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REFERENCIAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTOS

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REFERENCIAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTOS
● O processo de referenciação diz respeito à atividade de construção de referentes (ou
objetos do discurso) depreendidos por meio de expressões linguísticas específicas
para tal fim, chamadas de expressões referenciais.
⇒ O referente é um objeto, uma entidade, uma representação construída a partir do texto e
percebida, na maioria das vezes, a partir do uso de expressões referenciais.
● Referentes individualizados e referência não individualizada
↳ conjunto mais específico ↳ conjunto mais geral
⇒ O que garante o caráter mais ou menos individualizado de um referente não é o uso de
uma expressão no plural, mas sim, o sentido depreendido do contexto e, principalmente, a
relação que mantém ou não com outros referentes desse contexto particular.
⇒ Os objetos referidos em um texto podem ser de natureza diversa: mais ou menos
individualizados, mais ou menos salientes, mais ou menos concretos e até abstratos.
⇒ Para haver um referente não é necessário que haja um conjunto de expressões referenciais
que a ele remetem: uma única expressão já é suficiente para que o referente se configure.
⇒ As expressões referenciais são, geralmente, sintagmas nominais.
Características da referenciação
⇒ A estratégia de construção de referências no texto, realizado por meio de expressões
referenciais, é um processo, uma ação.
⇒ Para um fato, há sempre várias interpretações. Para a referenciação, essa ideia é muito
preciosa. Na verdade, o processo de construção dos referentes implica que, no fundo, o papel
da linguagem não é o de expressar fielmente uma realidade pronta, acabada, mas o de
construir, por meio da linguagem, uma versão, uma elaboração dos eventos.
⇒ Os eventos, as experiências vividas no mundo não são estáveis, não são estáticas.
⇒ A recategorização referencial é um fenômeno muito estudado em referenciação; diz
respeito à possibilidade de um referente passar por mudanças ao longo de um texto.
⇒ A função da linguagem não é, como se costuma pensar, representar objetivamente uma
realidade. Trata-se, na verdade, de propor interpretações para as experiências vividas e
percebidas.
⇒ A realidade é submetida a reelaboração por parte dos sujeitos que se envolvem na
interação.
⇒ A questão da (re)elaboração da realidade seria achar que, quando utilizamos a língua,
somos completamente livres para fazermos as construções que quisermos, de acordo com os
nossos desejos pessoais, mas não é assim, as coisas são mais complexas.
⇒ Negociação entre participantes. Em vez de um processo subjetivo, trata-se de um processo
negociado, cooperativo, intersubjetivo.

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