios, de preferência, relacionando às características. Como exemplo, segue o quadro abaixo: Quadro de todos os benefícios do produto. Fonte: MACCEDO, 2019, p. 54. (Adaptado). Uma vez entendido o bem/serviço e como ele se relaciona com o potencial público consumidor, existe todo um planejamento considerado pela empresa para agregar e alavancar valor à oferta, adequando o discurso para tornar • • • • • • a oferta atrativa e diferenciada, seja com um apelo hedônico ou utilitário (como veremos ainda neste capítulo). Porém, não sejamos ingênuos: a atuação das empresas nem sempre ocorre visando o melhor para o consumidor. Por vezes, encontramos um claro estímulo ao consumismo desenfreado. Sim, precisamos consumir, mas isso não precisa ser nocivo para a sociedade, por conta de utilizar mais e mais recursos e alimentar cadeias que não possuem boas práticas no processo produtivo, como agredir o meio ambiente, a saúde humana, a representatividade social, a vida selvagem e outras causas (SHOVE, 2010). Assim, conhecendo seu produto e seu mercado consumidor, uma empresa possui poder de agência para influenciar tais pessoas por meio de estratégias de embora os impactos podem tanto agir seguindomarketing, interesses particulares das empresas ou interesses sociais, o que abre todo um leque de perspectivas a serem consideradas sobre o consumo. 1.3 Perspectivas sobre o consumo Na última seção deste capítulo, você encontra algumas perspectivas que expandem ainda mais seu repertório ao pensar sobre comportamento do consumidor. Aqui, é feita a diferenciação entre consumo e consumismo, oferecendo um leque de opções de emoções que podem ser usadas para auxiliar na construção do tom da oferta. Também, há a apresentação das bases de um consumo hedônico para um utilitário, essenciais para pensar que características devem ser ressaltadas nas comunicações para com o mercado. 1.3.1 Consumo x consumismo Consumo é um ato político. As pessoas demonstram preferências e pensamentos por meio do que decidem consumir ou não consumir. Ainda, é algo que transcende o aspecto material de produtos. Por vezes, mencionamos aqui a questão de serviços, mas esses não são os únicos intangíveis que podem ser consumidos. Informação, experiências, opiniões e tempo são algumas das possibilidades intangíveis de consumo além de serviços. Cada um desses itens mencionados até aqui atende alguma necessidade do consumidor. Talvez já tenha ouvido falar, talvez não, mas existe uma teoria conhecida como “hierarquia das necessidades”, de Abraham Maslow (1970). Nessa teoria, considera-se que toda pessoa possui diferentes níveis de necessidades. Eles vão dos mais básicos, os quais precisam ser satisfeitos mais imediatamente aos mais altos. Usualmente, essa teoria é representada na forma de uma pirâmide. 28 Fonte: © vectorlight / / Shutterstock. Acompanhe a explicação sobre a pirâmide de Maslow clicando a seguir: Necessidades fisiológicas Estão na base da pirâmide, e referem-se às mais básicas de sobrevivência, como comida, água e sexo. Segurança e estabilidade Já mais ao centro, estão as relacionadas à segurança e tratam sobre estabilidade, proteção e ausência de caos, para citar algumas. Na sequência, as sociais envolvem, por exemplo, amor, afeto e senso de pertencimento. Estima Mais acima, há as necessidades relacionadas à estima tais quais reconhecimento, prestígio e apreciação. Autorrealização Depois, temos aquelas voltadas para autorrealização. Autossatisfação Em último nível, abordam desejos de autossatisfação, decorrendo da satisfação das necessidades anteriores. Ademais, existe também o aspecto econômico a ser considerado no consumo. Empresas e consumidores podem ter interesses com aproximações e distanciamentos entre si: ao mesmo tempo que uma organização desenvolve um produto que atende uma demanda específica do mercado, a perenidade do negócio pode moldar estratégias que priorizam o lucro da empresa ao fornecer produtos de menor qualidade que precisam ser substituídos de tempos em tempos - a chamada (SOLOMON, 2017).obsolescência programada 29 Fonte: © vectorlight / / Shutterstock. Acompanhe a explicação sobre a pirâmide de Maslow clicando a seguir: Necessidades fisiológicas Estão na base da pirâmide, e referem-se às mais básicas de sobrevivência, como comida, água e sexo. Segurança e estabilidade Já mais ao centro, estão as relacionadas à segurança e tratam sobre estabilidade, proteção e ausência de caos, para citar algumas. Na sequência, as sociais envolvem, por exemplo, amor, afeto e senso de pertencimento. Estima Mais acima, há as necessidades relacionadas à estima tais quais reconhecimento, prestígio e apreciação. Autorrealização Depois, temos aquelas voltadas para autorrealização. Autossatisfação Em último nível, abordam desejos de autossatisfação, decorrendo da satisfação das necessidades anteriores. Ademais, existe também o aspecto econômico a ser considerado no consumo. Empresas e consumidores podem ter interesses com aproximações e distanciamentos entre si: ao mesmo tempo que uma organização desenvolve um produto que atende uma demanda específica do mercado, a perenidade do negócio pode moldar estratégias que priorizam o lucro da empresa ao fornecer produtos de menor qualidade que precisam ser substituídos de tempos em tempos - a chamada (SOLOMON, 2017).obsolescência programada Com isso, não podemos tratar movimentos sociais e movimentos econômicos de maneira isolada. Para fins didáticos, claro, podemos visualizá-los separadamente (como os exemplos trazidos ao longo deste capítulo buscaram fazer); porém, o dia a dia profissional requer uma análise holística do cenário. Nem tudo o que é consumido possui uma finalidade utilitária. Por vezes, seu consumo é essencialmente simbólico, sendo tal bem ou serviço um vetor que possibilita acesso, pertencimento, valores e significados sociais, como ocorre no consumismo, conforme explicam Silva e Flain (2018, p. 357). Para as autoras, o consumismo pode ser entendido como a ideologia que permeia a sociedade contemporânea, que visa mais os valores e significados dos produtos que consomem, do que a real satisfação das necessidades. A ideologia capitalista está voltada para interesses mercadológicos, com vistas à obtenção do lucro. Numa dinâmica insustentávelde insaciabilidade, voracidade e subestimação da natureza e da humanidade, as pessoas consomem produtos desnecessários o que aumenta o descarte de resíduo. Portanto, consumo e consumismo são parte da dinâmica social, sobretudo no sistema capitalista em que estamos inseridos. Clique e conheça mais sobre essa dinâmica na qual o consumo e o consumismo estão inseridos: Consumo para gerar valor Nem sempre consumimos aquilo que precisamos objetivamente, mas aquilo que simbolicamente nos gerará algum tipo de valor, como pertencimento, reconhecimento ou mesmo diferenciação sociais. Sabendo disso, podemos relacionar nossas ofertas, de acordo com um determinado nível de necessidade. Nesse processo, podemos alavancar a percepção de valor por meio do uso de emoções nas mensagens. Emoções utilizadas pelo marketing Maccedo (2019, p. 59) sumariza 27 emoções que habitam nosso ser, as quais podem (e devem) ser utilizadas por você. As 27 emoções são: admiração; raiva; apreciação estética; diversão; ansiedade; sujeição; embaraço; tédio; calma; confusão; vontade; desgosto; dor empática; êxtase; inveja; excitação; medo; horror; interesse; alegria; nostalgia; romance; tristeza; satisfação; desejo sexual; simpatia e, por fim, triunfo. Tenha em mente que emoções são diferentes de motivos. se referem a sentimentos que envolvemEmoções reações desencadeadas por algum evento. são estímulos para uma ação. Veja a seguir um quadro que Motivos auxilia nessa diferenciação (CROCCO , 2013).et al. Diferenças entre motivos e emoções. Fonte: CROCCO et al., 2013, p. 44. (Adaptado). Acima, vemos o que difere motivo de emoção. 30 Sempre que precisar, revisite essa relação mencionada por Maccedo (2019). Ela pode te ajudar a vender tanto produtos com apelos funcionais como emocionais, como será visto na sequência. 1.3.2 Consumo hedônico x consumo utilitário Em geral, todo consumo seguirá motivações hedônicas, utilitárias ou um misto entre ambas (SOLOMON, 2017). O , como o nome sugere, é aquele motivado por uma utilidade objetiva. Há uma função econsumo utilitário especificações que são fisicamente mensuráveis. A compra de um martelo pode ser um exemplo aqui. A pessoa precisa da ferramenta para realizar um trabalho. Existem várias opções no mercado, sendo a escolha decidida em função das características objetivas do instrumento (tipo de madeira no cabo, se é emborrachado ou não, se é resistente, se a cabeça do martelo está bem fixa no cabo entre outros). Fonte: © Ollyy / / Shutterstock. O , por outro lado, alicerça o produto/serviço em aspectos subjetivos. Percepções, sensações econsumo hedônico experiências são contextualmente avaliadas de modo que há um valor atribuído que se relaciona de maneira assimétrica com os aspectos objetivos do produto ou serviço. É essa assimetria que faz com que as pessoas paguem preços extremamente elevados por determinadas bolsas, canetas e carros, por exemplo. 31 Sempre que precisar, revisite essa relação mencionada por Maccedo (2019). Ela pode te ajudar a vender tanto produtos com apelos funcionais como emocionais, como será visto na sequência. 1.3.2 Consumo hedônico x consumo utilitário Em geral, todo consumo seguirá motivações hedônicas, utilitárias ou um misto entre ambas (SOLOMON, 2017). O , como o nome sugere, é aquele motivado por uma utilidade objetiva. Há uma função econsumo utilitário especificações que são fisicamente mensuráveis. A compra de um martelo pode ser um exemplo aqui. A pessoa precisa da ferramenta para realizar um trabalho. Existem várias opções no mercado, sendo a escolha decidida em função das características objetivas do instrumento (tipo de madeira no cabo, se é emborrachado ou não, se é resistente, se a cabeça do martelo está bem fixa no cabo entre outros). Fonte: © Ollyy / / Shutterstock. O , por outro lado, alicerça o produto/serviço em aspectos subjetivos. Percepções, sensações econsumo hedônico experiências são contextualmente avaliadas de modo que há um valor atribuído que se relaciona de maneira assimétrica com os aspectos objetivos do produto ou serviço. É essa assimetria que faz com que as pessoas paguem preços extremamente elevados por determinadas bolsas, canetas e carros, por exemplo. Fonte: © Victoria Chudinova / / Shutterstock. Cabe adicionar aqui, ainda, que um consumo utilitário pode ser ressignificado e ser comunicado ao mercado também ao fazer uso de elementos hedônicos. Isso é o que acontece, por exemplo, com eletrônicos: por conta de suas necessidades pessoais e profissionais, você precisa de um celular topo de linha. Porém, mesmo após pesquisar e avaliar as especificações técnicas de diversos modelos e fabricantes, o critério decisório é alguma percepção sobre a marca, como sua confiabilidade e poder simbólico perante o mercado. Entender o consumidor possibilita a combinação de elementos de particular importância para suas necessidades, alavancando valor do produto (bem ou serviço) perante o mercado e sua concorrência (MACCEDO, 2019; SOLOMON, 2017). O valor, inclusive, pode ter essa alavancagem possibilitada ao combinar itens no produto (um serviço de assistência técnica local, por cinco anos, para todos aqueles que comprarem algum modelo de geladeira de uma linha específica da marca X). Assim, ao utilizar as diversas técnicas, conceitos e discussões descritos ao longo deste capítulo, acreditamos que você já tem condições de atuar estrategicamente nessas ações de marketing. Proposta de atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore uma lista de ao menos cinco atributos hedônicos para uma caneta, destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir sua lista, considere os elementos intangíveis dessa caneta que alavanquem seu valor perante o mercado, considere as leituras básicas e complementares realizadas. PAUSA PARA REFLETIR Olhe ao redor e escolha um produto que você tenha comprado. Dentre todas as opções existentes no mercado, quais aspectos de consumo (seja utilitário, hedônico ou misto) guiaram sua compra? 32 Recapitulando Você chegou ao fim do capítulo. Ótimo. Espero que as últimas páginas tenham ajudado você a construir fundamentos que lhe guiarão em seus estudos sobre comportamento do consumidor daqui em diante. Variáveis individuais e ambientais precisam ser levadas em consideração no desenvolvimento de ofertas, de modo que o diálogo com o consumidor seja conduzido de maneira ética ao lhe oferecer soluções para suas necessidades. Como questionado anteriormente, é possível que você tenha escolhido uma opção dentre várias existentes no mercado porque ela possuía um conjunto de características hedônicas/utilitárias que faziam sentido para você naquela ocasião específica. Não existe o melhor produto, existe o melhor produto para aquela situação. Igualmente, não existe uma abordagem teórica que seja superior a outra, mas sim existem abordagens mais indicadas conforme as questões em discussão para determinados contextos. Esperamos que você tenha ficado com mais dúvidas do que certezas. Conforme precisar, volte e revisite este capítulo. Adicione mais tinta sempre que possível. Referências AMA. American Marketing Association. Definitions of Marketing. 2017. Disponível em: <https://www.ama.org/the- >. Acesso em: 21/01/2020.definition-of-marketing-what-is-marketing/ CROCCO, L. . : Conceitos Básicos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.et al Fundamentos de Marketing FINCH, J.; KJELLBERG, H. (Eds.). Reconnecting Marketing to Markets. Oxford University Press, 2010. GAIÃO, B. F. S.; SOUZA, I. L.; LEÃO, A. L. M. S. Consumer Culture Theory (CCT) já é uma Escola de Pensamento em ? , v. 52, n. 3, p. 330-344, 2012. Disponível em: <Marketing RAE – Revista de Administração de Empresas https://rae. >. Acesso em: 20/01/2020.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_0034-75902012000300005_0.pdf HUSS, A. C.; SALOMÃO, G. M.; COSTA, M. P. Obsolescência Programada e o Direito do Consumidor. Revista Jurídica , v. 14, n. 14, p. 71-80, 2019. Disponível em: <da UniFilhttp://periodicos.unifil.br/index.php/rev-juridica/article/view >. Acesso em: 20/01/2020./1063/992 MACCEDO, P. : o Método Centenário de Escrita Mais Cobiçado do Mercado Americano. Copywriting São Paulo: DVS Editora, 2019. MASLOW, A. H. Motivation and Personality. New York: Harper & Row, 1970. SHOVE, E.; ARAUJO, L. Consumption, Materiality, and Markets. In: ARAUJO, L. Reconnecting Marketing to Markets. Oxford: University Press, 2010. SILVA, M. B. O.; FLAIN, V. S. Capitalismo e consumismo: os desafios do consumo sustentável na sociedade contemporânea. , v. 44, n. 143, p. 357-378, 2018. Disponível em: <Revista da AJURIS file:///C:/Users/Cris/Downloads >. /621-3072-2-PB.pdf Acesso em: 20/01/2020. SOLOMON, M. Consumer Behavior: Buying, Having, and Being. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2017. VIEIRA, F. G. D.; MAIA, G. L.; & SILVA, L. C. : características, desafios eComportamento do consumidor no varejo perspectivas para o comércio da região noroeste do Paraná. Curitiba: Sebrae, 2010. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E USER EXPERIENCE CAPÍTULO 2 - FATORES DE INFLUÊNCIA DO PROCESSO DE COMPRAS DO CONSUMIDOR Rodrigo Segabinazzi 33 Recapitulando Você chegou ao fim do capítulo. Ótimo. Espero que as últimas páginas tenham ajudado você a construir fundamentos que lhe guiarão em seus estudos sobre comportamento do consumidor daqui em diante. Variáveis individuais e ambientais precisam ser levadas em consideração no desenvolvimento de ofertas, de modo que o diálogo com o consumidor seja conduzido de maneira ética ao lhe oferecer soluções para suas necessidades. Como questionado anteriormente, é possível que você tenha escolhido uma opção dentre várias existentes no mercado porque ela possuía um conjunto de características hedônicas/utilitárias que faziam sentido para você naquela ocasião específica. Não existe o melhor produto, existe o melhor produto para aquela situação. Igualmente, não existe uma abordagem teórica que seja superior a outra, mas sim existem abordagens mais indicadas conforme as questões em discussão para determinados contextos. Esperamos que você tenha ficado com mais dúvidas do que certezas. Conforme precisar, volte e revisite este capítulo. Adicione mais tinta sempre que possível. Referências AMA. American Marketing Association. Definitions of Marketing. 2017. Disponível em: <https://www.ama.org/the- >. Acesso em: 21/01/2020.definition-of-marketing-what-is-marketing/ CROCCO, L. . : Conceitos Básicos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.et al Fundamentos de Marketing FINCH, J.; KJELLBERG, H. (Eds.). Reconnecting Marketing to Markets. Oxford University Press, 2010. GAIÃO, B. F. S.; SOUZA, I. L.; LEÃO, A. L. M. S. Consumer Culture Theory (CCT) já é uma Escola de Pensamento em ? , v. 52, n. 3, p. 330-344, 2012. Disponível em: <Marketing RAE – Revista de Administração de Empresas https://rae. >. Acesso em: 20/01/2020.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_0034-75902012000300005_0.pdf HUSS, A. C.; SALOMÃO, G. M.; COSTA, M. P. Obsolescência Programada e o Direito do Consumidor. Revista Jurídica , v. 14, n. 14, p. 71-80, 2019. Disponível em: <da UniFil http://periodicos.unifil.br/index.php/rev-juridica/article/view >. Acesso em: 20/01/2020./1063/992 MACCEDO, P. : o Método Centenário de Escrita Mais Cobiçado do Mercado Americano. Copywriting São Paulo: DVS Editora, 2019. MASLOW, A. H. Motivation and Personality. New York: Harper & Row, 1970. SHOVE, E.; ARAUJO, L. Consumption, Materiality, and Markets. In: ARAUJO, L. Reconnecting Marketing to Markets. Oxford: University Press, 2010. SILVA, M. B. O.; FLAIN, V. S. Capitalismo e consumismo: os desafios do consumo sustentável na sociedade contemporânea. , v. 44, n. 143, p. 357-378, 2018. Disponível em: <Revista da AJURIS file:///C:/Users/Cris/Downloads >. /621-3072-2-PB.pdf Acesso em: 20/01/2020. SOLOMON, M. Consumer Behavior: Buying, Having, and Being. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2017. VIEIRA, F. G. D.; MAIA, G. L.; & SILVA, L. C. : características, desafios eComportamento do consumidor no varejo perspectivas para o comércio da região noroeste do Paraná. Curitiba: Sebrae, 2010. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E USER EXPERIENCE CAPÍTULO 2 - FATORES DE INFLUÊNCIA DO PROCESSO DE COMPRAS DO CONSUMIDOR Rodrigo Segabinazzi 34 Objetivos do capítulo Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Ao final deste capítulo se almeja que você saiba identificar fatores que influenciam o comportamento de compra, como também suas variáveis. Tópicos de estudo • Fatores psicológicos. • Percepção. • Aprendizado e memória. • Personalidade, autoconceito e estilo de vida. • O modelo vals 2. • Fatores socioculturais. • Classe social. • Influências culturais e regionalismo sobre o consumidor. • Fatores situacionais. • Impacto da comunicação de marketing. • Situações de compra. • Convenções sociais. • Fatores demográficos. • Demografia. • Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB). Contextualizando o cenário Sabemos que o indivíduo possui necessidades e estas também são fundamentais e estratégicas à lucratividade e à perpetuação de uma organização no mercado. Assim, com vistas a atraírem consumidores aos seus produtos e serviços, os profissionais de buscam identificar quais fatores influenciam tanto positiva quantomarketing negativamente o comportamento de compra. Assim, com tantos fatores relacionados à aquisição e ao uso de um determinado produto ou serviço, podemos perguntar: como se dá o processo de compras do consumidor? 2.1 Fatores psicológicos As influências internas de uma pessoa são parte importante para entendermos o ato de consumo. A percepção, a memória e o aprendizado são fundamentais para entendermos comportamentos que nos levam a comprar, ou não, produtos ou serviços. • • • • • • • • • • • • • • • • Fonte: © Visual Generation / / Shutterstock. Para compreendermos profundamente o comportamento de compra, iremos abordar as influências psicológicas que afetam a disposição do cliente em efetivar a ação. 2.1.1 Percepção Sobre as influências internas que atuam na decisão de compra, iniciamos pela percepção. Para Solomon (2011), percepção é o recurso que as pessoas possuem para selecionarem, organizarem e interpretarem reações instantâneas advindas de nossos olhos, ouvidos, nariz, boca e dedo, até estímulos básicos. Para pesquisadores do comportamento do consumidor, pessoas agem e reagem fundamentadas em suas percepções, e não são constituídas em uma realidade objetiva (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Autores estabelecem que percepção é um processo iniciado por meio de uma sensação vinda de estímulos sensoriais, e finalizado na interpretação desses pela pessoa. A seguir apresenta-se os estágios que se iniciam a partir dos cinco sentidos de uma pessoa. Estágios do Processo de Percepção. Fonte: SOLOMON, (2011); SHETH; MITTAL; NEWMAN (2001); HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST (2007). 35 Objetivos do capítulo Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Ao final deste capítulo se almeja que você saiba identificar fatores que influenciam o comportamento de compra, como também suas variáveis. Tópicos de estudo • Fatores psicológicos. • Percepção. • Aprendizado e memória. • Personalidade, autoconceito e estilo de vida. • O modelo vals 2. • Fatores socioculturais. • Classe social. • Influências culturais e regionalismo sobre o consumidor. • Fatores situacionais. • Impacto da comunicação de marketing. • Situações de compra. • Convenções sociais. • Fatores demográficos. • Demografia. • Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB). Contextualizando o cenário Sabemos que o indivíduo possui necessidades e estas também são fundamentais e estratégicas à lucratividade e à perpetuação de uma organização no mercado. Assim, com vistas a atraírem consumidores aos seus produtos e serviços, os profissionais de buscam identificar quais fatores influenciam tanto positiva quantomarketing negativamente o comportamento de compra. Assim, com tantos fatores relacionados à aquisição e ao uso de um determinado produto ou serviço,podemos perguntar: como se dá o processo de compras do consumidor? 2.1 Fatores psicológicos As influências internas de uma pessoa são parte importante para entendermos o ato de consumo. A percepção, a memória e o aprendizado são fundamentais para entendermos comportamentos que nos levam a comprar, ou não, produtos ou serviços. • • • • • • • • • • • • • • • • Fonte: © Visual Generation / / Shutterstock. Para compreendermos profundamente o comportamento de compra, iremos abordar as influências psicológicas que afetam a disposição do cliente em efetivar a ação. 2.1.1 Percepção Sobre as influências internas que atuam na decisão de compra, iniciamos pela percepção. Para Solomon (2011), percepção é o recurso que as pessoas possuem para selecionarem, organizarem e interpretarem reações instantâneas advindas de nossos olhos, ouvidos, nariz, boca e dedo, até estímulos básicos. Para pesquisadores do comportamento do consumidor, pessoas agem e reagem fundamentadas em suas percepções, e não são constituídas em uma realidade objetiva (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Autores estabelecem que percepção é um processo iniciado por meio de uma sensação vinda de estímulos sensoriais, e finalizado na interpretação desses pela pessoa. A seguir apresenta-se os estágios que se iniciam a partir dos cinco sentidos de uma pessoa. Estágios do Processo de Percepção. Fonte: SOLOMON, (2011); SHETH; MITTAL; NEWMAN (2001); HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST (2007). 36 Fonte: SOLOMON, (2011); SHETH; MITTAL; NEWMAN (2001); HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST (2007). (Adaptado). Note que a figura acima nos ajuda em alguns entendimentos. Os estímulos e receptores sensoriais são influenciados pelo ambiente e representam inputs desse processo. Esses estímulos podem ser fornecidos pelo de uma organização.marketing Na organização, a pessoa escolhe os estímulos e seleciona apenas uma parte deles. Assim, ainda que um indivíduo receba uma profusão de detalhes sobre um produto ou serviço, irá escolher e reter apenas poucos a respeito disso. E, esse estágio levará à interpretação em que a pessoa atribui valor ao estímulo recebido. Fonte: © Peter Hermes Furian / / Shutterstock. Ao final do processo, a escolha dos estímulos é subjetiva, pode variar entre pessoas. Depois de compreender, interpretar e reter as informações que lhe acrescentam valor, o indivíduo relaciona-os com experiências positivas, ou negativas, causando-lhe significado e dando-lhe a percepção sobre o serviço ou produto. Assim, os profissionais de já sabem que, por vezes, a percepção de um determinado indivíduo é comummarketing a outras pessoas, permitindo-lhes construir um mapa sensorial que pode ser aplicado aos seus produtos e serviços, como veremos a seguir. 2.1.2 Aprendizado e memória O aprendizado é um processo contínuo e essencial para as pessoas, pois as auxilia a responderem ao ambiente, com escolhas e decisões. Assim, podemos definir aprendizado como uma transformação permanente no teor ou na organização da memória, ocasionada pela experiência (HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST, 2007) DICA Observe que a experiência de uma pessoa, de acordo com Schiffman e Kanuk (2009), pode vir tanto de maneira intencional (propositadamente procurada) quanto de modo incidental (por acidente, sem esforço). Nas compras, o aprendizado é fundamental, uma vez que em muitas ocasiões, elas resultam de um comportamento aprendido, salvo na memória (HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST, 2007). As proposições que estão relacionadas à aprendizagem trazem diferentes pontos de vista e se concentram desde a perspectiva de ligações simples como estímulo e resposta para um consumidor (teorias behavioristas), até abordagens que o consideram um desvendador de problemas complexos (teorias cognitivas). Teorias behavioristas estabelecem que respostas observáveis a estímulos externos indicam que a aprendizagem da pessoa transcorreu. Já as teorias cognitivas postulam que o aprendizado dos indivíduos é a aquisição e a associação de novos conhecimentos. A seguir, veja um quadro explicativo das caraterísticas destas duas perspectivas. Quadro explicativo das teorias behavioristas x teorias cognitivas. Fonte: SCHIFFMAN; KANUK, 2009; SOLOMON, 2011. Acima, vemos como se aplicam as teorias behaviorista e cognitivista no comportamento do consumidor. O empregado pelas organizações tem se fundamentado nas teorias cognitivas para explicar omarketing comportamento do consumidor. Um desdobramento importante para o processo de aprendizagem vindo dessa abordagem é o entendimento pelas organizações do condicionamento instrumental do consumidor. Esse condicionamento está ligado ao resultado de nossa aprendizagem, estabelecendo que sua consequência a resposta dada em forma de reforço - quando o resultado é positivo; ou punição - quando o resultado é negativo (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Os autores complementam a explicação sobre a manutenção e a seleção no aprendizado, incluindo os conceitos de motivação e sugestões. A motivação, manifestada por meio de necessidades e emoções, é o (início) para astart aprendizagem, enquanto as sugestões são os estímulos que orientam os motivos estimuladores da aprendizagem das pessoas (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Acrescentar esses dois conceitos ao constructo de aprendizagem é importante, principalmente quando se aborda a introdução de novos serviços, produtos e processos organizacionais. Para o o processo de aprendizadomarketing, das pessoas é singular e fica compreendido como manutenção-seleção-motivação-sugestão. 37 Fonte: SOLOMON, (2011); SHETH; MITTAL; NEWMAN (2001); HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST (2007). (Adaptado). Note que a figura acima nos ajuda em alguns entendimentos. Os estímulos e receptores sensoriais são influenciados pelo ambiente e representam inputs desse processo. Esses estímulos podem ser fornecidos pelo de uma organização.marketing Na organização, a pessoa escolhe os estímulos e seleciona apenas uma parte deles. Assim, ainda que um indivíduo receba uma profusão de detalhes sobre um produto ou serviço, irá escolher e reter apenas poucos a respeito disso. E, esse estágio levará à interpretação em que a pessoa atribui valor ao estímulo recebido. Fonte: © Peter Hermes Furian / / Shutterstock. Ao final do processo, a escolha dos estímulos é subjetiva, pode variar entre pessoas. Depois de compreender, interpretar e reter as informações que lhe acrescentam valor, o indivíduo relaciona-os com experiências positivas, ou negativas, causando-lhe significado e dando-lhe a percepção sobre o serviço ou produto. Assim, os profissionais de já sabem que, por vezes, a percepção de um determinado indivíduo é comummarketing a outras pessoas, permitindo-lhes construir um mapa sensorial que pode ser aplicado aos seus produtos e serviços, como veremos a seguir. 2.1.2 Aprendizado e memória O aprendizado é um processo contínuo e essencial para as pessoas, pois as auxilia a responderem ao ambiente, com escolhas e decisões. Assim, podemos definir aprendizado como uma transformação permanente no teor ou na organização da memória, ocasionada pela experiência (HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST, 2007) DICA Observe que a experiência de uma pessoa, de acordo com Schiffman e Kanuk (2009), pode vir tanto de maneira intencional (propositadamente procurada) quanto de modo incidental (por acidente, sem esforço). Nas compras, o aprendizado é fundamental, uma vez que em muitas ocasiões, elas resultam de um comportamento aprendido, salvo na memória (HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST, 2007). As proposições que estão relacionadas à aprendizagem trazem diferentes pontos de vista e se concentram desde a perspectiva de ligações simples como estímulo e resposta para um consumidor (teorias behavioristas), até abordagens que o consideram um desvendador de problemas complexos (teorias cognitivas). Teorias behavioristas estabelecem que respostas observáveis a estímulos externos indicam que a aprendizagem da pessoa transcorreu. Já as teorias cognitivas postulam que o aprendizado dos indivíduos é a aquisição e a associaçãode novos conhecimentos. A seguir, veja um quadro explicativo das caraterísticas destas duas perspectivas. Quadro explicativo das teorias behavioristas x teorias cognitivas. Fonte: SCHIFFMAN; KANUK, 2009; SOLOMON, 2011. Acima, vemos como se aplicam as teorias behaviorista e cognitivista no comportamento do consumidor. O empregado pelas organizações tem se fundamentado nas teorias cognitivas para explicar omarketing comportamento do consumidor. Um desdobramento importante para o processo de aprendizagem vindo dessa abordagem é o entendimento pelas organizações do condicionamento instrumental do consumidor. Esse condicionamento está ligado ao resultado de nossa aprendizagem, estabelecendo que sua consequência a resposta dada em forma de reforço - quando o resultado é positivo; ou punição - quando o resultado é negativo (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Os autores complementam a explicação sobre a manutenção e a seleção no aprendizado, incluindo os conceitos de motivação e sugestões. A motivação, manifestada por meio de necessidades e emoções, é o (início) para astart aprendizagem, enquanto as sugestões são os estímulos que orientam os motivos estimuladores da aprendizagem das pessoas (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Acrescentar esses dois conceitos ao constructo de aprendizagem é importante, principalmente quando se aborda a introdução de novos serviços, produtos e processos organizacionais. Para o o processo de aprendizadomarketing, das pessoas é singular e fica compreendido como manutenção-seleção-motivação-sugestão. 38 Fonte: © Rawpixel.com / / Shutterstock. Hawkins (2007) reconhecem o papel da memória-sensorial, de curta e de longa duração no aprendizado. Eleset al. definem a memória como a acumulação total das experiências de aprendizado anteriores. Ao decidirmos comprar algo, fatores cognitivos, fisiológicos e ou situacionais entram em ação e recuperamos as informações armazenadas em nossa memória de longo prazo (SOLOMON, 2011). Em contrapartida, não apresentar informação prévia sobre um produto ou serviço, ou oferecer informações demais sobre eles, são os fatores que contribuem para que os consumidores também os esqueçam (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). A seguir, veremos como a personalidade, autoconceito e estilo de vida influem nesse processo. 2.1.3 Personalidade, autoconceito e estilo de vida Personalidade são as características psicológicas que formulam, determinam e refletem maneiras como a pessoa reage ou condiciona seu ambiente (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Os autores são unânimes em afirmar que nossa personalidade é fruto de dois fatores: as características pessoais e a sociedade. Clique a seguir para conhecer mais sobre personalidade, autoconceito e estilo de vida: Personalidade PAUSA PARA REFLETIR O mundo é marcado por mudanças de comportamentos, de produtos e serviços ofertados pelas empresas. Poderíamos dizer que a inovação tem mais chances de ser adotada, reduzindo os riscos percebidos? Nesta linha, parte da literatura estabelece que o predomínio da genética é o que explica, prioritariamente, a personalidade de uma pessoa. Na teoria psicanalítica, a ênfase está em estabelecer que os impulsos humanos, além de aparentes, motivam as ações dos indivíduos (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Na abordagem freudiana, o enfoque está no embate entre a vontade de gratificar necessidades físicas e a inevitabilidade de subsistir como membro da sociedade, enquanto na abordagem de traços são as características identificáveis que definem uma pessoa como a autoconsciência e a necessidade de reconhecimento (SOLOMON, 2011). Mas, não são apenas essas peculiaridades que determinam uma personalidade. O ambiente também contribui com características (clima, topografia e ecologia) e contexto (economia, governo e tecnologia) (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Autoconceito Assim como personalidade, os indivíduos apresentam um autoconceito, uma imagem, crença, ou uma avaliação que fazem dos seus atributos. O autoconceito é uma característica pessoal multifacetada, advinda de atitudes positivas ou negativas de um indivíduo consigo mesmo. Para o de uma empresa, os produtos e serviços podem ser empregados para reforçar o autoconceito,marketing pois possuem valor simbólico e funcionam como um acessório na representação do papel que o indivíduo desempenha ou quer desempenhar, ou até mesmo do qual deseja se dissociar (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Estilo de vida Para fecharmos, temos o estilo de vida, que é entendido como o modo específico como uma pessoa vive, alinhado aos recursos que ela tem (HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST, 2007). Para Hawkins (2007), o estilo de vidaet al. fundamenta-se tanto em decisões conscientes como não, assim também se baseia tanto em experiências passadas quanto as desejadas. Fonte: © udra11 / / Shutterstock. Pela abordagem de marketing, estilo de vida é “um padrão de consumo que reflete as escolhas da pessoa quanto à forma de gastar seu tempo e seu dinheiro” (SOLOMON, 2011, p. 253). Na sequência, trataremos do modelo VALS 2. Continue acompanhando! 39 Fonte: © Rawpixel.com / / Shutterstock. Hawkins (2007) reconhecem o papel da memória-sensorial, de curta e de longa duração no aprendizado. Eleset al. definem a memória como a acumulação total das experiências de aprendizado anteriores. Ao decidirmos comprar algo, fatores cognitivos, fisiológicos e ou situacionais entram em ação e recuperamos as informações armazenadas em nossa memória de longo prazo (SOLOMON, 2011). Em contrapartida, não apresentar informação prévia sobre um produto ou serviço, ou oferecer informações demais sobre eles, são os fatores que contribuem para que os consumidores também os esqueçam (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). A seguir, veremos como a personalidade, autoconceito e estilo de vida influem nesse processo. 2.1.3 Personalidade, autoconceito e estilo de vida Personalidade são as características psicológicas que formulam, determinam e refletem maneiras como a pessoa reage ou condiciona seu ambiente (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Os autores são unânimes em afirmar que nossa personalidade é fruto de dois fatores: as características pessoais e a sociedade. Clique a seguir para conhecer mais sobre personalidade, autoconceito e estilo de vida: Personalidade PAUSA PARA REFLETIR O mundo é marcado por mudanças de comportamentos, de produtos e serviços ofertados pelas empresas. Poderíamos dizer que a inovação tem mais chances de ser adotada, reduzindo os riscos percebidos? Nesta linha, parte da literatura estabelece que o predomínio da genética é o que explica, prioritariamente, a personalidade de uma pessoa. Na teoria psicanalítica, a ênfase está em estabelecer que os impulsos humanos, além de aparentes, motivam as ações dos indivíduos (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Na abordagem freudiana, o enfoque está no embate entre a vontade de gratificar necessidades físicas e a inevitabilidade de subsistir como membro da sociedade, enquanto na abordagem de traços são as características identificáveis que definem uma pessoa como a autoconsciência e a necessidade de reconhecimento (SOLOMON, 2011). Mas, não são apenas essas peculiaridades que determinam uma personalidade. O ambiente também contribui com características (clima, topografia e ecologia) e contexto (economia, governo e tecnologia) (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Autoconceito Assim como personalidade, os indivíduos apresentam um autoconceito, uma imagem, crença, ou uma avaliação que fazem dos seus atributos. O autoconceito é uma característica pessoal multifacetada, advinda de atitudes positivas ou negativas de um indivíduo consigo mesmo. Para o de uma empresa, os produtos e serviços podem ser empregados para reforçar o autoconceito,marketing pois possuem valor simbólico e funcionam como um acessório na representação do papel que o indivíduo desempenha ou quer desempenhar, ou até mesmo do qual deseja se dissociar (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Estilo de vida Para fecharmos, temos o estilo de vida, que é entendido como o modo específico como uma pessoa vive, alinhado aos recursos queela tem (HAWKINS; MOTHERSBAUGH; BEST, 2007). Para Hawkins (2007), o estilo de vidaet al. fundamenta-se tanto em decisões conscientes como não, assim também se baseia tanto em experiências passadas quanto as desejadas. Fonte: © udra11 / / Shutterstock. Pela abordagem de marketing, estilo de vida é “um padrão de consumo que reflete as escolhas da pessoa quanto à forma de gastar seu tempo e seu dinheiro” (SOLOMON, 2011, p. 253). Na sequência, trataremos do modelo VALS 2. Continue acompanhando! 40 2.1.4 Modelo VALS 2 Um esquema empregado por estudiosos e profissionais de marketing para classificar as pessoas quando buscam comprar determinado produto ou serviço é o de valores e estilo de vida, desenvolvido pela SRI Internacional: o (VALS). Atualmente, utilizamos uma segunda versão de classificação: o VALS 2.Values and Lifestyles O VALS 2 consiste em duas dimensões agrupadas: auto-orientação (princípios, status e ação) e recursos (meios e capacidades físicas, psicológicas, materiais e demográficas); distribuídos em oito grupos distinto de clientes (adultos) (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Os grupos delimitados pelo VALS 2 (figura a seguir), são baseados em consumidores americanos, seus valores e estilo de vida. VALS 2. Fonte: SOLOMON, 2011, p. 267. Sobre a figura acima, no contexto do comportamento do consumidor, os grupos são distribuídos verticalmente por seus recursos e horizontalmente por sua auto orientação. Por ser uma técnica psicográfica de classificação particular sobre o sistema de valores e estilo de vida de segmentos psicológico de consumidores, o VALS 2 tem maiores resultados quando empregado para orientar comunicações de marketing (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). ESCLARECIMENTO Segundo Solomon (2011), a segmentação é entendida pelos seguintes papéis, sendo que o primeiro grupo, apresenta recursos, mas diferem em suas perspectivas de vida entre os: • inovadores, pessoas bem-sucedidas, orientadas à mudança e com muitos recursos; • pensadores, práticos e valorizam a funcionalidade; • realizadores, orientados à carreira e preferem a previsibilidade; • experimentadores, impulsivos e apreciam experiências excêntricas; Já nessa segunda segmentação, vemos que há menos recursos entre: • crentes já que possuem princípios bem delimitados e preferem produtos e serviços comprovados; • esforçados, pois se preocupam com a aprovação de outras pessoas; • efetivadores uma vez que orientados à ação e são autossuficientes; • lutadores por se preocuparem em atender às necessidades momentâneas. A seguir, veremos como os fatores socioculturais influenciam no processo de compra. 