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Fraturas ósseas

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Fraturas óssea
 
As fraturas ósseas são resultadas de 
sobrecargas no osso, que podem ser únicas 
ou múltiplas, com uma magnitude que excede 
o limite suportado. Ocorrem em uma fração 
de milissegundo e se originam através de um 
processo de ruptura, danos visíveis nas partes 
moles com características de implosão. As 
fraturas geralmente resultam de traumas de 
alta energia, mas podem ser relacionadas a 
traumas de baixa energia quando houver 
doença subjacente, como osteoporose ou 
câncer ósseo. As fraturas ósseas podem ser 
classificadas de acordo com vários critérios. 
Uma classificação não exclui a outra e muitas 
vezes elas se complementam. 
Fisiopatologia das fraturas 
Geralmente as fraturas surgem através de 
traumas de alta energia. O osso, em condições 
normais, possui a habilidade de suportar cargas 
e absorver essa energia. Caso haja um grande 
nível de energia associado ao trauma, o osso 
não consegue suportar e acaba sofrendo uma 
fratura. Fraturas relacionadas a traumas de 
baixa energia devem acender um alerta sobre 
a possibilidade de fraturas patológicas, ou seja, 
associadas a doenças ósseas, entre outras que 
culminam com a fragilidade óssea, como por 
exemplo a osteoporose ou lesões tumorais. 
Classificação por causa 
Traumáticas: Ocorrem em ossos onde não há 
doença prévia, quando é aplicada uma força 
superior ao seu coeficiente de resistência e 
elasticidade. Ocorrem na maioria das vezes nos 
ossos longos do membro inferior e, em 
pacientes com idade inferior a 40 anos, devido 
a acidentes de alta energia, provenientes de 
acidentes com veículos automotores. 
Patológicas: É um tipo de fratura que ocorre 
em um osso que foi previamente 
enfraquecido por um processo patológico. As 
causas podem ser gerais 
como osteoporose senil, hiperparatireoidismo, 
osteogênese imperfeita ou local, como cistos, 
tumores e infecções. 
Estresse ou fadiga: Essa fratura se instala 
vagarosamente devido à confluência de 
microfraturas que surgem em decorrência de 
pequenos traumatismos ou esforços aplicados 
ciclicamente no osso. 
Classificação por lesão 
Simples ou fechada: Tipo de fratura onde o 
osso não atravessa a pele. 
Exposta ou aberta: Nessa fratura o osso 
fraturado se projeta através da pele. 
Completa: Esse tipo de fratura ocorre de 
forma completa, quando acontece o corte e 
separação das partes fraturadas. As principais 
formas de fraturas ósseas completas são: 
fratura transversal, fratura oblíqua e fratura em 
espiral. 
Incompleta: Nesse tipo de fratura o osso não 
é fraturado em duas partes, mais comum em 
crianças. Também é conhecida como fratura 
em fissura. 
Classificação por exteriorização 
Fratura em Greenstick (galho verde): Fratura 
típica que ocorre na criança, onde há extrema 
elasticidade do osso. Um dos córtices quebra e 
o outro fica “amassado”. 
Fratura cominutiva: Nesse tipo de fratura, o 
osso é estilhaçado ou esmagado no local do 
impacto, resultando em dois ou mais 
fragmentos. Existem três tipos de fraturas 
ósseas cominutivas: Segmentar, borboleta, 
estilhaçada. 
Fratura impactada: Tipo de fratura provocada 
por uma força axial, ou seja, faz com que haja 
penetração de um fragmento ósseo no outro. 
Fratura de colles: É comum em pessoas que 
já tem um certo grau de enfraquecimento 
ósseo pela osteoporose. É causada quando em 
uma queda, o indivíduo apara com a mão 
espalmada, provocando uma fratura da 
metáfise distal do rádio com desvio dorsal. 
 
