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INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS

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Clínica 2 
INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS 
ORIGENS PRINCIPAIS 
❖ Periapical: 
➢ Em consequência de necrose pulpar e invasão bacteriana subsequente do tecido 
periapical (tipo mais comum). 
❖ Periodontal: 
➢ Resultando de uma bolsa periodontal profunda, que possibilita a inoculação de 
bactérias nos tecidos subjacentes. 
VIAS DE PROPAGAÇÃO 
❖ Continuidade: 
➢ Cárie – polpa – periápice – espaços faciais. 
❖ Sanguínea: 
➢ Venosa – trombose do seio cavernoso (via veia oftálmica inferior). 
➢ Arterial – bacteremia – endocardite. 
Característica Edema (inoculação) Celulite Abcesso 
Duração 0 a 3 dias 1 a 5 dias 4 a 10 dias 
Dor, bordas Média, difusa Difusa Localizada 
Tamanho Variável Grande Pequena 
Cor Normal Vermelho Centro brilhante 
Consistência Gelatinosa Pastosa e endurecida Flutuante / centro amolecido 
Progressão Crescente Crescente Decrescente 
Presença de pus e gravidade 
(grau) 
Não; Baixa Não; Alta Sim; Muito baixa 
Bactérias Aeróbicas Mista/mais aeróbicas Anaeróbicas 
 
❖ Após a inoculação inicial dos tecidos mais profundos, os microrganismos mais invasivos e de maior virulência (Streptococcus 
spp. aeróbicos) dão inicio ao processo infeccioso do tipo celulite. 
❖ Posteriormente, as bactérias anaeróbicas crescem e tornam-se mais proeminentes. A medida que a infecção atinge uma 
fase mais crônica, instala-se o estagio de abcesso, as bactérias anaeróbicas irão predominar e, eventualmente, vão tornar os 
únicos microrganismos causadores de processo infeccioso. 
❖ O que define o direcionamento da propagação da infecção? 
 
Espessura do osso que é 
superposta ao ápice do dente 
(vestibular, lingual ou apical)
A relação do local da 
perfuração no osso com as 
inserções musculares na 
maxila e na mandibula 
(vestíbulo bucal ou espaços 
faciais)
OBS.: A infecção odontogênica 
mais comum é o abcesso 
vestibular, onde pode gerar uma 
fistula crônica que drena para a 
cavidade oral. 
 
 
ESPAÇOS FACIAIS 
❖ Características 
➢ Limitados por fáscias musculares. 
➢ Virtuais. 
➢ Preenchidos por gordura e tecido conjuntivo frouxo. 
➢ Pouco vascularizado. 
➢ Fácil propagação. 
➢ Tratamento mais complexo. 
❖ Classificação 
➢ Primários 
▪ Maxila 
• Bucal. 
• Canino. 
• Infratemporal. 
▪ Mandíbula 
• Bucal. 
• Submentual. 
• Submandibular. 
• Sublingual. 
Os espações submentual, 
submandibular e sublingual são 
conhecidos como espações peri-
mandibulares. Relação com a 
angina de Ludwig. 
➢ Secundários 
▪ Mastigador 
• Temporal superficial. 
• Temporal profundo. 
• Submassetérico. 
• Pterigomandibular. 
❖ Infecções dos espaços faciais profundos associados a qualquer dente, os espaços mais afetados são: 
➢ Vestibular. 
➢ Bucal. 
➢ Subcutâneo. 
➢ Infecções nos dentes superiores e inferiores quase sempre começam com um abscesso do espaço vestibular, com base 
na propagação pelo caminho de menor resistência. 
➢ Secundariamente, tais infecções vestibulares costumam se espalhar para o espaço canino/infraorbital na maxila e o 
espaço do corpo da mandíbula. 
1- Abscesso vestibular. 
2- Espaço bucal (pode estar comumente envolvido em infecções oriundas dos dentes superiores e inferiores, é 
contíguo ao espaço subcutâneo, portanto, costumam drenar mais através da pele). 
3- Abscesso palatino. 
4- Espaço sublingual. 
5- Espaço submandibular. 
6- Seio maxilar. 
 