2.2 Fatores Socioculturais Continuando o estudo sobre elementos que influenciam o processo de compras, são três os fatores socioculturais abordados: classe social e influências culturais e regionais. Estes fazem parte do contexto que os clientes estão, e abarcam circunstâncias duradouras em sua vida, pois são os ambientes sociais, culturais e as localidades em que residem (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Esses fatores, externos a uma pessoa nos ajudam a determinar, em conjunto com os fatores psicológicos, como os clientes decidem empregar seu dinheiro. Fonte: © stoatphoto / / Shutterstock. A psicografia constitui segmentos de mercado ao descrever o perfil de necessidades, emoções e comportamentos de clientes, por meio do uso de elementos psicológicos, sociológicos e antropológicos (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001; SOLOMON, 2011). • • • • • • • • 41 2.1.4 Modelo VALS 2 Um esquema empregado por estudiosos e profissionais de marketing para classificar as pessoas quando buscam comprar determinado produto ou serviço é o de valores e estilo de vida, desenvolvido pela SRI Internacional: o (VALS). Atualmente, utilizamos uma segunda versão de classificação: o VALS 2.Values and Lifestyles O VALS 2 consiste em duas dimensões agrupadas: auto-orientação (princípios, status e ação) e recursos (meios e capacidades físicas, psicológicas, materiais e demográficas); distribuídos em oito grupos distinto de clientes (adultos) (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Os grupos delimitados pelo VALS 2 (figura a seguir), são baseados em consumidores americanos, seus valores e estilo de vida. VALS 2. Fonte: SOLOMON, 2011, p. 267. Sobre a figura acima, no contexto do comportamento do consumidor, os grupos são distribuídos verticalmente por seus recursos e horizontalmente por sua auto orientação. Por ser uma técnica psicográfica de classificação particular sobre o sistema de valores e estilo de vida de segmentos psicológico de consumidores, o VALS 2 tem maiores resultados quando empregado para orientar comunicações de marketing (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). ESCLARECIMENTO Segundo Solomon (2011), a segmentação é entendida pelos seguintes papéis, sendo que o primeiro grupo, apresenta recursos, mas diferem em suas perspectivas de vida entre os: • inovadores, pessoas bem-sucedidas, orientadas à mudança e com muitos recursos; • pensadores, práticos e valorizam a funcionalidade; • realizadores, orientados à carreira e preferem a previsibilidade; • experimentadores, impulsivos e apreciam experiências excêntricas; Já nessa segunda segmentação, vemos que há menos recursos entre: • crentes já que possuem princípios bem delimitados e preferem produtos e serviços comprovados; • esforçados, pois se preocupam com a aprovação de outras pessoas; • efetivadores uma vez que orientados à ação e são autossuficientes; • lutadores por se preocuparem em atender às necessidades momentâneas. A seguir, veremos como os fatores socioculturais influenciam no processo de compra. 2.2 Fatores Socioculturais Continuando o estudo sobre elementos que influenciam o processo de compras, são três os fatores socioculturais abordados: classe social e influências culturais e regionais. Estes fazem parte do contexto que os clientes estão, e abarcam circunstâncias duradouras em sua vida, pois são os ambientes sociais, culturais e as localidades em que residem (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Esses fatores, externos a uma pessoa nos ajudam a determinar, em conjunto com os fatores psicológicos, como os clientes decidem empregar seu dinheiro. Fonte: © stoatphoto / / Shutterstock. A psicografia constitui segmentos de mercado ao descrever o perfil de necessidades, emoções e comportamentos de clientes, por meio do uso de elementos psicológicos, sociológicos e antropológicos (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001; SOLOMON, 2011). • • • • • • • • 42 Valores, atitudes e estilo de vida, entre outros, são vinculados a esses fatores socioculturais que, nos ajudam a entender a diferença entre o consumo e os hábitos de pessoas diferentes, como estudaremos adiante. 2.2.1 Classe social Podemos entender sociedades por classes sociais. Antropologicamente, estratificação por classes sempre existiu. Classe social deve ser subentendido com um sistema que distribui e segmenta a sociedade em hierarquias distintas (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Em cada classe social, seus membros são semelhantes em alguma característica, prestígio ou valor da sociedade. Definir a classe social nos ajuda a compreender objetivos e comportamentos compartilhados de um determinado grupo. Existem algumas características que representam a fundamentação de uma estrutura de referência genérica e que podemos encontrar na maior parte das definições: Características que delimitam uma classe social. Fonte: SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001. (Adaptado). Sobre a figura acima, seguem algumas explicações. A ordenação por classificação agrupa as pessoas por prestígio social. A classe social não se altera facilmente e geralmente está alinhada a de sua família, por isso, dizemos que sua permanência é relativa. Ainda assim, é possível que um indivíduo saia de sua classe social de nascimento e vá para outra (mobilidade de classe entre gerações). Para pesquisadores de não são os valores individuais que definem o comportamento do cliente, e simmarketing, os de sua classe social. Assim, como a pessoa emprega seu dinheiro também define sua classe sociale, seu comportamento de compra. A classe social proporciona um alicerce natural para a identificação e segmentação do mercado e de estratégias de de organizações. (SCHIFFMAN; KANUK, 2009).marketing Note que indivíduos que estão localizados na mesma classe social tendem a ser semelhantes e isso significa homogeneidade (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). E a renda, para a maioria das medições, é uma das características mais importantes. Classes sociais são complexas pois, em geral, representam o fracionamento da sociedade entre as pessoas ‘que possuem’ das ‘que não possuem’. Por ser de natureza genérica, em boa parte dos estudos, sobre o comportamento do consumidor, a estruturação das classes por gradação é constituída por um contínuo de seis frequências, que, aqui, foram organizadas em uma pirâmide, conforme a figura abaixo: Classes sociais, conforme o consumo. Fonte: SCHIFFMAN; KANUK, 2009. (Adaptado). Na figura acima, as frequências indicam atitudes sobre o hábito de consumo e o perfil de lazer, que poderão ser relacionadas às rendas das pessoas que as compõem. 43 Valores, atitudes e estilo de vida, entre outros, são vinculados a esses fatores socioculturais que, nos ajudam a entender a diferença entre o consumo e os hábitos de pessoas diferentes, como estudaremos adiante. 2.2.1 Classe social Podemos entender sociedades por classes sociais. Antropologicamente, estratificação por classes sempre existiu. Classe social deve ser subentendido com um sistema que distribui e segmenta a sociedade em hierarquias distintas (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Em cada classe social, seus membros são semelhantes em alguma característica, prestígio ou valor da sociedade. Definir a classe social nos ajuda a compreender objetivos e comportamentos compartilhados de um determinado grupo. Existem algumas características que representam a fundamentação de uma estrutura de referência genérica e que podemos encontrar na maior parte das definições: Características que delimitam uma classe social. Fonte: SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001. (Adaptado). Sobre a figura acima, seguem algumas explicações. A ordenação por classificação agrupa as pessoas por prestígio social. A classe social não se altera facilmente e geralmente está alinhada a de sua família, por isso, dizemos que sua permanência é relativa. Ainda assim, é possível que um indivíduo saia de sua classe social de nascimento e vá para outra (mobilidade de classe entre gerações). Para pesquisadores de não são os valores individuais que definem o comportamento do cliente, e simmarketing, os de sua classe social. Assim, como a pessoa emprega seu dinheiro também define sua classe social e, seu comportamento de compra. A classe social proporciona um alicerce natural para a identificação e segmentação do mercado e de estratégias de de organizações. (SCHIFFMAN; KANUK, 2009).marketing Note que indivíduos que estão localizados na mesma classe social tendem a ser semelhantes e isso significa homogeneidade (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). E a renda, para a maioria das medições, é uma das características mais importantes. Classes sociais são complexas pois, em geral, representam o fracionamento da sociedade entre as pessoas ‘que possuem’ das ‘que não possuem’. Por ser de natureza genérica, em boa parte dos estudos, sobre o comportamento do consumidor, a estruturação das classes por gradação é constituída por um contínuo de seis frequências, que, aqui, foram organizadas em uma pirâmide, conforme a figura abaixo: Classes sociais, conforme o consumo. Fonte: SCHIFFMAN; KANUK, 2009. (Adaptado). Na figura acima, as frequências indicam atitudes sobre o hábito de consumo e o perfil de lazer, que poderão ser relacionadas às rendas das pessoas que as compõem. 44 Importante ainda ressaltar que “produtos, serviços e marcas são consumidos em quantidade e qualidade variadas segundo o nível socioeconômico” (KAMAKURA; MAZZON, 2016, p. 68). Na sequência, conheceremos outras influências que também interferem no poder decisório de compra. 2.2.2 Influências culturais e regionalismo sobre o consumidor Sem o entendimento da influência cultural no comportamento de compra não é possível determinar o que consumidores buscam em produtos e serviços. A cultura não é um elemento estático e constitui-se pela associação de rituais, tradições, normas e significados compartilhados, configurando-se na personalidade de uma sociedade (SOLOMON, 2011). Nenhuma pessoa nasce com cultura, podemos afirmar que a cultura exclui comportamentos individuais e delineia a personalidade que é partilhada. Portanto, pessoas adquirem cultura, o que implica em conhecer valores, normas, rituais e mitos de um contexto social (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Assim como no a cultura atende necessidades das pessoas, determinando ordens, normas emarketing, orientações (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). E existem algumas características que podem nos ajudar a compreender o conceito de cultura (quadro seguinte). Quadro das características que delimitam a cultura. Fonte: SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001; SOLOMON, 2011. Apesar dessas características expostas no quadro acima serem partilhadas por uma determinada sociedade, é vista uma variabilidade entre elas quando se observa diversas sociedades. A seguir, clique e entenda como a cultura funciona no marketing: Cultura como filtro No , a cultura funciona como uma mão invisível, uma espécie de filtro pelo qual as pessoas passammarketing produtos e serviços, constatada no comportamento de compra (SOLOMON, 2011). Influência do regionalismo Em mercados globais, definir os fatores culturais perpassa em determinar a influência do regionalismo no comportamento de compra. Para o , significa enfrentar elementos que podem afastar grupos de pessoasmarketing que se estivessem em uma mesma região geográfica poderiam ser categorizados igualmente. 45 Importante ainda ressaltar que “produtos, serviços e marcas são consumidos em quantidade e qualidade variadas segundo o nível socioeconômico” (KAMAKURA; MAZZON, 2016, p. 68). Na sequência, conheceremos outras influências que também interferem no poder decisório de compra. 2.2.2 Influências culturais e regionalismo sobre o consumidor Sem o entendimento da influência cultural no comportamento de compra não é possível determinar o que consumidores buscam em produtos e serviços. A cultura não é um elemento estático e constitui-se pela associação de rituais, tradições, normas e significados compartilhados, configurando-se na personalidade de uma sociedade (SOLOMON, 2011). Nenhuma pessoa nasce com cultura, podemos afirmar que a cultura exclui comportamentos individuais e delineia a personalidade que é partilhada. Portanto, pessoas adquirem cultura, o que implica em conhecer valores, normas, rituais e mitos de um contexto social (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Assim como no a cultura atende necessidades das pessoas, determinando ordens, normas emarketing, orientações (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). E existem algumas características que podem nos ajudar a compreender o conceito de cultura (quadro seguinte). Quadro das características que delimitam a cultura. Fonte: SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001; SOLOMON, 2011. Apesar dessas características expostas no quadro acima serem partilhadas por uma determinada sociedade, é vista uma variabilidade entre elas quando se observa diversas sociedades. A seguir, clique e entenda como a cultura funciona no marketing: Cultura como filtro No , a cultura funciona como uma mão invisível, uma espécie de filtro pelo qual as pessoas passammarketing produtos e serviços, constatada no comportamento de compra (SOLOMON, 2011). Influência do regionalismo Em mercados globais, definir os fatores culturais perpassa em determinar a influência do regionalismo no comportamento de compra. Para o , significa enfrentar elementos que podem afastar grupos de pessoasmarketing que se estivessem em uma mesma região geográfica poderiam ser categorizados igualmente. Cultura alinhada ao ambiente Pessoas que residem em localidades diferentes tambémpodem se constituir em uma mesma faixa de consumidores. Afinal, a cultura está alinhada ao ambiente, o que faz com que pessoas tenham identificação regional, criando necessidades, motivações, e atitudes afetadas por essa característica. Subcultura regional À segmentação de um grupo de consumidores, baseada no regionalismo, damos o nome de subcultura regional. Uma subcultura, definida pelo regionalismo ou outro critério, é composta por um agrupamento cultural distinto que está inserido em um maior (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). No tópico a seguir, veremos quais são os fatores situacionais que influenciam no poder decisório da compra. Vamos lá? 2.3 Fatores situacionais Já vimos que fatores psicológicos e socioculturais influenciam as decisões de compras de um consumidor. Agora acrescentaremos mais um conjunto de fatores: os situacionais. Esses são os que ocorrem pontualmente na compra. Uma situação de consumo pode ser tanto uma tomada de (como comprar um pão) quanto uma decisão simples (como comprar uma casa). Com isso, definiremos decisão complexa fatores situacionais como os fatores de uma organização, produto ou serviço que influenciam a transação real da compra.relacionados ao marketing Agora, em sequência, analisaremos três deles. 2.3.1 Impacto da comunicação de marketing Como um processo, a comunicação de inicia-se e objetiva determinar novas atitudes, ou modificar asmarketing existentes, de um consumidor (SOLOMON, 2011). Para tanto, a partir da determinação do objetivo da comunicação, ocorre a definição de um que é enviado por um de comunicação ( por exemplo).sinal, canal internet, Posteriormente, realiza-se a transmissão da mensagem do (a organização), para o (o remetente destinatário consumidor). Ao receber a informação, o consumidor, então, analisa o sinal enviado e temos retorno da informação ( ) do destinatário (SCHIFFMAN; KANUK, 2009).feedback Contudo, o consumidor não é um receptor passivo da comunicação de que apenas recebe a mensagemmarketing do remetente. Pelo contrário, é uma pessoa envolvida na compra que acessa a comunicação por razões diversas (SOLOMON, 2011). A comunicação busca associar produtos ou serviços a símbolos e a sentimentos sociais, apelando, principalmente, para o autoconceito, o estilo de vida e a classe social dos consumidores (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). 46 Fonte: © Rawpixel.com / / Shutterstock. Destaca-se que, nos estabelecimentos de compras, as informações fornecidas pela comunicação do marketing influenciam intensamente na decisão dos clientes, especialmente nas chamadas compras por impulso (SOLOMON, 2011). O impacto da comunicação pode ser mais ou menos eficaz, a depender da mensagem passada e do apelo empregado. Quanto à mensagem da comunicação de (a fonte e a mensagem em si) deve transmitirmarketing credibilidade e atratividade (SCHIFFMAN; KANUK, 2009), pode ter apelo objetivo (de informar o cliente), mas também persuadi-lo. Por isso, deve-se estabelecer uma comunicação de aberta e franca com o cliente, fortalecendo amarketing confiança entre este e a organização (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). 2.3.2 Situações de compra Ao buscarmos a identificação das situações de compra que acompanham um consumidor, podemos mapear fatores que influenciam seu comportamento de compra e, desse modo, alinharmos nossas estratégias de marketing , com vistas a controlarmos as situações de compra. Vamos estabelecer quem empreende a situação de compra. Pode ser desde quem adquire um bem ou serviço para uso pessoal, tanto para emprego: intermediário, organizacional, industrial ou social (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001) Em relação à satisfação do cliente em decorrência de uma compra, seu comportamento pode ser categorizado como do tipo: leal, apóstolo, que se afasta; terrorista, refém e mercenário (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Nesse sentido, é preciso que os profissionais de marketing busquem avaliar a satisfação do cliente em todas as etapas da situação de compra: pré, durante e pós. 47 Fonte: © Rawpixel.com / / Shutterstock. Destaca-se que, nos estabelecimentos de compras, as informações fornecidas pela comunicação do marketing influenciam intensamente na decisão dos clientes, especialmente nas chamadas compras por impulso (SOLOMON, 2011). O impacto da comunicação pode ser mais ou menos eficaz, a depender da mensagem passada e do apelo empregado. Quanto à mensagem da comunicação de (a fonte e a mensagem em si) deve transmitirmarketing credibilidade e atratividade (SCHIFFMAN; KANUK, 2009), pode ter apelo objetivo (de informar o cliente), mas também persuadi-lo. Por isso, deve-se estabelecer uma comunicação de aberta e franca com o cliente, fortalecendo amarketing confiança entre este e a organização (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). 2.3.2 Situações de compra Ao buscarmos a identificação das situações de compra que acompanham um consumidor, podemos mapear fatores que influenciam seu comportamento de compra e, desse modo, alinharmos nossas estratégias de marketing , com vistas a controlarmos as situações de compra. Vamos estabelecer quem empreende a situação de compra. Pode ser desde quem adquire um bem ou serviço para uso pessoal, tanto para emprego: intermediário, organizacional, industrial ou social (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001) Em relação à satisfação do cliente em decorrência de uma compra, seu comportamento pode ser categorizado como do tipo: leal, apóstolo, que se afasta; terrorista, refém e mercenário (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). Nesse sentido, é preciso que os profissionais de marketing busquem avaliar a satisfação do cliente em todas as etapas da situação de compra: pré, durante e pós. Em muitas situações, as compras são fomentadas pela amizade, seja por meio de uma indicação ou de um aconselhamento, seja como base e também motivação para a continuidade de um relacionamento comercial (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Nessas situações de compra, confiança e comprometimento são requisitos necessários à sua ocorrência. Fonte: © YAKOBCHUK VIACHESLAV / / Shutterstock. A situação de compra ocorre em algum lugar que pode ser físico ou virtual. A escolha pode se dar pela comodidade, pela variedade de itens, pelos estímulos do estabelecimento, ou outros fatores. Clique e entenda como são tomadas as decisões dos clientes na escolha entre comprar pelo produto ou comprar pelo estabelecimento, de acordo com Hawkins, Mothersbaugh e Best (2007): Simultaneamente, os dois são escolhidos ao mesmo tempo. Primeiro se escolhe o produto ou serviço, e depois o estabelecimento. ESCLARECIMENTO “O consumidor sempre atribui maior utilidade ao dinheiro que entrega ao vendedor no ato de compra, do que à utilidade ou satisfação que lhe é oferecida pelo produto [ou serviço] recebido em contrapartida” (LIMA FILHO, 1978, p. 238). 48 A preferência se dirige ao estabelecimento, e depois ao produto ou serviço. Alguns elementos podem demover um cliente de uma conjuntura de compra: a demora em comprar e o desvio ao que se refere à escolha identificada (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Sobre a demora em efetivar a compra, ocorre por motivos desde a pessoa ser ocupada demais, não ter o dinheiro e até não conseguir justificar a despesa. Já as situações as quais a pessoa se depara após a compra, mantendo-a satisfeita ou desapontada, servirão para orientar suas futuras decisões de compra. Por isso, também devemos ficar atentos. São quatro estágios em que o cliente experimenta na situação do pós-compra, como na figura a seguir: Situações de pós-compra. Fonte: SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001. (Adaptado). Um fator importante é fomentar situações de pós-compra. Nesse sentido, devemos buscar obter respostas que abarquem desde a satisfação com o desempenho do produto, até se o cliente avalia que o produto ou serviço lhe agregou valor. Note que a satisfação pós-compra é a situação-chave para o relacionamento posterior que a organização irá construir com seu cliente a longo prazo (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). A seguir, veremos como as convenções sociais influenciam as situações de compra.2.3.3 Convenções sociais A maneira ‘correta’ de pegar em um garfo, dar um-dois-três beijinhos ao cumprimentar alguém, e outras situações deste tipo são convenções sociais, mas não são decorrentes de normas legalizadas. São normas culturais sutis, que descobrimos quando interagimos em uma sociedade. Vamos conhecer mais sobre as convenções sociais clicando a seguir: • Como são diversificadas, modificadas e adquiridas São diversificadas, ditam regras de convivência humana e podem se modificar de acordo com as transformações da sociedade. Adquirimos essas convenções com nossa família, depois ao frequentarmos escolas e casas de culto religioso, e por meio de veículos de comunicação de massa (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). • • Disseminação de preferências, hábitos e costumes Convenções sociais disseminam preferências, hábitos e costumes em um contexto cultural, também nos indicam o comportamento mais adequado por estarmos em uma determinada classe social (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). • Importância de estar atento às convenções sociais É preciso estar atento às convenções sociais ao se visitar, ou decidir residir, em uma localidade no exterior, tanto quanto resolver instalar uma organização ou vender produtos e serviços em uma região a que se desconhece. • Convenções sociais da localidade se sobrepõem As convenções sociais da localidade se sobrepõem a qualquer outra combinação que venha a emergir. Ainda que possa haver adaptações nas práticas de uma comunidade em suas convenções sociais, produtos, serviços e organizações são restringidos, de maneira geral, por elas. 2.4 Fatores demográficos Agora, neste capítulo, veremos os elementos relacionados aos movimentos populacionais. Profissionais de preferem ajustar as estratégias de produtos e serviços em torno de propriedades da população. Nestamarketing segmentação, consumidores são considerados semelhantes quando são identificados nessas categorias objetivas (SOLOMON, 2011). Ainda que os autores sejam unânimes em se posicionarem que adotar uma previsão do comportamento de compra fundamentada apenas em fatores demográficos seja insuficiente, ainda encontramos muitas organizações as adotando ou estratégias de diferenciação de seus produtos e serviços apenas fundamentadas nesses fatores. 2.4.1 Demografia Quando distribuímos nossos clientes por um conjunto de características facilmente identificáveis como idade, gênero, renda, ocupação, tamanho e tipo de família e classe econômica, , os segmentamos por demografia. Organizações que adotam prioritariamente essas características como determinantes do comportamento de compra, defendem que esses indivíduos assumem um padrão de compra que além de semelhante, é estável ao longo do tempo e, bastante previsível. Segmentar considerando a demografia é valido quando estamos buscando mapear tendências de mercado (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Afinal, quando a composição de uma população se altera, o mesmo ocorre com suas necessidades e desejos, haja vista que estamos falando de um grande contingente populacional. • • • PAUSA PARA REFLETIR Como os profissionais de devem usar os fatores demográficos para gerar estratégiasmarketing efetivas? 49 A preferência se dirige ao estabelecimento, e depois ao produto ou serviço. Alguns elementos podem demover um cliente de uma conjuntura de compra: a demora em comprar e o desvio ao que se refere à escolha identificada (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Sobre a demora em efetivar a compra, ocorre por motivos desde a pessoa ser ocupada demais, não ter o dinheiro e até não conseguir justificar a despesa. Já as situações as quais a pessoa se depara após a compra, mantendo-a satisfeita ou desapontada, servirão para orientar suas futuras decisões de compra. Por isso, também devemos ficar atentos. São quatro estágios em que o cliente experimenta na situação do pós-compra, como na figura a seguir: Situações de pós-compra. Fonte: SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001. (Adaptado). Um fator importante é fomentar situações de pós-compra. Nesse sentido, devemos buscar obter respostas que abarquem desde a satisfação com o desempenho do produto, até se o cliente avalia que o produto ou serviço lhe agregou valor. Note que a satisfação pós-compra é a situação-chave para o relacionamento posterior que a organização irá construir com seu cliente a longo prazo (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). A seguir, veremos como as convenções sociais influenciam as situações de compra. 2.3.3 Convenções sociais A maneira ‘correta’ de pegar em um garfo, dar um-dois-três beijinhos ao cumprimentar alguém, e outras situações deste tipo são convenções sociais, mas não são decorrentes de normas legalizadas. São normas culturais sutis, que descobrimos quando interagimos em uma sociedade. Vamos conhecer mais sobre as convenções sociais clicando a seguir: • Como são diversificadas, modificadas e adquiridas São diversificadas, ditam regras de convivência humana e podem se modificar de acordo com as transformações da sociedade. Adquirimos essas convenções com nossa família, depois ao frequentarmos escolas e casas de culto religioso, e por meio de veículos de comunicação de massa (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). • • Disseminação de preferências, hábitos e costumes Convenções sociais disseminam preferências, hábitos e costumes em um contexto cultural, também nos indicam o comportamento mais adequado por estarmos em uma determinada classe social (SCHIFFMAN; KANUK, 2009). • Importância de estar atento às convenções sociais É preciso estar atento às convenções sociais ao se visitar, ou decidir residir, em uma localidade no exterior, tanto quanto resolver instalar uma organização ou vender produtos e serviços em uma região a que se desconhece. • Convenções sociais da localidade se sobrepõem As convenções sociais da localidade se sobrepõem a qualquer outra combinação que venha a emergir. Ainda que possa haver adaptações nas práticas de uma comunidade em suas convenções sociais, produtos, serviços e organizações são restringidos, de maneira geral, por elas. 2.4 Fatores demográficos Agora, neste capítulo, veremos os elementos relacionados aos movimentos populacionais. Profissionais de preferem ajustar as estratégias de produtos e serviços em torno de propriedades da população. Nestamarketing segmentação, consumidores são considerados semelhantes quando são identificados nessas categorias objetivas (SOLOMON, 2011). Ainda que os autores sejam unânimes em se posicionarem que adotar uma previsão do comportamento de compra fundamentada apenas em fatores demográficos seja insuficiente, ainda encontramos muitas organizações as adotando ou estratégias de diferenciação de seus produtos e serviços apenas fundamentadas nesses fatores. 2.4.1 Demografia Quando distribuímos nossos clientes por um conjunto de características facilmente identificáveis como idade, gênero, renda, ocupação, tamanho e tipo de família e classe econômica, , os segmentamos por demografia. Organizações que adotam prioritariamente essas características como determinantes do comportamento de compra, defendem que esses indivíduos assumem um padrão de compra que além de semelhante, é estável ao longo do tempo e, bastante previsível. Segmentar considerando a demografia é valido quando estamos buscando mapear tendências de mercado (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Afinal, quando a composição de uma população se altera, o mesmo ocorre com suas necessidades e desejos, haja vista que estamos falando de um grande contingente populacional. • • • PAUSA PARA REFLETIR Como os profissionais de devem usar os fatores demográficos para gerar estratégiasmarketing efetivas? 50 2.4.2 Critério de Classificação Econômica Brasil Ainda sobre os fatores demográficos, há uma segmentação em nosso país muito popular, o Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP). Seu prestígio é baseado em seus critérios, obtidos por meio da análise de itens de conforto que tenham relação com a renda familiar (KAMAKURA; MAZZON, 2016).Clique nas abas a seguir para conhecer mais sobre esse critério (o CCEB): Distribuição macroeconômica O CCEB é uma distribuição macroeconômica, ou seja, alinha grandes grupos contingenciais de clientes, ou potenciais clientes, em uma categoria. Não deve ser empregado na segmentação de mercado sem estar alinhado aos demais fatores de influência de compras de um consumidor. Critérios de agrupamento Conforme a escolaridade do ‘dono da casa’ e a quantidade de bens duráveis que a residência possui, e mais 33 outras variáveis, os pontos são constituídos e agrupa-se as residências brasileiras em estratos (ABEP, 2020). Segmentação e estratégias Com base na pontuação obtida da soma das 35 variáveis, os profissionais de marketing segmentam o mercado e estruturam estratégias diferenciadas para seus consumidores (KAMAKURA; MAZZON, 2016). Divisão em classes sociais A partir das métricas utilizadas, o critério Brasil divide a população nas classes sociais A, B1, B2, C1, C2, D e E. Além desta descrição objetiva, baseada em informações, um dos pontos importantes trazidos pelo CCEB é a determinação de faixas de renda para cada uma destas classes. Por ser uma medida que busca avaliar o poder aquisitivo de uma pessoa, para os profissionais de quemarketing atuam no Brasil, o CCEB é uma indicação clara do seu poder de compra. Para finalizarmos, apontamos que a delimitação do consumo do mercado brasileiro via CCEB é uma classificação que, permite dar informações sobre determinado consumidor. Ou seja, pode-se afirmar que ele influenciado por fatores diretamente impactados pela renda família. Proposta de atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore um resumo destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir seu resumo, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Recapitulando Iniciamos o capítulo sobre o processo de compras do consumidor pontuando que indivíduos buscam, por meio de um processo, tomar decisões de consumo para satisfazerem suas necessidades desejos. Esse comportamento é instigado por experiências desenvolvidas, e também subsequentes, às influências externas e internas ao consumidor. Primeiramente, abordamos como os estímulos são percebidos, analisados e retidos no processo de percepção. Vimos como o aprendizado e memória são determinantes na avaliação de uma compra do consumidor, principalmente por construírem experiências. Estudamos também que elementos como personalidade, autoconceito e o estilo de vida são percussores dos demais fatores. Continuando, notamos a influência de fatores socioculturais no processo de compras: a classe social, a cultura e o regionalismo. Aprendemos que o impacto da comunicação de das convenções sociais e das situaçõesmarketing, de compras como fatores situacionais interferem no processo de aquisição de bens ou serviços. Finalizamos nosso capítulo abordando os fatores demográficos de segmentação de mercado, enfatizando o mais popular empregado no Brasil: o CCEB. Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE PESQUISA. ABEP. .Critério de classificação econômica Brasil Disponível em: < >. Acesso em: 17/01/2020.http://www.abep.org CASSOL, A.; SALVATE, N.; SCHNEIDER, S. Mercados Imersos: uma Perspectiva de Análise Institucional e Relacional das Trocas Econômicas e do Intercâmbio Mercantil. , v. 15, n. 33, p. 314-346, 2016. DisponívelPolítica & Sociedade em: < >. Acesso em: 17https://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/2175-7984.2016v15n33p314/32899 /01/2020. GIGLIO, E M. . 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010.O Comportamento do Consumidor HAWKINS, D. I.; MOTHERSBAUGH, D. L.; BEST, R. J : Construindo a Estratégia de . Comportamento do Consumidor . Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.Marketing KAMAKURA, W.; MAZZON, J. A. Critérios de Estratificação e Comparação de Classificadores Socioeconômicos no Brasil. , v. 56, n. 1, p. 55-70, jan./fev. 2016. Disponível em: Revista de Administração de Empresas <https://rae.fgv. >. Acessobr/rae/vol56-num1-2016/criterios-estratificacao-comparacao-classificadores-socioeconomicos-no-brasil em: 17/01/2020. LIMA FILHO, A. O. Análise Qualitativa do Mercado Consumidor. In: ARANTES . :et al Administração mercadológica princípios e métodos. 3. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1978. SCHIFFMAN, L. G.; KANUK, L. L. . 9. ed. Rio de janeiro: LTC, 2009.Comportamento do Consumidor SHETH, J. N.; MITTAL, B.; NEWMAN, B. I. : Indo Além do Comportamento doComportamento do Cliente Consumidor. São Paulo: Atlas, 2001. SOLOMON, M. R. : Comprando, Possuindo e Sendo. 9. ed. Porto Alegre:O Comportamento do Consumidor Bookman, 2011. 51 2.4.2 Critério de Classificação Econômica Brasil Ainda sobre os fatores demográficos, há uma segmentação em nosso país muito popular, o Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP). Seu prestígio é baseado em seus critérios, obtidos por meio da análise de itens de conforto que tenham relação com a renda familiar (KAMAKURA; MAZZON, 2016). Clique nas abas a seguir para conhecer mais sobre esse critério (o CCEB): Distribuição macroeconômica O CCEB é uma distribuição macroeconômica, ou seja, alinha grandes grupos contingenciais de clientes, ou potenciais clientes, em uma categoria. Não deve ser empregado na segmentação de mercado sem estar alinhado aos demais fatores de influência de compras de um consumidor. Critérios de agrupamento Conforme a escolaridade do ‘dono da casa’ e a quantidade de bens duráveis que a residência possui, e mais 33 outras variáveis, os pontos são constituídos e agrupa-se as residências brasileiras em estratos (ABEP, 2020). Segmentação e estratégias Com base na pontuação obtida da soma das 35 variáveis, os profissionais de marketing segmentam o mercado e estruturam estratégias diferenciadas para seus consumidores (KAMAKURA; MAZZON, 2016). Divisão em classes sociais A partir das métricas utilizadas, o critério Brasil divide a população nas classes sociais A, B1, B2, C1, C2, D e E. Além desta descrição objetiva, baseada em informações, um dos pontos importantes trazidos pelo CCEB é a determinação de faixas de renda para cada uma destas classes. Por ser uma medida que busca avaliar o poder aquisitivo de uma pessoa, para os profissionais de quemarketing atuam no Brasil, o CCEB é uma indicação clara do seu poder de compra. Para finalizarmos, apontamos que a delimitação do consumo do mercado brasileiro via CCEB é uma classificação que, permite dar informações sobre determinado consumidor. Ou seja, pode-se afirmar que ele influenciado por fatores diretamente impactados pela renda família. Proposta de atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore um resumo destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir seu resumo, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Recapitulando Iniciamos o capítulo sobre o processo de compras do consumidor pontuando que indivíduos buscam, por meio de um processo, tomar decisões de consumo para satisfazerem suas necessidades desejos. Esse comportamento é instigado por experiências desenvolvidas, e também subsequentes, às influências externas e internas ao consumidor. Primeiramente, abordamos como os estímulos são percebidos, analisados e retidos no processo de percepção. Vimos como o aprendizado e memória são determinantes na avaliação de uma compra do consumidor, principalmente por construírem experiências. Estudamos também que elementos como personalidade, autoconceito e o estilo de vida são percussores dos demais fatores. Continuando, notamos a influência de fatores socioculturais no processo de compras: a classe social, a cultura e o regionalismo. Aprendemos que o impacto da comunicação de das convenções sociais e das situaçõesmarketing, de compras como fatores situacionais interferem no processo de aquisição de bens ou serviços. Finalizamos nosso capítulo abordando os fatores demográficos de segmentação de mercado,enfatizando o mais popular empregado no Brasil: o CCEB. Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE PESQUISA. ABEP. .Critério de classificação econômica Brasil Disponível em: < >. Acesso em: 17/01/2020.http://www.abep.org CASSOL, A.; SALVATE, N.; SCHNEIDER, S. Mercados Imersos: uma Perspectiva de Análise Institucional e Relacional das Trocas Econômicas e do Intercâmbio Mercantil. , v. 15, n. 33, p. 314-346, 2016. DisponívelPolítica & Sociedade em: < >. Acesso em: 17https://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/2175-7984.2016v15n33p314/32899 /01/2020. GIGLIO, E M. . 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010.O Comportamento do Consumidor HAWKINS, D. I.; MOTHERSBAUGH, D. L.; BEST, R. J : Construindo a Estratégia de . Comportamento do Consumidor . Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.Marketing KAMAKURA, W.; MAZZON, J. A. Critérios de Estratificação e Comparação de Classificadores Socioeconômicos no Brasil. , v. 56, n. 1, p. 55-70, jan./fev. 2016. Disponível em: Revista de Administração de Empresas <https://rae.fgv. >. Acessobr/rae/vol56-num1-2016/criterios-estratificacao-comparacao-classificadores-socioeconomicos-no-brasil em: 17/01/2020. LIMA FILHO, A. O. Análise Qualitativa do Mercado Consumidor. In: ARANTES . :et al Administração mercadológica princípios e métodos. 3. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1978. SCHIFFMAN, L. G.; KANUK, L. L. . 9. ed. Rio de janeiro: LTC, 2009.Comportamento do Consumidor SHETH, J. N.; MITTAL, B.; NEWMAN, B. I. : Indo Além do Comportamento doComportamento do Cliente Consumidor. São Paulo: Atlas, 2001. SOLOMON, M. R. : Comprando, Possuindo e Sendo. 9. ed. Porto Alegre:O Comportamento do Consumidor Bookman, 2011. 52 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E USER EXPERIENCE CAPÍTULO 3 - NECESSIDADES E MOTIVAÇÃO Gabriel Henrique Pimenta Isboli 53 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E USER EXPERIENCE CAPÍTULO 3 - NECESSIDADES E MOTIVAÇÃO Gabriel Henrique Pimenta Isboli Objetivos do capítulo Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Identificar os principais aspectos que motivam o processo de consumo. • Articular a relação entre necessidades, motivação envolvimento e valores do consumidor. Tópicos de estudo • Necessidades. • Definição. • Necessidades de Maslow. • Necessidades x desejos. • Papel do Marketing na criação de necessidades. • Processo de motivação. • Definição de motivação. • Processos motivacionais. • Conflitos motivacionais. • Envolvimento do consumidor. • Conceituação de envolvimento. • Tipos de envolvimento. • Valores do consumidor. • Significados de valor. • Escala de Rokeach. • Escala de valores Schwartz (EVS). • Lista de valores (LOV). Contextualizando o cenário Em não existe fórmula mágica. É um erro afirmar respostas prontas de maneira categórica. Cada caso émarketing, um caso. Produtos são diferentes de serviços. Pessoas são diferentes de pessoas. Pessoas precisam de pessoas. Ofertas precisam se comunicar corretamente com pessoas. Certo. Mas o que é se Não hácomunicar corretamente? resposta pronta. Porém, podemos afirmar que existem algumas questões a serem observadas para o desenvolvimento de Comportamento de Consumidor. Trata-se de um processo fundamental tanto para a definição das estratégias de como para as ações táticas de produto, preço, praça e propaganda (comunicação) para a definição dosmarketing que comunicam a oferta certa, para a pessoa certa, no momento certo. Agora, é importante saber como isso deve ser realizado: conhecendo mais sobre suas necessidades, vontades, desejos e motivações, por exemplo. Dito isso, surge o seguinte questionamento: como criar ofertas que dialoguem com o mercado? • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 54 3.1 Necessidades Diferente de outros animais que vivem em função de seus instintos, humanos buscam atingir mais complexidades que sono, sexo e segurança, por exemplo. Status, reconhecimento e vínculos afetivos são elementos buscados pelas pessoas em maior ou menor grau. Em vista de fomentar uma discussão que embase o restante do capítulo, aqui é oferecida a definição de necessidade, como ela é trabalhada por Maslow (1908-1970), bem como é feita a diferenciação entre desejo e necessidade e como o marketing atua nessa questão. 