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Micoses Sistêmicas

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MAD-2 20.05.2020 Aula-33 
Micoses Sistêmicas 
 
Infecções Sistêmicas 
Fungos dimórficos que vivem no solo 
Esporos (conídios) transmitidos por inalação e se disseminam para outros 
órgãos 
Infecções profundas podem afetar vários tecidos e órgãos 
© Paracoccidioidomicose - Paracoccidioides brasiliensis 
© Histoplasmose - Histoplasma capsulatum = Infecção fúngica pulmonar 
mais prevalente em seres humanos e animais – encontra-se nasfezes de 
morcegos e galinhas 
© Coccidioidomicose – Coccidioides posadasii ou immitis – encontra-se 
no solo 
© Blastomicose - Blastomyces dermatitidis – encontra-se no solo próximo 
da região de rios 
 
 
 
Patogênese 
Doença do Jardineiro 
Macroconídeos - Microconideos Mickey é leveduriforme e forma de roda 
é filamentosa 
MAD-2 20.05.2020 Aula-33 
Barreiras naturais são efetivas 
Componentes da superfície celular medeiam fixação às células do hospedeiro 
Parede rica em Mananas, glucanas e polissacarídeos atuam como 
PAMPs e ativam resposta celular, SC e a resposta inflamatória. 
Ao serem reconhecidas liberam TNF, IL-1 e IL-2 desencadeando 
mais resposta inflamatória causando vasodilatação e mais 
estimulação de células. 
Linfócitos Th1 e macrófagos; IFN-γ estimula a migração, 
aderência, fagocitose e lise oxidativa de neutrófilos e 
macrófagos, sustenta a resposta Th1 e potencializa os efeitos de 
terapias com drogas antifúngicas. 
Mais de 90% das infecções são assintomáticas ou de evolução 
aguda 
Infecção crônica → ativam Th1 e ocorre formação do granuloma 
Macrófagos alveolares inativam esporos e induzem resposta de 
linfócitos Th1 e Th2 produção de anticorpos 
Fator de virulência − α-glucano na parede máscara PAMPs 
Resposta Th1 – formação de 
granulomas compactos e resolução da 
doença. 
IMAGEM. Atração de neutrófilos e 
muitas células do sistema imune 
inato como uma tentativa de 
eliminar o fungo, essa resposta 
pode conseguir eliminar o patógeno. 
Caso não seja suficiente, será 
ativado macrófagos ao qual será 
apresentado ao CD4 ativando a 
linhagem Th1 e Th2 (produz ativação 
dos linfócitos B ao qual produzirá 
anticorpos). 
Resposta Imune à Infecção 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
I. Exame microscópico direto – Escarro, biópsia (consegue identificar a 
presença de leveduras), raspagem de pele e identificação de esporos 
assexuados, hifas ou leveduras 
II. Cultivo do organismo – ágar Sabouraud (baixo pH) e identificação dos 
esporos e hifas 
III. Teste de DNA – Identificação em estágio inicial de crescimento. 
Disponível para Coccidioides, Histoplasma e Blastomyces 
IV. Testes sorológicos – Presença de anticorpos no soro e líquido 
espinhal para micoses sistêmicas 
Paracoccidioidomicose 
Paracoccidioidomicose (PCM) = blastomicose sul-Americana - é uma micose 
sistêmica autóctone da América Latina e Central 
Considerar em paciente 
MAD-2 20.05.2020 Aula-33 
© População rural 
© Com ulceração de mucosas 
© Pode causar pneumonia 
Lembrete: 
A PCM é primariamente uma infecção 
de trato respiratório, podendo 
causar pneumonia, mas o fungo pode 
se disseminar e colonizar outros 
tecidos pela via linfo-hematogenica. 
Pode acometer SNC. 
Agente etiológico – 
Paracoccidioides brasiliensis 
© Fungo dimórfico = esporos 
do tipo conídeos e 
clamidósporo 
Transmissão: Inalação dos esporos 
em áreas rurais 
Patogênese: inalação da forma filamentosa, se transforma na leveduriforme e 
inicia sua multiplicação por brotamento. 
© Dissemina-se do pulmão pelas vias linfática e sanguínea para o 
organismo. 
© Pode acometer qualquer órgão, sendo mais frequente o envolvimento do 
pulmão, laringe, pele, mucosas, linfonodos, baço, fígado e adrenais. 
© Induz resposta imune do tipo granulomatosa. 
© Lesões pulmonares (granulomas) que podem sofrer reativação e causar: 
- Doença pulmonar crônica 
- Tosse, expectoração, dispnéia, fibrose obstrutiva; 
- Disseminação - pele, tecido mucocutâneo, linfonodos, TGI, baço, 
fígado, glândulas suprarrenais, SNC 
 
