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INFECÇÕES FÚNGICAS

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Julia Paris Malaco – UCT14 
SP3 - Infecções fúngicas 
 
Fungos são classificados de acordo com a forma: 
 Hifa verdadeira: células alongadas, que e 
ramificam e geralmente encontra-se na 
superfície o conídio – faz parte da reprodução 
assexuada do fungo – conídio se solta e passa 
a chamar esporo, que cresce e forma uma 
nova hifa 
o Hifa septada e hifa cenocítica 
 Levedura: fungo unicelular, célula 
arredondada, geralmente a proliferação 
ocorre por brotamento 
 Pseudo-hifas: levedura que começa a 
proliferar, mas ocorre uma falha e o broto se 
acumula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Característica importante das infecções por 
fungos: 
 Fungos que apresentam dimorfismos de 
acordo com a temperatura do ambiente. 
Por exemplo: hifas quando entram em contato 
com o nosso corpo se transformam em 
leveduras 
 
Padrões de lesão 
 Micose superficial: acometimento da 
epiderme 
 Micose subcutânea: derme, epiderme e vasos 
 Micoses sistêmicas: quando o fungo consegue 
alcançar a corrente sanguínea e se locomove 
por via hematogenica alcançando órgãos 
 Micoses oportunistas: acometimento de 
múltiplos órgãos e órgãos essenciais para a 
vida 
 
Candidíase 
 
Agente etiológico: cândida sp 
Organismos comensais benignos, podem causar 
complicações em pacientes com alguma 
imunodeficiência 
 
Causa infecções superficiais – exantema de 
fralda, intertrigo 
Infecções Disseminadas – abcesso hepático, 
 
Inflamação supurativa que geralmente leva a 
formação de abcessos 
 
Patogenia 
 
Tem capacidade de dimorfismo 
Genes fase específicos que se sensibiliizam de 
acordo com o meio em que o fungo está 
constituído – mudanças de temperatura, pH 
neutro, presença de CO2, nutrientes, carência 
nutricional. 
 
A Candida produz um grande número de 
adesinas funcionalmente distintas que medeiam a 
aderência às células hospedeiras, algumas das 
quais também funcionam na morfogênese ou 
sinalização da Candida. 
Essas adesinas incluem 
 Proteína semelhante a integrina: se liga aos 
grupos argininaglicina-ácido aspártico (RGD) 
no fibrinogênio, fibronectina e laminina; 
 Proteína que se assemelha aos substratos 
transglutaminase: se liga às células epiteliais, e 
 Aglutininas: se ligam às células endoteliais ou à 
fibronectina. 
A adesão é um importante determinante de 
virulência 
 
A cândida precisa ainda romper a barreira 
epitelial, e faz isso através de enzimas 
A cândida produz um número de enzimas que 
contribui para a capacidade invasiva, 
 Aspartil proteinases (SAP): podem promover a 
invasão tecidual através da degradação de 
proteínas da matriz extracelular, 
 Catalases: podem permitir que o organismo 
resista a morte oxidativa por células 
fagocíticas. 
 Adenosina: bloqueia a produção de radicais 
de oxigênio e degranulação pelos neutrófilos. 
 
Cândida tem capacidade de formar biofilmes (se 
ancorar na superfície e coloniza-la) 
 
 Resposta imune 
1º linha de defesa: macrófagos e netrolifos 
Resposta adaptativa: resposta imune célula 
 
A imunidade inata e as respostas de células T são 
importantes para a proteção contra a infecção 
por Candida. 
Julia Paris Malaco – UCT14 
Neutrófilos e macrófagos fagocitam Candida, e a 
morte oxidativa por esses fagócitos é a primeira 
linha de defesa do hospedeiro. 
 
A levedura de Candida ativa células dendríticas 
para produzir IL-12 mais do que o fazem as formas 
filamentosas do fungo. Como resultado, as formas 
leveduriformes elicitam uma resposta TH1 fúngica 
protetora, enquanto as formas filamentosas 
tendem a estimular uma resposta TH2 não 
protetora. 
 
Da mesma forma que outros fungos, a Candida 
também elícita respostas TH17, as quais são 
responsáveis pelo recrutamento de neutrófilos e 
monócitos. As respostas de células T à Candida 
são particularmente importantes para a proteção 
contra a infeção mucosa e cutânea pela 
Candida, como demonstrado pelas infecções 
mucocutâneas recorrentes por Candida em 
indivíduos com infecção pelo HIV e baixas 
contagens de células T. 
 
 
Hifa modula resposta imune e a torna ineficiente. 
Levedura é rapidamente reconhecida 
 
Os casos preocupantes de cândida acontecem 
quando ao exame histológico aparecem varias 
formas do fungo 
 
Manifestações clinicas 
 
Candidíase superficial de mucosa oral: 
 Pseudo membranas branco acinzentadas 
 hiperemia da mucosa 
 inflamação da mucosa 
 Acomete: neonatos, pessoas debilitadas, 
crianças em tratamento para asma, pacientes 
tratados com antibiótico de amplo espectro e 
HIV. 
 