3.1.1 Definição Embora seja um termo amplo, possibilitando diferentes abordagens, a definição mais aceita énecessidade fornecida pela (APA.), associação que reúne acadêmicos de grande renome daAmerican Psychological Association Psicologia. De acordo com ela, em tradução livre, portanto, é o estado de tensão em que se encontra onecessidade organismo, resultante da privação de algo necessário à sobrevivência, bem-estar ou realização pessoal ou ainda a condição causada pela ausência de algo. Veja que este é o entendimento da Psicologia. Porém, o marketing se apropria de mecanismos como necessidades, desejos e motivações para construção de ofertas que sejam consideradas mais atrativas pelo mercado. 3.1.2 Necessidades de Maslow Sobre necessidades, um modelo encontrado recorrentemente na literatura das ciências sociais aplicadas é o da hierarquia das necessidades, do psicólogo Abraham Maslow (1908-1970). De acordo com Solomon (2017), a foi desenvolvida para entender mais sobre questões envolvendo desenvolvimentohierarquia das necessidades pessoal e experiências marcantes. Posteriormente, essas discussões forneceram bases para trabalhos envolvendo motivações de consumo. O modelo apresentado por Maslow (1970) segue uma estrutura hierárquica. Nela há um desenvolvimento sequencial, em que a pessoa busca satisfazer um novo nível de necessidade apenas após satisfazer um nível anterior (SOLOMON, 2017). Usualmente, esse modelo é representado na forma de uma pirâmide. Fonte: © VectorMine / / Shutterstock. 55 3.1 Necessidades Diferente de outros animais que vivem em função de seus instintos, humanos buscam atingir mais complexidades que sono, sexo e segurança, por exemplo. Status, reconhecimento e vínculos afetivos são elementos buscados pelas pessoas em maior ou menor grau. Em vista de fomentar uma discussão que embase o restante do capítulo, aqui é oferecida a definição de necessidade, como ela é trabalhada por Maslow (1908-1970), bem como é feita a diferenciação entre desejo e necessidade e como o marketing atua nessa questão. 3.1.1 Definição Embora seja um termo amplo, possibilitando diferentes abordagens, a definição mais aceita énecessidade fornecida pela (APA.), associação que reúne acadêmicos de grande renome daAmerican Psychological Association Psicologia. De acordo com ela, em tradução livre, portanto, é o estado de tensão em que se encontra onecessidade organismo, resultante da privação de algo necessário à sobrevivência, bem-estar ou realização pessoal ou ainda a condição causada pela ausência de algo. Veja que este é o entendimento da Psicologia. Porém, o marketing se apropria de mecanismos como necessidades, desejos e motivações para construção de ofertas que sejam consideradas mais atrativas pelo mercado. 3.1.2 Necessidades de Maslow Sobre necessidades, um modelo encontrado recorrentemente na literatura das ciências sociais aplicadas é o da hierarquia das necessidades, do psicólogo Abraham Maslow (1908-1970). De acordo com Solomon (2017), a foi desenvolvida para entender mais sobre questões envolvendo desenvolvimentohierarquia das necessidades pessoal e experiências marcantes. Posteriormente, essas discussões forneceram bases para trabalhos envolvendo motivações de consumo. O modelo apresentado por Maslow (1970) segue uma estrutura hierárquica. Nela há um desenvolvimento sequencial, em que a pessoa busca satisfazer um novo nível de necessidade apenas após satisfazer um nível anterior (SOLOMON, 2017). Usualmente, esse modelo é representado na forma de uma pirâmide. Fonte: © VectorMine / / Shutterstock. Cada nível da pirâmide refere-se a um tipo de necessidade: fisiológica, segurança, social, estima e autorrealização (MASLOW, 1970; SOLOMON, 2017). Vamos conhecer cada um desses níveis? Clique a seguir para acompanhar: • Necessidadesfisiológicas Referem-se às mais básicas de sobrevivência, como sede, sono e alimentação. A busca pela satisfação de todas as demais depende de o indivíduo conseguir satisfazer essas em primeiro momento. • Necessidades de segurança O segundo nível do modelo, trata sobre estabilidade e o estabelecimento de ordem e de previsibilidade do futuro. Uma vez satisfeita, passa-se a outra. • Necessidades sociais Em terceiro momento, envolvem pertencimento. Ou seja, nesse nível as necessidades estão relacionadas à estima, amor e afeto, por exemplo. • Necessidades de autoestima Referem-se ao desejo por reconhecimento ou mesmo por afirmação da importância em algum nível pessoal, profissional e/ou social. • Necessidades de autorrealização Referem-se à busca do indivíduo por atingir seu potencial máximo e se sentir satisfeito consigo mesmo. Atingir esse último nível requer um esforço vitalício de manter todas as demais satisfeitas e ainda buscar o auto aprimoramento constante. Na sequência, vamos verificar como essas necessidades se relacionam com os nossos desejos. Continue acompanhando! 3.1.3 Necessidades x desejos Necessidades e desejos são termos muitas vezes considerados sinônimos, embora sejam diferentes. Enquanto para necessidades podemos adotar o sentido aplicado pela Psicologia, para desejo, precisamos compreender que ele se trata de um processo motivacional. BIOGRAFIA Abraham Maslow foi psicólogo responsável pela criação da teoria da hierarquia das necessidades, um modelo dividido em cinco níveis hierárquicos, sendo frequentemente mencionado para o estudo de motivações. • • • • • 56 Fonte: © WindNight / / Shutterstock. Em outros termos, desejo é conceito costumeiramente tido como hedonista (busca pelo prazer), e que, por vezes, é desencadeado por influências sociais. Além disso, pode ser modificado pela imaginação do indivíduo no que tange ao consumo, uma vez que consumir (possuir dado objeto), traz satisfação à pessoa, embora nem sempre isso seja percebido como tal. Assim, podemos estabelecer que desejos estão sempre ligados a um objeto e a aspectos hedônicos/emocionais desse bem em virtude de sua posse e/ou consumo. Mas como isso se relaciona ao papel do marketing? Isso é o que veremos a seguir. 3.1.4 Papel do na criação de necessidadesmarketing Vimos que necessidades estão relacionadas ao estado de tensão de um organismo em busca de algo que seja necessário à sobrevivência, bem-estar ou realização pessoal, enquanto desejos estão relacionados ao prazer pela posse e/ou consumo de algo específico. Nessa dinâmica, o pode exercer papel ativo na criação de necessidades. Nesse sentido, é possívelmarketing desenvolver mercados lucrativos em torno de (produtos que exercem função de matéria-prima, alémcommodities de serem produzidos em larga escala) que, em primeiro momento, aparentam não ser sustentáveis do ponto de vista econômico, como o caso da água engarrafada. PAUSA PARA REFLETIR Como vender produtos que não possuem um diferencial? 57 Fonte: © WindNight / / Shutterstock. Em outros termos, desejo é conceito costumeiramente tido como hedonista (busca pelo prazer), e que, por vezes, é desencadeado por influências sociais. Além disso, pode ser modificado pela imaginação do indivíduo no que tange ao consumo, uma vez que consumir (possuir dado objeto), traz satisfação à pessoa, embora nem sempre isso seja percebido como tal. Assim, podemos estabelecer que desejos estão sempre ligados a um objeto e a aspectos hedônicos/emocionais desse bem em virtude de sua posse e/ou consumo. Mas como isso se relaciona ao papel do marketing? Isso é o que veremos a seguir. 3.1.4 Papel do na criação de necessidadesmarketing Vimos que necessidades estão relacionadas ao estado de tensão de um organismo em busca de algo que seja necessário à sobrevivência, bem-estar ou realização pessoal, enquanto desejos estão relacionados ao prazer pela posse e/ou consumo de algo específico. Nessa dinâmica, o pode exercer papel ativo na criação de necessidades. Nesse sentido, é possívelmarketing desenvolver mercados lucrativos em torno de (produtos que exercem função de matéria-prima, alémcommodities de serem produzidos em larga escala) que, em primeiro momento, aparentam não ser sustentáveis do ponto de vista econômico, como o caso da água engarrafada. PAUSA PARA REFLETIR Como vender produtos que não possuem um diferencial? Fonte: © MIA Studio / / Shutterstock. Talvez você já tenha percebido, ou não, mas certas marcas de água são muito mais caras que outras. A diferença não está no sabor do produto, mas sim no apelo simbólico de estar bebendo o líquido de dada empresa. Por ser uma a distinção de uma água para outra é construída simbolicamente.commodity, Veja que essa construção é complexa e tem relação em fazer a pessoa querer transformar uma sensação em uma posse ou em um consumo específico. Nesse processo, diferentes mecanismos são utilizados como o uso de celebridades e propagandas. Observe que as empresas atuam estrategicamente em vista de criar mercados propícios para a comercialização de suas ofertas. CONTEXTO Commodities são produtos que possuem características físicas homogêneas tais como água, grãos, açúcar e ouro. 58 Fonte: © MIND AND I / / Shutterstock. Neste sentido, entender as dinâmicas sociais se mostra como um processo que deve ser observado na elaboração de estratégias de envolvendo esforços de posicionamento ( , popular, B2B, luxo) e diferenciaçãomarketing premium (por preço, por função, por facilidade de acesso, por condição de pagamento) (MACCEDO, 2019; ARAUJO, 2010). Assim, ao conhecer seu mercado consumidor, os profissionais de podem criar ofertas que dialoguemmarketing com esse mercado e demonstrem porque a oferta é a que melhor atende às necessidades dos clientes, assim como as motivações para o consumo. 3.2 Processo de motivação Consumidores são seres complexos. Embora muitos acadêmicos tentem estabelecer métricas que consigam prever comportamentos, todos esses modelos possuem falhas. Afinal, pessoas estão sujeitas a um elemento subjetivo que deve ser analisado de maneira diferente às características medidas objetivamente: as motivações. Nesta seção, você encontra um conjunto de entendimentos para lhe guiar ao longo da discussão do restante do capítulo. Uma vez tendo entendido sobre as necessidades do consumidor, agora passamos para o que move o consumidor em uma determinada direção para a satisfação de tais necessidades. 3.2.1 Definição de motivação Tal como necessidade, também é um termo amplo. Novamente, optou-se por seguir a definiçãomotivação fornecida pela APA, haja vista sua ampla aceitação na literatura acadêmica. Assim, motivação pode significar: • ímpeto que dá propósito ou direção ao comportamento e opera em humanos em um nível consciente ou inconsciente. Motivos são frequentemente divididos em motivos (a) psicológicos, primários ou orgânicos, como fome, sede e sono; e (b) pessoais, sociais ou secundários, como afiliação, competição e interesses e metas individuais. Uma distinção importante deve ser feita entre forças motivacionais e fatores externos, como recompensas e punições, os quais podem encorajar ou desencorajar certos comportamentos; • condicionamento referente às variáveis que, coletivamente, alteram a efetividade de reforçadores; • propensão de uma pessoa exercer esforço físico ou mental na busca de uma meta ou resultado; • ato ou processo de encorajar outros a colocarem-se em busca de uma meta grupal ou organizacional. A habilidade de motivar seguidores é uma importante função da liderança. • • • • 59 Fonte: © MIND AND I / / Shutterstock. Neste sentido, entender as dinâmicas sociais se mostra como um processo que deve ser observado na elaboração de estratégias de envolvendo esforços de posicionamento ( , popular, B2B, luxo) e diferenciaçãomarketing premium (por preço, por função, por facilidade de acesso, por condição de pagamento) (MACCEDO, 2019; ARAUJO, 2010). Assim, ao conhecer seu mercado consumidor, os profissionaisde podem criar ofertas que dialoguemmarketing com esse mercado e demonstrem porque a oferta é a que melhor atende às necessidades dos clientes, assim como as motivações para o consumo. 3.2 Processo de motivação Consumidores são seres complexos. Embora muitos acadêmicos tentem estabelecer métricas que consigam prever comportamentos, todos esses modelos possuem falhas. Afinal, pessoas estão sujeitas a um elemento subjetivo que deve ser analisado de maneira diferente às características medidas objetivamente: as motivações. Nesta seção, você encontra um conjunto de entendimentos para lhe guiar ao longo da discussão do restante do capítulo. Uma vez tendo entendido sobre as necessidades do consumidor, agora passamos para o que move o consumidor em uma determinada direção para a satisfação de tais necessidades. 3.2.1 Definição de motivação Tal como necessidade, também é um termo amplo. Novamente, optou-se por seguir a definiçãomotivação fornecida pela APA, haja vista sua ampla aceitação na literatura acadêmica. Assim, motivação pode significar: • ímpeto que dá propósito ou direção ao comportamento e opera em humanos em um nível consciente ou inconsciente. Motivos são frequentemente divididos em motivos (a) psicológicos, primários ou orgânicos, como fome, sede e sono; e (b) pessoais, sociais ou secundários, como afiliação, competição e interesses e metas individuais. Uma distinção importante deve ser feita entre forças motivacionais e fatores externos, como recompensas e punições, os quais podem encorajar ou desencorajar certos comportamentos; • condicionamento referente às variáveis que, coletivamente, alteram a efetividade de reforçadores; • propensão de uma pessoa exercer esforço físico ou mental na busca de uma meta ou resultado; • ato ou processo de encorajar outros a colocarem-se em busca de uma meta grupal ou organizacional. A habilidade de motivar seguidores é uma importante função da liderança. • • • • Fonte: © Marie Maerz / / Shutterstock. Assim, embora algumas abordagens da Psicologia não trabalhem com o termo motivação, como é o caso da Psicanálise (o que reforça a pluralidade de abordagens mencionadas anteriormente), ressalta-se que a definição da APA é a mais aceita mundialmente, sobretudo ao tratar de Ciências Comportamentais, formato usualmente escolhido pelo campo da Administração. 3.2.2 Processos motivacionais Motivação, embora seja um termo muito ligado à Psicologia, também é relacionada aos estudos em Masmarketing. para entender a relação entre o termo e esse campo, primeiro, precisamos definir o que vem a ser essa área de atuação. é uma atividade promovida por um conjunto de instituições e de processos para criar,Marketing comunicar, entregar e realizar trocas com valor para consumidores, clientes, parceiros e sociedade como um todo (AMA, 2017). Partindo dessa definição, fica evidente que há uma relação intrínseca entre os dois conceitos. Veja que nesse contexto, o marketing possui papel ativo em converter necessidades em vontades/desejos ou mesmo criá-las. Entender as necessidades dos consumidores contribui para a criação de ofertas sob medida (MACCEDO, 2019). Tal como Maslow é referência para necessidades, Frederick Herzberg (1923-200) aqui é referência no entendimento de motivações, sendo responsável pela (CHIAVENATO, 2014).teoria dos dois fatores CURIOSIDADE AMA - - é uma associação de profissionais e acadêmicos de American Marketing Association localizada nos Estados Unidos. Conta, atualmente, com mais de 30.000 membros emarketing envolve algumas das principais revistas científicas da área, como o e Journal of Marketing Journal of Marketing Research. 60 Na teoria de Herzberg, de acordo com fatores higiênicos e motivacionais, a satisfação ou insatisfação com algo, direciona a mudança. Chiavenato (2014) resume o entendimento desses fatores. Clique para conhecê-lo: Fatores higiênicos São externos à pessoa e se localizam no ambiente onde ela se encontra inserida. Esses fatores servem para evitar a insatisfação da pessoa, mas não garantem a motivação. Fatores motivacionais São internos a cada pessoa e estão relacionados às suas preferências, aos desejos e às necessidades. Estão relacionados à motivação da pessoa. Agora, é preciso destacar que há também, nesse processo de satisfação, conflitos que surgem no momento decisório, como veremos a diante. 3.2.3 Conflitos motivacionais Pessoas são diferentes e, nesse sentido, conclusão mais natural possível que suas motivações também são. Assim, como muitas outras diferenças, motivações diferentes também podem gerar conflitos. Aqui, vamos tratar sobre conflitos motivacionais, mas não sob a ótica de gestão de pessoas, e sim do uso no direcionamento de ofertas para públicos movidos por motivações conflitantes. Note que ao desenvolver ofertas, as pessoas são movidas por sentimentos de ganho ou de perda (MACCEDO, 2019). Esses sentimentos podem ser pensados como desejos, sejam eles relacionados a sentimentos de oportunidades de ganho ou de evitar perdas. Os desejos, inclusive, podem ser divididos como um exercício mental de pensar dois mundos: um mundo atual e um mundo ideal. Esses mundos abordam um processo de transformação. O mundo atual é onde a pessoa está e se refere a sentimentos de dúvida, insegurança, medo, raiva, angústia, tristeza, irritação, inadequação, baixa confiança, solidão, dentre outros. Já o mundo ideal trata daquele onde a pessoa quer e precisa estar, referindo-se a sentimentos como reconhecimento, segurança, poder, felicidade, satisfação, bom humor, conquista, alegria, vitória, liberdade entre outros. Logo, em um processo que auxilia no desenvolvimento de estratégias mercadológicas alinhadas às motivações de seu consumidor, Maccedo (2020, p. 182) apresenta algumas perguntas norteadoras, as quais você conhece clicando a seguir: Quem é o consumidor? ESCLARECIMENTO Dois mundos é um exercício mental cujo propósito é auxiliar na construção de uma jornada de transformação a ser oferecida ao mercado. 61 Na teoria de Herzberg, de acordo com fatores higiênicos e motivacionais, a satisfação ou insatisfação com algo, direciona a mudança. Chiavenato (2014) resume o entendimento desses fatores. Clique para conhecê-lo: Fatores higiênicos São externos à pessoa e se localizam no ambiente onde ela se encontra inserida. Esses fatores servem para evitar a insatisfação da pessoa, mas não garantem a motivação. Fatores motivacionais São internos a cada pessoa e estão relacionados às suas preferências, aos desejos e às necessidades. Estão relacionados à motivação da pessoa. Agora, é preciso destacar que há também, nesse processo de satisfação, conflitos que surgem no momento decisório, como veremos a diante. 3.2.3 Conflitos motivacionais Pessoas são diferentes e, nesse sentido, conclusão mais natural possível que suas motivações também são. Assim, como muitas outras diferenças, motivações diferentes também podem gerar conflitos. Aqui, vamos tratar sobre conflitos motivacionais, mas não sob a ótica de gestão de pessoas, e sim do uso no direcionamento de ofertas para públicos movidos por motivações conflitantes. Note que ao desenvolver ofertas, as pessoas são movidas por sentimentos de ganho ou de perda (MACCEDO, 2019). Esses sentimentos podem ser pensados como desejos, sejam eles relacionados a sentimentos de oportunidades de ganho ou de evitar perdas. Os desejos, inclusive, podem ser divididos como um exercício mental de pensar dois mundos: um mundo atual e um mundo ideal. Esses mundos abordam um processo de transformação. O mundo atual é onde a pessoa está e se refere a sentimentos de dúvida, insegurança, medo, raiva, angústia, tristeza, irritação, inadequação, baixa confiança, solidão, dentre outros. Já o mundo ideal trata daquele onde a pessoa quer e precisa estar, referindo-se a sentimentos como reconhecimento, segurança, poder, felicidade, satisfação, bom humor, conquista, alegria, vitória, liberdade entre outros. Logo, em um processo que auxilia no desenvolvimento de estratégiasmercadológicas alinhadas às motivações de seu consumidor, Maccedo (2020, p. 182) apresenta algumas perguntas norteadoras, as quais você conhece clicando a seguir: Quem é o consumidor? ESCLARECIMENTO Dois mundos é um exercício mental cujo propósito é auxiliar na construção de uma jornada de transformação a ser oferecida ao mercado. O que ele pensa e sente? O que ele vê? O que ele ouve? O que ele fala e faz? Quais são seus medos e frustrações? Quais são seus verdadeiros desejos e necessidades? Quais são suas crenças e valores? Em que meio ele está inserido e como isso o influencia? Respondendo a essas perguntas, provavelmente, você terá condições de criar ofertas muito mais atrativas e geradoras de maior envolvimento do consumidor. Ou seja, as respostas às perguntas acima, contribuem até mesmo para que os profissionais de saibam mais sobre aquilo que estão vendendo.marketing E, embora possa soar estranho, nem todo mundo sabe vender seu próprio produto. Neste sentido, uma oferta alinhada às motivações do consumidor pode ser o fator decisivo entre realizar ou perder uma venda. Por exemplo, pensemos em um programa de exercícios físicos: enquanto para um consumidor esse programa esteja relacionado ao aumento de sua saúde, para outro, pode estar relacionado à elevação da autoestima. Dito isso, precisamos entender mais sobre nossos consumidores para saber como envolvê-los no processo de consumo. 62 3.3 Envolvimento do consumidor Envolvimento baseia-se em identificação. Um consumidor interage com uma marca, produto ou mesmo com outra pessoa, a partir de algo que identifique valor naquilo: uma oportunidade de ganho, uma possibilidade de proteção a ameaças, uma palavra de suporte, entre outros. Diferentemente da ideia tradicional de pensar em segmentos de mercado, nesta seção, atualizaremos essa discussão para uma reflexão muito mais próxima à realidade atual que vivemos e atuamos profissionalmente: as comunidades e suas redes horizontais de relacionamento. A seguir, apresentamos a conceituação e os tipos de envolvimento que você deve ter em mente. 3.3.1 Conceituação de envolvimento Envolvimento baseia-se em uma construção. Ou seja, é se comunicar com um grupo de pessoas e fazê-lo tomar alguma ação (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Para isso, envolvimento depende de dois fatores: intensidade e direção (POPADIUK, 1993).Clique nas abas seguintes e conheça esses fatores: Intensidade Está associada à atenção da pessoa na comunicação. Direção Refere-se ao processamento dessa informação. Nesse processo de comunicação e construção de envolvimento, Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017) destacam que, em vez de basear esse processo por meio de segmentação (cuja comunicação tende a ser verticalizada e parte unilateralmente por parte da empresa), é preferível que isso seja baseado por meio de comunidades (formadas naturalmente por um relacionamento horizontal e dialógico pelo compartilhamento de similaridades). Essas são ações estratégicas, pois envolvem planejamento por parte dos profissionais de paramarketing desenvolver a audiência e mantê-la por perto consumindo. Por consumo, entenda tanto bens e serviços como informações. Atualmente, o ambiente virtual possibilita que os negócios tenham contato com pessoas que provavelmente nunca encontraríamos pessoalmente (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN. 2017). Tem-se a oportunidade de atrair consumidores dos mais diferentes perfis, o que expande as possibilidades de negócios a níveis exponenciais. 63 3.3 Envolvimento do consumidor Envolvimento baseia-se em identificação. Um consumidor interage com uma marca, produto ou mesmo com outra pessoa, a partir de algo que identifique valor naquilo: uma oportunidade de ganho, uma possibilidade de proteção a ameaças, uma palavra de suporte, entre outros. Diferentemente da ideia tradicional de pensar em segmentos de mercado, nesta seção, atualizaremos essa discussão para uma reflexão muito mais próxima à realidade atual que vivemos e atuamos profissionalmente: as comunidades e suas redes horizontais de relacionamento. A seguir, apresentamos a conceituação e os tipos de envolvimento que você deve ter em mente. 3.3.1 Conceituação de envolvimento Envolvimento baseia-se em uma construção. Ou seja, é se comunicar com um grupo de pessoas e fazê-lo tomar alguma ação (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Para isso, envolvimento depende de dois fatores: intensidade e direção (POPADIUK, 1993).Clique nas abas seguintes e conheça esses fatores: Intensidade Está associada à atenção da pessoa na comunicação. Direção Refere-se ao processamento dessa informação. Nesse processo de comunicação e construção de envolvimento, Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017) destacam que, em vez de basear esse processo por meio de segmentação (cuja comunicação tende a ser verticalizada e parte unilateralmente por parte da empresa), é preferível que isso seja baseado por meio de comunidades (formadas naturalmente por um relacionamento horizontal e dialógico pelo compartilhamento de similaridades). Essas são ações estratégicas, pois envolvem planejamento por parte dos profissionais de paramarketing desenvolver a audiência e mantê-la por perto consumindo. Por consumo, entenda tanto bens e serviços como informações. Atualmente, o ambiente virtual possibilita que os negócios tenham contato com pessoas que provavelmente nunca encontraríamos pessoalmente (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN. 2017). Tem-se a oportunidade de atrair consumidores dos mais diferentes perfis, o que expande as possibilidades de negócios a níveis exponenciais. Fonte: © Arthimedes / / Shutterstock. Porém, não basta se comunicar com todos da mesma forma. Ainda que haja bom envolvimento com um nicho, com uma comunidade claramente delimitada, ainda assim, existirão pessoas em diferentes momentos desse processo de envolvimento. Por vezes, esse processo de relacionamento e envolvimento ainda não possui um mercado desenvolvido em seu entorno, sendo necessários esforços de para criar tal ambiente (SHOVE; ARAUJO, 2010). A seguir,marketing exploraremos essa questão. 3.3.2 Tipos de envolvimento O processo de envolvimento envolve a educação das pessoas, como elabora Schwartz (2004). No entanto, o termo não é utilizado aqui para se referir ao sistema formal de ensino, como escolas, universidades ou outroseducação tipos de certificações. Educação se refere a um processo de níveis de consciência, em uma jornada que varia de menos consciência sobre a existência de um problema e sua solução, até a consciência do problema e busca ativa por uma oferta satisfatória. ESCLARECIMENTO Diferentemente da visão tradicional de pensar o termo como relacionado ao ambiente formal de ensino, educação aqui se refere ao processo de tornar a audiência mais consciente sobre a oferta que a empresa está comunicando. 64 Fonte: © Visual Generation / / Shutterstock. Schwartz (2004) apresenta cinco tipos de envolvimento nessa escala de consciência, sendo que cada um requer o empenho de maior ou menor esforço de interação e gera, proporcionalmente, menor ou maior retorno financeiro. Clique nas abas abaixo e veja: • Desconhecimento do problema Aqui, são necessários maiores esforços de educação, uma vez que indivíduos não conhecem nem o problema nem o que está combatendo, muito menos a oferta. • Conhecimento do problema, mas não conhece a existência de uma solução Neste ponto da escala, já visualiza uma determinada situação como um problema, mas ainda pensa que é algo insolúvel. • Percepção dos resultados que quer alcançar, e desconhecimento da solução Nesse ponto intermediário, tem a ciência do problema, que ele é solucionável, mas ainda não conhece ofertas que o resolvam. • Estado de comparação, ou seja, vende uma solução, mas não sabe se é a certa para ela Aqui já encontramos públicos mais propensos a comprar, o que faz com que os esforços de educação sejam sensivelmente menores que nos níveis anteriores. Há o reconhecimento da existência de ofertas, mas ainda desconhece que o caso específicopode ser solucionado. • Busca ativamente por uma oferta que satisfaça a situação Por fim, este público pode ser considerado muito qualificado, requerendo esforços mínimos de educação. A pessoa vai até o cliente ativamente, e o trabalho aqui é mostrar que a oferta é melhor que a dos concorrentes. Seu trabalho, enquanto profissional de marketing, portanto, é fazer uma análise sincera da oferta e pensá-la estrategicamente de modo a gerar valor para o consumidor e receita para a empresa. Não há nada de errado em • • • • • 65 Fonte: © Visual Generation / / Shutterstock. Schwartz (2004) apresenta cinco tipos de envolvimento nessa escala de consciência, sendo que cada um requer o empenho de maior ou menor esforço de interação e gera, proporcionalmente, menor ou maior retorno financeiro. Clique nas abas abaixo e veja: • Desconhecimento do problema Aqui, são necessários maiores esforços de educação, uma vez que indivíduos não conhecem nem o problema nem o que está combatendo, muito menos a oferta. • Conhecimento do problema, mas não conhece a existência de uma solução Neste ponto da escala, já visualiza uma determinada situação como um problema, mas ainda pensa que é algo insolúvel. • Percepção dos resultados que quer alcançar, e desconhecimento da solução Nesse ponto intermediário, tem a ciência do problema, que ele é solucionável, mas ainda não conhece ofertas que o resolvam. • Estado de comparação, ou seja, vende uma solução, mas não sabe se é a certa para ela Aqui já encontramos públicos mais propensos a comprar, o que faz com que os esforços de educação sejam sensivelmente menores que nos níveis anteriores. Há o reconhecimento da existência de ofertas, mas ainda desconhece que o caso específico pode ser solucionado. • Busca ativamente por uma oferta que satisfaça a situação Por fim, este público pode ser considerado muito qualificado, requerendo esforços mínimos de educação. A pessoa vai até o cliente ativamente, e o trabalho aqui é mostrar que a oferta é melhor que a dos concorrentes. Seu trabalho, enquanto profissional de marketing, portanto, é fazer uma análise sincera da oferta e pensá-la estrategicamente de modo a gerar valor para o consumidor e receita para a empresa. Não há nada de errado em • • • • • perceber que se está em um ponto específico. Todos possuem pontos positivos e negativos. Pense no primeiro ponto elencado: embora seja um público que requer maior esforço de educação, provavelmente, é o mais amplo e que, consequentemente, pode ser o mais rentável. Como dito na abertura dessa seção, o envolvimento acontece mediante identificação de valor por parte do consumidor. Na sequência, detalhamos mais sobre essa questão. 3.4 Valores do consumidor No último momento desse capítulo, vamos detalhar sobre aspectos mais subjetivos que variam conforme os ambientais da história de vida das pessoas. Após explorar motivações, desejos e necessidades, cabe agora abordar os valores. Diferentemente dos outros termos explorados, valores são mais influenciados pelo ambiente em que o indivíduo está inserido. Ou seja, há maior incidência de influência contextual aqui. Nas próximas páginas, você encontrará tanto definições como modelos para analisar o uso de fatores em comunicações com o mercado de forma prática. 3.4.1 Significados de valor Valor é um conceito abstrato. O mesmo produto, de uma mesma marca, pode ter percepções distintas de valor, dependendo do consumidor. Assim, o conceito de valor pode ser entendido, com base em Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017) e Crocco . (2013) como o resultado da satisfação do cliente, determinado, por um lado, pelaset al expectativas do cliente e, por outro, pelo desempenho do bem ou serviço. Assim, um produto de alto valor tende a ser percebido como algo que gera alta satisfação ao consumidor. Observe a imagem a seguir: Hierarquia das expectativas. Fonte: CROCCO, L. et al., 2013, p. 25. (Adaptado). 66 Note que na figura acima, há uma relação com o nível de expectativa com o produto. Assim, atender expectativas gera satisfação. No entanto, um produto que entrega menos do que a expectativa tende a ser visto negativamente pelo consumidor, independentemente de ser um produto de luxo ou popular. Logo, o contexto do consumo deve ser observado aqui. Na sequência, algumas formas de mensurar valor e auxiliar nesse processo. 3.4.2 Escala de Rokeach Desenvolvida pelo psicólogo Milton Rokeach, a se refere a uma série de valores terminaisescala de Rokeach aplicáveis em diversas culturas (SOLOMON, 2017). Assim, os valores terminais são entendidos como “estados-fim desejados por membros de uma cultura” (SOLOMON, 2017, p. 585). Esses valores terminais estão relacionados a objetivos finais de uma sociedade, como vida confortável, igualdade, segurança familiar e alvação, para citar alguns. Diferentes sociedades terão um próprio de valores terminais.mix Essa escala acabou não sendo amplamente adotada por pesquisadores de por conta dos movimentosmarketing de microculturas. Ou seja, grupos menores formando seus próprios de valores terminais (SOLOMON, 2017).mixes Cultura e microcultura. Fonte: SOLOMON, 2017. (Adaptado). Na tabela acima, vemos os grupos que formam seus próprios de valores terminais.mixes Agora, uma outra possibilidade de escala é a , a qual é apresentada a seguir.escala de valores Schwartz PAUSA PARA REFLETIR A comunicação utilizada com sucesso para consumidores de uma cultura deve ser utilizada em uma diferente? 67 Note que na figura acima, há uma relação com o nível de expectativa com o produto. Assim, atender expectativas gera satisfação. No entanto, um produto que entrega menos do que a expectativa tende a ser visto negativamente pelo consumidor, independentemente de ser um produto de luxo ou popular. Logo, o contexto do consumo deve ser observado aqui. Na sequência, algumas formas de mensurar valor e auxiliar nesse processo. 3.4.2 Escala de Rokeach Desenvolvida pelo psicólogo Milton Rokeach, a se refere a uma série de valores terminaisescala de Rokeach aplicáveis em diversas culturas (SOLOMON, 2017). Assim, os valores terminais são entendidos como “estados-fim desejados por membros de uma cultura” (SOLOMON, 2017, p. 585). Esses valores terminais estão relacionados a objetivos finais de uma sociedade, como vida confortável, igualdade, segurança familiar e alvação, para citar alguns. Diferentes sociedades terão um próprio de valores terminais.mix Essa escala acabou não sendo amplamente adotada por pesquisadores de por conta dos movimentosmarketing de microculturas. Ou seja, grupos menores formando seus próprios de valores terminais (SOLOMON, 2017).mixes Cultura e microcultura. Fonte: SOLOMON, 2017. (Adaptado). Na tabela acima, vemos os grupos que formam seus próprios de valores terminais.mixes Agora, uma outra possibilidade de escala é a , a qual é apresentada a seguir.escala de valores Schwartz PAUSA PARA REFLETIR A comunicação utilizada com sucesso para consumidores de uma cultura deve ser utilizada em uma diferente? 3.4.3 Escala de valores Schwartz (EVS) A escala de valores Schwartz (EVS) deriva da teoria de valores do mesmo autor, a qual estabelece dez valores humanos básicos existentes em todas as culturas, formando, assim, uma estrutura baseada nos conflitos existentes entre as metas motivacionais individuais e os valores culturais (DOMINGUEZ ., 2017).et al Os 10 valores são os seguintes: Teoria de valores de Schwartz. Fonte: DOMINGUEZ et al., 2017, p. 41. (Adaptado). Na tabela, temos elencados os dez valores de Schwartz. Conhecidos os dez valores, eles são relacionados da seguinte forma: 68 Relação entre os dez valores. Fonte: DOMINGUEZ et al., 2017, p. 41. (Adaptado). Embora tenhamos metas específicas e conceitualmente distintas, há uma meta mais ampla, que é a busca por uma subordinação pessoal frente às expectativas socialmente opostas. Veja que o uso dos dez valores acaba sendo direcionado para avaliar os sistemas de múltiplos países cujas populações são compostas por gruposdistintos de pessoas. 3.4.4 Lista de valores (LOV) Clique nas abas a seguir para conhecer essa escala: A escala Essa escala, conforme descrito por Solomon (2017, p. 272), “isola valores com aplicações de marketing mais diretas. O instrumento 69 Relação entre os dez valores. Fonte: DOMINGUEZ et al., 2017, p. 41. (Adaptado). Embora tenhamos metas específicas e conceitualmente distintas, há uma meta mais ampla, que é a busca por uma subordinação pessoal frente às expectativas socialmente opostas. Veja que o uso dos dez valores acaba sendo direcionado para avaliar os sistemas de múltiplos países cujas populações são compostas por grupos distintos de pessoas. 3.4.4 Lista de valores (LOV) Clique nas abas a seguir para conhecer essa escala: A escala Essa escala, conforme descrito por Solomon (2017, p. 272), “isola valores com aplicações de marketing mais diretas. O instrumento Esse instrumento identifica segmentos de consumidores baseados nos valores que os membros endossam e relaciona cada valor a diferenças em comportamentos de consumo”. As prioridades Esses segmentos incluem prioridades como senso de pertencimento, segurança, relacionamentos próximos, entre outros. Identificados esses segmentos, são traçados perfis de público e criadas personas para desenvolvimento das comunicações (MACCEDO, 2019; SOLOMON, 2017). Por exemplo, uma pessoa que valoriza segurança provavelmente é mais velha, possui alguma fonte de renda e tem nível de instrução elevado. Veja que ao longo dos estudos aqui apresentados, pudemos observar como é importante conhecer como se dá o estabelecimento de necessidades, desejos e motivações das pessoas nos estudos do , e como isso ajudamarketing o profissional da área a estabelecer melhor suas metas e planos de trabalho. Proposta de atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore uma oferta de vendas para uma luminária, destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir sua oferta, considere as necessidades, desejos e motivações de compra do consumidor e como a oferta é apresentada para ele. Ainda, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Recapitulando Neste capítulo, vimos que necessidades, desejos, vontades, valores e motivação são elementos distintos e que devem ser pensados cuidadosamente na hora de construir uma oferta. Também, vimos que ofertas levam em conta as particularidades de diferentes grupos de consumidores. Uma oferta de sucesso na Inglaterra pode não ter o mesmo apelo no Brasil, devido ao Inclusive, mesmo ao desenvolvermix. ofertas para um único grupo de consumidores, é necessário considerar o processo de envolvimento dessas pessoas com sua marca e oferta, haja vista que, enquanto alguns já estão propensos a realizar uma compra, outros precisam ser educados sobre como aquilo é importante e resolve determinados problemas para si. Também cabe salientar que não existe oferta perfeita, o que há é esforço de reflexão constante para entender melhor seu mercado consumidor. Nesse sentido, nem sempre as respostas aos questionamentos levantados serão encontradas rapidamente em sua realidade profissional. Por isso, volte e consulte esse capítulo sempre que for necessário. Referências AMA. American Marketing Association. Definitions of Marketing. 2017. Disponível em: <https://www.ama.org/the- >. definition-of-marketing-what-is-marketing/ Acesso em: 21/01/2020. APA. American Psychological Association. APA Dictionary of Psychology: Motivation. [s/d]. Disponível em: < >. https://dictionary.apa.org/motivation Acesso em: 21/01/2020. 70 ______. American Psychological Association. APA Dictionary of Psychology: Need. [s/d]. Disponível em: < >. https://dictionary.apa.org/need Acesso em: 21/01/2020. CHIAVENATO, I. . 9. ed. Barueri: Manole, 2014.Introdução à Teoria Geral da Administração CROCCO, L. . : Conceitos Básicos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.et al Fundamentos de Marketing DOMÍNGUEZ, N. V. D. . Validez y Confiabilidad de la Escala de Valores de Schwartz para Población Mexicana. et al , v. 4, n. 2, p. 39-44, 2017. DisponívelACADEMO - Revista de Investigación en Ciencias Sociales y Humanidades em: < >. Acesso em: 20/01/2020.http://scielo.iics.una.py/pdf/academo/v4n2/2414-8938-academo-4-02-00039.pdf FINCH, J.; KJELLBERG, H. (Eds.). Reconnecting Marketing to Markets. Oxford University Press, 2010. KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. : do Tradicional ao Digital. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. 4.0Marketing MACCEDO, P. : a Habilidade de Ouro Usada por Milionários para Transformar Palavras em Lucro. SãoCopywriting Paulo: DVS Editora, 2020. ______. : o Método Centenário de Escrita Mais Cobiçado do Mercado Americano. Copywriting São Paulo: DVS Editora, 2019. MASLOW, A. H. Motivation and Personality. New York: Harper & Row, 1970. POPADIUK, S. O Processo de Envolvimento na Compra de um Produto. , v. 28, n. 2, pp.Revista de Administração 83-91, 1993. Disponível em: <http://www.spell.org.br/documentos/ver/18588/o-processo-de-envolvimento-na- >. compra-de-um-produto Acesso em: 20/01/2020. SCHWARTZ, E. M. Breakthrough Advertising. Bonne: Bottom Line Books, 2004. SHOVE, E.; ARAUJO, L. Consumption, Materiality, and Markets. In: ARAUJO, L. Reconnecting Marketing to Markets. Oxford: University Press, 2010. SOLOMON, M. : Buying, Having, and Being. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2017.Consumer Behavior 71 ______. American Psychological Association. APA Dictionary of Psychology: Need. [s/d]. Disponível em: < >. https://dictionary.apa.org/need Acesso em: 21/01/2020. CHIAVENATO, I. . 