Formas Mistas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aguda ou subaguda (tipo juvenil) 
3 a 5% dos casos. 
Rápida disseminação do fungo. 
Acomete indivíduos jovens. 
Forma mais grave e de pior 
prognóstico. 
Quantidade de conídios inalados 
Resposta Th2 – não há formação de 
granuloma produção de IgE 
Disseminação do fungo é rápida – 
baço, linfonodos. 
 
Crônica (tipo adulto) 
Uniforme ou multifocal 
Pode levar meses e anos para se tornar aparente. 
Representa mais de 90% dos casos 
Mais frequente em indivíduos masculinos na faixa 
etária de 29 a 40 anos. 
Comprometimento pulmonar e tegumentar (cutânea 
e/ou mucosa) 
MAD-2 20.05.2020 Aula-33 
Afeta primariamente o sexo masculino e pessoas com mais de 30 anos; 
Proporção de 15:1 (homem:mulher), a menor incidência em mulheres parece 
estar relacionada a fatoreshormonais - estradiol. 
Indivíduos com atividade econômica ligada a agricultura são mais 
susceptíveis ao contato com fungo, entretanto tem sido relatado casos de 
pacientes que viveram toda a vida em região urbana. 
Resposta Imune 
O controle da infecção depende da resposta imune celular (Th1) – 
Síntese de citocinas que ativam macrófagos e linfócitos T (CD4+ e CD8+) - 
granulomas compactos 
Formas mais graves predominam resposta imune Th2 – Ativação de linfócitos B 
e aumento de IgE 
Persistência de leveduras nos granulomas (quiescência) – Recidivas após 
vários anos 
 
 
 
Diagnóstico 
Escarro, exsudatos, biopsia 
exame microscópico direto = identificação microscópica das leveduras em 
forma de “timão de navio”; - Exame indireto: cultura do fungo – forma 
filamentosa a 25°C por até 4 semanas; - Sorologias – títulos de anticorpos 
correlacionam-se com a gravidade 
Histoplasmose 
Agente etiológico - Histoplasma capsulatum 
Fungo dimórfico - esporos do tipo macroconídeos tuberculados e microconídios 
(responsáveis pela infecção) 
Transmissão: encontrado em solo, fezes de morcegos, de galinhas (em 
cavernas, minas, escavações, ocos de árvores, galinheiros, construções 
abandonadas, forros de casas) 
- Assintomático ou sintomas de infecção viral (flu like) – sintomas 
semelhantes a uma doença viral. 
- Como sequelas, podem ficar calcificações residuais nodulares (como na 
tuberculose). 
- Parasita quase exclusivo do citoplasma das células do 
sistema reticulo endotelial. Podendo ser observada no 
interior das células fagocíticas formas de levedura, 
pequenas, redondas ou ovais. 
Prevenção: Evitar estas áreas e uso de máscara 
MAD-2 20.05.2020 Aula-33 
 
 
 
 
Formas Clínicas da Histoplasmose 
Histoplasmose pulmonar crônica em tabagistas, acima de 50 anos, portanto de 
DPO, a doença pode progresir lentamente para a forma fibrocavitária crônica. 
Infecção disseminada – meningoencefalite em 20% dos casos. 
 