Esofagite por cândida: 
 Disfagia 
 Dor retroesternal 
 Placas brancas e pseudomembranas 
 Acomete - HIV e pacientes com malignidades 
hematolinfoides 
 
Vaginite por cândida: 
 Secreção pruriginosa 
 Dor 
 Corrimento espesso 
 Acomete – diabéticas, gestantes, mulheres 
que fazem uso de contraceptivos orais 
 
Candidíase cutânea: 
 Onicomicose, paroniquia, foliculite, balanite, 
intertrigo, exantema de fralda 
Candidíase invasiva: 
 Causada por disseminação hematogenica. 
 Abcessos renais, miocárdicos, endocardite, 
microabcessos cerebrais e mingite, 
endoftalmites, abcessos hepáticos 
 
Caso clinico 
Paciente, 23 anos, apresenta-se com prurido 
vulvar discreto, corrimento vaginal de coloração 
esbranquiçada, grumoso, inodoro e com aspecto 
caseoso. Ao exame microscópico a fresco revela 
presença de pseudo – hifas. 
 
1. Hipótese diagnóstica? 
 Candidíase 
 
2. Características do quadro clínico? 
 Prurido vulvar discreto, corrimento vaginal 
de coloração esbranquiçada, grumoso, 
inodoro e com aspecto caseoso 
 
3. Qual outra local esse fungo pode acometer? 
 Boca (candidíase oral), esôfago 
(candidíase esofágica) 
 
 
 
Criptococose 
 
 Agente etiológico: cryptococcus neoformans 
 O Cryptococcus neoformans está presente no 
solo e em fezes de aves (particularmente 
pombos) e infecta pessoas quando inalado. 
 Forma de levedura 
 Só causa doenças em pacientes com alguma 
deficiência no sistema imune 
 Causa meningoencefalite em pacientes com: 
AIDS, leucemia ou linfoma, lúpus eritematoso 
sistêmico, sardoidose, transplantados 
 
Diversos fatores de virulência permitem que ele 
escape das defesas do hospedeiro: 
 Uma cápsula polissacarídica: 
Glicuronoxilomanana, o principal 
polissacarídeo capsular do C. neoformans, é 
um grande fator de virulência que inibe a 
fagocitose de macrófagos alveolares, 
migração de leucócitos e recrutamento de 
células inflamatórias. O C. neoformans pode 
sofrer variação fenotípica, a qual leva a 
mudanças na estrutura e tamanho da cápsula 
polissacarídica, proporcionando uma maneira 
de escapar das respostas imunes. 
A capsula inibe a fagocitose por macrófagos 
alveolares, inibe a migração de neutrófilos, 
inibe o recrutamento das celulas inflamatórias 
contra o fungo 
 Produção de melanina – através de enzimas: 
o Lacase (enzima) que libera melanina, que 
é um agente antioxidante e protege 
Julia Paris Malaco – UCT14 
contra a ação oxidante dos macrófagos 
alveolares 
o Serina proteinase: auxilia na 
dissemimaçao do fungo 
 
O C. neoformans pode estabelecer infecções 
latentes acompanhadas por formação de 
granulomas, que podem reativar-se em 
hospedeiros imunossuprimidos. 
 
Pode ocorrer colonização exacerbada dentro do 
alvéolo, mas isso pode acontecer sem nenhum 
sintoma, o que permite que o fungo permaceça 
ali e alcance a via hematogenica 
 
O polissacarídeo capsular cora-se intensamente 
em vermelho com ácido periódico de Schiff e 
mucicarmim em tecidos, e pode ser detectado 
com esferas recobertas por anticorpos em ensaios 
de aglutinação. Preparações com nanquim criam 
uma imagem negativa, visualizando-se a capsula 
espessa como um halo claro em um fundo negro. 
Apesar de o pulmão ser o local primário de 
infecção, o envolvimento pulmonare 
normalmente brando e assintomático, mesmo 
enquanto o fungo está se disseminando para o 
SNC 
 
As principais lesões causadas por C. neoformans 
são no SNC, envolvendo meninges, massa 
cinzenta cortical e núcleos basais. 
 
Aspergilose 
 
 Agente: aspergillus sp 
 Causa alergias, sinusites, pneumonia etc. 
 É uma hifa 
 O Aspergillus fumigatus é a espécie mais 
comum que causa doença, e ele produz 
infecções invasivas severas em indivíduos 
imunocomprometidos 
 
Neutrófilos e macrófagos são a principal defesa 
do hospedeiro contra o Aspergillus. 
Macrófagos alveolares ingerem e destroem os 
conídios, enquanto neutrófilos produzem 
intermediários do oxigênio reativo que destroem 
as hifas. 
 