9. ed. Barueri: Manole, 2014.Introdução à Teoria Geral da Administração CROCCO, L. . : Conceitos Básicos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.et al Fundamentos de Marketing DOMÍNGUEZ, N. V. D. . Validez y Confiabilidad de la Escala de Valores de Schwartz para Población Mexicana. et al , v. 4, n. 2, p. 39-44, 2017. DisponívelACADEMO - Revista de Investigación en Ciencias Sociales y Humanidades em: < >. Acesso em: 20/01/2020.http://scielo.iics.una.py/pdf/academo/v4n2/2414-8938-academo-4-02-00039.pdf FINCH, J.; KJELLBERG, H. (Eds.). Reconnecting Marketing to Markets. Oxford University Press, 2010. KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. : do Tradicional ao Digital. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. 4.0Marketing MACCEDO, P. : a Habilidade de Ouro Usada por Milionários para Transformar Palavras em Lucro. SãoCopywriting Paulo: DVS Editora, 2020. ______. : o Método Centenário de Escrita Mais Cobiçado do Mercado Americano. Copywriting São Paulo: DVS Editora, 2019. MASLOW, A. H. Motivation and Personality. New York: Harper & Row, 1970. POPADIUK, S. O Processo de Envolvimento na Compra de um Produto. , v. 28, n. 2, pp.Revista de Administração 83-91, 1993. Disponível em: <http://www.spell.org.br/documentos/ver/18588/o-processo-de-envolvimento-na- >. compra-de-um-produto Acesso em: 20/01/2020. SCHWARTZ, E. M. Breakthrough Advertising. Bonne: Bottom Line Books, 2004. SHOVE, E.; ARAUJO, L. Consumption, Materiality, and Markets. In: ARAUJO, L. Reconnecting Marketing to Markets. Oxford: University Press, 2010. SOLOMON, M. : Buying, Having, and Being. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2017.Consumer Behavior COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E USER EXPERIENCE CAPÍTULO 4 - PROCESSO DECISÓRIO DE CONSUMO Rodrigo Costa Segabinazzi 72 Objetivos do capítulo Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Identificar o processo de decisão de compra do consumidor. Tópicos de estudo • Decisão dos consumidores. • Perspectivas da tomada de decisão. • Tipos de decisão dos consumidores. • Modelo de processo de decisão de compra do consumidor. • Reconhecimento da necessidade. • Compra. • Pós-compra. • Descarte. • O ambiente de venda e a tecnologia: potencializadores do consumo. • Influência do do ponto de venda.layout • Influência da atmosfera do ponto de venda. • Influência da tecnologia no comportamento do consumidor. Contextualizando o cenário Imagine a seguinte situação: ao caminhar pelo shopping center da suacidade, você passa em frente a uma loja de roupa de cama, mesa e banho. Ao se aproximar você sente um aroma agradável, que lhe remete a uma casa arrumada, ampla, agradável. Mesmo sem olhar para o nome da loja, a partir do cheiro você já a identifica. Ao entrar nesta loja, você descobrirá que este aroma foi inserido no ambiente, e que inclusive é vendido por esta loja. Pois é, a preparação do ambiente e atmosfera de loja é um recurso amplamente utilizado por varejistas, não apenas no Brasil. Kotler (1973) já apontava que a preparação de um ambiente de loja agradável é uma valiosa ferramenta a ser utilizada pelas empresas, pois pode influenciar diretamente o processo de decisão de compra. A partir desta contextualização inicial, trazemos o seguinte questionamento: Como podemos utilizar diferentes recursos para guiar o comportamento do consumidor durante o seu processo de compra? 4.1 Decisão dos consumidores Em sociedades capitalistas, todo indivíduo é um consumidor. Diariamente tomamos diversas decisões de consumo. Qual meio de transporte utilizaremos para o trabalho? Em que restaurante almoçaremos, em qual supermercado faremos nossas compras, e assim por diante. Cada uma destas decisões é baseada em uma série de critérios organizados consciente ou inconscientemente em nossas mentes. A partir dos critérios organizados em sua mente, o consumidor pode realizar compras levado por impulso, pode considerar aspectos utilitários de um produto, pode planejar e buscar informações, dependendo da situação e tipo de compra em que está se envolvendo. A partir deste cenário, a seguir abordaremos as diferentes perspectivas e tipos de decisão dos consumidores. • • • • • • • • • • • • • 73 Objetivos do capítulo Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Identificar o processo de decisão de compra do consumidor. Tópicos de estudo • Decisão dos consumidores. • Perspectivas da tomada de decisão. • Tipos de decisão dos consumidores. • Modelo de processo de decisão de compra do consumidor. • Reconhecimento da necessidade. • Compra. • Pós-compra. • Descarte. • O ambiente de venda e a tecnologia: potencializadores do consumo. • Influência do do ponto de venda.layout • Influência da atmosfera do ponto de venda. • Influência da tecnologia no comportamento do consumidor. Contextualizando o cenário Imagine a seguinte situação: ao caminhar pelo shopping center da sua cidade, você passa em frente a uma loja de roupa de cama, mesa e banho. Ao se aproximar você sente um aroma agradável, que lhe remete a uma casa arrumada, ampla, agradável. Mesmo sem olhar para o nome da loja, a partir do cheiro você já a identifica. Ao entrar nesta loja, você descobrirá que este aroma foi inserido no ambiente, e que inclusive é vendido por esta loja. Pois é, a preparação do ambiente e atmosfera de loja é um recurso amplamente utilizado por varejistas, não apenas no Brasil. Kotler (1973) já apontava que a preparação de um ambiente de loja agradável é uma valiosa ferramenta a ser utilizada pelas empresas, pois pode influenciar diretamente o processo de decisão de compra. A partir desta contextualização inicial, trazemos o seguinte questionamento: Como podemos utilizar diferentes recursos para guiar o comportamento do consumidor durante o seu processo de compra? 4.1 Decisão dos consumidores Em sociedades capitalistas, todo indivíduo é um consumidor. Diariamente tomamos diversas decisões de consumo. Qual meio de transporte utilizaremos para o trabalho? Em que restaurante almoçaremos, em qual supermercado faremos nossas compras, e assim por diante. Cada uma destas decisões é baseada em uma série de critérios organizados consciente ou inconscientemente em nossas mentes. A partir dos critérios organizados em sua mente, o consumidor pode realizar compras levado por impulso, pode considerar aspectos utilitários de um produto, pode planejar e buscar informações, dependendo da situação e tipo de compra em que está se envolvendo. A partir deste cenário, a seguir abordaremos as diferentes perspectivas e tipos de decisão dos consumidores. • • • • • • • • • • • • • 4.1.1 Perspectivas da tomada de decisão Como vimos até aqui, o consumidor se envolve em diferentes atividades de compra no seu cotidiano. Como Solomon (2016) aponta, toda decisão de consumo é uma resposta a um problema. Para resolvermos esses problemas diários, utilizamos um processo construtivo em que podemos ter maior envolvimento físico, cognitivo ou emocional, ou apenas utilizar alguns gatilhos e atalhos para guiar nossa decisão. A partir deste princípio, podemos indicar três grandes perspectivas para analisarmos a tomada de decisão do consumidor: A cognitiva, a afetiva e a habitual. Como Solomon (2016) caracteriza, podemos fazer uma analogia com recipientes, em diferentes momentos o consumidor utiliza, busca em um recipiente as informações para suas decisões. A figura a seguir exemplifica essas relações: Perspectivas para a tomada de decisão. Fonte: SOLOMON, 2016, p. 38. (Adaptado). Como podemos notar na imagem, de acordo com estas perspectivas, o consumidor realiza diferentes processos ao tomar suas decisões de compra. Clique nas abas a seguir para entender cada perspectiva mencionada: • Perspectiva cognitiva Na perspectiva cognitiva, podemos afirmar que existe processamento de informações. De acordo com esta visão, as pessoas integram calma e cuidadosamente possível o máximo de informações com o que elas já sabem a respeito de um produto, ponderam meticulosamente sobre os prós e contras de cada alternativa e chegam a uma decisão satisfatória (Solomon, 2016). Nesta perspectiva, o consumidor passa conscientemente por uma série de etapas, em um processo estruturado para tomar suas decisões. • Perspectiva habitual • • 74 Já na perspectiva ou compra habitual, o consumidor realiza suas decisões a partir de gatilhos ou atalhos mentais, com pouco ou nenhum processamento da informação de forma consciente. Por exemplo, ao ver uma propaganda de chocolate na televisão, pode pensar Hum, que vontade de comer um chocolate, vou sair O consumidor não percebeu, mas ele pode ter recebido uma mensagem do tipo pré-para comprar. ativação ou , ou seja, um estímulo ou uma dica recebida do ambiente que o levou a priming inconscientemente buscar um produto. Note que realizamos diversas compras deste tipo ao realizarmos nossas compras em um supermercado, por exemplo. • Perspectiva emocional Na perspectiva emocional, afirmamos que nossas decisões de consumo podem ser baseadas em afeto, não passando por estágios de processamento ou mesmo pré-ativação. Neste caso, o objetivo dos profissionais de marketing é gerar reações emocionais ao consumidor, para que a partir das mesmas o indivíduo realize suas compras. Na verdade, um dos grandes objetivos de qualquer marca é gerar conexão emocional, despertar sentimentos e afetos positivos ao consumidor. Algumas marcas atualmente podem ser consideradas até ou marcas amadas, visto que o sentimento gerado ao consumidor poderia serlovemarks, descrito ou aproximar-se de sentimentos como o amor. As compras seriam, assim, baseadas nesta conexão emocional. Estas perspectivas são úteis para entendermos os tipos de decisão do consumidor, como veremos a seguir. 4.1.2 Tipos de decisão dos consumidores Como vimos até aqui, podemos afirmar que nossas decisões de compra podem ocorrer em diferentes situações, e envolvendo diferentes processos. Samara e Morsch (2005) afirmam que o consumidor possui basicamente dois tipos de decisões de compra: e Estas compras por sua vez, diferem emcompras habituais compras complexas. relação a dois elementos básicos, que você conhece clicando a seguir: Envolvimento Grau de preocupação e cuidado. Normalmente ligado ao ego e autoimagem do indivíduo. Busca por informações Tempo e esforço para conhecer o produto/serviço e opções disponíveis no mercado. • DICA É importante que você tenha claro que uma perspectiva de decisão de compra não exclui a outra. Algumas decisões de compra são explicadas de forma mais clarapela perspectiva cognitiva, enquanto outras podem ser explicadas pelas perspectivas habitual e afetiva. 75 Já na perspectiva ou compra habitual, o consumidor realiza suas decisões a partir de gatilhos ou atalhos mentais, com pouco ou nenhum processamento da informação de forma consciente. Por exemplo, ao ver uma propaganda de chocolate na televisão, pode pensar Hum, que vontade de comer um chocolate, vou sair O consumidor não percebeu, mas ele pode ter recebido uma mensagem do tipo pré-para comprar. ativação ou , ou seja, um estímulo ou uma dica recebida do ambiente que o levou a priming inconscientemente buscar um produto. Note que realizamos diversas compras deste tipo ao realizarmos nossas compras em um supermercado, por exemplo. • Perspectiva emocional Na perspectiva emocional, afirmamos que nossas decisões de consumo podem ser baseadas em afeto, não passando por estágios de processamento ou mesmo pré-ativação. Neste caso, o objetivo dos profissionais de marketing é gerar reações emocionais ao consumidor, para que a partir das mesmas o indivíduo realize suas compras. Na verdade, um dos grandes objetivos de qualquer marca é gerar conexão emocional, despertar sentimentos e afetos positivos ao consumidor. Algumas marcas atualmente podem ser consideradas até ou marcas amadas, visto que o sentimento gerado ao consumidor poderia serlovemarks, descrito ou aproximar-se de sentimentos como o amor. As compras seriam, assim, baseadas nesta conexão emocional. Estas perspectivas são úteis para entendermos os tipos de decisão do consumidor, como veremos a seguir. 4.1.2 Tipos de decisão dos consumidores Como vimos até aqui, podemos afirmar que nossas decisões de compra podem ocorrer em diferentes situações, e envolvendo diferentes processos. Samara e Morsch (2005) afirmam que o consumidor possui basicamente dois tipos de decisões de compra: e Estas compras por sua vez, diferem emcompras habituais compras complexas. relação a dois elementos básicos, que você conhece clicando a seguir: Envolvimento Grau de preocupação e cuidado. Normalmente ligado ao ego e autoimagem do indivíduo. Busca por informações Tempo e esforço para conhecer o produto/serviço e opções disponíveis no mercado. • DICA É importante que você tenha claro que uma perspectiva de decisão de compra não exclui a outra. Algumas decisões de compra são explicadas de forma mais clara pela perspectiva cognitiva, enquanto outras podem ser explicadas pelas perspectivas habitual e afetiva. Em compras habituais, o consumidor utiliza pouco ou nenhum esforço/tempo para buscar maiores informações acerca de um produto ou serviço, antes de realizar sua decisão de compra. Estas compras são realizadas diariamente, normalmente envolvem produtos de baixo preço, como itens adquiridos no supermercado diariamente. Da mesma forma, nessas compras o consumidor também apresenta um baixo nível de envolvimento, isto é, demonstra pouca preocupação e cuidado no momento da escolha do produto ou serviço a ser consumidor. Neste tipo de compra, normalmente os produtos adquiridos possuem pouco valor simbólico, e assim relação com a autoimagem e percepção de si mesmo do indivíduo. Fonte: © Zbynek Pospisil / / iStock. Por outro lado, em compras complexas o consumidor normalmente utilizará diversas fontes, tempo e esforço para obter o maior número possível de informações sobre o produto ou serviço buscado. Nestas compras, normalmente existe alto envolvimento, a percepção do valor do produto ou serviço vai ao encontro da imagem que o consumidor possui ou idealiza de si mesmo. Existe alto valor simbólico envolvido nesta compra. Alguns exemplos envolveriam a compra de um automóvel, uma casa, roupas. Você consegue imaginar a complexidade desta situação? A partir destas relações, Samara e Morsh (1995) traçam uma série de possíveis situações em que o tipo de compra do consumidor varia, a partir da sua busca por informações e grau de envolvimento: PAUSA PARA REFLETIR Você não recorda a última vez em que passou horas buscando a roupa ideal para uma ocasião? 76 Tipo de compra e Grau de Envolvimento X busca de informações. Fonte: SAMARA; MORSCH, 2005, p. 26. (Adaptado). Visualizando a figura, podemos notar, por exemplo, que ao possuir alto envolvimento e apresentar alta busca por informações, o consumidor normalmente realiza uma compra racional, como um automóvel, uma casa, entre outros. Agora, se analisarmos o oposto, podemos notar que em situações de baixo envolvimento e pouca busca por informações, o consumidor realiza compras consideradas habituais, em que variações de preço e envolvimento não são relevantes. Seguindo os preceitos da perspectiva cognitiva e as ideias de envolvimento/busca por informações, veremos a seguir como o consumidor passar por diferentes estágios para realizar suas decisões de compra, compreendendo, inicialmente, os diferentes modelos para a tomada de decisão. 4.2. Modelo de processo de decisão do consumidor Como vimos até aqui, diferentes perspectivas explicam como o consumidor realiza suas decisões. A partir da perspectiva cognitiva (Solomon, 2016), entendemos que o consumidor processa diferentes estímulos e informações para realizar suas compras. Pensando na compra como um processo, é possível afirmar que este recebe influências (internas e externas) e é estruturado em uma série de etapas ou passos. A partir deste contexto, podemos afirmar que diversos autores como Hawkins (2007), Solomon (2016) eet al. Samara e Morsch (2005) estruturam o processo de compra em um modelo tradicional, amplamente utilizado em Neste modelo, o consumidor movimenta-se para a realização de uma compra a partir domarketing. reconhecimento de uma necessidade ou problema, e finaliza o processo partir do descarte do produto. Vamos aprofundar as etapas deste modelo a seguir. 4.2.1 Reconhecimento da necessidade/problema Imagine que você está em no sofá de sua casa e simplesmente pensa Preciso comprar um sapato. O que o levou a ter este pensamento? Autores como Samara e Morsch (2005) e Solomon (2016) concordam ao afirmar que o indivíduo inicia suas compras a partir da percepção de uma necessidade ou problema, um estado atual do qual visa sair, obter satisfação. Esse estado pode ser gerado por estímulos internos, como a fome ou a angústia pela falta de uma roupa para uma ocasião especial, ou estímulos externos, como as atividades de realizadas em campanhas demarketing comunicação e pontos de venda. Assim, o reconhecimento de uma necessidade normalmente ocorre a partir de fatores a seguir. Clique para conhecê-los: 77 Tipo de compra e Grau de Envolvimento X busca de informações. Fonte: SAMARA; MORSCH, 2005, p. 26. (Adaptado). Visualizando a figura, podemos notar, por exemplo, que ao possuir alto envolvimento e apresentar alta busca por informações, o consumidor normalmente realiza uma compra racional, como um automóvel, uma casa, entre outros. Agora, se analisarmos o oposto, podemos notar que em situações de baixo envolvimento e pouca busca por informações, o consumidor realiza compras consideradas habituais, em que variações de preço e envolvimento não são relevantes. Seguindo os preceitos da perspectiva cognitiva e as ideias de envolvimento/busca por informações, veremos a seguir como o consumidor passar por diferentes estágios para realizar suas decisões de compra, compreendendo, inicialmente, os diferentes modelos para a tomada de decisão. 4.2. Modelo de processo de decisão do consumidor Como vimos até aqui, diferentes perspectivas explicam como o consumidor realiza suas decisões. A partir da perspectiva cognitiva (Solomon, 2016), entendemos que o consumidor processa diferentes estímulos e informações para realizar suas compras. Pensando na compra como um processo, é possível afirmar que este recebe influências (internas e externas) e é estruturado em uma série de etapas ou passos. A partir deste contexto, podemos afirmar que diversos autores como Hawkins (2007), Solomon (2016) eet al. Samara e Morsch (2005) estruturam o processo de compraem um modelo tradicional, amplamente utilizado em Neste modelo, o consumidor movimenta-se para a realização de uma compra a partir domarketing. reconhecimento de uma necessidade ou problema, e finaliza o processo partir do descarte do produto. Vamos aprofundar as etapas deste modelo a seguir. 4.2.1 Reconhecimento da necessidade/problema Imagine que você está em no sofá de sua casa e simplesmente pensa Preciso comprar um sapato. O que o levou a ter este pensamento? Autores como Samara e Morsch (2005) e Solomon (2016) concordam ao afirmar que o indivíduo inicia suas compras a partir da percepção de uma necessidade ou problema, um estado atual do qual visa sair, obter satisfação. Esse estado pode ser gerado por estímulos internos, como a fome ou a angústia pela falta de uma roupa para uma ocasião especial, ou estímulos externos, como as atividades de realizadas em campanhas demarketing comunicação e pontos de venda. Assim, o reconhecimento de uma necessidade normalmente ocorre a partir de fatores a seguir. Clique para conhecê-los: Necessidade de reposição Falta ou pouca quantidade de itens de baixo custo adquiridos diariamente, como produtos de limpeza, alimentos entre outros. Necessidade funcional Falta de produtos e serviços que normalmente possuem maior relevância para o consumidor e desempenham papeis em seu cotidiano, como formas de transporte, móveis, entre outros. Sua necessidade normalmente surge pela avaria ou desgaste do modelo anterior. Necessidade emocional A sua falta normalmente está associada à busca por prestígio, status, senso de conquista ou participação em um grupo. Esses sentimentos podem estar associados a uma ampla gama de produtos, como uma motocicleta ou camisa de clubes de futebol. Essas necessidades podem variam em intensidade e formato de acordo com a cultura e situação do indivíduo. É certo dizer que todos os consumidores as enfrentam diariamente, em maior ou menor grau. Fonte: © Waldemarus / / iStock. A partir do reconhecimento de uma necessidade ou problema, o consumidor passa ao próximo passo do processo de decisão de compra, a compra em si. PAUSA PARA REFLETIR Quais destas necessidades conseguimos identificar com maior facilidade em nosso dia a dia? 78 4.2.2 Compra Após o reconhecimento de uma necessidade ou problema, o consumidor busca informações e avalia as melhores alternativas até o momento da sua decisão, em que a compra efetivamente será realizada. A decisão da compra envolverá a escolha de um produto ou serviço, uma marca, uma loja (física ou virtual) e uma forma de pagamento. No Brasil, há alguns anos grandes varejistas criaram seus próprios cartões de crédito, para que a forma de pagamento e opções de parcelamento auxiliassem seus clientes potenciais a escolhê-los. Neste sentido, podemos afirmar que a compra em si possui três subetapas para que possa ser efetivada. Clique a seguir para conhecê-las: A identificação da alternativa preferida. A intenção de compra. A implementação de compra em si (Samara e Morsch, 2005). Agora, imagine situações em que você pode ter escolhido um produto como um automóvel, ou um serviço de telefonia, mas problemas em sua documentação, restrições de pagamento ou mesmo a indisponibilidade do produto ou serviço no momento podem levar a sua preferência ou intenção a não serem concretizadas com a compra. Para profissionais de é fundamental organizar todas as estruturas de atendimento ao consumidor, paramarketing, que qualquer intenção de compra leve à sua efetivação. Mas a partir da compra, encerra-se a relação com o consumidor? Não na verdade temos uma das etapas mais importantes do processo, o comportamento pós- compra. 4.2.3 Pós-compra Após a concretização de uma compra, o consumidor normalmente utiliza o produto ou serviço e realiza uma avaliação da sua experiência com a empresa. É papel dos profissionais de marketing desenvolver canais diretos de comunicação com o consumidor neste estágio, devido a três grandes motivos: 1) Conhecer estados emocionais resultantes da experiência consumidor-empresa, como satisfação ou insatisfação. 2) Traçar estratégias para remediar a insatisfação e potencializar a satisfação. 3) Estabelecer relações duradouras para compras futuras. 79 4.2.2 Compra Após o reconhecimento de uma necessidade ou problema, o consumidor busca informações e avalia as melhores alternativas até o momento da sua decisão, em que a compra efetivamente será realizada. A decisão da compra envolverá a escolha de um produto ou serviço, uma marca, uma loja (física ou virtual) e uma forma de pagamento. No Brasil, há alguns anos grandes varejistas criaram seus próprios cartões de crédito, para que a forma de pagamento e opções de parcelamento auxiliassem seus clientes potenciais a escolhê-los. Neste sentido, podemos afirmar que a compra em si possui três subetapas para que possa ser efetivada. Clique a seguir para conhecê-las: A identificação da alternativa preferida. A intenção de compra. A implementação de compra em si (Samara e Morsch, 2005). Agora, imagine situações em que você pode ter escolhido um produto como um automóvel, ou um serviço de telefonia, mas problemas em sua documentação, restrições de pagamento ou mesmo a indisponibilidade do produto ou serviço no momento podem levar a sua preferência ou intenção a não serem concretizadas com a compra. Para profissionais de é fundamental organizar todas as estruturas de atendimento ao consumidor, paramarketing, que qualquer intenção de compra leve à sua efetivação. Mas a partir da compra, encerra-se a relação com o consumidor? Não na verdade temos uma das etapas mais importantes do processo, o comportamento pós- compra. 4.2.3 Pós-compra Após a concretização de uma compra, o consumidor normalmente utiliza o produto ou serviço e realiza uma avaliação da sua experiência com a empresa. É papel dos profissionais de marketing desenvolver canais diretos de comunicação com o consumidor neste estágio, devido a três grandes motivos: 1) Conhecer estados emocionais resultantes da experiência consumidor-empresa, como satisfação ou insatisfação. 2) Traçar estratégias para remediar a insatisfação e potencializar a satisfação. 3) Estabelecer relações duradouras para compras futuras. Fonte: © / / iStock. Para conhecer o estado emocional resultante da experiência, é fundamental que a empresa possua canais diretos com o consumidor. Pesquisas podem ser realizadas através de meios como o telefone ou até mesmo pelase-mail, redes sociais. Em algumas redes sociais, por exemplo, o consumidor pode atribuir entre zero a cinco estrelas, realizando ainda um comentário a respeito da situação. Nesse sentido, também é fundamental que a organização tenha força de trabalho e estratégias para remediar possíveis insatisfações e potencializar estados de satisfação. Veja como clicando nas abas abaixo: Comentários negativos Comentários negativos em redes sociais devem ser respondidos rapidamente, oferecendo opções de retratação pela organização. Comentários positivos Comentários positivos, mediante autorização podem ser compartilhados, atraindo assim novos compradores. Neste estágio, também é importante que profissionais de marketing desenvolvam programas de benefícios, como preços mais baixos, novas opções de produtos /serviços, para que a avaliação atual da compra leve o consumidor a estabelecer relações duradouras com a empresa. No entanto, do atual ponto de vista da área de a compra também não se encerra no comportamentomarketing, pós-compra. Especialmente no caso de produtos físicos, existe uma preocupação crescente em relação ao que será feito com o bem adquirido após a sua utilização. Vamos falar então sobre a fase do descarte. PAUSA PARA REFLETIR Você recorda qual foi a última vez que realizou algum tipo de pesquisa de satisfação para uma empresa? Como foi essa experiência? 80 4.2.4 Descarte Após a utilização de um produto, uma ação natural do consumidor seria livrar-se dele, ou descartá-lo. O descarte envolve a finalização do uso de um produtopelo consumidor e o seu ato em distanciar-se dele. Nos últimos anos, levando em conta questões ambientais e regulações legais, cada vez mais empresas tem se preocupado com o destino destes produtos, e o comportamento dos consumidores a respeito do descarte. Se acessarmos o da site , notaremos que a atual definição de afirma que este é aAssociação Americana de Marketing (AMA) marketing atividade, conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que possuem valor para fregueses, clientes, parceiros e sociedade em geral (AMA, 2017). Fonte: © KatarzynaBialasiewicz / / iStock. Se considerarmos esta afirmação, notamos que é papel das empresas a preocupação com a sociedade de forma geral, essa ideia envolve a preocupação com o produto não apenas no momento da venda, mas também após a sua utilização pelo consumidor. Além da prevenção a eventuais problemas sociais, o descarte adequado de produtos leva a novas oportunidades de produção e consumo. Muitas marcas têm trazido no seu DNA e no centro da sua oferta de valor a sustentabilidade e a reutilização de materiais. CURIOSIDADE Você sabia que a reutilização de produtos só é possível a partir da logística reversa? Através deste processo em podemos utilizar um pneu de automóvel usado, por exemplo, triturá-lo e utilizar sua borracha para a fabricação de asfaltos mais flexíveis e duráveis. Este processo já ocorre no Brasil. 81 4.2.4 Descarte Após a utilização de um produto, uma ação natural do consumidor seria livrar-se dele, ou descartá-lo. O descarte envolve a finalização do uso de um produto pelo consumidor e o seu ato em distanciar-se dele. Nos últimos anos, levando em conta questões ambientais e regulações legais, cada vez mais empresas tem se preocupado com o destino destes produtos, e o comportamento dos consumidores a respeito do descarte. Se acessarmos o da site , notaremos que a atual definição de afirma que este é aAssociação Americana de Marketing (AMA) marketing atividade, conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que possuem valor para fregueses, clientes, parceiros e sociedade em geral (AMA, 2017). Fonte: © KatarzynaBialasiewicz / / iStock. Se considerarmos esta afirmação, notamos que é papel das empresas a preocupação com a sociedade de forma geral, essa ideia envolve a preocupação com o produto não apenas no momento da venda, mas também após a sua utilização pelo consumidor. Além da prevenção a eventuais problemas sociais, o descarte adequado de produtos leva a novas oportunidades de produção e consumo. Muitas marcas têm trazido no seu DNA e no centro da sua oferta de valor a sustentabilidade e a reutilização de materiais. CURIOSIDADE Você sabia que a reutilização de produtos só é possível a partir da logística reversa? Através deste processo em podemos utilizar um pneu de automóvel usado, por exemplo, triturá-lo e utilizar sua borracha para a fabricação de asfaltos mais flexíveis e duráveis. Este processo já ocorre no Brasil. Notamos que o consumidor se envolve, assim, em diferentes etapas até comprar e descartar um produto. Mas como o seu interesse pode ser despertado? Como profissionais de podem acessá-lo em um ambientemarketing físico, por exemplo? Vamos responder essas perguntas entendendo um pouco mais sobre o papel do nolayout ponto de venda. 4.3 O ambiente de venda e a tecnologia: potencializadores do consumo No material trabalhado até aqui, pudemos notar que consumidor possui diferentes informações e passa por etapas de um processo, antes de efetivar suas compras. Durante este processo, além das necessidades e desejos internos, o consumidor recebe influências do ambiente nas suas decisões do consumo, entre elas as chamadas atividades de (Solomon, 2016; Samara e Morsch, 2005).marketing Entre as atividades de para criar e entregar valor ao consumidor, destacam-se os esforços em criarmarketing ambientes de venda em que o consumidor seja estimulado a realizar suas compras, especialmente por meio experiências diferenciadas. Opções de e disposição física, utilização de estímulos sensoriais como sons, layout imagens e aromas estão entre algumas estratégias utilizadas pelas empresas para estimular o consumidor. Vamos aprofundar estas ideias a seguir. 4.3.1 A influência do do ponto de vendalayout Mesmo com o avanço da internet, é possível afirmar que o consumidor ainda realiza boa parte de suas compras em pontos de venda físicos. Um site ou mesmo o aplicativo de uma empresa também podem ser considerados pontos de venda, no entanto, esta expressão normalmente está associada a ambientes de consumo físicos. Em tempos de tecnologia e praticidade, o que ainda leva consumidores a buscarem uma loja? Por que seguemshopping centers tendo tanto fluxo? A resposta está na palavra experiência. Como Solomon (2016) aponta, empresas cada vez mais tem apostado na tematização e teatralização dos espaços de varejo, como uma das formas para envolver o consumidor. mais do que nunca possuem carrosséis,Shoppings campos de minigolfe e pistas de para entreter o consumidor ao longo de suas compras. A criação de umskate tema, como temas de paisagem (associação com a natureza), temas de mercado (construções realizadas pelo homem), temas de ciberespaço (tecnologia da informação e comunicação) e temas da mente (introspecção), alguns exemplos trazidos por Solomon (2016) de como um espaço de varejo podem gerar associações e experiências para o consumidor. Fonte: © onurdongel / / iStock. 82 Fonte: © onurdongel / / iStock. Nestes espaços de entretenimento, é importante que o varejista desenvolva, através do seu espaço físico, uma imagem da loja (Solomon 2016). A imagem da loja, assim como a marca de um produto, diz respeito a como será percebida pelo consumidor, como um espaço de convivência, um espaço para descobrir novas tecnologias, um espaço para relaxar, um espaço para aprender etc. Vamos entender mais sobre a construção da imagem e a organização espacial de uma loja clicando a seguir: Construção de imagem A construção desta imagem envolve o do interior da loja, por meio da mobília, imagens e sua organizaçãodesign espacial, e está associada também ao perfil da equipe de atendimento e vendas. Para estimular compras de impulso, um dos recursos recomendados é a utilização de ou seja, material promocionalmerchandising, desenvolvido pelas marcas para despertar a atenção do consumidor no ponto de venda. Organização espacial Em relação à organização espacial, recomenda-se que o ambiente de loja facilite a circulação do consumidor, permita a visualização clara de produtos e marcas disponíveis, bem como seja convidado a estabelecer relações com o ambiente, através de associações positivas ao seu cotidiano (alegria em tomar um café, em realizar uma viagem com a família etc). Além do , é importante que o espaço de varejo ou ambiente de loja também utilizelayout outros recursos para criar uma atmosfera agradável, que influencie positivamente o comportamento de compra do consumidor. Veremos mais a seguir. 4.3.2 Influência da atmosfera do ponto de venda Além do espaço físico de um ponto de venda, a criação de uma atmosfera envolve a combinação de diversos estímulos para a criação de experiências diferenciadas ao consumidor. Do ponto de vista de , estemarketing pensamento teve algumas de suas raízes nas ideias de Kotler (1973) e sua publicação chamada de atmosferas como uma ferramenta de marketing. A partir deste trabalho, muito tem se pesquisado para a combinação de estímulos como a música (sons), aromas (olfato), gostos (paladar), contato e toque ao produto (tato) e utilização de imagens, organização espacial de uma loja (visão) em espaços de varejo. Levando esta ideia para a prática, sabe-se que as cores (amarelo, vermelho, azul, branco) podem gerar diferentes reações ao indivíduo. A cor vermelha, por exemplo, é associada a sentimentos como paixão, amor. Não é uma coincidência o fato de a mesma ser amplamente utilizada por espaços de varejo que comercializamperfumes, lingerie outros produtos relacionados à interação humana. 83 Fonte: © onurdongel / / iStock. Nestes espaços de entretenimento, é importante que o varejista desenvolva, através do seu espaço físico, uma imagem da loja (Solomon 2016). A imagem da loja, assim como a marca de um produto, diz respeito a como será percebida pelo consumidor, como um espaço de convivência, um espaço para descobrir novas tecnologias, um espaço para relaxar, um espaço para aprender etc. Vamos entender mais sobre a construção da imagem e a organização espacial de uma loja clicando a seguir: Construção de imagem A construção desta imagem envolve o do interior da loja, por meio da mobília, imagens e sua organizaçãodesign espacial, e está associada também ao perfil da equipe de atendimento e vendas. Para estimular compras de impulso, um dos recursos recomendados é a utilização de ou seja, material promocionalmerchandising, desenvolvido pelas marcas para despertar a atenção do consumidor no ponto de venda. Organização espacial Em relação à organização espacial, recomenda-se que o ambiente de loja facilite a circulação do consumidor, permita a visualização clara de produtos e marcas disponíveis, bem como seja convidado a estabelecer relações com o ambiente, através de associações positivas ao seu cotidiano (alegria em tomar um café, em realizar uma viagem com a família etc). Além do , é importante que o espaço de varejo ou ambiente de loja também utilizelayout outros recursos para criar uma atmosfera agradável, que influencie positivamente o comportamento de compra do consumidor. Veremos mais a seguir. 4.3.2 Influência da atmosfera do ponto de venda Além do espaço físico de um ponto de venda, a criação de uma atmosfera envolve a combinação de diversos estímulos para a criação de experiências diferenciadas ao consumidor. Do ponto de vista de , estemarketing pensamento teve algumas de suas raízes nas ideias de Kotler (1973) e sua publicação chamada de atmosferas como uma ferramenta de marketing. A partir deste trabalho, muito tem se pesquisado para a combinação de estímulos como a música (sons), aromas (olfato), gostos (paladar), contato e toque ao produto (tato) e utilização de imagens, organização espacial de uma loja (visão) em espaços de varejo. Levando esta ideia para a prática, sabe-se que as cores (amarelo, vermelho, azul, branco) podem gerar diferentes reações ao indivíduo. A cor vermelha, por exemplo, é associada a sentimentos como paixão, amor. Não é uma coincidência o fato de a mesma ser amplamente utilizada por espaços de varejo que comercializam perfumes, lingerie outros produtos relacionados à interação humana. Fonte: © Kat-Ka / / iStock. Por outro lado, cores consideradas mais sóbrias como azul e verde são amplamente utilizadas por empresas que comercializam produtos de higiene e bem-estar, por exemplo. Como Solomon (2016) afirma, a criação de uma atmosfera de ponto de venda envolve projeção consciente do espaço para despertar determinados efeitos nos consumidores. Como isto ocorre na prática? Lojas de roupas e acessórios esportivos, por exemplo, utilizam imagens de esportistas realizando grandes feitos em seus espaços, para gerar associação entre estas conquistas e o produto a ser ofertado ao consumidor Lembre-se de alguns espaços de varejo onde você sentiu um aroma marcante, é possível que ao sentir este aroma você já lembre o nome da marca e como é seu espaço físico. É possível que você também se recorde de uma loja que gosta de visitar apenas ao ouvir músicas alegres. Como trabalhamos até aqui, estas lembranças e associações não são coincidências, são consequência de um esforço de em influenciar o consumidor nas suasmarketing decisões de compra. Samara e Morsch (2005) exemplificam esse processo a seguir. Resposta emocional. Fonte: SAMARA; MORSCH, 2005, p .157. (Adaptado). Como o esquema evidencia, a utilização de diferentes recursos em pontos de venda cria uma atmosfera favorável de estímulo ao consumo. Cores, sons e texturas podem gerar associações positivas ao consumidor, são traduzidas em comportamentos de compra. Cabe ao profissional de obter o máximo de informações sobre o perfilmarketing do consumidor, suas preferências, autoimagem, estilo de vida, para então planejar a organização da sua atmosfera de loja. Logo, compreender as preferências de cada consumidor ou grupo de consumidores é fundamental para a escolha dos estímulos que construirão a atmosfera de loja, e que assim, irão influenciar as decisões do consumidor. Além de recursos como sons, texturas e aromas, a tecnologia também tem sido um recurso utilizado pelos profissionais de para influenciar as decisões dos consumidores. Vamos aprofundar este tópico a seguir.marketing 84 4.3.3 A influência da tecnologia no comportamento do consumidor Podemos afirmar que atualmente o consumidor desenvolve todas as atividades da sua vida imerso em tecnologia. Como Solomon (2016), o consumidor atualmente é um nativo digital, nasceu, cresceu e desenvolve-se em meio ao uso de computadores, aplicativos e internet. A escolha de viagens, hotéis, nosso deslocamento diário passa pelo planejamento e escolha de serviços a partir de informações obtidas em aplicativos e sites. Da mesma forma, diariamente todos os seus passos são compartilhados com seus amigos e familiares através das redes sociais. É seguro dizer que vivemos em uma era de conectividade e o consumidor realiza suas atividades, incluindo o consumo, a partir desta lógica. De acordo com Kotler (2017), o desafio dos profissionais de émarketing compreender como a tecnologia e a conectividade levam a fluxos integrados entre espaços físicos e a vida .on-line Vivemos na era da pesquisa e compartilhamento da informação, é papel das empresas oferecer espaços integrados para que o consumidor as acesse em qualquer tempo e lugar. Fonte: © alphaspirit / / iStock. Retomando algumas das informações vistas até aqui, pode-se afirmar que um dos papeis importantes da tecnologia no processo de decisão de compra é o acesso e compartilhamento de informações. Ao passar pelos estágios do processo de decisão de compra, como o reconhecimento de uma necessidade e busca por alternativas de compra, o consumidor pode acessar todas informações que necessita a respeito de um produto e ou empresa. Pode também acessar o perfil desta empresa nas redes sociais e conferir como está a sua avaliação. Caso, ainda tenha dúvidas, pode consultar os amigos e enviar fotos em tempo real. A partir desta lógica, é papel das empresas e profissionais de o estabelecimento de relações próximas ao consumidor, utilizando a tecnologia comomarketing um aliado. de fácil navegação, aplicativos conectados às ofertas da empresa e participação ativa nas redesSites sociais são alguns dos caminhos para que as empresas influenciem positivamente o comportamento do consumidor. 