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ACESSO VENOSO PERIFÉRICO O acesso venoso periférico é um procedimento que permite uma via de acesso ao sistema venoso periférico do paciente através da utilização de dispositivos intravenosos. Essa técnica é indicada para administrar medicamentos, soluções e fluidos quando há necessidade de acesso rápido ao sistema circulatório, ação imediata ou impossibilidade de administração de medicamentos por outras vias, como por exemplo a via oral. Tem como contraindicações: Discrasias sanguíneas graves, anticoagulação terapêutica, endarterectomia de carótida ipsilateral, tumores cervicais ou aqueles com extensão intravascular para o átrio direito Os acessos são alcançados por meio dos dispositivos endovenosos que são materiais cilíndricos, canulados e perfurantes. Possuem uma extremidade destinada à perfuração e à penetração das estruturas corporais e outra para promover conexões com seringas ou equipos, chamada de plugue adaptador. - Existem 2 tipos de dispositivos endovenosos 1. AGULHADO: Scalp ou Butterfly Seu calibre varia de 19 a 27 G. É indicado para infusão de pequenos volumes e por um período curto e sua desvantagem é uma grande possibilidade de transfixação do vaso durante sua estadia. 2. NÃO-AGULHADO/ CATETER FLEXÍVEL: Abocath, Jelco, Intima ou Introcan Seu calibre varia de 14 a 24 G. Possui como vantagem retirar o mandril metálico, permanecendo no vaso apenas o dispositivo flexível. Além de possibilitar a permanência por um longo período, em infusão contínua de grandes volumes e de forma mais rápida · LOCAIS DE PUNÇÃO Para melhor escolha do local o ideal é escolher veias com maior calibre, visibilidade, acessibilidade e distanciamento de articulações, menor quantidade de válvulas e/ou risco de tromboses (vasos dos membros superiores) e sem sinais infecciosos próximos ou uso prévio recente do vaso. Os locais mais comuns dos acessos venosos são: - Veias medianas (cubital ou do antebraço) - Basílica - Cefálica - Dorso da mão - Punção da veia jugular externa (deve ser utilizada como último local de escolha e sempre por profissionais experientes) · MATERIAIS NECESSÁRIOS: - Garrote / Torniquete - Dispositivos endovenosos (Cateter agulhados ou flexíveis) - Seringas - Conectores - Esparadrapos - Algodão/ Gaze - Luva de procedimento - Caixa para descarte para perfuro cortantes · TÉCNICA: 1. Lavagem de mãos 2. Garanta iluminação adequada 3. Calçar luvas para realizar procedimento 4. Aplique o garrote 15 a 20 cm proximal ao local escolhido para punção para fazer as veias se distenderem 5. Escolha o melhor ponto de punção (visualização e palpação) e o calibre do cateter adequado ao da veia 6. Aplicar álcool sobre o local 7. Insira o cateter em um ângulo de 30º, com o bisel direcionado para cima e no sentido do fluxo venoso 8. Quando houver refluxo de sangue visível (penetração do vaso), diminua o ângulo para 15º 9. Insira a parte flexível do cateter, mantendo o mandril na mesma posição até que o dispositivo esteja totalmente no interior do vaso. 10. Solte o garrote 11. Aplique uma pressão sobre a pele proximal à inserção do cateter para possibilitar a retirada do mandril sem haver sangramento 12. Retire o mandril e conecte o polifix, a “torneirinha” ou o conector. 13. Verifique novamente o refluxo de sangue à aspiração, confirmando seu adequado posicionamento no interior do vaso. 14. Proceda ao curativo do cateter e identifique-o 15. Descarte o material na caixa de perfurocortantes. · COMPLICAÇÕES As complicações mais apresentadas sobre o acesso venoso periférico é a transfixação do vaso ou extravasamento de soluções, formando hematomas. Existe também o risco dos profissionais sofrerem acidentes e se contaminar com os perfurocortantes.
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