A aspergilose invasiva está altamente associada a 
neutropenia e defesas prejudicadas dos 
neutrófilos. 
 
O Aspergillus produz diversos fatores de virulência, 
incluindo adesinas, antioxidantes, enzimas e 
toxinas. Os conídios podem se ligar ao 
fibrinogênio, laminina, complemento, 
fibronectina, colágeno, albumina, e proteínas 
surfactantes, mas interações receptor-ligante não 
são bem definidas. 
 
O Aspergillus produz várias defesas antioxidantes, 
incluindo o pigmento melanina, manitol, catalases 
e superóxido dismutases. 
 
Restrictocina e mitogilina são ribotoxinas que 
inibem a síntese de proteínas da célula do 
hospedeiro através da degradação de mRNA. 
 
A sensibilização aos esporos do Aspergillus produz 
alveolite alérgica. A aspergilose broncopulmonar 
alérgica, associada à hipersensibilidade 
proveniente da colonização superficial da 
mucosa brônquica, frequentemente ocorre em 
pessoas asmáticas. 
 
Esse fungo coloniza as cavidades pulmonares e 
forma um aspergiloma (bola fungica) a 
inflamação pode ser dispersa ou crônica com 
fibrose - paciente apresenta hemoptise – 
secreção com sangue 
 
Três maneiras de manifestação 
 Asprgilose broncopulmonar alérgica: pessoas 
que tem alergia a esse fungo, causa uma 
hiperatividade crônica (como se fosse uma 
asma persistente) 
 Asma persistente 
 Eosinofilia 
 Aumento de IgG serica 
 Bronquiectasias proximais 
 Precipitinas positivas 
 Infiltrados pulmonares migratórios 
 Tratamento com corticoide e pode dar 
antifúngico 
 
 Bola fungica/aspergiloma: paciente que já 
teve alguma outra doença pulmonar, faz uma 
cavitação no pulmão que permanece ali, o 
fungo então acha esse local se multiplica ali e 
forma a bola 
 Tratamento: retirar a bola – 
segmentectomia 
 
 Aspergilose pulmonar invasiva: em pacientes 
com deficiência no sistema imune. Pode 
evoluir para sepse. 
 Infecção primaria no pulmão, com 
pneumonia necrosante com focos cinza 
nitidamente delineados, arredondados, e 
bordas hemorrágicas (lesões em alvo) 
 Esse fungo entra na corrente sanguínea e 
se dissemina, as duas regiões mais 
acometidas são valvas cardíacas e 
cérebro. 
 A aspergilose invasiva é uma infecção 
oportunista confinada a hospedeiros 
imunossuprimidos. 
Julia Paris Malaco – UCT14 
 O Aspergillus possui uma tendência de 
invadir vasos sanguíneos; portanto, áreas 
de hemorragia e infarto são usualmente 
sobrepostas nas reações inflamatórias 
teciduais necrosantes 
 
Caso clinico 
Paciente com história prévia de tuberculose 
pulmonar tratada, com febrícula diária, tosse 
produtiva com hemoptoicos, com 1 episódio de 
hemoptise e dispneia há 5 dias. RX de tórax 
evidenciando fibroatelectasia e cavitação no 
lobo superior direito, com opacidade 
arredondada no interior da cavitação, 
mobilizando-se na incidência em decúbito lateral 
com raios horizontais. 
 
1. Qual a principal hipótese diagnóstica? 
 Aspergilose/bola fúngica. 
 Paciente se queixa se sentir algo 
chacalhando no pulmão 
 
2. Qual o agente etiológico? 
 Aspergilo 
 
3. Qual tipo de infecção grave que pode levar? 
 Aspergilose pulmonar invasiva 
 
 
 
Paracoccidioidomicose 
 
 Agente eiologico: paracoccidioides 
braziliensis 
 Se apresenta em uma forma de “roda” 
 Pode se desenvolver na forma aguda e 
crônica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Forma crônica 
 Sintomas respiratórios arrastados 
 Em exame de imagem apresenta ilfiltrado 
que lembra asa de morcego 
 Lesões cutâneo mucosas 
 Diagnostico: escarro, raspagem, biopsia 
 Tratamento antifúngico: (itroconodazol) 
 
É uma tuberculose rural com lesão dermatológica 
 
 
 
 
Histoplasmose 
 
Semelhante a tuberculose, aparece em pacientes 
com doença crônica previa e que tiveram 
contato em locais de transmissão se espalha por 
meio de fezes de aves e morcegos 
 Agente etiológico: histoplasma capsulatum 
 Pode se apresentar de forma aguda e crônica 
 
 Forma crônica 
 Se apresenta em pacientes que já tenha 
alguma doença pulmonar crônica, 
 Apresenta sintomas respiratórios arrastadis 
 Infiltrado pulonar 
 Diagnostico: cultura, biopsia, sorologia 
 Tratamento: antifúngico

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