85 4.3.3 A influência da tecnologia no comportamento do consumidor Podemos afirmar que atualmente o consumidor desenvolve todas as atividades da sua vida imerso em tecnologia. Como Solomon (2016), o consumidor atualmente é um nativo digital, nasceu, cresceu e desenvolve-se em meio ao uso de computadores, aplicativos e internet. A escolha de viagens, hotéis, nosso deslocamento diário passa pelo planejamento e escolha de serviços a partir de informações obtidas em aplicativos e sites. Da mesma forma, diariamente todos os seus passos são compartilhados com seus amigos e familiares através das redes sociais. É seguro dizer que vivemos em uma era de conectividade e o consumidor realiza suas atividades, incluindo o consumo, a partir desta lógica. De acordo com Kotler (2017), o desafio dos profissionais de émarketing compreender como a tecnologia e a conectividade levam a fluxos integrados entre espaços físicos e a vida .on-line Vivemos na era da pesquisa e compartilhamento da informação, é papel das empresas oferecer espaços integrados para que o consumidor as acesse em qualquer tempo e lugar. Fonte: © alphaspirit / / iStock. Retomando algumas das informaçõesvistas até aqui, pode-se afirmar que um dos papeis importantes da tecnologia no processo de decisão de compra é o acesso e compartilhamento de informações. Ao passar pelos estágios do processo de decisão de compra, como o reconhecimento de uma necessidade e busca por alternativas de compra, o consumidor pode acessar todas informações que necessita a respeito de um produto e ou empresa. Pode também acessar o perfil desta empresa nas redes sociais e conferir como está a sua avaliação. Caso, ainda tenha dúvidas, pode consultar os amigos e enviar fotos em tempo real. A partir desta lógica, é papel das empresas e profissionais de o estabelecimento de relações próximas ao consumidor, utilizando a tecnologia comomarketing um aliado. de fácil navegação, aplicativos conectados às ofertas da empresa e participação ativa nas redesSites sociais são alguns dos caminhos para que as empresas influenciem positivamente o comportamento do consumidor. Influenciar positivamente o consumidor. Além do estabelecimento de canais de comunicação, por meio da tecnologia as empresas podem utilizar bancos de dados, registros de compras e buscas anteriores para realizar novas ofertas, direcionadas ao interesse de cada consumidor. Imagine o seguinte, você acessou o site de uma empresa aérea e alguns minutos depois, percebeu anúncios da mesma empresa ao acessar uma rede social e o seu Ações como esta são programadas pelae-mail. empresa por meio de serviços de digital para monitoramento e direcionamento de ofertas exclusivas amarketing cada consumidor, levando em conta suas atividades registradas na Novas necessidades ou problemas deweb. consumo podem ser criadas a partir de ações como esta, iniciando o processo de decisão de compra do consumidor. A partir destas informações, espera-se que você tenha entendido um pouco mais sobre o processo de decisão do consumidor e influências da tecnologia e ambiente de ponto de vendas nas suas escolhas cotidianas. Não pare por aqui, aprofunde seus estudos, ainda há muito para entendermos sobre o consumidor e suas preferências! Proposta de atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore um relato prático de uma experiência própria em que você consegue identificar todos os estágios de um processo de compra, desde o reconhecimento de uma necessidade até o descarte de um produto, destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir o seu relato, considere as leituras básicas e complementares realizadas. ASSISTA Veja e entenda um pouco mais como foi a criação de uma das principais redesA rede social sociais utilizadas até os dias de hoje, contando com mais de 2,2 bilhões de usuários inscritos. 86 Recapitulando Iniciamos este capítulo conhecendo algumas das diferentes perspectivas a respeito das decisões de compra do consumidor. Como vimos, podemos pensar nas compras a partir de uma perspectiva cognitiva (processamento de informações), habitual (automática, inconsciente) ou afetiva (emoções, instantânea). Entendemos também que dependendo do tipo de compra, teremos maior ou menor e envolvimento, e buscaremos poucas ou muitas informações a respeito de um produto ou serviço. Também vimos ao longo deste capítulo que a realização de uma compra é parte de um processo, normalmente iniciado a partir de uma necessidade ou problema, um estado do qual o consumidor visa sair. No entanto, este processo não é finalizado na compra em si, mas sim no descarte do produto após o seu uso. O estado resultante desta experiência pode ser um dos fatores determinantes para que o consumidor volte (ou não) a consumir produtos e serviços desta organização. Finalizando o capítulo, percebemos que é possível utilizarmos recursos para elaborar ambientes de ponto de venda atraentes para influenciar o comportamento de compra do consumidor. Texturas, aromas e sons são alguns recursos importantes para despertar sensações e sentimentos que levem ao consumo de produtos e serviços. Da mesma forma, notamos como o uso da tecnologia e da conectividade do consumidor podem ser aliados das empresas ao entregar e comunicar ofertas de valor ao consumidor. Encerramos assim este capítulo, esperamos que você tenha aproveitado e siga seus estudos! Referências A REDE Social. Direção: David Fincher. Los Angeles: Columbia Pictures, 2010. 1 DVD (121 min), son., color, 35 mm. KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIWAN, I. : do Tradicional ao Digital. Rio de Janeiro: Sextante, 2017.Marketing 4.0 SAMARA, B. S.; MORSCH, M. A. : Conceitos e Casos. São Paulo: Pearson PrenticeComportamento do Consumidor Hall, 2005. SOLOMON, M. R. : Comprando, Possuindo e Sendo. Porto Alegre: BookmanO Comportamento do Consumidor Editora, 2016. 87 Recapitulando Iniciamos este capítulo conhecendo algumas das diferentes perspectivas a respeito das decisões de compra do consumidor. Como vimos, podemos pensar nas compras a partir de uma perspectiva cognitiva (processamento de informações), habitual (automática, inconsciente) ou afetiva (emoções, instantânea). Entendemos também que dependendo do tipo de compra, teremos maior ou menor e envolvimento, e buscaremos poucas ou muitas informações a respeito de um produto ou serviço. Também vimos ao longo deste capítulo que a realização de uma compra é parte de um processo, normalmente iniciado a partir de uma necessidade ou problema, um estado do qual o consumidor visa sair. No entanto, este processo não é finalizado na compra em si, mas sim no descarte do produto após o seu uso. O estado resultante desta experiência pode ser um dos fatores determinantes para que o consumidor volte (ou não) a consumir produtos e serviços desta organização. Finalizando o capítulo, percebemos que é possível utilizarmos recursos para elaborar ambientes de ponto de venda atraentes para influenciar o comportamento de compra do consumidor. Texturas, aromas e sons são alguns recursos importantes para despertar sensações e sentimentos que levem ao consumo de produtos e serviços. Da mesma forma, notamos como o uso da tecnologia e da conectividade do consumidor podem ser aliados das empresas ao entregar e comunicar ofertas de valor ao consumidor. Encerramos assim este capítulo, esperamos que você tenha aproveitado e siga seus estudos! Referências A REDE Social. Direção: David Fincher. Los Angeles: Columbia Pictures, 2010. 1 DVD (121 min), son., color, 35 mm. KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIWAN, I. : do Tradicional ao Digital. Rio de Janeiro: Sextante, 2017.Marketing 4.0 SAMARA, B. S.; MORSCH, M. A. : Conceitos e Casos. São Paulo: Pearson PrenticeComportamento do Consumidor Hall, 2005. SOLOMON, M. R. : Comprando, Possuindo e Sendo. Porto Alegre: BookmanO Comportamento do Consumidor Editora, 2016. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E USER EXPERIENCE CAPÍTULO 5 - PAPÉIS DESEMPENHADOS PELO CONSUMIDOR Gabriel Henrique Pimenta Isboli 88 Objetivos do capítulo Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Compreender os papéis desempenhados pelo consumidor no processo de compra. Tópicos de estudo • Consumidor x cliente. • Especificidades de consumidor e de cliente. • Influência do grupo. • Líderes de opinião. • Influência das mídias sociais. • Comportamento do consumidor organizacional. • Definição de compra organizacional. • Estágios de compra organizacional. • Tipos de compra organizacional. Contextualizando o cenário Falar de consumidores é uma tarefa desafiadora. Ao mesmo tempo em que há uma infinidade elementos a serem discutidos, ainda assim acabaremos sendo reducionistas em vários aspectos. Seja para pessoas físicas ou jurídicas. Assim há muito o que se considerar. Uma mera compra do dia a dia pode ser expandida em páginas e páginas de discussão. Você acorda e vai preparar o café da manhã para seus filhos. Percebe que acabou o requeijão que eles gostam. Você prefere manteiga, mas, para fazer a vontade deles, vai até a padaria para comprar um copo novo e aproveita e compra também o pão de queijo recheado que você tanto gosta. Percebe as nuances existentes? O gosto particularde uma pessoa, a escolha por determinados itens, quem pagou não sendo necessariamente quem vai consumir o produto... Muitas variáveis. Muitos papéis. Assim, este capítulo tem como pergunta norteadora: detalhar diferentes papéis de compra em processos de consumo contribuem para o entendimento do comportamento do consumidor? 5.1 Consumidor x cliente Consumidor, cliente, comprador, usuário são todos nomes que tendem a ser vistos como sinônimos quando o assunto envolve vendas, comportamento do consumidor e, inclusive, de uma maneira mais ampla.marketing Embora possa parecer uma confusão inofensiva, dominar as nuances de cada um desses termos é essencial para se destacar sua oferta perante o mercado. • • • • • • • • • • 89 Objetivos do capítulo Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Compreender os papéis desempenhados pelo consumidor no processo de compra. Tópicos de estudo • Consumidor x cliente. • Especificidades de consumidor e de cliente. • Influência do grupo. • Líderes de opinião. • Influência das mídias sociais. • Comportamento do consumidor organizacional. • Definição de compra organizacional. • Estágios de compra organizacional. • Tipos de compra organizacional. Contextualizando o cenário Falar de consumidores é uma tarefa desafiadora. Ao mesmo tempo em que há uma infinidade elementos a serem discutidos, ainda assim acabaremos sendo reducionistas em vários aspectos. Seja para pessoas físicas ou jurídicas. Assim há muito o que se considerar. Uma mera compra do dia a dia pode ser expandida em páginas e páginas de discussão. Você acorda e vai preparar o café da manhã para seus filhos. Percebe que acabou o requeijão que eles gostam. Você prefere manteiga, mas, para fazer a vontade deles, vai até a padaria para comprar um copo novo e aproveita e compra também o pão de queijo recheado que você tanto gosta. Percebe as nuances existentes? O gosto particular de uma pessoa, a escolha por determinados itens, quem pagou não sendo necessariamente quem vai consumir o produto... Muitas variáveis. Muitos papéis. Assim, este capítulo tem como pergunta norteadora: detalhar diferentes papéis de compra em processos de consumo contribuem para o entendimento do comportamento do consumidor? 5.1 Consumidor x cliente Consumidor, cliente, comprador, usuário são todos nomes que tendem a ser vistos como sinônimos quando o assunto envolve vendas, comportamento do consumidor e, inclusive, de uma maneira mais ampla.marketing Embora possa parecer uma confusão inofensiva, dominar as nuances de cada um desses termos é essencial para se destacar sua oferta perante o mercado. • • • • • • • • • • Um entendimento alinhado ao processo de compra possibilita direcionar comunicações que dialogam com as especificidades de cada papel desempenhado no processo de consumo de um produto. Assim, a venda é feita para uma pessoa, mas quem usará é outra. 5.1.1 Especificidades de consumidor e de cliente Embora soem como sinônimos, os termos consumidor e cliente não se referem à mesma pessoa. Sim, pode acontecer de serem a mesma pessoa, mas nem sempre isso acontece. Fonte: © jackF / / iStock. Percebe como nesse processo de consumo diferentes pessoas participam e exercem papéis diferentes? Embora a criança vá consumir/brincar com o brinquedo, não foi ela quem comprou. Da mesma forma, você comprou, mas não será quem irá consumir o produto. Essa discussão expande as dinâmicas de consumo, tendo sido sumarizadas por Vieira, Maia e Silva (2010) como os principais papéis desempenhados em uma decisão de compra. Veja clicando nas abas abaixo: Iniciador É a pessoa responsável por iniciar o processo de compra. Ex.: próximo de uma grande promoção no varejo, o pai resolve que é o momento oportuno para comprar um computador novo para si. PAUSA PARA REFLETIR Um bebê precisa de fraldas, mas não será ele quem irá realizar a compra? 90 Influenciador Se refere àquele que informa elementos a serem considerados em meio às opções existentes no mercado. Ex.: o pai, querendo comprar um novo computador para si, pede ao filho para ajudar na busca por boas ofertas. Fiscal interno Sujeito que age como mediador nas relações de compra. Ex.: a mãe, atenta às sugestões de compra que o filho sugere ao pai, relembra a situação financeira da casa e pode até mesmo encerrar o processo de compra. Decisor É quem fará a decisão do que, como e onde comprar. Ex.: depois de ouvir as possibilidades indicadas pelo filho, o pai escolhe o melhor custo-benefício para aquele momento. Comprador É quem realiza o pagamento no ponto de venda. Ex.: o pai, com seu cartão de crédito, entra na loja online da empresa com melhor preço para o modelo de computador escolhido e realiza o pedido. Pagante Pode ser a mesma pessoa que o comprador, mas não necessariamente. Em uma família, um dos cônjuges pode realizar a compra, mas quem provê a renda da família é o outro, por exemplo. Ex.: realizado o pedido do computador, o valor foi parcelado no cartão de crédito da casa, o qual tem a fatura paga igualmente tanto pelo pai como pela mãe. Preparador Pessoa que torna o produto disponível para o consumo. Ex.: o computador pedido pelo pai foi acondicionado corretamente para o transporte em embalagem própria para transporte, de modo que chegaria ao destino em perfeitas condições de uso. Usuário É aquele que, de fato, fará uso daquele bem ou serviço. Ex.: além do pai, os demais membros da casa acabam utilizando o novo computador conforme necessitam. Eliminador Se refere à pessoa que lidará com o descarte do item consumido. Cabe destacar que descarte não é apenas “jogar algo no lixo”, mas pode envolver doação ou mesmo armazenar em algum lugar para não ocupar desnecessariamente um espaço. Ex.: o pai entrega seu computador antigo para os filhos usarem conjuntamente e a esposa decide guardar a caixa do produto em um armário ao menos até o fim do período de garantia. 91 Influenciador Se refere àquele que informa elementos a serem considerados em meio às opções existentes no mercado. Ex.: o pai, querendo comprar um novo computador para si, pede ao filho para ajudar na busca por boas ofertas. Fiscal interno Sujeito que age como mediador nas relações de compra. Ex.: a mãe, atenta às sugestões de compra que o filho sugere ao pai, relembra a situação financeira da casa e pode até mesmo encerrar o processo de compra. Decisor É quem fará a decisão do que, como e onde comprar. Ex.: depois de ouvir as possibilidades indicadas pelo filho, o pai escolhe o melhor custo-benefício para aquele momento. Comprador É quem realiza o pagamento no ponto de venda. Ex.: o pai, com seu cartão de crédito, entra na loja online da empresa com melhor preço para o modelo de computador escolhido e realiza o pedido. Pagante Pode ser a mesma pessoa que o comprador, mas não necessariamente. Em uma família, um dos cônjuges pode realizar a compra, mas quem provê a renda da família é o outro, por exemplo. Ex.: realizado o pedido do computador, o valor foi parcelado no cartão de crédito da casa, o qual tem a fatura paga igualmente tanto pelo pai como pela mãe. Preparador Pessoa que torna o produto disponível para o consumo. Ex.: o computador pedido pelo pai foi acondicionado corretamente para o transporte em embalagem própria para transporte, de modo que chegaria ao destino em perfeitas condições de uso. Usuário É aquele que, de fato, fará uso daquele bem ou serviço. Ex.: além do pai, os demais membros da casa acabam utilizando o novo computador conforme necessitam. Eliminador Se refere à pessoa que lidará com o descarte do item consumido. Cabe destacar que descarte não é apenas “jogar algo no lixo”, mas pode envolver doação ou mesmo armazenar em algum lugar para não ocupar desnecessariamente um espaço. Ex.: o pai entrega seu computador antigo para os filhos usarem conjuntamente e a esposa decide guardar a caixa do produto em um armário ao menos até o fim do período de garantia. Fonte: © Lyndon Stratford / / iStock. Com isso, podemos ver que um processo de compra vai além de uma relaçãovendedor-comprador, mas envolve pensar toda uma dinâmica de vendas para diversos papéis desempenhados por consumidores. Nem sempre quem compra é quem usa. Nem sempre quem paga é quem escolhe. Nem sempre quem decide é quem inicia o processo. Não bastando todas essas possibilidades, são exercidas influências sociais no processo de compra que devem ser observadas. 5.1.2 Influência do grupo A menos que você viva isolado no meio do nada, muito provavelmente, existem pessoas com as quais você convive. Tão provável quanto, ao menos algum aspecto do seu comportamento é moldado por essas pessoas: o que você come. O que você veste. Como você conversa. Como você se diverte. Como você se comporta. Como você vive! Como Solomon (2017) exemplifica, uma mesma pessoa pode ter influências de múltiplos grupos dos quais participa. Isso ocorre por conta da teoria do pertencimento social. Essa teoria estabelece que todos nós possuímos várias versões de nós mesmos, vários . Temos um eu dentro do eus lar, um eu profissional, ideal, um jogador de futebol no time da firma, um rockeira/o. Enfim, um diferente ladoeu de nós mesmos que se revela em diferentes oportunidades (SOLOMON, 2017). ESCLARECIMENTO Papéis desempenhados por consumidores. Posição exercida pelos indivíduos ao longo de um processo de decisão de compra. 92 Nessas situações, inclusive, apresentamos comportamentos diferentes. É como se, de fato, fôssemos pessoas distintas. A forma como nos comportamos no ambiente de trabalho tende a ser diferente da forma como nos comportamos com amigos de infância que não vemos há meses. Nosso modo de vestir, de falar, de comer e de comprar... Tudo isso varia conforme o contexto desses grupos. Humanos são seres sociáveis. Pertencer a um grupo é um mecanismo evolucionário que garantia nossa sobrevivência em tempos tribais. Tribos que, de certa forma, ainda se mantêm atualmente, como Godin (2012) defende. Identificamos similaridades com pessoas que possuem interesses próximos aos nossos e tomamos esse grupo como referência para guiar certos comportamentos, sobretudo comportamentos de consumo (como exemplificado anteriormente). Com isso, precisamos entender o porquê de os grupos tendem a exercer tamanha influência em nós. Além do aspecto tribal já mencionado, Solomon (2017) expõe algumas outras características que contribuem para isso. Clique a seguir para conhecê-las: • Poder de referência Caso a pessoa admire a qualidades de alguém ou de algum grupo, há a tendência de que essa pessoa tente copiar algum comportamento (como a escolha de roupas, o tipo de carro e o uso de acessórios, por exemplo). • Poder de informação Fazer parte de um grupo possibilita o compartilhamento de informações que acabam agindo como ‘segredos’, o que faz com que as pessoas valorizem isso como algo que outras gostariam de saber e não podem. • Poder de legitimidade Assim como um uniforme concede legitimidade a um policial, a presença de signos particulares a um grupo concede legitimidade perante outros que reconhecem aquele signo. Como exemplo, podemos citar o uso de jalecos por médicos: esse é um signo da profissão, o qual garante legitimidade à informação que esse médico passa ao paciente. • Poder de especialista Pense em um assunto. Agora, comece a pesquisar sobre o assunto. Uma pessoa que demonstra domínio sobre esse tópico exercerá poder de especialista nos demais interessados. Isso vai acontecer independente desses interessados terem conhecimento prévio sobre o assunto ou não. Resultados prévios, certificações e depoimentos de outras pessoas servem como exemplos de validadores dessa especialidade. • Poder de recompensa Como já defendido pelas ciências comportamentais, reforços positivos e reforços negativos moldam comportamentos. Ser elogiado por membros de certos grupos (como jurados em um de talentos)show confere um poder simbólico que pode fazer tanto a pessoa manter determinados consumos ou mesmo abandoná-los. • Poder coercitivo A intimidação (seja ela física ou social) também exerce influência nos grupos. Se determinado comportamento tende a ser ridicularizado naquele meio, é provável que uma pessoa que antecipe esse • • • • • • 93 Nessas situações, inclusive, apresentamos comportamentos diferentes. É como se, de fato, fôssemos pessoas distintas. A forma como nos comportamos no ambiente de trabalho tende a ser diferente da forma como nos comportamos com amigos de infância que não vemos há meses. Nosso modo de vestir, de falar, de comer e de comprar... Tudo isso varia conforme o contexto desses grupos. Humanos são seres sociáveis. Pertencer a um grupo é um mecanismo evolucionário que garantia nossa sobrevivência em tempos tribais. Tribos que, de certa forma, ainda se mantêm atualmente, como Godin (2012) defende. Identificamos similaridades com pessoas que possuem interesses próximos aos nossos e tomamos esse grupo como referência para guiar certos comportamentos, sobretudo comportamentos de consumo (como exemplificado anteriormente). Com isso, precisamos entender o porquê de os grupos tendem a exercer tamanha influência em nós. Além do aspecto tribal já mencionado, Solomon (2017) expõe algumas outras características que contribuem para isso. Clique a seguir para conhecê-las: • Poder de referência Caso a pessoa admire a qualidades de alguém ou de algum grupo, há a tendência de que essa pessoa tente copiar algum comportamento (como a escolha de roupas, o tipo de carro e o uso de acessórios, por exemplo). • Poder de informação Fazer parte de um grupo possibilita o compartilhamento de informações que acabam agindo como ‘segredos’, o que faz com que as pessoas valorizem isso como algo que outras gostariam de saber e não podem. • Poder de legitimidade Assim como um uniforme concede legitimidade a um policial, a presença de signos particulares a um grupo concede legitimidade perante outros que reconhecem aquele signo. Como exemplo, podemos citar o uso de jalecos por médicos: esse é um signo da profissão, o qual garante legitimidade à informação que esse médico passa ao paciente. • Poder de especialista Pense em um assunto. Agora, comece a pesquisar sobre o assunto. Uma pessoa que demonstra domínio sobre esse tópico exercerá poder de especialista nos demais interessados. Isso vai acontecer independente desses interessados terem conhecimento prévio sobre o assunto ou não. Resultados prévios, certificações e depoimentos de outras pessoas servem como exemplos de validadores dessa especialidade. • Poder de recompensa Como já defendido pelas ciências comportamentais, reforços positivos e reforços negativos moldam comportamentos. Ser elogiado por membros de certos grupos (como jurados em um de talentos)show confere um poder simbólico que pode fazer tanto a pessoa manter determinados consumos ou mesmo abandoná-los. • Poder coercitivo A intimidação (seja ela física ou social) também exerce influência nos grupos. Se determinado comportamento tende a ser ridicularizado naquele meio, é provável que uma pessoa que antecipe esse • • • • • • cenário deixe de realizar alguma ação por conta disso. Ou mesmo o contrário: a pessoa decide fazer algo (como um corte de cabelo chamativo) porque seu grupo valida aquele símbolo de pertencimento e coage quem ridiculariza. Fonte: © FG trades / / iStock. Dessa forma, vemos que existem diversos tipos de grupos que podem influenciar nossos comportamentos, já que há os de referência para várias finalidades, assim, família, amigos e colegas de trabalho são apenas alguns dos exemplos mais imediatos. Na sequência, veremos um pouco sobre a internet contribuindo para moldar comportamentos. 5.1.3 Líderes de opinião Dependendo do assunto em discussão, existem empresas ou pessoas que pensamos quase que instantaneamente. Uma determinada marca super desejada de celulares, um certo tipo de refrigerante de cola, um narrador esportivo com décadas de experiência, um empresário visionário, entre outros tantos exemplos. O que esses líderes comunicam tende a possuir grande força no mercado.Eles são capazes de, literalmente, conduzir tendências (SOLOMON, 2017). Pense na seguinte situação: você acompanha um canal de tecnologia na internet e considera o apresentador desse canal uma referência no entendimento de peças e configurações para computadores. Em um determinado vídeo, ele faz duras críticas a uma marca específica. Pergunto: se você estivesse pensando em comprar um computador novo, essa marca seria uma das opções de escolha? É provável que não. Como Solomon (2017) expõe, esses líderes são muito valiosos no mercado, uma vez que possuem poder social que pode se manifestar nas formas apresentadas na seção anterior. O poder dos líderes de opinião, assim, possui múltiplas formas. Conheça essas formas clicando a seguir: Possuem poder de especialista devido à competência técnica. 94 Têm poder de conhecimento devido às considerações de maneira não-enviesada. Apresentam a presença ativa nos meios sociais. São acessíveis em lugares fora de suas casas. Poder de referência devido ao fato de possuírem uma história muitas vezes próxima da audiência. A isso é dado o nome de homofilia, ou seja, há um alto nível de proximidade (o oposto é chamado de heterofilia). Por liderarem o consumo e validarem a informação, tendem a ser vistos como pessoas que reduzem riscos aos demais. Líderes de opinião influenciando mercados. 95 Têm poder de conhecimento devido às considerações de maneira não-enviesada. Apresentam a presença ativa nos meios sociais. São acessíveis em lugares fora de suas casas. Poder de referência devido ao fato de possuírem uma história muitas vezes próxima da audiência. A isso é dado o nome de homofilia, ou seja, há um alto nível de proximidade (o oposto é chamado de heterofilia). Por liderarem o consumo e validarem a informação, tendem a ser vistos como pessoas que reduzem riscos aos demais. Líderes de opinião influenciando mercados. Dessa forma, os líderes de opinião se provam influentes por conta de sua (SOLOMON, 2017).rede de influência Quanto mais pessoas se identificam com o que fala, quanto maior sua audiência e reconhecimento como uma autoridade, maior seu poder social. Pense nos grupos que você participa. Provavelmente, existem pessoas ali que lideram comportamentos e opiniões dos demais. Fonte: © CASEZY / / iStock. Os líderes de opinião também podem ser chamados de (SOLOMON, 2017). Os influenciadoresinfluenciadores podem ser vistos como um novo tipo de uma vez que pessoas que consomem seus conteúdoscelebridade, reconhecem valor ali. Diferentemente de celebridades tradicionais que por vezes se postam distantes dos fãs, quase que em uma posição de inatingíveis, os influenciadores são mais próximos da audiência por conta de terem visibilidade local maior, aumentando assim a influência perante consumidores daquela localidade. Influenciadores convivem com pessoas e exercem influência por meio de sua liderança, como descrito acima. A proximidade do influenciador naquele meio acaba sendo vista positivamente pelas pessoas e seu valor vai sendo construído conforme identificam poder em suas informações. Porém, não vivemos apenas no mundo real, tendo contato físico com as pessoas. Atualmente, esse poder pode escalar em níveis exponenciais graças a algo que muitos de nós usa diariamente: as mídias sociais. 5.1.4 Influências das mídias sociais Mídias sociais estão em todos os lugares. Se você tem acesso à internet (o que é bem provável, considerando que este é um material EAD), possivelmente sabe como mídias sociais funcionam. Pessoas se conectando com pessoas de interesses comuns em um ambiente online (SOLOMON, 2017). CONTEXTO Aplicativos de relacionamento, grupos com uma temática definida, sites de indicações colaborativo, jogos com ambiente de interação entre os jogadores, canais de on-line comunicação nesse ambiente, são exemplos de mídias sociais. 96 No entanto, mídias sociais vão além daquele onde você posta fotos do seu prato de comida, ou daquele outrosite no qual se curte o textão compartilhado pelos amigos. Mídias sociais, sobretudo, vão além desses sites onde você adiciona pessoas. Uma mídia social pode ser o jogo on- que você participa ocasionalmente e interage com outras pessoas. Pode ser o que você consulta paraline site reservar um hotel e observa os comentários que outros usuários deixaram ali avaliando a estadia. Pode ser, ainda, aquele aplicativo de música que você cria e acompanha o que outras pessoas estão ouvindo. Esses, claro,playlists são só alguns exemplos. Consegue perceber que em mídias sociais, assim como no mundo físico, não existe só uma forma de se conectar com pessoas? Fonte: © pressureUA / / iStock. Mídias sociais revolucionaram a forma como empresas fazem negócios. Elas adicionam um componente que, quando bem trabalhado, potencializa ofertas: a urgência. Como destacado por Solomon (2017), a sensação de estar perdendo algo faz com que as pessoas verifiquem constantemente as atualizações em suas mídias sociais. O rápido volume de atualizações postadas nesses ambientes aliado ao algoritmo que mostra postagenson-line, alinhadas aos interesses da pessoa, estimula os usuários a estarem sempre retornando. Nesses retornos, as pessoas entram em contato recorrente com anúncios patrocinados de marcas, o que já se comprovou como uma estratégia lucrativa aos negócios (OMI, 2013). Estima-se que são necessários ao menos sete contatos com uma marca para que alguém comece a considerar a oferta. O mecanismo por trás disso está relacionado ao que Cialdini (2012) chama de familiaridade. Ao ter contato recorrente com alguma coisa, aquilo que em primeiro momento despertava um senso de alerta deixa de ser visto como uma ameaça e passa a ser visto com maior receptividade por parte da pessoa. PAUSA PARA REFLETIR 97 No entanto, mídias sociais vão além daquele onde você posta fotos do seu prato de comida, ou daquele outrosite no qual se curte o textão compartilhado pelos amigos. Mídias sociais, sobretudo, vão além desses sites onde você adiciona pessoas. Uma mídia social pode ser o jogo on- que você participa ocasionalmente e interage com outras pessoas. Pode ser o que você consulta paraline site reservar um hotel e observa os comentários que outros usuários deixaram ali avaliando a estadia. Pode ser, ainda, aquele aplicativo de música que você cria e acompanha o que outras pessoas estão ouvindo. Esses, claro,playlists são só alguns exemplos. Consegue perceber que em mídias sociais, assim como no mundo físico, não existe só uma forma de se conectar com pessoas? Fonte: © pressureUA / / iStock. Mídias sociais revolucionaram a forma como empresas fazem negócios. Elas adicionam um componente que, quando bem trabalhado, potencializa ofertas: a urgência. Como destacado por Solomon (2017), a sensação de estar perdendo algo faz com que as pessoas verifiquem constantemente as atualizações em suas mídias sociais. O rápido volume de atualizações postadas nesses ambientes aliado ao algoritmo que mostra postagenson-line, alinhadas aos interesses da pessoa, estimula os usuários a estarem sempre retornando. Nesses retornos, as pessoas entram em contato recorrente com anúncios patrocinados de marcas, o que já se comprovou como uma estratégia lucrativa aos negócios (OMI, 2013). Estima-se que são necessários ao menos sete contatos com uma marca para que alguém comece a considerar a oferta. O mecanismo por trás disso está relacionado ao que Cialdini (2012) chama de familiaridade. Ao ter contato recorrente com alguma coisa, aquilo que em primeiro momento despertava um senso de alerta deixa de ser visto como uma ameaça e passa a ser visto com maior receptividade por parte da pessoa. PAUSA PARA REFLETIR Assim, direcionar os anúncios certos para os públicos certos faz com que haja ganho em escala, pois a própria mídia social lhe possibilita direcionar os anúncios para públicos semelhantes àqueles que clicaram em suas ofertas. Pessoas permanecem, em média, três horas e quinze minutos por dia utilizando seus aparelhos celulares, isso forao constante acesso a computadores para atividades de estudo e trabalho, por exemplo (MATTEI, 2019). Fonte: © Marco_Piunti / / iStock. Isso faz com que investir em anúncios patrocinados em mídias sociais seja uma estratégia mais rentável do que recorrer a outras abordagens, como e carros de som. A atenção das pessoas está no mundo digital. Asoutdoors empresas precisam estar em contato onde os consumidores delas estão, tanto os atuais como os potenciais. Exemplos de diferentes anúncios veiculados entre mídias e mídias offline. Isso vale para todas as pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas. Porém, pessoas jurídicas possuem particularidades em seu comportamento de consumo que exploraremos a seguir. Se você precisasse anunciar seu produto, onde você consegue ter maior controle sobre esses anúncios? 98 5.2 Comportamento do consumidor organizacional Vender é uma arte. Assim, é necessário entender para quem se está falando e orientar a comunicação da proposta de maneira que se torne atrativa e se destaque frente às demais opções existentes no mercado. Como visto há pouco, um processo de compra pode envolver diferentes pessoas. Porém, há ainda mais uma situação que devemos considerar: quando vendemos para outras empresas. Pessoas físicas e pessoas jurídicas se comportam de maneira diferente e compram de maneira diferente. Toda uma outra dinâmica deve ser considerada no processo de compra para clientes empresariais. Considerando isso, o restante do capítulo está orientado para esse outro tipo de pessoas para as quais também vendemos: pessoas jurídicas. 5.2.1 Definição de compra organizacional Tal como vender para pessoas físicas, ao realizar vendas para uma pessoa jurídica algumas particularidades devem ser observadas. A primeira delas é que devemos definir o que é uma compra organizacional. De acordo com Solomon (2017, p. 357, tradução livre), “compradores organizacionais são pessoas que compram bens e serviços em nome de companhias para o uso das companhias em produção, distribuição ou revenda”. A segunda diferença se refere às características das compras: enquanto vendas para consumidores finais tende a vender um baixo volume para um número alto de clientes e ser mais suscetível a aspectos pessoais e emocionais, as vendas B2B ( , sigla em inglês comumente utilizada para se referir à dinâmica empresa-business-to-business vendendo-para-empresa) vendem uma maior quantidade de produtos para um número menor de clientes, além de ser conduzida de maneira mais profissional e racional (CROCCO , 2013).et al. Com isso, torna-se importante conhecer mais sobre o processo de decisão de compra organizacional, o qual veremos agora. 5.2.2 Estágios de compra organizacional Sabendo que a compra organizacional possui diferenças com relação à compra feita para a pessoa física, ainda assim certos aspectos possuem aproximações e distanciamentos. Existem cinco estágios no processo psicológico de decisão de compra, comum tanto para compras para pessoas físicas como para compras organizacionais, os quais encontram-se sumarizados abaixo com base em Crocco et al. (2013) e Vieira, Maia e Silva (2010). Veja: ESCLARECIMENTO Diferença entre B2B e B2C: B2B: venda onde a empresa vende para outraBusiness-to-Business: empresa. B2C: : venda onde a empresa vende para o consumidor pessoaBusiness-to-Consumer física. 99 5.2 Comportamento do consumidor organizacional Vender é uma arte. Assim, é necessário entender para quem se está falando e orientar a comunicação da proposta de maneira que se torne atrativa e se destaque frente às demais opções existentes no mercado. Como visto há pouco, um processo de compra pode envolver diferentes pessoas. Porém, há ainda mais uma situação que devemos considerar: quando vendemos para outras empresas. Pessoas físicas e pessoas jurídicas se comportam de maneira diferente e compram de maneira diferente. Toda uma outra dinâmica deve ser considerada no processo de compra para clientes empresariais. Considerando isso, o restante do capítulo está orientado para esse outro tipo de pessoas para as quais também vendemos: pessoas jurídicas. 5.2.1 Definição de compra organizacional Tal como vender para pessoas físicas, ao realizar vendas para uma pessoa jurídica algumas particularidades devem ser observadas. A primeira delas é que devemos definir o que é uma compra organizacional. De acordo com Solomon (2017, p. 357, tradução livre), “compradores organizacionais são pessoas que compram bens e serviços em nome de companhias para o uso das companhias em produção, distribuição ou revenda”. A segunda diferença se refere às características das compras: enquanto vendas para consumidores finais tende a vender um baixo volume para um número alto de clientes e ser mais suscetível a aspectos pessoais e emocionais, as vendas B2B ( , sigla em inglês comumente utilizada para se referir à dinâmica empresa-business-to-business vendendo-para-empresa) vendem uma maior quantidade de produtos para um número menor de clientes, além de ser conduzida de maneira mais profissional e racional (CROCCO , 2013).et al. Com isso, torna-se importante conhecer mais sobre o processo de decisão de compra organizacional, o qual veremos agora. 5.2.2 Estágios de compra organizacional Sabendo que a compra organizacional possui diferenças com relação à compra feita para a pessoa física, ainda assim certos aspectos possuem aproximações e distanciamentos. Existem cinco estágios no processo psicológico de decisão de compra, comum tanto para compras para pessoas físicas como para compras organizacionais, os quais encontram-se sumarizados abaixo com base em Crocco et al. (2013) e Vieira, Maia e Silva (2010). Veja: ESCLARECIMENTO Diferença entre B2B e B2C: B2B: venda onde a empresa vende para outraBusiness-to-Business: empresa. B2C: : venda onde a empresa vende para o consumidor pessoaBusiness-to-Consumer física. Estágios de compra organizacional. Agora, clique nas abas e conheça melhor cada um destes estágios: • Reconhecimento da necessidade O indivíduo identifica um problema em uma condição atual. Essa condição representa um distanciamento entre a condição presente (eu atual) e a condição desejada (eu ideal). Isso vale para qualquer coisa (seja a pessoa física ou jurídica). Exemplo: o meu eu atual precisa de insumos; o meu ideal está abastecido satisfatoriamente; como fazer para conduzir o meu eu atual o mais próximo possível do ideal? • Busca de informação Identificada a necessidade, a pessoa agora precisa buscar por opções que possibilitem-na satisfazer tal demanda. Primeiro, o indivíduo recorre à própria memória para resgatar como situações similares já foram resolvidas anteriormente. • Avaliação das alternativas Após reunir opções na etapa anterior, agora ocorre a avaliação (mais sobre isso após a apresentação dos cinco estágios). • Compra Selecionada uma opção dentre as alternativas separadas inicialmente, o consumidor realiza a compra. • Experiência pós-compra • • • • • 100 Por fim, o processo de compra se encerra com uma avaliação final da experiência como um todo. Caso a opção escolhida tenha sido satisfatória, possivelmente em uma oportunidade futura o processo será considerado positivamente; por outro lado, se houve insatisfação com a escolha, haverá ponderação do nível de desagrado, onde pode haver desde verbalização sobre o motivo da insatisfação (e, de acordo com a resposta da empresa, a insatisfação pode ser atenuada) até rejeição completa em oportunidades futuras. Assim, tais desfechos podem ser agrupados como lealdade, reclamação e abandono, respectivamente. Fonte: © Orbon Alija // iStock. Porém, como dito acima na avaliação das alternativas, algumas considerações devem ser apresentadas sobre isso em compras organizacionais. Nesse tipo de compra, diferentemente das compras realizadas para as pessoas físicas, algumas variáveis são consideradas (CROCCO 2013). Observe:et al., • eficácia do produto àquilo a que ele se propõe.Desempenho: • Assistência técnica: suporte fornecido para situaçõescomo desenvolvimento, implantação e outros serviços necessários. • Condições de entrega: além dos prazos, refere-se também a fatores como confiabilidade e acondicionamento seguro da carga. • Condições de pagamento: modo de repasse ao fornecedor da mercadoria. • Bases contratuais: formalização dos acordos em termos satisfatórios para ambas as partes. • Atributos associados: características particulares ao produto, como eventuais diferenciais. • • PAUSA PARA REFLETIR Vender para pessoa física é igual a vender para pessoa jurídica? • • • • 101 Por fim, o processo de compra se encerra com uma avaliação final da experiência como um todo. Caso a opção escolhida tenha sido satisfatória, possivelmente em uma oportunidade futura o processo será considerado positivamente; por outro lado, se houve insatisfação com a escolha, haverá ponderação do nível de desagrado, onde pode haver desde verbalização sobre o motivo da insatisfação (e, de acordo com a resposta da empresa, a insatisfação pode ser atenuada) até rejeição completa em oportunidades futuras. Assim, tais desfechos podem ser agrupados como lealdade, reclamação e abandono, respectivamente. Fonte: © Orbon Alija // iStock. Porém, como dito acima na avaliação das alternativas, algumas considerações devem ser apresentadas sobre isso em compras organizacionais. Nesse tipo de compra, diferentemente das compras realizadas para as pessoas físicas, algumas variáveis são consideradas (CROCCO 2013). Observe:et al., • eficácia do produto àquilo a que ele se propõe.Desempenho: • Assistência técnica: suporte fornecido para situações como desenvolvimento, implantação e outros serviços necessários. • Condições de entrega: além dos prazos, refere-se também a fatores como confiabilidade e acondicionamento seguro da carga. • Condições de pagamento: modo de repasse ao fornecedor da mercadoria. • Bases contratuais: formalização dos acordos em termos satisfatórios para ambas as partes. • Atributos associados: características particulares ao produto, como eventuais diferenciais. • • PAUSA PARA REFLETIR Vender para pessoa física é igual a vender para pessoa jurídica? • • • • Variáveis no processo de avaliação para compras organizacionais. Fonte: CROCCO et al., 2013. (Adaptado). Dessa forma, esse processo serve como base geral que orienta o processo de compra organizacional, o qual pode apresentar alguns tipos. 