Fatores de Virulência 
Dimorfismo térmico: Termotolerância: Reprodução entre 35 a 37°C 
© Proteínas de choque térmico 
© Expresso na fase leveduriforme 
Adesina: Reconhecimento pelos macrófagos 
Evasão do sistema Imune 
© Fungo intracelular alfa 1,3 glucana - proteção contra enzimas 
digestivas (fagossomo) 
© Produção de melanina 
o Proteção contra radicais livres e peptídeos antimicrobianos 
o Proteção contra drogas antifúngicas 
Sideróforos 
© Aquisição de ferro 
Histoplasmose Disseminada 
Observa-se essa forma na primeira infância, em algumas zonas 
endêmicas e em imunocompromeidos. 
Febre elevada, perda ponderal, astenia, diarreia, vômitos, 
hepatoesplenomegalia, adenomegalias generalizadas e lesões 
cutâneas, com meningoencefalite em 20% dos casos. 
O envolvimento pulmonar não é frequente. 
Diagnóstico 
© Forma Pulmonar Crônica – pesquisa e cultura de secreção pulmonar 
(escarro ou LBA) ou fragmento de biópsia 
© Disseminada – líquor, sangue, medula óssea 
© Histologia – granuloma – difícil diferenciar de TBc 
Queda ou diminuição de todas as células como 
plaquetas, linfócitos, macrófagos e outros. 
MAD-2 20.05.2020 Aula-33 
Teste cutâneo com histoplasmina: teste positivo não distingueinfecção passada da atual e resultado negativo não afasta 
doença ativa. 
© Útil para estudo epidemiológico 
© Elisa – detectam antígeno polissacarídico do fungo 
© PCR – RNA do fungo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coccidioidomicose 
Agente etiológico – Coccidioides immitis 
Fungo dimórfico que existe no solo em forma de hifas com artrósporos 
Endêmico do sudeste dos U.S.A. e América Latina – Febre do Vale e 
Reumatismo do deserto 
Transmissão - Inalação dos artrospóros – formação de esférulas com 
endósporos – lesão local ou sistêmica - granuloma nos pulmões, ossos, SNC 
Deficiência na imunidade celular (hipersensibilidade tardia) 
relacionada com disseminação 
Clínica – 60 % assintomáticos; 40% similar à Influenza (tosse e febre); 
10 % apresentam infiltrado e adenopatia pulmonar; eritema nodoso ou 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fungo saprófito do SOLO área desértica ou semidesértica 
Infecção é pela inalação de artroconídios, transportada pelas vias áreas 
Pulmões: esférulas 20 a 100um de diâmetro, parede grossa contendo numerosos 
endósporos globosos ou irregulares de 2 a 5 um de diâmetro. 
Ruptura das esférulas libera os endósporos que desenvolvem novas esférulas. 
PNEUMONIA AGUDA, erupções cutâneas (às vezes), como eritema multiforme 
nodoso. 
Diagnóstico: Teste cutâneo com extratos fúngicos (coccidioidina e 
esferulina) causa hipersensibilidade tardia 
Presença de esférulas no material clínico ou em cortes de tecidos e o 
cultivo do fungo - cultura. 
Testes sorológicos – IgM e IgG após 2 a 4 semanas, seguido de diminuição 
Clínico 
Prevenção: Evitar estas áreas endêmicas 
Tratamento: 
© Infecções brandas – não é realizado tratamento 
© Lesões pulmonares persistentes ou sistêmicas – Anfotericina B 
itraconazol, cetoconazol 
© Meningite - fluconazol 
MAD-2 20.05.2020 Aula-33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso Clínico 
https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/pdf/10.1055/s-0036-1594303.pdf 
1. Qual o agente patogênico do caso relatado? Descreva sua morfologia. 
R: Paracoccidioides brasilliensis, fundo que exibe dimorfismo térmico e 
que na forma de micélio, à temperara ambiente e leveduriforme a partir 
de 37 graus. 
2. Como ocorre sua transmissão? 
R: A paracoccidioidomicose pode resultar tanto da inalação de 
estruturas do fungo, no caso, conídios que é a forma vegetativa. 
3. Com é classificada essa doença? 
R: doença infecciosa denominada micose sistêmica 
4. Qual o local afetado no caso do paciente? Como o patógeno atingiu esse 
local? 
R: chega nas vias aéreas, nos alvéolos pulmonares, podendo atingir o SNC 
pela disseminação via linfa-hematogênica 
5. O que são células gigantes multinucleadas? 
R: aumento e agregado de macrófagos, neutrófilos e linfócitos. 
6. Como se dá a resposta imune contra esse patógeno? 
R:

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