Cicatrização das fraturas 
A cicatrização óssea geralmente é dividida em 
três estágios levemente sobrepostos: 
inflamatório, reparativo e de remodelação. A 
fase inflamatória inicial é dominada por eventos 
vasculares. Após uma fratura, forma-se um 
hematoma que fornece os blocos de 
construção para a cura. Posteriormente, 
ocorre a reabsorção de 1 a 2 mm de osso nas 
bordas da fratura que perderam seu 
suprimento sanguíneo. 
Na fase reparadora, novos vasos sanguíneos 
se desenvolvem de fora do osso, que 
fornecem nutrientes para a cartilagem, que 
começa a se formar no local da fratura. A 
imobilização quase completa é desejável 
durante a fase inflamatória e a fase reparadora 
inicial para permitir o crescimento desses 
novos vasos. 
Na fase de remodelação, o calo endocondral 
torna-se completamente ossificado e o osso 
sofre remodelação estrutural. O processo de 
remodelação ocorre rapidamente em crianças 
pequenas, que remodelam todo o seu 
esqueleto todos os anos. No final da infância, a 
taxa de remodelação esquelética é de 
aproximadamente 10 por cento ao ano e 
continua próximo a esse nível ao longo da 
vida. 
 
Sinais e sintomas das fraturas 
O quadro clínico é composto por dor intensa 
e imediata que piora com a movimentação, 
além de incapacidade funcional e deformidade 
óssea, dependendo do alinhamento. 
As complicações imediatas incluem 
hemorragias, choque, lesão nervosa e 
contaminação. As principais complicações 
tardias incluem osteomielite, lesão nervosa, 
embolia gordurosa (24 – 72 h após), gangrena 
gasosa (72 h após), consolidação defeituosa, 
necrose asséptica e pseudoartrose. 
Diagnóstico das fraturas 
A história e o mecanismo de lesão guiam o 
exame físico dos pacientes com possível 
fratura. Uma avaliação geral da região 
envolvida deve sempre ser realizada, incluindo 
avaliação da função neurovascular e 
investigação de sinais de lesão de tecidos 
moles e rupturas na pele da área da lesão, o 
que sugere a presença de fratura exposta. 
Palpe toda a área ao redor do local da fratura, 
incluindo todo o osso em questão, ossos 
adjacentes e pelo menos uma articulação 
acima e abaixo do local da lesão. 
Alguns princípios básicos são úteis na 
obtenção de radiografias de uma fratura 
potencial como visualizações múltiplas e 
ortogonais, bem como uma boa qualidade de 
imagem em relação a ângulo, técnica e 
exposição, englobando todo o osso ou 
articulação em questão. Duas vistas ortogonais 
são o mínimo absoluto necessário para uma 
avaliação adequada. Geralmente, realiza-se as 
incidências AP (Anteroposterior) e em perfil 
nas lesões ortopédicas em geral. 
Tratamento das fraturas 
O tratamento definitivo envolve o alívio da dor, 
a redução da fratura (recolocação do osso em 
sua posição habitual, podendo ser realizado de 
forma cirúrgica ou fechada), a imobilização e 
restauração da função do paciente com 
fisioterapia. 
A analgesia adequada é um aspecto 
importante do tratamento de fraturas agudas. 
A imobilização da fratura, aplicação de gelo, a 
elevação do membro afetado e os 
medicamentos analgésicos geralmente 
reduzem a dor. Para fraturas menores, 
paracetamol ou um anti-inflamatório não 
esteroidal (AINE) costuma ser suficiente para a 
analgesia adequada. Os opioides podem ser 
necessários, mas devem ser usados pelo 
menor tempo possível e em combinação com 
outros medicamentos, sempre que possível. 
A imobilização da fratura é benéfica na grande 
maioria dos casos. Impede o deslocamento da 
fratura ou a perda de redução, protege a área 
de mais lesões e reduz a dor. Existem diversos 
tipos de imobilização que podem ser utilizados 
no tratamento das fraturas. Uma das principais 
modalidades de imobilização envolve a 
utilização do aparelho gessado, em torno de 
todo o membro onde houve a fratura ou com 
uma tala gessada, apenas em uma face do 
local onde houve a fratura. 
Os procedimentos cirúrgicos envolvem a 
utilização de fixadores externos, como os 
fixadores circulares Ilizarov, e fixadores internos 
pautada pelo uso de placas e parafusos que 
realizam a fixação óssea.

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