5.2.3 Tipos de compra organizacional De acordo com Crocco (2013), a compra organizacional, basicamente, se apresenta de três maneiras:et al. recompra direta, recompra modificada e nova compra. Analise clicando a seguir: Recompra direta Refere-se a compras rotineiras, ou seja, são recorrentes e demandam pouco envolvimento da parte compradora. Como exemplo, podemos citar as compras de materiais de escritório. Recompra modificada Aqui, existe um nível maior de envolvimento por conta da necessidade de considerar um número maior de variáveis e fornecedores para a compra. Como exemplo, podemos considerar os equipamentos de informática presentes na empresa. Nova compra 102 Este é a situação que demanda maior nível de envolvimento nos tipos de compra organizacional, pois costuma estar relacionada à primeira compra realizada de um bem importante para a empresa. Como exemplo, enquadramos a compra de novos equipamentos para a estrutura produtiva aqui. Dessa forma, cada tipo de compra demanda atenção especial por suas particularidades. Entender isso é benéfico tanto para quem está do lado comprador como do lado vendedor, assim é possível desenvolver comunicações de venda que condizem melhor com cada momento e em cada contexto. Proposta de atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore um relato de um processo de compra familiar, destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir seu relato, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Recapitulando Neste capítulo, pudemos ver que o processo de compra, ainda que referente a uma simples compra do dia a dia, pode ser complexificado ao analisarmos a fundo as pessoas envolvidas nesse processo. Vimos que uma mesma compra pode envolver diversas pessoas, as quais exercem papéis ao mesmo tempo divergentes, semelhantes e complementares, tais como iniciador, influenciador, fiscal interno, decisor, comprador, pagante, preparador, usuário e eliminador. Ou seja, vários papéis que envolvem uma ou mais pessoas. Além disso, estudamos que os indivíduos são influenciados pelos ambientes onde frequentam, seja no mundo real ou no mundo virtual. Nesses ambientes, além de se relacionarem com grupos nos quais identificam afinidades, também acabam tendo contato com ofertas comerciais. Também estudamos que, além dos papéis desempenhados no processo, o tipo de compra deve ser observado. Por fim, aprendemos que vender para pessoas físicas é diferente de vender para pessoas jurídicas. Desde questões como volume adquirido em cada pedido até maior ou menor racionalidade no processo devem ser observadas pelos profissionais de de modo a entenderem mais sobre os comportamentos de seus consumidores emarketing se consolidarem no mercado. Referências GODIN, S. : Nós Precisamos Que Vocês Nos Liderem. Rio de Janeiro: Alta Books, 2012.Tribos CIALDINI, R. B. : Como Influenciar e Não Se Deixar Influenciar. Rio de Janeiro: Sextante,As Armas da Persuasão 2012. CROCCO, L. et al. Fundamentos de Marketing: Conceitos Básicos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. MATTEI, A. Shock! Horror! Do You Know How Much Time You Spend on Your Phone? The Guardian, [on-line], 21 ago. 2019. Disponível em: <https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2019/aug/21/cellphone-screen-time-average- >. Acesso em: 04/02/2020.habits 103 Este é a situação que demanda maior nível de envolvimento nos tipos de compra organizacional, pois costuma estar relacionada à primeira compra realizada de um bem importante para a empresa. Como exemplo, enquadramos a compra de novos equipamentos para a estrutura produtiva aqui. Dessa forma, cada tipo de compra demanda atenção especial por suas particularidades. Entender isso é benéfico tanto para quem está do lado comprador como do lado vendedor, assim é possível desenvolver comunicações de venda que condizem melhor com cada momento e em cada contexto. Proposta de atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore um relato de um processo de compra familiar, destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir seu relato, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Recapitulando Neste capítulo, pudemos ver que o processo de compra, ainda que referente a uma simples compra do dia a dia, pode ser complexificado ao analisarmos a fundo as pessoas envolvidas nesse processo. Vimos que uma mesma compra pode envolver diversas pessoas, as quais exercem papéis ao mesmo tempo divergentes, semelhantes e complementares, tais como iniciador, influenciador, fiscal interno, decisor, comprador, pagante, preparador, usuário e eliminador. Ou seja, vários papéis que envolvem uma ou mais pessoas. Além disso, estudamos que os indivíduos são influenciados pelos ambientes onde frequentam, seja no mundo real ou no mundo virtual. Nesses ambientes, além de se relacionarem com grupos nos quais identificam afinidades, também acabam tendo contato com ofertas comerciais. Também estudamos que, além dos papéis desempenhados no processo, o tipo de compra deve ser observado. Por fim, aprendemos que vender para pessoas físicas é diferente de vender para pessoas jurídicas. Desde questões como volume adquirido em cada pedido até maior ou menor racionalidade no processo devem ser observadas pelos profissionais de de modo a entenderem mais sobre os comportamentos de seus consumidores emarketing se consolidarem no mercado. Referências GODIN, S. : Nós Precisamos Que Vocês Nos Liderem. Rio de Janeiro: Alta Books, 2012.Tribos CIALDINI, R. B. : Como Influenciar e Não Se Deixar Influenciar. Rio deJaneiro: Sextante,As Armas da Persuasão 2012. CROCCO, L. et al. Fundamentos de Marketing: Conceitos Básicos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. MATTEI, A. Shock! Horror! Do You Know How Much Time You Spend on Your Phone? The Guardian, [on-line], 21 ago. 2019. Disponível em: <https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2019/aug/21/cellphone-screen-time-average- >. Acesso em: 04/02/2020.habits OMI. On-line Marketing Institute. Why It Takes 7 to 13+ Touches to Deliver a Qualified Sales Lead (Part 2). Disponível em: <https://www.onlinemarketinginstitute.org/blog/2013/10/why-it-takes-7-to-13-touches-qualified- >. sales-lead-part2/ Acesso em: 04/02/2020. SOLOMON, M. Consumer Behavior: Buying, Having, and Being. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2017. VIEIRA, F. G. D.; MAIA, G. L.; & SILVA, L. C. : Características, Desafios eComportamento do Consumidor no Varejo Perspectivas para o Comércio da Região Noroeste do Paraná. Curitiba: Sebrae, 2010. 104 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E USER EXPERIENCE CAPÍTULO 6 – COMPORTAMENTO DE COMPRA ON-LINE Rodrigo Costa Segabinazzi 105 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E USER EXPERIENCE CAPÍTULO 6 – COMPORTAMENTO DE COMPRA ON-LINE Rodrigo Costa Segabinazzi Objetivos do capítulo Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Entender o comportamento do consumidor online e como ocorrem as transações on-line. • Entender o funcionamento do canal ominichannel. Tópicos de estudo • Consumidor 4.0. • Perfil do consumidor on-line. • Comportamento de compra on-line. • Jornada do cliente on-line. • Experiência e satisfação do consumidor on-line. • Lojas Físicas e Loja on-line. • Canais virtuais de compra. • Integração ominichannel. • Desafios do canal omnichannel. • Tendências do canal omnichannel. Contextualizando o cenário Imagine a seguinte situação. Você está conversando com amigos, juntos decidem seguir este momento divertido em um restaurante. Antes mesmo de qualquer indicação, um amigo pega o celular e busca aplicativos de descontos. Outro amigo busca opiniões/avaliações em redes sociais. Após a troca de ideias e diferentes informações, todos se deslocam ao restaurante escolhido. Essa situação exemplifica a condição atual de qualquer mercado: a interação direta entre canais e online off-line para compras e consumo. Atualmente as empresas têm o desafio em desenvolver estratégias omnichannel, ou seja, oferecer diferentes plataformas e guiar o consumidor em uma jornada de compra integrando todos os canais disponíveis para a sua experiência. A partir deste contexto, pergunta-se: Como criar experiências positivas ao consumidor nos diferentes canais de compra e consumo disponíveis atualmente? 6.1 Consumidor 4.0 Retomando o exemplo da pergunta norteadora, é seguro afirmarmos que temos enfrentado transformações na nossa forma de viver, interagir, comprar e consumir produtos e serviços. A partir das diferentes possibilidades oferecidas pela era da informação, utilizamos a internet como base para interagir com amigos, familiares e colegas de trabalho. Também a utilizamos para acessar aplicativos, redes sociais para buscar informações esites, blogs, muitas vezes efetivar compras. Este consumidor, conectado em diferentes recursos não somente para viver, mas para realizar suas escolhas de consumo é chamado de consumidor 4.0 (KOTLER et al., 2017). Compras e interações em ambientes físicos ainda ocorrem, mas são muitas vezes precedidas ou finalizadas em ambientes on-line, como as redes sociais ou aplicativos de compra. Entender este consumidor e lhe possibilitar experiências únicas nestes diferentes recursos é um desafio enfrentado pelas empresas atualmente. Vamos entendê-lo um pouco melhor a seguir. • • • • • • • • • • • • 106 6.1.1 Perfil do consumidor on-line O avanço da internet permite que indivíduos de diferentes idades e praticamente qualquer localidade do globo possam interagir e realizar diferentes atividades através de aplicativos, redes sociais, sites de empresas, ,blogs entre outros. Como Kotler (2017) afirmam, o mercado está se tornando mais horizontal (entre os pares),et al. inclusivo e social. Assim, a ausência de barreiras físicas permite que empresas e diferentes consumidores interajam e principalmente, colaborem. Neste cenário, mesmo tendo contato diário com diferentes empresas e recursos, consumidores muitas vezes preferem confiar nas indicações e informações do seu círculo social (amigos, família, fãs, seguidores e influenciadores) para realizar suas decisões de compra. Fonte: © Popartic / / iStock. Nesta realidade, Kotler . (2017) destacam a participação de três grupos no consumo online: et al Jovens, mulheres , ou cidadãos da internet. Além do seu tamanho e potencial de compra, estes são segmentose Netizens considerados influentes na era digital. Seguindo Kotler (2017), vamos tratar de juventude ou jovens, como oset al. indivíduos entre 10 e 24 anos. A seguir, clique e conheça mais sobre os grupos de consumo no universo online: • Adotantes iniciais Ao serem considerados adotantes iniciais, pode-se afirmar que a postura rebelde ou mesmo contrária ao que os chamados querem ou buscam, levam os jovens a optarem por ideias diferentes, ouadultos inovadoras. Profissionais de ao lançar novos produtos que desafiem as tendências de mercado,marketing, dirigem-se a este público em suas comunicações, e utilizam canais que acessam. Como exemplos desta relação, Kotler (2017) destacam produtos e serviços como novos e empresas de et al. smartphones em que as comunicações foram direcionadas. Além do seu consumo, o adotante inicialstreaming, influencia os demais consumidores de um mercado a ingressarem nele. • Definidores de tendências Essa capacidade dos jovens em influenciar uma chamada cultura dominante e diferentes segmentos do mercado também lhe atribui o papel de definidores de tendências. O que isso significa na prática? A • • 107 6.1.1 Perfil do consumidor on-line O avanço da internet permite que indivíduos de diferentes idades e praticamente qualquer localidade do globo possam interagir e realizar diferentes atividades através de aplicativos, redes sociais, sites de empresas, ,blogs entre outros. Como Kotler (2017) afirmam, o mercado está se tornando mais horizontal (entre os pares),et al. inclusivo e social. Assim, a ausência de barreiras físicas permite que empresas e diferentes consumidores interajam e principalmente, colaborem. Neste cenário, mesmo tendo contato diário com diferentes empresas e recursos, consumidores muitas vezes preferem confiar nas indicações e informações do seu círculo social (amigos, família, fãs, seguidores e influenciadores) para realizar suas decisões de compra. Fonte: © Popartic / / iStock. Nesta realidade, Kotler . (2017) destacam a participação de três grupos no consumo online: et al Jovens, mulheres , ou cidadãos da internet. Além do seu tamanho e potencial de compra, estes são segmentose Netizens considerados influentes na era digital. Seguindo Kotler (2017), vamos tratar de juventude ou jovens, como oset al. indivíduos entre 10 e 24 anos. A seguir, clique e conheça mais sobre os grupos de consumo no universo online: • Adotantes iniciais Ao serem considerados adotantes iniciais, pode-se afirmar que a postura rebelde ou mesmo contrária ao que os chamados querem ou buscam, levam os jovens a optarem por ideias diferentes, ouadultos inovadoras. Profissionais de ao lançar novos produtos que desafiem as tendências de mercado,marketing, dirigem-se a este público em suas comunicações, e utilizam canais que acessam. Como exemplos desta relação, Kotler (2017) destacam produtos e serviços como novos e empresas de et al. smartphones em que as comunicações foram direcionadas. Além do seu consumo, o adotante inicialstreaming, influencia os demais consumidores de um mercado a ingressarem nele. • Definidores de tendências Essa capacidade dos jovens em influenciar uma chamada cultura dominante e diferentes segmentos do mercado também lhe atribui o papel de definidores de tendências. O que isso significana prática? A • • velocidade em que um jovem identifica e se apropria de um produto ou serviço facilita que profissionais de utilizem esta informação para influenciar outros segmentos de mercado. Seguindo algunsmarketing exemplos de Kotler (2017) a grande movimentação de jovens em shows de um artista pop ou mesmoet al. a sua ampla de utilização de uma rede social, permitem que profissionais de marketing utilizem esta informação para influenciar indivíduos de diferentes faixas etárias, desenvolvendo assim novos mercados. • Agentes de mudança Os jovens também são considerados agentes de mudança. Devido à sua movimentação e participação em diferentes esferas no mercado, o jovem é capaz de influenciar indivíduos de diferentes faixas etárias quanto à percepção da realidade, diferentes relações e formas de interação em sociedade. O envolvimento deste público em causas sociais, por exemplo, leva o mercado a desenvolver produtos e serviços verdes a repensarmos a ideia de sustentabilidade e oferta de produtos a partir de materiais reaproveitados, entre outros movimentos. Além do jovem, é importante destacarmos a importância da . Dados participação da mulher no consumo online da Nielsen (2019), empresa global de pesquisa, indicam que no Brasil, as mulheres são responsáveis por 96% das compras dos lares. Na América Latina, esse número é de 91% (NIELSEN, 2019). Segundo Kotler (2017), aset al. mulheres desempenham papel importante no mercado. Clique a seguir e entenda porquê: São coletoras de informações, ou seja, consultam diversas fontes antes de uma tomada de decisão de compra. São compradoras holísticas, ou seja, consideram diferentes avaliações, benefícios funcionais, emocionais, preço de produtos e posicionamento das marcas antes de tomar suas decisões. São gerentes domésticas, ou seja, administram diferentes esferas da rotina de uma residência, incluindo as decisões de consumo de seus habitantes. Em um mundo conectado, todas estas características são potencializadas através de aplicativos, sites, blogs e redes sociais. Além dos jovens e mulheres, Kotler (2017), destacam a importância do consumidor online chamado deet al. Este indivíduo é visto como envolvido e engajado com a utilização, melhoria e, ou cidadãos da internet.Netizens disseminação dos benefícios da internet. É importante ressaltar que este público não apenas utiliza a internet e • DICA Existem muitas pesquisas em tratando das diferentes faixas etárias que fazem partemarketing do mercado atualmente. É interessante saber um pouco mais sobre as chamadas geração Y, Z, Alfa, entre outras. Acesse e descubra mais por meio da plataforma Nielsen. 108 seus derivados, mas trabalha diariamente para gerar melhoramentos e disponibilizar os benefícios do seu acesso. Dado o seu envolvimento com as possibilidades da internet como o anonimato, por exemplo, esse público busca interagir diariamente e influenciar outras camadas da sociedade. Avanços da internet em redes sociais ou jogos permitem-lhes a criação de novos nomes, avatares, e assim diferentes identidades. Dada a sua conectividade social por meio da internet, desempenham papel fundamental para as marcas como advogados e influenciadores, levando em conta suas avaliações e criação de novos conteúdos em e sites, blogs redes sociais. É interessante entendermos também o seu comportamento de compra, como veremos a seguir. 6.1.2 Comportamento de compra on-line Em um mundo conectado e com diversos acessos a produtos e serviços, é importante entendermos como é o comportamento de compra do consumidor no canal Como Solomon (2016) afirma, a tecnologia permiteon-line. que o consumidor acesse diferentes recursos, realize compras pelo seu celular e conecte-se com ofertas ao redor do globo. Em modelos tradicionais como o ou (4Ps), pensávamos na criação e entrega de valorMix de Marketing Quatro Ps apenas presencialmente a partir de um Produto, Preço, Praça e Promoção. Por meio do canal digital e da ideia de um consumidor 4.0 (conectado), o 4.0 envolve o uso de diferentes recursos, como os quatro Cs (4Cs), marketing cocriação de valor), (moeda), (Ativação comunitária) e Cocreation ( currency communal activation conversation (Conversa). Fonte: © grinvalds / / iStock. PAUSA PARA REFLETIR Você se considera um Você acessa diariamente a internet, cria conteúdos e trabalhanetizen? para aprimorar a conectividade entre as pessoas? 109 seus derivados, mas trabalha diariamente para gerar melhoramentos e disponibilizar os benefícios do seu acesso. Dado o seu envolvimento com as possibilidades da internet como o anonimato, por exemplo, esse público busca interagir diariamente e influenciar outras camadas da sociedade. Avanços da internet em redes sociais ou jogos permitem-lhes a criação de novos nomes, avatares, e assim diferentes identidades. Dada a sua conectividade social por meio da internet, desempenham papel fundamental para as marcas como advogados e influenciadores, levando em conta suas avaliações e criação de novos conteúdos em esites, blogs redes sociais. É interessante entendermos também o seu comportamento de compra, como veremos a seguir. 6.1.2 Comportamento de compra on-line Em um mundo conectado e com diversos acessos a produtos e serviços, é importante entendermos como é o comportamento de compra do consumidor no canal Como Solomon (2016) afirma, a tecnologia permiteon-line. que o consumidor acesse diferentes recursos, realize compras pelo seu celular e conecte-se com ofertas ao redor do globo. Em modelos tradicionais como o ou (4Ps), pensávamos na criação e entrega de valorMix de Marketing Quatro Ps apenas presencialmente a partir de um Produto, Preço, Praça e Promoção. Por meio do canal digital e da ideia de um consumidor 4.0 (conectado), o 4.0 envolve o uso de diferentes recursos, como os quatro Cs (4Cs), marketing cocriação de valor), (moeda), (Ativação comunitária) e Cocreation ( currency communal activation conversation (Conversa). Fonte: © grinvalds / / iStock. PAUSA PARA REFLETIR Você se considera um Você acessa diariamente a internet, cria conteúdos e trabalhanetizen? para aprimorar a conectividade entre as pessoas? Esta nova lógica entende que na era digital, o consumidor não quer apenas comprar um produto ou serviço, mas sim participar na sua elaboração e design. Redes sociais, sites da empresa ou mesmo blogs permitem que empresa e consumidor tenham contato direto, o é instantâneo. Além disso, a tecnologia permite a customizaçãofeedback em massa, através de um website diversos consumidores podem customizar seu produto em diferentes partes do mundo. A era digital permite que o consumidor utilize diferentes recursos para pagamento da sua compra on-line. Também, as empresas podem customizar também os preços dos seus produtos e serviços para cada consumidor, utilizando tecnologias como o (grandes pacotes de dados) para resgatar o histórico de compras e créditoBig Data do cliente. Da mesma forma, redes sociais, e permitem que empresas acessem o consumidor emblogs websites diferentes núcleos, estabelecendo canais de promoção que interagem diretamente com o estilo de vida e preferências do consumidor. Nesta realidade, consumidores se envolvem em diferentes processos para realizar suas compras. Vamos entender como são os estágios destes processos a seguir, aprofundando nosso estudo a respeito da jornada do cliente on- line. 6.1.3 Jornada do cliente on-line Imagine que você está acessando uma rede social e recebeu um aviso sobre promoção de passagens aéreas. Você acessa então o site da empresa para obter maiores informações. Você também acessa blogs e fóruns onde consumidores falam sobre esse tipo de compra, ao final deste processo você retorna ao site da empresa e realiza a compra de uma passagem, utilizando seu cartão de crédito. A essas interações e processo até a realização de uma compra on-line, chamamos de jornada do cliente online. Como esta jornada se diferencia de modelos tradicionais de compra? Kotler (2017) afirmam que o ambienteonline trouxe evolução para modelos tradicionais de comportamentoet al. de compra como o modelo Assimilação, Atitude, Ação e Ação Nova. Segundo os autores, a partir do ambiente 4 As - as etapas para o comportamento de compra seriam atualizadas para: 1) Assimilação; 2) Atração; 3)on-line Arguição; 4) Ação e 5) Ação Nova. Vamos discutir essa evolução a seguir. Clique nas abas abaixo e acompanhe: ASSIMILAÇÃO Levando em conta a possibilidade a era da conectividade, na fase de ASSIMILAÇÃO o consumidor recebe diferentes estímulos em ambientes como redes sociais, sites e comunicações de de forma geral. Nesta fase, aprende sobre as marcas, suasmarketing características e podem também retomar suas experiências passadas. Podemos dizer que o consumidor toma consciência sobre uma marca. Essa consciência é reforçada pelos processos de memória em que o consumidor organiza os diversos estímulos ASSISTA Assista ao vídeo na plataforma YouTube, disponível no canal TED Brasil, sobre o início do compartilhamento em e como esta mídia conecta pessoas de todo o mundo.blogs 110 ATRAÇÃO recebidos e agrupa as marcas que lhe chamaram mais atenção, marcas essas porque terá alguma ATRAÇÃO. ARGUIÇÃO Ao retomar suas experiências e trocar ideias com as comunidades em qual está inserido, através de aplicativos e redes sociais, pesquisar nos sites ou mesmo fazer contato com as empresas que mais lhe interessaram, o consumidor passaria então para a fase de ARGUIÇÃO. AÇÃO A partir do interesse e avaliação das opções, o consumidor busca atendimento, realiza a compra em um ambiente físico ou on-line, usa o produto e inicia suas avaliações, esta seria a etapa de AÇÃO. APOLOGIA Tendo realizado a compra, o consumidor avalia a utilização do produto ou serviço. Caso a sua experiência tenha sido positiva, realiza novas compras, segue utilizando os produtos e serviços da e empresa e então os recomenda a seus pares utilizando, principalmente canais como redes sociais, aplicativos, blogs, entre outros. Esta seria a fase final do processo, a qual chamamos de APOLOGIA. Fonte: © marrio31 / / iStock. Cada uma destas etapas é simplificada por Kotler . (2017) por expressões como “Eu Sei” - > “Eu gosto” ->et al “Estou convencido” -> “Estou comprando” e Eu recomendo. Vamos conferir: 111 ATRAÇÃO recebidos e agrupa as marcas que lhe chamaram mais atenção, marcas essas porque terá alguma ATRAÇÃO. ARGUIÇÃO Ao retomar suas experiências e trocar ideias com as comunidades em qual está inserido, através de aplicativos e redes sociais, pesquisar nos sites ou mesmo fazer contato com as empresas que mais lhe interessaram, o consumidor passaria então para a fase de ARGUIÇÃO. AÇÃO A partir do interesse e avaliação das opções, o consumidor busca atendimento, realiza a compra em um ambiente físico ou on-line, usa o produto e inicia suas avaliações, esta seria a etapa de AÇÃO. APOLOGIA Tendo realizado a compra, o consumidor avalia a utilização do produto ou serviço. Caso a sua experiência tenha sido positiva, realiza novas compras, segue utilizando os produtos e serviços da e empresa e então os recomenda a seus pares utilizando, principalmente canais como redes sociais, aplicativos, blogs, entre outros. Esta seria a fase final do processo, a qual chamamos de APOLOGIA. Fonte: © marrio31 / / iStock. Cada uma destas etapas é simplificada por Kotler . (2017) por expressões como “Eu Sei” - > “Eu gosto” ->et al “Estou convencido” -> “Estou comprando” e Eu recomendo. Vamos conferir: Mapeamento do caminho do consumidor ao longo dos cinco As. Fonte: KOTLER et al., 2017, p. 84. (Adaptado). Levando em conta as possibilidades do comportamento de compra é importante retomar e ressaltar aon-line, importância dos (cidadãos da internet) em todas etapas. Dado o tempo e envolvimento utilizados nanetizens criação e compartilhamento de conteúdos no formato os são grandes influenciadores deon-line, netizens comportamentos de compra. Dependendo de sua avaliação e da informação compartilhada em seus canais, podem aumentar ou diminuir a atração que uma marca possui para um grande número (milhares ou até milhões) de consumidores. Por esse motivo, profissionais de marketing buscam diariamente identificá-los e envolvê-los tanto no desenvolvimento de produtos e serviços, como para a comunicação de valor de suas empresas. Neste mundo conectado, para as empresas é importante que os atuem como embaixadores de sua marca.netizens Aprofundaremos a seguir os aspectos envolvidos na experiência e satisfação do consumidor on-line. 112 6.1.4 Experiência e satisfação do consumidor on-line Assim como em compras presenciais ou especialmente em um mundo conectado ou 4.0 é papel dosoff-line, profissionais de entender como gerar satisfação e experiências positivas em ambientes . Estamarketing on-line premissa ganha força se imaginarmos a velocidade em que avaliações negativas podem ser compartilhadas através de aplicativos ou redes sociais. Tratando da satisfação, podemos afirmar que é um estado resultante da expectativa do consumidor aliada à avaliação do resultado de uma compra ou experiência. O resultado positivo levaria a um estado de satisfação, o negativo à insatisfação (Solomon, 2016). Fonte: © William_Potter / / iStock. Kotler (2017) afirmam que para gerar satisfação ao consumidor é necessário:et al. • surpreendê-lo, ou seja, superar suas expectativas; • ofertar algo superior ao pedido inicial; • desencadear reações contagiantes, que possam ser compartilhadas. Na visão dos autores, estes três elementos devem ser trabalhados ao longo dos cinco As (Assimilação, Atração, Arguição, Ação e Apologia). Nesse sentido, é importante guiar o consumidor desde a compra até a defesa da marca. Para que esse fator possa ocorrer, é necessário gerar não apenas satisfação, mas experiências fascinantes e engajamento com a marca. A busca pelo engajamento pode envolver alguns caminhos, como o mapeamento do uso de dispositivos móveis, para a entrega de aplicativos e serviços que satisfaçam as necessidades pontuais do consumidor. Imagine: você não possui aplicativos do seu banco, para a sua carona, para utilizar o cartão de embarque de uma cia aérea? Esta é uma tática para gerar engajamento. Além disso, é possível que as empresas criem, através das compras online, o que chamamos de CRM social. Diferentemente de ferramentas e políticas de CRM tradicionais, as marcas gerenciam e participam diretamente de conversas e discussões com os clientes nas mídias sociais, resolvendo problemas e ofertando novas propostas de valor. Essa ação envolve a estrutura de equipes de atendimento colaborativas, que acessam e monitoram redes e possuem poder de decisão para gerar valor ao cliente a partir de sua interação. • • • 113 6.1.4 Experiência e satisfação do consumidor on-line Assim como em compras presenciais ou especialmente em um mundo conectado ou 4.0 é papel dosoff-line, profissionais de entender como gerar satisfação e experiências positivas em ambientes . Estamarketing on-line premissa ganha força se imaginarmos a velocidade em que avaliações negativas podem ser compartilhadas através de aplicativos ou redes sociais. Tratando da satisfação, podemos afirmar que é um estado resultante da expectativa do consumidor aliada à avaliação do resultado de uma compra ou experiência. O resultado positivo levaria a um estado de satisfação, o negativo à insatisfação (Solomon, 2016). Fonte: © William_Potter / / iStock. Kotler (2017) afirmam que para gerar satisfação ao consumidor é necessário:et al. • surpreendê-lo, ou seja, superar suas expectativas; • ofertar algo superior ao pedido inicial; • desencadear reações contagiantes, que possam ser compartilhadas. Na visão dos autores, estes três elementos devem ser trabalhados ao longo dos cinco As (Assimilação, Atração, Arguição, Ação e Apologia). Nesse sentido, é importante guiar o consumidor desde a compra até a defesa da marca. Para que esse fator possa ocorrer, é necessário gerar não apenas satisfação, mas experiências fascinantes eengajamento com a marca. A busca pelo engajamento pode envolver alguns caminhos, como o mapeamento do uso de dispositivos móveis, para a entrega de aplicativos e serviços que satisfaçam as necessidades pontuais do consumidor. Imagine: você não possui aplicativos do seu banco, para a sua carona, para utilizar o cartão de embarque de uma cia aérea? Esta é uma tática para gerar engajamento. Além disso, é possível que as empresas criem, através das compras online, o que chamamos de CRM social. Diferentemente de ferramentas e políticas de CRM tradicionais, as marcas gerenciam e participam diretamente de conversas e discussões com os clientes nas mídias sociais, resolvendo problemas e ofertando novas propostas de valor. Essa ação envolve a estrutura de equipes de atendimento colaborativas, que acessam e monitoram redes e possuem poder de decisão para gerar valor ao cliente a partir de sua interação. • • • Outra forma para a busca do engajamento e um passo além das ideias de satisfação e experiência é o estímulo a comportamentos desejados no ambiente por meio da . Conheça mais sobre ela clicando aon-line gamificação seguir: Programas de fidelidade A envolve a criação e administração de programas de fidelidade, por meio do acúmulo de pontos ougamificação milhas, bem como a obtenção de pontos por reputação. Você nunca viu algum de seus amigos se gabar ao ser avaliado como cinco estrelas em um aplicativo de caronas? Este envolvimento do consumidor em busca de pontos ou estrelas, assemelha-se ao que normalmente vemos em jogos ou games. Tecnologia e canais on-line Pesquisas mostram que mesmo nem sempre utilizando os seus pontos ou estrelas, consumidores mantêm relações duradouras com as empresas para aumentá-los. Assim como em elementos vistos anteriormente, a tecnologia e o canal potencializam essa receita, se levarmos em conta ainda que todas as transaçõeson-line digitais são facilmente registradas. A pode ser assim potencializada ao acessarmos os registros egamificação compras anteriores do cliente, possibilitando-lhe recompensas cada vez maiores. Como estas recompensas podem ser utilizadas em diferentes canais? Vamos descobrir a seguir analisando os canais de compra disponíveis ao consumidor. 6.2 Lojas físicas e loja on-line Ao realizar suas compras, o consumidor passa por diferentes processos e recebe diversos estímulos das empresas, seja de forma física ou Há algumas décadas, estes processos e competição ocorriam em um espaço de lojaon-line. físico, tratavam basicamente de estímulos marcantes, ambientes limpos e organizados e bom atendimento. Essa realidade muda a partir do desenvolvimento da internet e dos canais online. Atualmente, é necessário integrar informações em aplicativos, , fóruns, redes sociais e nos espaçossites, blogs físicos. O cliente deve saber o preço de um televisor pelo aplicativo, mesmo que prefira comprá-lo em um ou nasite loja do seu varejista favorito. Essa integração na jornada de compra do cliente é um desafio enfrentado diariamente pelos profissionais de Vamos aumentar nosso compreensão a esse respeito a seguir.marketing. 6.2.1 Canais virtuais de compra Os canais virtuais de compra dizem respeito a todo o local não presencial em que o consumidor pode adquirir, ou encontrar o caminho para adquirir um produto ou serviço, sem estar fisicamente presente. Dados da Empresa Nielsen (2018) apontam que a maior parte das vendas de grandes empresas varejistas são resultantes dos seus canais em relação às suas lojas físicas.on-line, 114 Fonte: © AlexSecret / / iStock. Canais virtuais de compra envolvem as tradicionais plataformas de ( que comercializam e-commerce websites produtos de apenas uma empresa), a utilização de comunicações e links de acesso via , até os e-mail marketing chamados , espaços em que diversas empresas anunciam seus produtos.marketplaces on-line Além destes canais, Solomon (2016) e Kotler (2017), enfatizam que o avanço da tecnologia permitiu que oet al. consumidor realize boa parte das suas decisões de consumo a partir do seu celular. Nesse sentido, ações de mobile são uma das preocupações diárias das empresas ao desenvolver canais virtuais de compra.marketing A criação de aplicativos próprios, bem como a adaptação das informações disponíveis e navegabilidade são alguns dos desafios nesta plataforma. A comunicação de valor e acesso ao ambiente de compra através das redes sociais também é uma preocupação diária dos preocupações de das organizações. O consumidor pode acessarmarketing vídeos, compartilhar fotos, falar com amigos, e ao mesmo receber informações, para acessos e compra de links ofertas de empresas localizadas em diferentes partes do mundo. Mais do que as potencialidades de cada um destes canais, empresas e profissionais de têm trabalhado para criar uma estratégia única, em que amarketing combinação do seu uso gere experiências marcantes ao consumidor. A figura a seguir indica as vantagens e desvantagens na utilização de cada canal ao consumidor ( ).on-line X off-line Como podemos notar seu gerenciamento, não é tarefa simples para as empresas. PAUSA PARA REFLETIR Ao desenvolver os canais , muitos cogitaram que o varejo e lojas físicas acabariam. Nesteon-line mundo cada vez mais conectado, você acredita que deixaremos de realizar compras presenciais? 115 Fonte: © AlexSecret / / iStock. Canais virtuais de compra envolvem as tradicionais plataformas de ( que comercializam e-commerce websites produtos de apenas uma empresa), a utilização de comunicações e links de acesso via , até os e-mail marketing chamados , espaços em que diversas empresas anunciam seus produtos.marketplaces on-line Além destes canais, Solomon (2016) e Kotler (2017), enfatizam que o avanço da tecnologia permitiu que oet al. consumidor realize boa parte das suas decisões de consumo a partir do seu celular. Nesse sentido, ações de mobile são uma das preocupações diárias das empresas ao desenvolver canais virtuais de compra.marketing A criação de aplicativos próprios, bem como a adaptação das informações disponíveis e navegabilidade são alguns dos desafios nesta plataforma. A comunicação de valor e acesso ao ambiente de compra através das redes sociais também é uma preocupação diária dos preocupações de das organizações. O consumidor pode acessarmarketing vídeos, compartilhar fotos, falar com amigos, e ao mesmo receber informações, para acessos e compra de links ofertas de empresas localizadas em diferentes partes do mundo. Mais do que as potencialidades de cada um destes canais, empresas e profissionais de têm trabalhado para criar uma estratégia única, em que amarketing combinação do seu uso gere experiências marcantes ao consumidor. A figura a seguir indica as vantagens e desvantagens na utilização de cada canal ao consumidor ( ).on-line X off-line Como podemos notar seu gerenciamento, não é tarefa simples para as empresas. PAUSA PARA REFLETIR Ao desenvolver os canais , muitos cogitaram que o varejo e lojas físicas acabariam. Nesteon-line mundo cada vez mais conectado, você acredita que deixaremos de realizar compras presenciais? Vantagens e desvantagens canais on-line X off-line. Fonte: MUNDIM; PETROLL, 2018, p. 135. (Adaptado). Aprofundaremos esta discussão a seguir, ao abordamos o conceito de operações omnichannel. 6.2.2 Integração omnichannel Ao visualizar anúncio de um produto em um programa de televisão, o consumidor pode ter sua atenção despertada. A seguir, pode buscar mais informações no site da empresa, visitar uma loja, avaliar opiniões em redes sociais e buscar vídeos da sua utilização em sites/plataformas. Para que estas informações levem de forma combinada a uma compra, é preciso que as empresas tenham uma estratégia clara de integração omnichannel. Fonte: © ThomasVogel / / iStock. 116 Kotler (2017) afirmam que o omnichannel é a prática de integrar vários canais para criar umaet al. marketing experiência de contínua e uniforme ao consumidor. De forma prática, profissionais de precisam conduzirmarketing consumidorespor cada passo do caminho nos canais físicos e online, de modo que a marca esteja disponível onde e quando os consumidores decidirem fazer uma compra. Imagine que você deseja ir a um de música. A empresa que produz estes eventos pode traçar o seu perfilshow como consumidor e ofertar a compra de ingressos nas redes sociais que você acessa, plataformas de ou streaming de compra. Ao clicar no virtual, você já possui a opção de realizar a compra do seu ingresso, mas vocêsites banner utilizará o serviço no espaço físico no espaço para Um grande varejista de eletrodomésticos pode anunciarshows. uma promoção em uma rede social, levar o consumidor ao seu em busca de maiores informações, para entãosite finalizar a compra em uma de suas lojas físicas por meio do atendimento do seu profissional de vendas. Vamos conferir como este processo ocorre em cada um dos cinco As: ESCLARECIMENTO A expressão omnichannel é advinda do idioma inglês, assim como a própria palavra emarketing muitos temas relacionados. No Brasil, você também encontrará a expressão onicanal, trata-se do mesmo tema. 117 Kotler (2017) afirmam que o omnichannel é a prática de integrar vários canais para criar umaet al. marketing experiência de contínua e uniforme ao consumidor. De forma prática, profissionais de precisam conduzirmarketing consumidores por cada passo do caminho nos canais físicos e online, de modo que a marca esteja disponível onde e quando os consumidores decidirem fazer uma compra. Imagine que você deseja ir a um de música. A empresa que produz estes eventos pode traçar o seu perfilshow como consumidor e ofertar a compra de ingressos nas redes sociais que você acessa, plataformas de ou streaming de compra. Ao clicar no virtual, você já possui a opção de realizar a compra do seu ingresso, mas vocêsites banner utilizará o serviço no espaço físico no espaço para Um grande varejista de eletrodomésticos pode anunciarshows. uma promoção em uma rede social, levar o consumidor ao seu em busca de maiores informações, para entãosite finalizar a compra em uma de suas lojas físicas por meio do atendimento do seu profissional de vendas. Vamos conferir como este processo ocorre em cada um dos cinco As: ESCLARECIMENTO A expressão omnichannel é advinda do idioma inglês, assim como a própria palavra emarketing muitos temas relacionados. No Brasil, você também encontrará a expressão onicanal, trata-se do mesmo tema. Canais e fases da jornada do consumidor. Fonte: KOTLER; KELLER, 2017, p.175. (Adaptado). É importante destacar, como afirmam Kotler (2017), que estudos apontam a estratégia omnichannel comoet al. mais eficaz do que a venda por meio de um único canal. Em outras palavras, o consumidor que se envolve e busca informações em diferentes canais tende a ser mais fiel e realiza a recompra com maior frequência. Do ponto de vista de a integração dos canais em uma estratégia omnichannel também é fundamentalmarketing, se considerarmos o conceito de ponto de contato. O ponto de contato é todo o estímulo de uma marca ao qual o consumidor é exposto no seu cotidiano. Espaços de varejo, o , a página em uma rede social, os comentários de um representante em um , todoswebsite blog estes exemplos são de pontos de contato de uma marca com o consumidor. Neste sentido, para que o consumidor perceba o posicionamento almejado pela marca, é importante que estes pontos de contato estejam organizados para enviar a mesma mensagem. Como realizar esta integração em diferentes canais de uma empresa? Vamos aprofundar a seguir. 118 6.2.3 Desafios do canal omnichannel O principal desafio do canal omnichannel é a integração dos pontos de contato de uma marca para a criação de uma experiência envolvente ao consumidor. Imagine se você já não passou pela seguinte situação: Você vê o preço de um televisor em um site de uma marca, mas ao chegar na sua loja física, o preço está diferente. Como isso ocorre? A empresa consegue lhe explicar os benefícios na utilização de cada canal de compra? Fonte: © alphaspirit / / iStock. Nesse sentido, Kotler (2017) indicam alguns caminhos para lidar com as dificuldades deste tipo de integração.et al. Seguem três passos para a organização de uma boa estratégia omnichannel: • mapear todos possíveis pontos de contato ao longo do caminho do consumidor; • identificar os pontos de contato mais críticos; • melhorar e integrar os pontos de contato mais críticos. Como vimos, o consumidor online passa por cinco As (Assimilação, Atração, Arguição, Ação e Apologia) ao realizar suas compras, durante cada um destes estágios o mesmo pode ser exposto a um ponto de contato de uma empresa. Na fase de Assimilação, por exemplo, um consumidor pode visualizar um anúncio em uma rede social e aprender mais sobre uma empresa. Durante a ação, o consumidor efetivamente compra e tem contato diretamente com o produto, iniciando o seu processo de avaliação. É importante que o profissional de marketing tenha claro como e quando cada um destes estímulos ocorre. Como Kotler (2017) afirmam, um número maior de pontos de contato de uma marca leva aet al. uma cobertura mais ampla de mercado, porém demanda maior energia em administrar diferentes estruturas de forma coerente. O segundo passo sugerido pelos autores é identificar os pontos de contato e canais mais críticos. Conheça melhor esse processo clicando nas abas a seguir: Pesquisas e dados Para esta tarefa, é fundamental que profissionais de constantemente realizem pesquisas e tenhammarketing dados que mostrem como os canais são utilizados pelo consumidor, de acordo com o contexto da empresa. Exemplo: segmento automobilístico • • • 119 6.2.3 Desafios do canal omnichannel O principal desafio do canal omnichannel é a integração dos pontos de contato de uma marca para a criação de uma experiência envolvente ao consumidor. Imagine se você já não passou pela seguinte situação: Você vê o preço de um televisor em um site de uma marca, mas ao chegar na sua loja física, o preço está diferente. Como isso ocorre? A empresa consegue lhe explicar os benefícios na utilização de cada canal de compra? Fonte: © alphaspirit / / iStock. Nesse sentido, Kotler (2017) indicam alguns caminhos para lidar com as dificuldades deste tipo de integração.et al. Seguem três passos para a organização de uma boa estratégia omnichannel: • mapear todos possíveis pontos de contato ao longo do caminho do consumidor; • identificar os pontos de contato mais críticos; • melhorar e integrar os pontos de contato mais críticos. Como vimos, o consumidor online passa por cinco As (Assimilação, Atração, Arguição, Ação e Apologia) ao realizar suas compras, durante cada um destes estágios o mesmo pode ser exposto a um ponto de contato de uma empresa. Na fase de Assimilação, por exemplo, um consumidor pode visualizar um anúncio em uma rede social e aprender mais sobre uma empresa. Durante a ação, o consumidor efetivamente compra e tem contato diretamente com o produto, iniciando o seu processo de avaliação. É importante que o profissional de marketing tenha claro como e quando cada um destes estímulos ocorre. Como Kotler (2017) afirmam, um número maior de pontos de contato de uma marca leva aet al. uma cobertura mais ampla de mercado, porém demanda maior energia em administrar diferentes estruturas de forma coerente. O segundo passo sugerido pelos autores é identificar os pontos de contato e canais mais críticos. Conheça melhor esse processo clicando nas abas a seguir: Pesquisas e dados Para esta tarefa, é fundamental que profissionais de constantemente realizem pesquisas e tenhammarketing dados que mostrem como os canais são utilizados pelo consumidor, de acordo com o contexto da empresa. Exemplo: segmento automobilístico • • • Por exemplo, empresas do segmento automobilístico podem ter informações que a venda de automóveis normalmente ocorre a partir da busca por vídeos em plataformas, seguida pela busca de informações no site da empresa, agendamento de um e fechamento da compra na loja física.testdrive Canais críticos Neste sentido, para este negócio o uso de mídias alternativas, o site e a loja física são canais críticos a esta empresa, e merecem atenção. Vamos conferir um exemplo deste mapeamento por meio dos cinco As (jornada): Mapeamento pontos de contato. Fonte: KOTLER; KELLER, 2017, p. 178. (Adaptado). O terceiro passo envolve a criação de estruturas organizacionais integradas, para assim lidar com as diferenças entre os canais. O setor de logística da empresa deve se organizar de acordo com a importância que a entrega 120 rápida possui para o cliente, levando em conta o uso deste argumento em todas as comunicações daon-line mesma. Igualmente, o canal de vendas físico deve possuir informações claras e colaboradores treinados para dar o maior número de informações possível para o consumidor no atendimento presencial, visto que ele pode encontrá- las também no site da empresa. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, novas tendências emergem ao pensarmos nas estratégias omnichannel das empresas. Vamos descobrir algumas delas a seguir. 6.2.4 Tendências do canal omnichannel Assim como viabilizar a existência de diferentes canais para consumo, a tecnologia abre novos desafios e indica novos caminhos na integração de espaços e para as marcas. Empresas do segmento de vendas on-line off-line on- , computadores e têm utilizado diferentes recursos tecnológicos para ofertar praticidade nasline smartphones compras do consumidor, entre seus diferentes canais. Neste sentido, conheça as principais tendências para este segmento: Combinação de perfis on-line Uma tendência utilizada por diferentes marcas é a combinação de perfis do consumidor, aplicativos paraon-line celular, espaços de varejo e tecnologia de radiofrequência. Como isso funciona na prática? Imagine que você possui um perfil ou uma conta em um site de uma marca. Neste perfil, você insere seu cartão de crédito e permite que cobranças sejam realizadas automaticamente a partir de uma compra. Você faz o do aplicativo dadownload marca e acessa uma de suas lojas físicas, que não possui caixas ou atendentes. Ao entrar na loja, você mostra sua identificação virtual (Qrcode) enviada pelo seu celular a um leitor. Ao retirar um produto da prateleira, sensores captam a operação e uma mensagem é enviada ao seu aplicativo, assim a cobrança de cada item é realizada. Ao terminar suas compras e cruzar novamente a porta da loja, os sensores identificam que você finalizou suas compras, somam a operação e enviam a nota fiscal ao aplicativo . Personalização dos canais on-line Outra tendência importante é a personalização dos canais Por meio de inteligência artificial paraon-line. armazenamento e evocação de padrões de resposta, empresas têm criado avatares para a realização de atendimentos virtuais em seus sites e telefones. É importante deixar claro que nestes cenários, a tecnologia é apenas parte da estratégia omnichannel. Do ponto de vista de marketing, mais importante do que a tecnologia em si é que a proposta de valor prometida pela marca seja entregue ao consumidor. Proposta de atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore um resumo, entre dois a quatro parágrafos, destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir seu resumo, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Recapitulando Ao longo deste capítulo trabalhamos como ocorre o comportamento de compra virtual, e o desafio das empresas na integração entre espaços físicos e canais de compra on-line. Iniciamos conhecendo um pouco mais sobre o consumidor 4.0 e o perfil do consumidor online, focando nos jovens, mulheres e ou cidadãos da internet.netizens, 121 rápida possui para o cliente, levando em conta o uso deste argumento em todas as comunicações daon-line mesma. Igualmente, o canal de vendas físico deve possuir informações claras e colaboradores treinados para dar o maior número de informações possível para o consumidor no atendimento presencial, visto que ele pode encontrá- las também no site da empresa. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, novas tendências emergem ao pensarmos nas estratégias omnichannel das empresas. Vamos descobrir algumas delas a seguir. 6.2.4 Tendências do canal omnichannel Assim como viabilizar a existência de diferentes canais para consumo, a tecnologia abre novos desafios e indica novos caminhos na integração de espaços e para as marcas. Empresas do segmento de vendas on-line off-line on- , computadores e têm utilizado diferentes recursos tecnológicos para ofertar praticidade nasline smartphones compras do consumidor, entre seus diferentes canais. Neste sentido, conheça as principais tendências para este segmento: Combinação de perfis on-line Uma tendência utilizada por diferentes marcas é a combinação de perfis do consumidor, aplicativos paraon-line celular, espaços de varejo e tecnologia de radiofrequência. Como isso funciona na prática? Imagine que você possui um perfil ou uma conta em um site de uma marca. Neste perfil, você insere seu cartão de crédito e permite que cobranças sejam realizadas automaticamente a partir de uma compra. Você faz o do aplicativo dadownload marca e acessa uma de suas lojas físicas, que não possui caixas ou atendentes. Ao entrar na loja, você mostra sua identificação virtual (Qrcode) enviada pelo seu celular a um leitor. Ao retirar um produto da prateleira, sensores captam a operação e uma mensagem é enviada ao seu aplicativo, assim a cobrança de cada item é realizada. Ao terminar suas compras e cruzar novamente a porta da loja, os sensores identificam que você finalizou suas compras, somam a operação e enviam a nota fiscal ao aplicativo . Personalização dos canais on-line Outra tendência importante é a personalização dos canais Por meio de inteligência artificial paraon-line. armazenamento e evocação de padrões de resposta, empresas têm criado avatares para a realização de atendimentos virtuais em seus sites e telefones. É importante deixar claro que nestes cenários, a tecnologia é apenas parte da estratégia omnichannel. Do ponto de vista de marketing, mais importante do que a tecnologia em si é que a proposta de valor prometida pela marca seja entregue ao consumidor. Proposta de atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore um resumo, entre dois a quatro parágrafos, destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir seu resumo, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Recapitulando Ao longo deste capítulo trabalhamos como ocorre o comportamento de compra virtual, e o desafio das empresas na integração entre espaços físicos e canais de compra on-line. Iniciamos conhecendo um pouco mais sobre o consumidor 4.0 e o perfil do consumidor online, focando nos jovens, mulheres e ou cidadãos da internet.netizens, Também entendemos um pouco mais sobre os aspectos relacionados com as compras virtuais, especialmente a jornada de compra do consumidor on-line. Ao trabalharmos a relação entre canais e presenciais, vimos a importância em guiar o consumidor ao longoon-line dos diferentes canais que a empresa possui, por meio da sua estratégia omnichannel ou onicanal. Por fim, a partir desta integração, vimos como as empresas estão se organizando para atender o consumidor conectado, oferecendo tecnologias como a inteligência artificial e compras automatizadas para satisfazê-lo. Referências KOTLER; P.; KARTAJAYA, H; SETIAWAN, I . . Marketing 4.0 Rio de Janeiro: Sextante, 2017. _______.; KELLER, K. . 15. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2018.Administração de Marketing MUNDIM, M. A. B.; PETROLL, M. M. Busca de Informações e Apresentação dos Produtos no Ambiente de Varejo Omnichannel: Estratégias para Varejistas Puramente On-line, Puramente Físicos e Multicanal. Revista , v. 20, n. 2, p. 123-147, 2018. Disponível em: <Administração em Diálogo https://revistas.pucsp.br/rad/article/view >. Acesso em: 18/03/2020./35769/25403NIELSEN. : o Quanto a Idade Influencia o Nosso Comportamento? 2016.Estimo de Vida das Gerações Globais Disponível em: <https://www.nielsen.com/br/pt/insights/article/2016/estilos-de-vida-das-geracoes-globais- >. Acesso em: 18/03/2020.quanto-a-idade-influencia-nosso-comportamento/ ______. . 2019. Disponível em: <Mulheres São Responsáveis Pelas Compras em 96% dos Lares https://www. >.nielsen.com/br/pt/insights/article/2019/mulheres-sao-responsaveis-pelas-compras-em-96-por-cento-dos-lares/ Acesso em: 18/03/2020. TED Brasil. Mena Trott Fala de Blogs. 2015. 16 min, son., color. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch? >. Acesso em: 24/03/2020.v=BIff02gG5Eo SOLOMON, M. R. : Comprando, Possuindo e Sendo. 11. ed. Porto Alegre:O Comportamento do Consumidor Bookman, 2016. 122 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E USER EXPERIENCE CAPÍTULO 7 - USER EXPERIENCE Gabriel Henrique Isboli 123 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E USER EXPERIENCE CAPÍTULO 7 - USER EXPERIENCE Gabriel Henrique Isboli Objetivos do capítulo Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Compreender a experiência do usuário (UX). • Diferenciar os conceitos de usabilidade x interface/design. • Compreender a importância da arquitetura de informação para a navegação na WEB. Tópicos de estudo • Navegação na WEB. • Visão geral de navegação na WEB. • Papéis da navegação. • O como sucesso na navegação da WEB. design • Elementos da experiência do usuário. • Noções gerais de user experience. • Relações entre UX e interação humano-computador. • Dimensões da experiência do usuário. • Etapas do processo de experiência do usuário (UX) • Experiência do usuário e interface. • Definição de usabilidade. • Diferenças entre experiência do usuário e usabilidade. • O como fonte de sucesso na experiência do usuário. design • Arquitetura de informação para a navegação na WEB. • Arquitetura da informação. • Componentes da arquitetura da informação. • Arquitetura persuasiva. Contextualizando o cenário Pode soar clichê, mas as novas tecnologias, especialmente a internet, mudaram a forma como temos acesso a informações. Em nossos bolsos, temos acesso instantâneo a praticamente tudo, literalmente. Isso com poucos cliques ou toques. O mundo está na internet. Empresas que não tenham presença estão em desvantagem perante seuson-line concorrentes. Porém, sabendo que o ambiente abarca essa grande quantidade de informações, é natural que a atenção doweb consumidor seja disputada por essas empresas, as quais precisam se firmar como a solução para aquilo que trouxe os usuários até suas páginas, seja para uma compra ou mesmo uma busca por informações. Sabendo disso, este capítulo tem como base a seguinte pergunta norteadora: em uma época onde o ambiente web é tão presente na vida das pessoas, como atender às necessidades e gerar diferencial para os consumidores? • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 124 7.1 Navegação na WEB Navegação é um componente fundamental da nossa experiência ao usarmos a . Um pensado levandoweb design em consideração o que o consumidor precisa e quer é base para conduzir experiências agradáveis em ambiente virtual. Além disso, uma navegação construída adequadamente adiciona credibilidade ao site e diferencia a empresa perante os concorrentes. Dessa forma, ao longo das próximas páginas será apresentada uma visão geral sobre a navegação na , seusweb papéis e como o é algo que não deve ser negligenciado pelas empresas, uma vez que pode ser utilizado dedesign maneira estratégica perante os concorrentes. 7.1.1 Visão Geral de Navegação na WEB Navegação, embora pareça algo simples, que se refere unicamente a um processo de clicar em botões e/ou executar toques em telas, é uma tarefa de grande complexidade e que deve ter tempo e energia investidos, como defende Kalbach (2009). Fonte: © Tinnakorn Jorruang / / iStock. O autor ainda acrescenta que navegação pode, inclusive, ser um diferencial do negócio. Ao comparar páginas e perfis de redes sociais de concorrentes, aquele que possuir uma navegação que atenda melhor às necessidades do consumidor, tende a ser a opção preferida pelos consumidores. Podemos até mesmo extrapolar e pensar a navegação como um ativo valioso para os negócios do ponto de vista de ROI ( – sigla, em inglês, para ). Este, embora seja algo que, em umreturn over investment retorno sobre investimento primeiro momento, represente custos à organização, podemos pensar a navegação como um funcionário em tempo integral. Sete dias por semana, 24 horas à disposição, não tira férias, não entra em greve e não possui oscilações emocionais. Você sabe exatamente o que esperar. É um cartão de visitas em tempo integral. Saber o que oferecer ao consumidor é um processo. Diversos elementos devem ser considerados em vista de formar um sistema de navegação. O provavelmente é o elemento mais básico desse processo. Ele leva de um link ponto a outro a um clique/toque, sem que o usuário precise digitar longos endereços no navegador (KALBACH, 2009). 125 7.1 Navegação na WEB Navegação é um componente fundamental da nossa experiência ao usarmos a . Um pensado levandoweb design em consideração o que o consumidor precisa e quer é base para conduzir experiências agradáveis em ambiente virtual. Além disso, uma navegação construída adequadamente adiciona credibilidade ao site e diferencia a empresa perante os concorrentes. Dessa forma, ao longo das próximas páginas será apresentada uma visão geral sobre a navegação na , seusweb papéis e como o é algo que não deve ser negligenciado pelas empresas, uma vez que pode ser utilizado dedesign maneira estratégica perante os concorrentes. 7.1.1 Visão Geral de Navegação na WEB Navegação, embora pareça algo simples, que se refere unicamente a um processo de clicar em botões e/ou executar toques em telas, é uma tarefa de grande complexidade e que deve ter tempo e energia investidos, como defende Kalbach (2009). Fonte: © Tinnakorn Jorruang / / iStock. O autor ainda acrescenta que navegação pode, inclusive, ser um diferencial do negócio. Ao comparar páginas e perfis de redes sociais de concorrentes, aquele que possuir uma navegação que atenda melhor às necessidades do consumidor, tende a ser a opção preferida pelos consumidores. Podemos até mesmo extrapolar e pensar a navegação como um ativo valioso para os negócios do ponto de vista de ROI ( – sigla, em inglês, para ). Este, embora seja algo que, em umreturn over investment retorno sobre investimento primeiro momento, represente custos à organização, podemos pensar a navegação como um funcionário em tempo integral. Sete dias por semana, 24 horas à disposição, não tira férias, não entra em greve e não possui oscilações emocionais. Você sabe exatamente o que esperar. É um cartão de visitas em tempo integral. Saber o que oferecer ao consumidor é um processo. Diversos elementos devem ser considerados em vista de formar um sistema de navegação. O provavelmente é o elemento mais básico desse processo. Ele leva de um link ponto a outro a um clique/toque, sem que o usuário precise digitar longos endereços no navegador (KALBACH, 2009). Nesse processo de construção da navegação, não basta pensar em um site visualmente atrativo. Como informa Kalbach (2009), existem alguns papéis na navegação que devem ser observados. 7.1.2 Papéis da Navegação Navegação possui propósitos. Pessoas estão à procura de soluções na internet, seja isso a resposta para uma dúvida ou mesmo entretenimento para lidarem com o tédio. Dessa forma, como defende Kalbach (2009), navegação é um meio, não um fim. Assim, ao entender a navegação como um meio, devemos também entender que ela possui diversos papéis que contribuem na busca pelo objetivo que motivou seu uso. De maneira prática, Kalbach (2009, p. 24) resume a navegação aos seguintes papéis: • fornece acesso à informação; • mostra a localização em um site; • aponta o assunto de um site; • reflete a marca; • afeta a credibilidade do site; • interfere na rentabilidade. De maneira complementar, cada papel é sumarizadoa seguir, com base em Kalbach (2009). Clique nas abas a seguir e veja: • Navegação fornecendo acesso à informação Este primeiro papel se refere ao uso cotidiano da navegação como forma de possibilitar acesso àquilo que se quer consumir (ex.: uma receita, um vídeo, uma técnica em um , uma análise de mercado). Ao software possibilitar o acesso à essas informações, a navegação constrói esse processo de maneira a conectar o usuário ao conteúdo desejado. Também, parte do papel de fornecer acesso à informação envolve suprimir determinadas informações, algo que pode parecer estranho em um primeiro momento: sabendo que o usuário está em busca de uma informação específica, as páginas devem afunilar as informações para aquilo que a pessoa quer; caso mais e mais informações sejam oferecidas em tela, isso aumenta a possibilidade de confusão. • Navegação mostrando a localização em um site Talvez tão importante quanto fornecer a informação é mostrar que a pessoa sabe onde ela está. Que ainda é o mesmo site, consegue refazer os passos e entender onde a informação está localizada ali. Organização e clareza contribuem para poupar esforços da pessoa na busca pela informação e contribuem para o processo mental que a pessoa pode se fazer se vale a pena continuar buscando a informação naquele site ou não. • Navegação mostrando o assunto de um site Este papel se refere à demonstração do propósito de um site. Além de mostrar uma visão geral do que a pessoa pode encontrar ali, também serve como forma de mostrar o que não será encontrado ali (em um site de tecnologia, é bem provável que não encontremos dicas culinárias, por exemplo). Além disso, também serve para posicionar o site dentro de um nicho em um assunto (ex.: o site é de tecnologia, mas é focado em celulares). • Navegação refletindo a marca Aqui, este papel mostra que não devemos pensar a navegação como algo isolado e de responsabilidade apenas de quem fará a programação. Navegação pode ser utilizada para fins estratégicos em uma marca. Uma empresa que se posiciona como sendo voltada a alto luxo tende a possuir uma identidade tanto • • • • • • • • • • 126 visual como de navegação diferente de uma empresa voltada a classes socioeconômicas maison-line humildes, por exemplo. Lembre-se do que foi dito na seção anterior: a navegação é um funcionário em tempo integral e funciona como cartão de visitas, intermediando a relação empresa-usuário a qualquer horário. • Navegação afetando a credibilidade do site Credibilidade está relacionado ao quão crível o site, a empresa, a oferta são. Uma boa navegação consolida esses elementos perante o usuário e auxilia no processo de persuasão na hora de fazer uma oferta, contribuindo para o sentimento de segurança do consumidor naquele ambiente virtual. Sites sem erros de digitação, com bom agrupamento de categorias e menus são alguns dos elementos que exemplificam a relação entre navegação e credibilidade. • Navegação interferindo na rentabilidade Informações precisam ter propósito. Um site com informações dos mais variados campos do conhecimento pode afastar as pessoas por não ser preciso às necessidades dos usuários. As pessoas somente conseguem comprar aquilo que conseguem encontrar no site. Novamente, menos pode ser mais, sobretudo, mais rentável para os negócios. Fonte: © filadendron / / iStock. Assim, podemos entender que a informação oferecida no site é, sim, importante. Porém, a apresentação deve ser pensada de forma a tornar a navegação algo que ajude (em vez de frustrar) o usuário. A seguir, daremos atenção particular ao design e sua importância nesse processo. 7.1.3 O como sucesso na navegação da WEBdesign O ambiente virtual deve ser pensado cuidadosamente. Da mesma forma que o de uma loja física é pensadolayout para tornar agradável a experiência do cliente que vai até o endereço, planejar o ambiente também requeron-line atenção e pensamento estratégico. Como forma de auxiliar no processo de planejamento da navegação, Kalbach (2009, p. 38) recomenda que sejam respondidas cinco questões fundamentais. Conheça essas questões clicando a seguir: • • 127 visual como de navegação diferente de uma empresa voltada a classes socioeconômicas maison-line humildes, por exemplo. Lembre-se do que foi dito na seção anterior: a navegação é um funcionário em tempo integral e funciona como cartão de visitas, intermediando a relação empresa-usuário a qualquer horário. • Navegação afetando a credibilidade do site Credibilidade está relacionado ao quão crível o site, a empresa, a oferta são. Uma boa navegação consolida esses elementos perante o usuário e auxilia no processo de persuasão na hora de fazer uma oferta, contribuindo para o sentimento de segurança do consumidor naquele ambiente virtual. Sites sem erros de digitação, com bom agrupamento de categorias e menus são alguns dos elementos que exemplificam a relação entre navegação e credibilidade. • Navegação interferindo na rentabilidade Informações precisam ter propósito. Um site com informações dos mais variados campos do conhecimento pode afastar as pessoas por não ser preciso às necessidades dos usuários. As pessoas somente conseguem comprar aquilo que conseguem encontrar no site. Novamente, menos pode ser mais, sobretudo, mais rentável para os negócios. Fonte: © filadendron / / iStock. Assim, podemos entender que a informação oferecida no site é, sim, importante. Porém, a apresentação deve ser pensada de forma a tornar a navegação algo que ajude (em vez de frustrar) o usuário. A seguir, daremos atenção particular ao design e sua importância nesse processo. 7.1.3 O como sucesso na navegação da WEBdesign O ambiente virtual deve ser pensado cuidadosamente. Da mesma forma que o de uma loja física é pensadolayout para tornar agradável a experiência do cliente que vai até o endereço, planejar o ambiente também requeron-line atenção e pensamento estratégico. Como forma de auxiliar no processo de planejamento da navegação, Kalbach (2009, p. 38) recomenda que sejam respondidas cinco questões fundamentais. Conheça essas questões clicando a seguir: • • Por que você está construindo o site? Embora pareça óbvio, o site precisa ter uma razão estratégica: ele será uma página de captura de e-mails para captação de leads? Ele será um e-commerce? Ele é um site para educar a audiência sobre determinado assunto e firmar a marca como referência de autoridade no meio? Quem usará o site? Essa pergunta talvez seja uma das mais difíceis e importantes. Ela ditará o tom do site. É um exercício de construir o melhor site possível para aquele perfil de consumidor. Atenção para isso. Não é o melhor site possível em geral, mas para o público que usará. Esta etapa leva em consideração as dores, falhas, desejos e ambições que movem os usuários. A que a navegação oferece acesso? Um site existe para as pessoas encontrarem respostas ou realizarem tarefas. Entender o uso que se espera do site auxilia a fornecer conteúdos que gerem valor à audiência. Como o conteúdo deste site está organizado? Isto está relacionado à arquitetura de informação, tópico que será desenvolvido ainda neste capítulo. Em resumo, esta pergunta orienta a funcionalidade do site, orientando a forma de apresentação do conteúdo presente ali. Como os usuários navegarão para o conteúdo que eles precisam? De maneira complementar, esta pergunta explora o layout e experiência visual da navegação. Porém, não se refere a aspectos puramente estéticos, mas também a aspectos funcionais. Fonte: © Kodochigov / / iStock. É importante considerar que nem todos os usuários usarão o site da mesma forma, mas sim apresentarão diferentes padrões. No processo de design da navegação, devemos estar atentos às segmentações, ou seja, às divisões em menores audiências com necessidades similares. 128 Segmentação do uso de sites. Fonte: GARRETT, 2010, p. 43. (Adaptado). Embora cinco questões sejam capazes de condensarem orientações no processo de do site, esse é um design processo complexo que, esperamos,tenha ficado claro que requer a observação de diversos elementos da experiência do usuário. 129 Segmentação do uso de sites. Fonte: GARRETT, 2010, p. 43. (Adaptado). Embora cinco questões sejam capazes de condensarem orientações no processo de do site, esse é um design processo complexo que, esperamos, tenha ficado claro que requer a observação de diversos elementos da experiência do usuário. 7.2 Elementos da experiência do usuário Em uma sociedade em que temos as pessoas passando uma parcela considerável de seus dias conectadas no ambiente virtual, estamos constantemente disputando uma escassa atenção que, literalmente, está a um toque de distância de tirar um potencial cliente de sua página na internet para ele nunca mais voltar. Nesses momentos, a experiência que o usuário tem exerce papel determinante para fazê-lo continuar em uma determinada página. Pense em redes sociais: existe algo ali que faz as pessoas voltarem constantemente (algumas pessoas voltam várias vezes no mesmo dia). Nesta seção, discutiremos elementos que contribuem para isso, compreendendo mais sobre a chamada User Experience (UX). 7.2.1 Noções gerais de “ ”User Experience Experiência do Usuário, usualmente chamada pelo equivalente em inglês , ou mesmo suaUser Experience contração UX, é parte fundamental do design na web, uma vez que sua aplicação é ampla nesse ambiente. Ainda que ampla, abrangendo vários domínios do ambiente digital, Kalbach (2009) sintetiza a UX de maneira holística, indicando que essa se refere a tudo que envolve o processo de interação usuário-organização. Um alto nível de UX envolve a coordenação de várias áreas, como Engenharia, e Interface.Marketing, Design O autor ainda destaca que existem alguns aspectos-chave a serem observados no processo de experiência de produtos e serviços que as pessoas interagem. Clique abaixo e veja: Utilidade Refere-se a aspectos objetivos e racionais que o site comunica a relação da oferta com necessidades e desejos que o usuário possui. Usabilidade São os aspectos objetivos da interface que o usuário interage para chegar à oferta de interesse. Desejabilidade Trata-se dos elementos subjetivos e emocionais atrelados aos sentimentos que o usuário tem ao utilizar o site. Assim, uma UX planejada adequadamente leva em consideração esses aspectos e é trabalho do profissional responsável estar atento à presença deles. 7.2.2 Relações entre UX e Interação humano-computador A busca por informações é base para o usuário utilizar uma máquina para acessar seu ambiente virtual. Pessoas estão em busca de algo. Kalbach (2009) recomenda, portanto, que as empresas foquem no usuário em si e naquilo por trás do acesso deles: suas necessidades. 130 Fonte: © Pablo_K / / iStock. Essa recomendação baseia-se no entendimento de que a navegação do usuário não ocorre na maneira linear como alguns programadores podem inicialmente planejar (KALBACH, 2009, KRUG, 2014). Na busca objetiva por tais informações, usuários chegam a não perceber determinados elementos como ou outros elementos debanners navegação, em uma espécie de cegueira na navegação. A busca, inclusive, pode acabar tendo mecanismos particulares para diferentes usuários, diferindo da estrutura pensada originalmente e formando estratégias de busca. Essas estratégias, a depender de um sucesso ou fracasso em encontrar aquilo que se procura, pode ser determinante para manter a pessoa interagindo com aquele ambiente (KALBACH, 2009). Inclusive, o mesmo objetivo de busca pode ser alcançado por diferentes pessoasweb por meio de formas diferentes de busca, como vemos na sequência. 131 Fonte: © Pablo_K / / iStock. Essa recomendação baseia-se no entendimento de que a navegação do usuário não ocorre na maneira linear como alguns programadores podem inicialmente planejar (KALBACH, 2009, KRUG, 2014). Na busca objetiva por tais informações, usuários chegam a não perceber determinados elementos como ou outros elementos debanners navegação, em uma espécie de cegueira na navegação. A busca, inclusive, pode acabar tendo mecanismos particulares para diferentes usuários, diferindo da estrutura pensada originalmente e formando estratégias de busca. Essas estratégias, a depender de um sucesso ou fracasso em encontrar aquilo que se procura, pode ser determinante para manter a pessoa interagindo com aquele ambiente (KALBACH, 2009). Inclusive, o mesmo objetivo de busca pode ser alcançado por diferentes pessoasweb por meio de formas diferentes de busca, como vemos na sequência. Diferentes possibilidades conduzindo ao mesmo objetivo na navegação. Kalbach (2009) sumariza que a interação usuário-web é mantida ou suspendida por conta da confiança que a pessoa tenha no site (enquanto houver confiança, é provável que os acessos continuem). O autor destaca os seguintes elementos que devem ser observados para contribuir com essa percepção: classificações nominais, organização dos menus e aparência visual, as quais se relacionam com as dimensões da UX. 7.2.3 Dimensões da experiência do usuário UX é algo complexo que envolve muitas variáveis. Cada tipo de página pode ter objetivos diferentes, presençaweb de marca, campanha de , rede social, ambiente virtual de aprendizagem, entre outrosmarketing, e-commerce (UNGER; CHANDLER, 2009), o que acaba por requerer uma seleção específica de fatores para cada contexto. Assim, há duas grandes dimensões: a dimensão pragmática, contendo 20 fatores (prevenção de erros, clareza, , consistência, familiaridade, informatividade, capacidade de aprendizado, memorização, previsibilidade,feedback acessibilidade, recuperabilidade, controle, eficácia, eficiência, compreensão, adequação, priorização da 132 funcionalidade e informação, segurança, restrições e mapeamento) e a dimensão hedônica, contendo 9 fatores (forma, cor, brilho, conforto, atratividade, satisfação, esteticamente apreciável, motivador e emocionalmente adequado). Cabe dizer que um é um recurso estatístico que tenta medir objetivamente coisas que não são objetivas.fator Como exemplo, podemos pensar no fator atratividade mencionado acima: cada pessoa pode ter um entendimento diferente (tal como cada pessoa pode ter uma experiência diferente na ) mas, por meio de um conjunto deweb questões estatisticamente validadas, é possível chegar indiretamente a uma medida. Dessa forma, vemos que a dimensão pragmática envolve fatores mais objetivos na avaliação da experiência do usuário, sendo mais fáceis de serem avaliados, enquanto a dimensão hedônica é mais subjetiva e, portanto, oferece maior dificuldade de interpretação. 7.2.4 Etapas do processo de experiência do usuário (UX) Uma vez entendido as noções gerais de UX, as relações entre UX e Interação humano-computador e as dimensões da UX, podemos agora organizar uma sequência de etapas que podem servir de guia no processo de experiência do usuário. Para isso, vamos tomar por base as orientações de Buley (2013), sintetizadas a seguir. Clique e acompanhe: Pensar em etapas De acordo com o autor, pensar em etapas auxilia a trabalhar um projeto de maneira integrada, contribuindo para um planejamento que envolve tanto aquilo que será realizado e no momento em que isso será feito. Metas do projeto Primeiro, defina claramente quais são as metas do projeto a ser desenvolvido. Sintetize em frases curtas as metas para que a UX deverá alcançar. Observação: essas metas podem ser tanto para a empresa (como “vender mais do produto x no período y”) como também comportamentais para o usuário (“diminuir em n% o número de ambiguidades ao utilizar a busca do site”, por exemplo). Brainstorm Depois, realize um para geração de ideias. Isso se refere aos métodos que serãobrainstorm considerados para atingir as metas definidas na etapa anterior. Cronograma Feito o defina um cronograma para a realização das tarefas a serembrainstorm, desenvolvidas. Cada etapa deve ter um prazo, de forma a tornar possível o acompanhamento próximo para constante reavaliação do desempenho do projeto. CURIOSIDADE Para uma listade escalas validadas sobre consumidor (bastando apenas aplicar o questionário à sua realidade), consulte métricas de resposta do consumidor e deEscalas em Marketing: desempenho empresarial. 133 funcionalidade e informação, segurança, restrições e mapeamento) e a dimensão hedônica, contendo 9 fatores (forma, cor, brilho, conforto, atratividade, satisfação, esteticamente apreciável, motivador e emocionalmente adequado). Cabe dizer que um é um recurso estatístico que tenta medir objetivamente coisas que não são objetivas.fator Como exemplo, podemos pensar no fator atratividade mencionado acima: cada pessoa pode ter um entendimento diferente (tal como cada pessoa pode ter uma experiência diferente na ) mas, por meio de um conjunto deweb questões estatisticamente validadas, é possível chegar indiretamente a uma medida. Dessa forma, vemos que a dimensão pragmática envolve fatores mais objetivos na avaliação da experiência do usuário, sendo mais fáceis de serem avaliados, enquanto a dimensão hedônica é mais subjetiva e, portanto, oferece maior dificuldade de interpretação. 7.2.4 Etapas do processo de experiência do usuário (UX) Uma vez entendido as noções gerais de UX, as relações entre UX e Interação humano-computador e as dimensões da UX, podemos agora organizar uma sequência de etapas que podem servir de guia no processo de experiência do usuário. Para isso, vamos tomar por base as orientações de Buley (2013), sintetizadas a seguir. Clique e acompanhe: Pensar em etapas De acordo com o autor, pensar em etapas auxilia a trabalhar um projeto de maneira integrada, contribuindo para um planejamento que envolve tanto aquilo que será realizado e no momento em que isso será feito. Metas do projeto Primeiro, defina claramente quais são as metas do projeto a ser desenvolvido. Sintetize em frases curtas as metas para que a UX deverá alcançar. Observação: essas metas podem ser tanto para a empresa (como “vender mais do produto x no período y”) como também comportamentais para o usuário (“diminuir em n% o número de ambiguidades ao utilizar a busca do site”, por exemplo). Brainstorm Depois, realize um para geração de ideias. Isso se refere aos métodos que serãobrainstorm considerados para atingir as metas definidas na etapa anterior. Cronograma Feito o defina um cronograma para a realização das tarefas a serembrainstorm, desenvolvidas. Cada etapa deve ter um prazo, de forma a tornar possível o acompanhamento próximo para constante reavaliação do desempenho do projeto. CURIOSIDADE Para uma lista de escalas validadas sobre consumidor (bastando apenas aplicar o questionário à sua realidade), consulte métricas de resposta do consumidor e deEscalas em Marketing: desempenho empresarial. Marcos ou metas Com o cronograma definido, estabeleça marcos a serem atingidos. Esses marcos são metas intermediárias que tornarão possível o cumprimento da atividade. Sabendo tanto as metas gerais como as metas intermediárias do processo, a próxima etapa se refere à criação de um documento simples, no qual haverá o detalhamento das atividades (o que envolve a duração, recursos necessários e responsáveis, por exemplo). Esse documento, tal como representado por Buley (2013), pode ser representado até mesmo por uma planilha, como representamos abaixo. Exemplo de plano de projeto formatado como tabela. Fonte: BULEY, 2013, p. 92. (Adaptado). Entenda a representação acima como uma ideia. Sinta-se livre para criar algo que esteja mais alinhado às suas necessidades e preferências de organização, como a organização por meio de calendários ou utilização de específicos.softwares 134 7.3 Experiência do usuário e interface O ambiente similar ao ponto de venda físico, também precisa de atenção a aspectos visuais na experiênciaweb, que o consumidor ali terá. Saber o que deve ou não estar ali é uma decisão estratégica: talvez mais importante do que saber identificar o que uma página deve ter é perceber o que não deve ter. Logo, nesta seção, entenderemos o que é a usabilidade e faremos sua diferenciação da experiência do usuário (UX), além de também explorar o uso do design como fonte de sucesso na UX, contribuindo para essa construção estratégica do ambiente web que a empresa está inserida. 7.3.1 Definição de usabilidade Usabilidade, de acordo com Krug (2014, p. 153), envolve diversos atributos, como: proveitosa, pode ser aprendido, memoráveis, efetivo, eficiente, desejável e prazeroso. Porém, o autor simplifica o entendimento ao fornecer a seguinte definição de usabilidade: Uma pessoa com conhecimento e experiência normais (ou mesmo abaixo da média) pode descobrir como usar a coisa [isto é, ] para realizar algo [ ] sem ter mais problemas doaprendabilidade efetividade que o que valeria a pena [ ].eficiência Portanto, usabilidade está relacionada ao uso que resulte em uma experiência positiva para a pessoa. Cabe acrescentar, por outro lado, que usabilidade e UX são conceitos diferentes, embora relacionados. Vejamos a seguir. 7.3.2 Diferenças entre experiência do usuário e usabilidade Usabilidade se refere à tentativa de uso de algo (seja um site ou mesmo um conceito de ). Aqui, testes sãodesign utilizados para observar o uso (ou tentativa de uso) das pessoas na realização de tarefas delimitadas (ex.: realizar um cadastro, encontrar uma informação, fazer uma compra), de modo a detectar elementos que possam confundir ou mesmo desapontar o usuário (KRUG, 2014). Por outro lado, como apresentado anteriormente, a UX é algo holístico e engloba a coordenação de várias áreas em que o produto (bem ou serviço) em questão é o resultado desse esforço conjunto, como , Engenharia,Marketing Design e afins (KALBACH, 2009). PAUSA PARA REFLETIR Toda página web deve ter sua usabilidade avaliada da mesma forma? 135 7.3 Experiência do usuário e interface O ambiente similar ao ponto de venda físico, também precisa de atenção a aspectos visuais na experiênciaweb, que o consumidor ali terá. Saber o que deve ou não estar ali é uma decisão estratégica: talvez mais importante do que saber identificar o que uma página deve ter é perceber o que não deve ter. Logo, nesta seção, entenderemos o que é a usabilidade e faremos sua diferenciação da experiência do usuário (UX), além de também explorar o uso do design como fonte de sucesso na UX, contribuindo para essa construção estratégica do ambiente web que a empresa está inserida. 7.3.1 Definição de usabilidade Usabilidade, de acordo com Krug (2014, p. 153), envolve diversos atributos, como: proveitosa, pode ser aprendido, memoráveis, efetivo, eficiente, desejável e prazeroso. Porém, o autor simplifica o entendimento ao fornecer a seguinte definição de usabilidade: Uma pessoa com conhecimento e experiência normais (ou mesmo abaixo da média) pode descobrir como usar a coisa [isto é, ] para realizar algo [ ] sem ter mais problemas doaprendabilidade efetividade que o que valeria a pena [ ].eficiência Portanto, usabilidade está relacionada ao uso que resulte em uma experiência positiva para a pessoa. Cabe acrescentar, por outro lado, que usabilidade e UX são conceitos diferentes, embora relacionados. Vejamos a seguir. 7.3.2 Diferenças entre experiência do usuário e usabilidade Usabilidade se refere à tentativa de uso de algo (seja um site ou mesmo um conceito de ). Aqui, testes sãodesign utilizados para observar o uso (ou tentativa de uso) das pessoas na realização de tarefas delimitadas (ex.: realizar um cadastro, encontrar uma informação, fazer uma compra), de modo a detectar elementos que possam confundir ou mesmo desapontar o usuário (KRUG, 2014). Por outro lado, como apresentado anteriormente, a UX é algo holístico e engloba a coordenação de várias áreas em que o produto (bem ou serviço) em questão é o resultado desse esforço conjunto, como , Engenharia,Marketing Design e afins (KALBACH, 2009). PAUSA PARA REFLETIR Toda página web deve ter sua usabilidade avaliada da mesma forma? Diferenças entre UX e Usabilidade. Fonte: KALBACK, 2009; KRUG, 2014. (Adaptado). Com isso, é possívelafirmar que a usabilidade pode ser entendida como uma parte, um componente pelo qual a experiência do usuário é avaliada. 7.3.3 O como fonte de sucesso na experiência do usuáriodesign Se eu pudesse sintetizar o livro de Krug (2014) em uma frase curta é que ele busca tornar tudo simples. Sim, design pode ser algo complexo e deve ser pensado cuidadosamente. Mas, existem algumas orientações fornecidas pelo autor que servem como bases gerais, como fundamentos a serem respeitados para uma melhor experiência do usuário, veja: • Sinais de parada seguem um padrão reconhecível em qualquer parte do Tire proveito das convenções: mundo (mesmo que você venha de um país que utiliza outro idioma), e facilitam seu reconhecimento e entendimento em frações de segundo. Da mesma forma, conhecer o que é amplamente utilizado em seu meio e/ou com amplo conhecimento facilita o seu negócio. Assim, convenções são importantes, ou seja, não precisa querer ser inovador em tudo no negócio. Fonte: © spawns / / iStock. • Crie uma hierarquia visual clara em cada página: elementos mais importantes recebem mais destaque, bem como abrigam outras seções e menus similares, fornecendo uma hierarquia visual. Isso poupa trabalho para acessar e entender a página e seu conteúdo. • • DICA Convenções são elementos em comum utilizados no ambiente web. Entre em páginas similares sobre um mesmo assunto e observe as semelhanças. Elas são as convenções. 136 • Divida as páginas em áreas claramente definidas: algumas áreas das páginas concentram maior atenção por serem locais prováveis em que os usuários encontrarão informações que lhes sejam úteis. Explore-as. • Deixe óbvio o que pode ser clicado: Destaques como hiperlinks ou caixas de seleção comunicam que aquela é uma palavra ou frase interativa. Inclusive, por conta da ampla presença dos celulares no dia a dia das pessoas, essa obviedade faz-se necessária por não haver o cursor de seleção do , como no mouse computador. Enquanto no computador o ponteiro muda de uma seta para uma mão para indicar algo clicável, nos dispositivos sensíveis a toque isso não acontece. • Minimize a confusão: às vezes, fornecer informação em excesso pode confundir. A confusão pode ser de três tipos: gritaria (muita informação visual disputando atenção), desorganização (informações dispersas pela tela) e aglomeração (excesso de informações simultâneas). Quando estiver projetando uma página, atenção para esses ruídos visuais. • Formate o conteúdo para quem está de passagem: torne o acesso prazeroso, mantendo parágrafos curtos e com destaques para termos importantes. Assim, poderá ser informativo mesmo para quem acessar de maneira superficial, além de facilitar a busca de um usuário que retorna à página. Aqui, queremos que você invista tempo planejando o design, para uma melhor experiência do usuário do modo mais conveniente, sem desperdiçá-lo em aspectos consolidados cujas inovações tendem a atrapalhar mais do que ajudar. Os fundamentos executados de maneira correta permitem tornar possíveis as inovações que contribuirão com a UX. 7.4 Arquitetura de informação para a navegação na WEB Dentre as diversas funções que experiência do usuário deve se atentar, existe a área responsável pela criação de estruturas de informação, de maneira amigável ao uso (envolvendo navegação e categorização do conteúdo). Esta é chamada de arquitetura da informação. Com isso, o último tópico deste capítulo aborda a arquitetura da informação, entendendo seu conceito, os componentes que ali estão inseridos e como planejá-la de maneira persuasiva, considerando tanto o ponto de vista de auxiliar o usuário naquilo que está em busca como também o ponto de vista organizacional de realizar mais vendas. 7.4.1 Arquitetura da informação A pessoa responsável pela arquitetura da informação coordena a criação de modelos de estruturas que facilitem o processo de desenvolvimento da navegação de maneira amigável ao usuário (UNGER; CHANDLER, 2009). • • • • PAUSA PARA REFLETIR A presença de convenções é algo que limita o potencial criativo? 137 • Divida as páginas em áreas claramente definidas: algumas áreas das páginas concentram maior atenção por serem locais prováveis em que os usuários encontrarão informações que lhes sejam úteis. Explore-as. • Deixe óbvio o que pode ser clicado: Destaques como hiperlinks ou caixas de seleção comunicam que aquela é uma palavra ou frase interativa. Inclusive, por conta da ampla presença dos celulares no dia a dia das pessoas, essa obviedade faz-se necessária por não haver o cursor de seleção do , como no mouse computador. Enquanto no computador o ponteiro muda de uma seta para uma mão para indicar algo clicável, nos dispositivos sensíveis a toque isso não acontece. • Minimize a confusão: às vezes, fornecer informação em excesso pode confundir. A confusão pode ser de três tipos: gritaria (muita informação visual disputando atenção), desorganização (informações dispersas pela tela) e aglomeração (excesso de informações simultâneas). Quando estiver projetando uma página, atenção para esses ruídos visuais. • Formate o conteúdo para quem está de passagem: torne o acesso prazeroso, mantendo parágrafos curtos e com destaques para termos importantes. Assim, poderá ser informativo mesmo para quem acessar de maneira superficial, além de facilitar a busca de um usuário que retorna à página. Aqui, queremos que você invista tempo planejando o design, para uma melhor experiência do usuário do modo mais conveniente, sem desperdiçá-lo em aspectos consolidados cujas inovações tendem a atrapalhar mais do que ajudar. Os fundamentos executados de maneira correta permitem tornar possíveis as inovações que contribuirão com a UX. 7.4 Arquitetura de informação para a navegação na WEB Dentre as diversas funções que experiência do usuário deve se atentar, existe a área responsável pela criação de estruturas de informação, de maneira amigável ao uso (envolvendo navegação e categorização do conteúdo). Esta é chamada de arquitetura da informação. Com isso, o último tópico deste capítulo aborda a arquitetura da informação, entendendo seu conceito, os componentes que ali estão inseridos e como planejá-la de maneira persuasiva, considerando tanto o ponto de vista de auxiliar o usuário naquilo que está em busca como também o ponto de vista organizacional de realizar mais vendas. 7.4.1 Arquitetura da informação A pessoa responsável pela arquitetura da informação coordena a criação de modelos de estruturas que facilitem o processo de desenvolvimento da navegação de maneira amigável ao usuário (UNGER; CHANDLER, 2009). • • • • PAUSA PARA REFLETIR A presença de convenções é algo que limita o potencial criativo? Ao arquiteto da informação compete uma parte das tarefas do campo de UX, ou seja, ele é um dos profissionais que atua nos projetos envolvendo a navegação na (UNGER; CHANDLER, 2009).web Conforme Unger e Chandler (2009) discutem, é usual que o cargo de arquiteto da informação tenha funções confundidas com outros. Os autores mencionam que um equívoco recorrente ocorre entre designer da interação e arquiteto da informação. Enquanto o primeiro enfatiza aplicações baseadas em tarefas, o segundo foca em projetos baseados em conteúdo. Sabendo disso, alguns componentes contribuem para a delimitação das responsabilidades daquele envolvido com arquitetura da informação, como será visto a seguir. 7.4.2 Componentes da arquitetura da informação Embora não seja uma ciência exata, a arquitetura da informação envolve a discussão do arranjo dos conteúdos que um usuário terá acesso em uma página específica. Logo, podemos identificar três itens em torno das quais os componentes da arquitetura da informação orbitarão: usuário, contexto e informação (GARRETT, 2010). Fonte: © sasun1990 / / iStock. Podemos destacar, com base em Garrett (2010), alguns componentes que a arquitetura da informação se atenta. Clique a seguir e conheça esses componentes: • Estrutura da informação O tipo de informação a quea pessoa tem acesso, como páginas e em torno dos quais as informaçõesposts podem ser alocadas. • Organização da informação Refere-se à divisão das informações, como a hierarquia que as informações se relacionam. • Nomenclatura da informação Diz respeito aos rótulos que classificarão as informações, o que facilita a busca e o acesso das informações por parte dos usuários. • Encontrabilidade da informação • • • • 138 Envolve pensar nos processos de acesso às informações, se via busca, menus, submenus, área para usuários logados, entre outros. Portanto, esses componentes se somam à tarefa-base da arquitetura da informação para facilitar o consumo dela pelo usuário no ambiente web. Embora amplo, nesse processo, existem formas de tornar a experiência mais atrativa tanto para que o usuário atual retorne como para atender satisfatoriamente às demandas de outros. 7.4.3 Arquitetura persuasiva O mesmo princípio utilizado por lojas físicas se aplica aqui: elas são pensadas com o objetivo de vender mais. Pense nas vitrines: existem estudos e testes por trás das escolhas do que e como dispor os itens, de forma a torná- los mais atrativos às pessoas. Do mesmo modo, esse pensamento deve ser aplicado ao ambiente web, como destaca Kalbach (2009). Ou seja, é preciso persuasão para promover ofertas e otimizar vendas. Com esse objetivo em mente, existem três questões críticas que devem ser respondidas ao começo para otimizar tal processo (KALBACH, 2009, p. 23): • Qual é a ação que você quer que a pessoa tome? • Quem você está tentando persuadir a tomar a ação? • O que a pessoa precisa para se sentir confiante em tomar aquela ação? Fonte: © marchmeena29 / / iStock. Nesse processo, o estabelecimento de personas (representação ideal de um cliente, revelando perfis emocionais e comportamentais) e cenários é central para seu sucesso, uma vez que representam os consumidores e seus DICA Para leituras complementares sobre como desenvolver textos e páginas com maior potencial de persuasão, recomendamos materiais de , como copywriting o método centenário deCopywriting: escrita mais cobiçado do mercado americano. • • • 139 Envolve pensar nos processos de acesso às informações, se via busca, menus, submenus, área para usuários logados, entre outros. Portanto, esses componentes se somam à tarefa-base da arquitetura da informação para facilitar o consumo dela pelo usuário no ambiente web. Embora amplo, nesse processo, existem formas de tornar a experiência mais atrativa tanto para que o usuário atual retorne como para atender satisfatoriamente às demandas de outros. 7.4.3 Arquitetura persuasiva O mesmo princípio utilizado por lojas físicas se aplica aqui: elas são pensadas com o objetivo de vender mais. Pense nas vitrines: existem estudos e testes por trás das escolhas do que e como dispor os itens, de forma a torná- los mais atrativos às pessoas. Do mesmo modo, esse pensamento deve ser aplicado ao ambiente web, como destaca Kalbach (2009). Ou seja, é preciso persuasão para promover ofertas e otimizar vendas. Com esse objetivo em mente, existem três questões críticas que devem ser respondidas ao começo para otimizar tal processo (KALBACH, 2009, p. 23): • Qual é a ação que você quer que a pessoa tome? • Quem você está tentando persuadir a tomar a ação? • O que a pessoa precisa para se sentir confiante em tomar aquela ação? Fonte: © marchmeena29 / / iStock. Nesse processo, o estabelecimento de personas (representação ideal de um cliente, revelando perfis emocionais e comportamentais) e cenários é central para seu sucesso, uma vez que representam os consumidores e seus DICA Para leituras complementares sobre como desenvolver textos e páginas com maior potencial de persuasão, recomendamos materiais de , como copywriting o método centenário deCopywriting: escrita mais cobiçado do mercado americano. • • • comportamentos no processo de compra. Uma vez identificadas essas questões, a arquitetura da persuasão se desenvolve (KALBACH, 2009). Como Kalbach (2009) descreve, existem três aspectos-chave no processo de arquitetura da persuasão. Clique a seguir para conhecê-los: Conceito da navegação Um modelo abstrato sobre o funcionamento da navegação, responsável por guiar o desenvolvimento e fornecer padrões a serem obedecidos no uso. Estrutura do site Refere-se ao arranjo das páginas no site e como elas se relacionam entre si na estrutura geral. Organização da navegação Agrupamento lógico das opções de navegação, o que acaba por fornecer uma visão geral ao usuário. Assim, isso ajuda a orientar tanto sites novos (com projetos partindo do zero) como também para aqueles em processo de redesign. Proposta de atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore uma lista de menus-base para uma página web de venda de serviços destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir sua lista, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Recapitulando Neste capítulo, vimos que a experiência do usuário (também chamada de UX) é uma área estratégica para os negócios, uma vez que representa um canal de contato em tempo integral com o consumidor. Pudemos compreender e diferenciar conceitos como UX, usabilidade e , bem como a importância que devedesign ser dedicada à arquitetura da informação e seu valor para a navegação web. Dessa forma, chegamos à conclusão que páginas com propósitos diferentes devem ser avaliadas de maneira diferente, ou seja, mediante aquilo que se propõem. Também, pudemos concluir que convenções são bases sobre as quais arquitetos da informação se apoiam para criar seus ambientes , o que pode, na verdade, acabar porweb alavancar o potencial criativo. Referências BULEY, Leah. . Rosenfeld Media, 2013.The User Experience Team of One: a Research and Design Survival Guide GARRETT, J. J. . São Paulo:Elements of User Experience, The: User-Centered Design for The Web and Beyond Pearson Education, 2010. 140 KALBACH, J. : Otimizando a Experiência do Usuário. Porto Alegre: Bookman Editora,Design de Navegação Web 2009. KRUG, S. : uma Abordagem de Bom Senso à Usabilidade na Web e . Rio deNão Me Faça Pensar – Atualizado Mobile Janeiro: Alta Books, 2014. MACCEDO, P. : o Método Centenário de Escrita mais Cobiçado do Mercado Americano. São Paulo: DVSCopywriting Editora, 2019. UNGER, R.; CHANDLER, C. : a Experiência do Usuário (UX) para Projetistas de ConteúdoO Guia para Projetar UX Digital, Aplicações e Web Sites. Tradução de Elda Oliveira. Rio de Janeiro: Starlin Alta Com. Ltda, 2009. VIEIRA, V. A. : Métricas de Resposta do Consumidor e de Desempenho Empresarial. SãoEscalas em Marketing Paulo: Atlas, 2011. 141 KALBACH, J. : Otimizando a Experiência do Usuário. Porto Alegre: Bookman Editora,Design de Navegação Web 2009. KRUG, S. : uma Abordagem de Bom Senso à Usabilidade na Web e . Rio deNão Me Faça Pensar – Atualizado Mobile Janeiro: Alta Books, 2014. MACCEDO, P. : o Método Centenário de Escrita mais Cobiçado do Mercado Americano. São Paulo: DVSCopywriting Editora, 2019. UNGER, R.; CHANDLER, C. : a Experiência do Usuário (UX) para Projetistas de ConteúdoO Guia para Projetar UX Digital, Aplicações e Web Sites. Tradução de Elda Oliveira. Rio de Janeiro: Starlin Alta Com. Ltda, 2009. VIEIRA, V. A. : Métricas de Resposta do Consumidor e de Desempenho Empresarial. SãoEscalas em Marketing Paulo: Atlas, 2011. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E USER EXPERIENCE CAPÍTULO 8 - NEUROCIÊNCIA E CONSUMO Rodrigo Costa Segabinazzi 142 Objetivos do capítulo Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Entender como a neurociência pode ampliar o entendimento sobre o comportamento de consumo. Tópicos de estudo • Neurociência e neuromarketing. • Definição de neurociência. • Definição de neuromarketing. • Metodologias aplicadas ao neuromarketing. • Ética e o neuromarketing. • Neurociência e comportamento de compra. • Reações neurológicas a ambientes físicos e virtuais. • Utilidade do para estratégias de neuromarketing marketing.Contextualizando o cenário Entender o comportamento do consumidor e possibilitar ofertas de valor que realmente supram suas necessidades e desejos têm sido uma tarefa árdua dos profissionais e acadêmicos de há mais de cem anos. Nestemarketing esforço, a pesquisa científica tem sido um importante aliado, permitindo, inclusive, que os estímulos cerebrais do consumidor sejam mapeados ao pensar em produtos, serviços ou marcas. Estes são alguns esforços das áreas de neurociência e neuromarketing. Imagine que você viu um comercial na televisão, este chamou-lhe a atenção. Ao ficar atento, você sentiu fome e imaginou que está com vontade de se deslocar ao Se pudéssemos analisar suas ondas cerebraisShopping Center. naquele momento, poderíamos descobrir que todas as emoções e ações planejadas são consequência do que você viu naquele comercial. Pensando nesse exemplo, podemos imaginar: como utilizar o para entregarneuromarketing valor ao consumidor? 8.1 Neurociência e neuromarketing A neurociência e o são temas, muitas vezes, tratados como sinônimos, no entanto, são na verdadeneuromarketing complementares. Como Shigaki (2017) afirmam, a neurociência e especialmente a neurociência doet al. consumidor pode ser vista como uma abordagem de pesquisa que faz uso de procedimentos neurocientíficos para entender como informações são processadas pelo consumidor. Isso, especialmente a partir do contato com estímulos sensoriais de qualquer forma (imagens, aromas, sons, toque, gostos). Já o envolve a utilização, a aplicação prática desses conhecimentos em atividades de neuromarketing marketing, como a realização de campanhas de comunicação, a utilização de embalagens ou organização de ambientes de loja/ que estimulem reações cerebrais e comportamentos específicos do consumidor. Ao longo desteon-line capítulo, conheceremos um pouco mais sobre estes estudos e práticas. • • • • • • • • • 143 Objetivos do capítulo Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Entender como a neurociência pode ampliar o entendimento sobre o comportamento de consumo. Tópicos de estudo • Neurociência e neuromarketing. • Definição de neurociência. • Definição de neuromarketing. • Metodologias aplicadas ao neuromarketing. • Ética e o neuromarketing. • Neurociência e comportamento de compra. • Reações neurológicas a ambientes físicos e virtuais. • Utilidade do para estratégias de neuromarketing marketing. Contextualizando o cenário Entender o comportamento do consumidor e possibilitar ofertas de valor que realmente supram suas necessidades e desejos têm sido uma tarefa árdua dos profissionais e acadêmicos de há mais de cem anos. Nestemarketing esforço, a pesquisa científica tem sido um importante aliado, permitindo, inclusive, que os estímulos cerebrais do consumidor sejam mapeados ao pensar em produtos, serviços ou marcas. Estes são alguns esforços das áreas de neurociência e neuromarketing. Imagine que você viu um comercial na televisão, este chamou-lhe a atenção. Ao ficar atento, você sentiu fome e imaginou que está com vontade de se deslocar ao Se pudéssemos analisar suas ondas cerebraisShopping Center. naquele momento, poderíamos descobrir que todas as emoções e ações planejadas são consequência do que você viu naquele comercial. Pensando nesse exemplo, podemos imaginar: como utilizar o para entregarneuromarketing valor ao consumidor? 8.1 Neurociência e neuromarketing A neurociência e o são temas, muitas vezes, tratados como sinônimos, no entanto, são na verdadeneuromarketing complementares. Como Shigaki (2017) afirmam, a neurociência e especialmente a neurociência doet al. consumidor pode ser vista como uma abordagem de pesquisa que faz uso de procedimentos neurocientíficos para entender como informações são processadas pelo consumidor. Isso, especialmente a partir do contato com estímulos sensoriais de qualquer forma (imagens, aromas, sons, toque, gostos). Já o envolve a utilização, a aplicação prática desses conhecimentos em atividades de neuromarketing marketing, como a realização de campanhas de comunicação, a utilização de embalagens ou organização de ambientes de loja/ que estimulem reações cerebrais e comportamentos específicos do consumidor. Ao longo desteon-line capítulo, conheceremos um pouco mais sobre estes estudos e práticas. • • • • • • • • • 8.1.1 Definição de neurociência Como vimos brevemente, a neurociência envolve o estudo de processos cerebrais envolvidos nas atividades cotidianas dos indivíduos. Conheça melhor essa definição clicando nas abas a seguir: • Agrega diversas áreas Lent (2008) afirma que ela agrega um conjunto de disciplinas que tratam do sistema nervoso, tendo nascido da busca das bases cerebrais da mente humana. Assim, são diversas disciplinas envolvidas no processo como a neurobiologia, neuroanatomia, neuropsiquiatria e a neuroquímica, entre outras. A partir destas diversas áreas de estudos, busca-se entender as relações entre consciência (estar ciente de algo) e a cognição (processamento das informações). Também é objeto da neurociência as relações entre estímulos cerebrais e as emoções, aprendizado e memória, percepções e ações do indivíduo. • Campo de conhecimento Como campo de conhecimento, apesar de ser datada desde a Grécia Antiga, passando por aprimoramentos na idade média e séculos XVIII e XIV, essa área de pesquisa vem ganhando espaço na medicina, psicologia, , nas últimas décadas. Parte desse direcionamento deve-se a diversosmarketing avanços tecnológicos, como o desenvolvimento e ampla utilização de equipamentos como o eletroencefalograma e o FMRI ( ), técnica específica do uso daFunctional Magnetic Ressonance Imaging imagem por ressonância magnética, ou o aparelho de ressonância magnética (como veremos mais ao longo do capítulo). A evolução dessa área de estudo permitiu que seja possível mapear como são as ondas cerebrais do indivíduo quando está acordado, ou dormindo, por exemplo. • Desenvolvimento da neurociência O desenvolvimento da neurociência também nos permitiu entender que o indivíduo possuí um sistema nervoso periférico e um sistema nervoso central, responsáveis tanto pela captação de estímulos do ambiente como pelo armazenamento de informações, emoções e sentimentos e desenvolvimento de reações físicas/musculares. Da mesma forma, como afirma Lent (2008), ao longo dos anos foi possível atribuir localizações para as funções cerebrais do indivíduo. • • • 144 Localização funções cerebrais. Fonte: LENT, 2008, p.12. Mas como estas informações são úteis a um profissional de ? Se pensarmos bem, todo consumidor émarketing antes de tudo um ser humano. Pelos conhecimentos advindos na neurociência, entendemos como o órgão central do indivíduo, o cérebro, gera, processa e transforma estímulos em comportamentos, entre eles o de compra. Vamos aprofundar estas relações ao tratarmos do neuromarketing. 8.1.2 Definição de neuromarketing A partir do entendimento do consumidor como um indivíduo, é papel do profissional de conhecê-lo emmarketing seus detalhes, para assim elaborar ofertas de valor que realmente supram suas necessidades e desejos. Nesse sentido, de acordo com Cohen . (2017), podemos definir como o uso de técnicas deet al neuromarketing mecanismos cerebrais para entender o comportamento do consumidor, a fim de melhorar as estratégias de das organizações. De forma semelhante, Bridger (2018) afirma que é possível utilizar informaçõesmarketing advindas da neurociência e da psicologia para a elaboração de designs mais eficientes. O autor afirma que estas áreas nos ajudam a entender o que nos induz a entrar em uma loja, acessar um site ou mesmo compartilhar uma imagem em nossas redes sociais. 145 Localização funções cerebrais. Fonte: LENT, 2008, p.12. Mas como estas informações são úteis a um profissional de ? Se pensarmos bem, todo consumidor émarketing antes de tudo um ser humano. Pelos conhecimentos advindos na neurociência, entendemos como o órgão central do indivíduo, o cérebro, gera, processa e transforma estímulos em comportamentos,entre eles o de compra. Vamos aprofundar estas relações ao tratarmos do neuromarketing. 8.1.2 Definição de neuromarketing A partir do entendimento do consumidor como um indivíduo, é papel do profissional de conhecê-lo emmarketing seus detalhes, para assim elaborar ofertas de valor que realmente supram suas necessidades e desejos. Nesse sentido, de acordo com Cohen . (2017), podemos definir como o uso de técnicas deet al neuromarketing mecanismos cerebrais para entender o comportamento do consumidor, a fim de melhorar as estratégias de das organizações. De forma semelhante, Bridger (2018) afirma que é possível utilizar informaçõesmarketing advindas da neurociência e da psicologia para a elaboração de designs mais eficientes. O autor afirma que estas áreas nos ajudam a entender o que nos induz a entrar em uma loja, acessar um site ou mesmo compartilhar uma imagem em nossas redes sociais. Fonte: © TarikVision / / Shutterstock. Tratando de estado consciente X inconsciente, Colaferro e Cresticelli (2014) afirmam que o surgeneuromarketing com a proposta de agregar mais informações comportamentais às motivações ocultas no inconsciente da mente, e que direcionam os indivíduos em seus processos de escolha. Como área de estudos em , utilizamos omarketing termo apenas a partir do início dos anos 2000, o que indica que ainda temos muito a descobrir.neuromarketing Nesse sentido, Colaferro e Cresticelli (2014) enfatizam que o neuromarketing surge com o intuito de melhorar a elaboração de ofertas de valor para o consumidor, e utiliza e aplica métodos da neurociência para realização do seu diagnóstico. Como isso afeta a prática? Acompanhe a explicação clicando a seguir: O que o consumidor quer e precisa Tradicionalmente em buscamos observar comportamentos, realizar entrevistas ou mesmo enviarmarketing questionários para tentar descobrir o que o consumidor quer e precisa. Como Lent (2008) afirma, estímulos, sensações e emoções ocorrem constantemente e frações de segundos no cérebro humano. Nesse sentido, é PAUSA PARA REFLETIR Como estimular uma compra? Que sensações deve gerar para envolver seu consumidor? E se existisse um tipo de botão que você pudesse apertar, e simplesmente despertar um desejo no consumidor? 146 possível que, muitas vezes, o consumidor não tenha consciência ou mesmo consiga descrever em palavras quais são suas necessidades, o que sente ou pensa, quando recebe diferentes estímulos, como resgatam sua memória e quais memórias podem ser geradas. Para quais direções um consumidor olha ao acessar o de uma empresa?site Quais cores chamam mais atenção? Ao ver as cores sua memória é despertada? Sua irritação, seu senso de pertencimento? Técnicas de estímulo Assim, através de técnicas como a tomografia computadorizada, eletroencefalograma, monitoramento do olhar ( ) e ressonância magnética (veremos mais a seguir) profissionais de podem conferir quaiseyetracking marketing regiões do cérebro são estimuladas por suas campanhas na internet, na televisão ou mesmo nos seus espaços de loja. A partir de pesquisa com acadêmicos e profissionais de marketing, Colaferro e Cresticelli (2014) definiram as principais utilizações e ganhos da atividade de :neuromarketing Resumo das contribuições do neuromarketing. Fonte: COLAFERRO; CRESTICELLI, 2014, p.148. Ao perceber essas informações, com razão você pode estar pensando: essa pesquisa não é simples e não seu custo provavelmente não é baixo. Você acertou na busca, esta é uma das limitações desta área do . Vamosmarketing 147 possível que, muitas vezes, o consumidor não tenha consciência ou mesmo consiga descrever em palavras quais são suas necessidades, o que sente ou pensa, quando recebe diferentes estímulos, como resgatam sua memória e quais memórias podem ser geradas. Para quais direções um consumidor olha ao acessar o de uma empresa?site Quais cores chamam mais atenção? Ao ver as cores sua memória é despertada? Sua irritação, seu senso de pertencimento? Técnicas de estímulo Assim, através de técnicas como a tomografia computadorizada, eletroencefalograma, monitoramento do olhar ( ) e ressonância magnética (veremos mais a seguir) profissionais de podem conferir quaiseyetracking marketing regiões do cérebro são estimuladas por suas campanhas na internet, na televisão ou mesmo nos seus espaços de loja. A partir de pesquisa com acadêmicos e profissionais de marketing, Colaferro e Cresticelli (2014) definiram as principais utilizações e ganhos da atividade de :neuromarketing Resumo das contribuições do neuromarketing. Fonte: COLAFERRO; CRESTICELLI, 2014, p.148. Ao perceber essas informações, com razão você pode estar pensando: essa pesquisa não é simples e não seu custo provavelmente não é baixo. Você acertou na busca, esta é uma das limitações desta área do . Vamosmarketing conhecer um pouco mais sobre estas metodologias e saber como apesar do seu custo, como têm sido cada vez mais utilizadas por profissionais de .marketing 8.1.3 Metodologias aplicadas ao neuromarketing Como comentamos anteriormente, técnicas tradicionais ou convencionais de para a investigação domarketing comportamento do consumidor envolviam, e ainda o fazem, a observação ou o questionamento, por meio de entrevistas, questionários, grupos de foco, entre outros. Ao final do século XIX e início do XX, percebeu-se que seria possível utilizar não apenas conhecimentos, mas ferramentas práticas advindas da neurociência para investigar como o consumidor percebe, armazena e direciona estímulos internos e recebidos do ambiente para guiar suas decisões. Fonte: © Golden Sikorka / / Shutterstock. 148 Algumas dessas ferramentas envolvem o uso de equipamentos normalmente utilizados em hospitais, como o eletroencefalograma, a tomografia computadorizada e o aparelho de ressonância magnética. Da mesma forma, equipamentos como o (mapeamento ocular/rastreamento de olhos) e a codificação de ação facialeyetracking (FAC) também permitem que estímulos nem sempre processados de forma consciente pelo consumidor, sejam percebidos por aparelhos ligados a óculos 3D ou mesmo através da utilização de webcams. Como Bridger (2018) afirma, o FMRI, ou aparelho de imagem por ressonância magnética é um grande tubo em que as pessoas entram e se deitam enquanto a máquina faz o escâner da circulação sanguínea no cérebro, como medidas das regiões cerebrais que estão ativas. Com base nesses dados, o analista pode deduzir as reações das pessoas a imagens e vídeos, por exemplo. Já o Eletroencefalograma, ou EEG, consiste na colocação de uma série de sensores em torno da cabeça da pessoa (geralmente com gel em uma proteção ou toca) para medir os padrões da atividade elétrica na área superior do cérebro, o córtex cerebral. A partir desta descrição, Bridger (2018) afirma que esta técnica pode ser utilizada para medir algumas respostas. Clique a seguir para conhecer algumas: Medir a quantidade de atenção que está sendo direcionada ao que o indivíduo está olhando. Mensurar a carga cognitiva, ou seja, a quantidade de atenção que o cérebro está utilizando para decodificar o que está sendo visto. Motivação emocional: o quanto estímulo está atraindo ou repelindo o indivíduo, através do padrão das ondas recebidas. Além desses ganhos, o uso destas tecnologias pode levar o profissional de marketing a questionar-se: a que partes do vídeo, imagem ou produto os indivíduos prestaram mais atenção? Até que ponto o estímulo gerou emoções realmente engajadoras? Para responder a estes questionamentos, profissionais de marketing também recorrem ao rastreamento de olhos, também chamado de . Esta ferramenta pode ser utilizada presencialmenteeyetracking através de um óculos 3D, ou mesmo à distância ( ) por meio da utilização da webcam do consumidor.on-line Como Bridger (2018) aponta, sua utilização consiste no uso de câmeras focadas nos olhos das pessoas enquanto elas estão olhando para uma tela ou mostrador, para monitorar o movimento dos olhos e portanto, o que estão olhando a cada segundo. A utilização destaferramenta no formato representa uma vantagem do ponto deon-line CURIOSIDADE O uso de aparelhos de imagem por ressonância magnética é recente nas áreas de neuromarketing e de forma geral. Seu uso para avaliar reações a vídeos e campanhas promocionais foimarketing documentado apenas a partir do final dos anos 1990. 149 Algumas dessas ferramentas envolvem o uso de equipamentos normalmente utilizados em hospitais, como o eletroencefalograma, a tomografia computadorizada e o aparelho de ressonância magnética. Da mesma forma, equipamentos como o (mapeamento ocular/rastreamento de olhos) e a codificação de ação facialeyetracking (FAC) também permitem que estímulos nem sempre processados de forma consciente pelo consumidor, sejam percebidos por aparelhos ligados a óculos 3D ou mesmo através da utilização de webcams. Como Bridger (2018) afirma, o FMRI, ou aparelho de imagem por ressonância magnética é um grande tubo em que as pessoas entram e se deitam enquanto a máquina faz o escâner da circulação sanguínea no cérebro, como medidas das regiões cerebrais que estão ativas. Com base nesses dados, o analista pode deduzir as reações das pessoas a imagens e vídeos, por exemplo. Já o Eletroencefalograma, ou EEG, consiste na colocação de uma série de sensores em torno da cabeça da pessoa (geralmente com gel em uma proteção ou toca) para medir os padrões da atividade elétrica na área superior do cérebro, o córtex cerebral. A partir desta descrição, Bridger (2018) afirma que esta técnica pode ser utilizada para medir algumas respostas. Clique a seguir para conhecer algumas: Medir a quantidade de atenção que está sendo direcionada ao que o indivíduo está olhando. Mensurar a carga cognitiva, ou seja, a quantidade de atenção que o cérebro está utilizando para decodificar o que está sendo visto. Motivação emocional: o quanto estímulo está atraindo ou repelindo o indivíduo, através do padrão das ondas recebidas. Além desses ganhos, o uso destas tecnologias pode levar o profissional de marketing a questionar-se: a que partes do vídeo, imagem ou produto os indivíduos prestaram mais atenção? Até que ponto o estímulo gerou emoções realmente engajadoras? Para responder a estes questionamentos, profissionais de marketing também recorrem ao rastreamento de olhos, também chamado de . Esta ferramenta pode ser utilizada presencialmenteeyetracking através de um óculos 3D, ou mesmo à distância ( ) por meio da utilização da webcam do consumidor.on-line Como Bridger (2018) aponta, sua utilização consiste no uso de câmeras focadas nos olhos das pessoas enquanto elas estão olhando para uma tela ou mostrador, para monitorar o movimento dos olhos e portanto, o que estão olhando a cada segundo. A utilização desta ferramenta no formato representa uma vantagem do ponto deon-line CURIOSIDADE O uso de aparelhos de imagem por ressonância magnética é recente nas áreas de neuromarketing e de forma geral. Seu uso para avaliar reações a vídeos e campanhas promocionais foimarketing documentado apenas a partir do final dos anos 1990. vista de custo, especialmente se comparadas a técnicas como o EEG e o FMRI. No formato , voluntárioson-line recebem um e instruções, acessam diferentes materiais e ao final da sua interação todos os seus movimentoslink oculares são registrados por . A partir deste registro, cabe ao profissional de analisar assoftwares marketing informações coletadas. Existem dois grandes benefícios/resultados práticos a serem analisados, a partir do rastreamento de olhos, a partir da análise do profissional de Clique abaixo para conhecê-los:marketing. Mapa ou traçado de olhos Uma série de círculos numerados indica a ordem em que o consumidor analisou as diferentes imagens e o tamanho do círculo indica a frequência e importância dada a cada aspecto. Mapas de calor/de névoa A partir do uso de cores é possível analisar por quanto tempo e intensidade em que o consumidor considerou cada imagem apresentada. A partir de suas análises, de forma prática profissionais de podem questionar-se (BRIDGER, 2018):marketing • Determinado elemento do está sendo visto?design • O que as pessoas olham primeiro? • O que as pessoas olham mais? • O padrão de olhares sobre o parece confuso?design • Imagine que você é o gestor de de uma empresa de mobilidade, você não gostaria de saber para marketing onde e com qual intensidade seus clientes olham? • Você não poderia ter vantagens sobre os seus concorrentes se a sua interface for mais agradável? Fonte: © pikepicture / / Shutterstock. Além do rastreamento ocular, por meio de recursos físicos ou ligadas à internet, também é possívelwebcams monitorar e analisar as emoções do consumidor ao receber contato com um estímulo, como uma imagem ou vídeo. Segundo Bridger (2018), o código de ação facial, ou FAC ( ) pode reconhecer a expressãoFacial Acting Coding de quaisquer emoções (felicidade, surpresa, tristeza, raiva) em tempo real, por meio de uma , utilizadawebcam pelo consumidor ao receber estímulos predeterminados. Como o autor aponta, uma limitação da técnica baseia-se na análise de contornos musculares utilizados em emoções consideradas universais ou padronizadas, podendo não reconhecer estímulos ligados a uma cultura ou região específicos. • • • • • • 150 Através dessa ferramenta, profissionais de podem focar suas dúvidas e análises em fatos como: asmarketing pessoas estão sorrindo por causa da piada utilizada no vídeo ou imagem do seu anúncio? O momento de surpresa está realmente surpreendendo o consumidor? É claro que a utilização delas pode gerar algumas polêmicas. Ao gerar estímulos predeterminados ao consumidor, estamos realizando algum tipo de manipulação ou lavagem cerebral? Quais são os limites para a utilização de exames e testes para compreender o comportamento do consumidor? Vamos discutir estas ideias a seguir. 8.1.4 Ética e neuromarketing Imagine alguns pontos que tratamos até o momento. A neurociência permite que possamos descobrir um pouco mais sobre a mente humana, envolvendo diversas disciplinas no estudo das propriedades e conexões cerebrais. O e ferramentas utilizadas por esta área permitem que esse conhecimento seja utilizado pelasneuromarketing empresas, para assim, ofertar produtos e serviços direcionados às preferências do consumidor. Será que passamos a uma era em que não apenas influenciamos, mas passamos a controlar o comportamento humano? As empresas induzem um indivíduo a consumir, mesmo contra a sua vontade ou interesse próprios? Fonte: © archy13 / / Shutterstock. A partir de questionamentos como estes, temos que tratar da relação entre ética e . Esta relaçãoneuromarketing nos leva a refletirmos sobre identidade e privacidade, controle e vontade própria, ação e reflexo. A esta necessidade em refletirmos as consequências do avanço destas áreas chamamos de Neuroética. Segundo Santos . (2014), a neuroética refere-se à reflexão ética acerca de novas tecnologias e técnicas produzidas pelaet al neurociência. Da mesma forma, os autores afirmam que os dilemas a serem analisados na Neuroética são semelhantes a qualquer discussão acerca de empreendimentos científicos e tecnológicos: • preocupações acerca do que a tecnologia pode fazer; • questões sobre a condição humana e objetivos da ciência. Estas preocupações envolvem tanto questões filosóficas, morais básicas do indivíduo como questões técnicas, como os limites da tecnologia e o seu controle sobre a vida em sociedade. • • 151 Através dessa ferramenta, profissionais de podem focar suas dúvidas e análises em fatos como: asmarketing pessoas estão sorrindo por causa da piada utilizada no vídeo ou imagem do seu anúncio? O momento de surpresa está realmente surpreendendo o consumidor? É claro que a utilização delas pode gerar algumas polêmicas. Ao gerar estímulos predeterminados ao consumidor, estamos realizando algum tipo de manipulação ou lavagem cerebral? Quais são os limites para a utilização de exames e testes para compreender o comportamento do consumidor? Vamos discutir estas