❖ Infecções dos espaços faciais mais profundos associados aos dentes superiores. 
➢ Infraorbitário: 
▪ Relacionado ao canino superior. 
▪ Esmaecimento do sulco nasolabial. 
▪ Drenagem espontânea para o canto medial ou lateral do olho, pois essas áreas se situam medial e lateralmente a 
conexão do musculo levantador do lábio superior, na borda orbital inferior, e representam as vias de menor 
resistência nessa região. 
▪ Espaço canino/infraorbitário 
• Localizado entre o músculo elevador do ângulo da boca e do lábio superior. 
• Causa aumento de volume na região anterior da face, apagando o sulco nasolabial. 
➢ Bucal 
▪ Relacionado aos dentes posteriores. 
▪ Aumento de volume abaixo do arco zigomático e acima do bordo inferior da mandíbula. 
▪ Limitado superficialmente pela pele sobrejacente e pelos tecidos subcutâneos e profundamente pelo musculo 
bucinador. 
▪ Os molares superiores são os mais associados a infecções do espaço bucal. 
➢ Infratemporal 
▪ Relacionado ao 3° molar. 
▪ Raramente infectado, e geralmente a causa é o 3° molar superior. 
▪ Infecção entre o músculo pterigoideo lateral do processo pterigoideo e superiormente pela base do crânio. 
➢ Seios maxilares e outros seios paranasais: 
▪ A infecção pode perfurar o assoalho do seio maxilar, gerando sinusites; 
▪ Pode causar infecções orbitarias e periorbitárias secundarias, apresentando tipicamente eritema, edema das 
pálpebras, envolvimento de componentes vasculares e neurais da orbita. 
➢ Trombose do seio cavernoso: 
▪ Relacionado com a perfuração da veia infraorbitária (espaço infraorbitário) ou veia oftálmica inferior (através dos 
seios). 
 
❖ Abcessos iniciais na maxila 
Dente Cortical Músculo Relação Local 
Incisivo central Vestibular Orbicular da boca Abaixo Vestíbulo 
Incisivo lateral 
Vestibular Orbicular da boca Abaixo Vestíbulo 
Palatina - - Palato 
Canino Vestibular Elevador do ângulo 
da boca 
Abaixo Vestíbulo 
Acima Espaço canino 
Pré-molares Vestibular Bucinador Abaixo Vestíbulo 
Molares Vestibular Bucinador Abaixo Vestíbulo 
Acima Espaço bucal 
Palatina - - Palato 
❖ Infecções dos espaços faciais profundos associados aos dentes inferiores 
➢ Espaço do corpo da mandíbula. 
▪ A infecção perfura a cortical vestibular, mas não perfura o periósteo. 
▪ Se a infecção perfurar a mandíbula superiormente a linha milo-hioidea, a infecção entrará no espaço sublingual. 
▪ Se a infecção perfurar o córtex lingual inferior a inserção do músculo milo-hióideo a mandíbula, entrará no espalho 
submandibular. 
▪ Clinicamente, resulta em um aumento de volume que assume a mesma forma da mandíbula. 
➢ Submandibular 
▪ Envolvido com a perfuração lingual da infecção a partir de molares inferiores. 
▪ A infecção penetra abaixo da linha milo-hióidea. 
▪ Aumento de volume similar a um triangulo invertido (formado pela margem inferior da mandíbula e pelas 
cavidades anterior e posterior dos músculos digástricos). 
▪ Quase sempre se manifesta com o achado clinico de edema extraoral visível. 
➢ Sublingual 
▪ Envolvido com a perfuração lingual da infecção a partir de molares inferiores. 
▪ A infecção penetra acima da linha milo-hioidea. 
▪ Clinicamente, há pouco ou nenhum aumento extraoral (pois a infecção é limitada a uma região superior ao 
músculo milo-hioideo), porém, há um grande aumento intraoral do assoalho bucal, com dificuldade de fala e 
deglutição. 
➢ Submentoniano 
▪ Relacionado com infecção de incisivos inferiores. 
▪ Mais comum ocorrer da disseminação de uma infecção do espaço submandibular. Isso se deve ao fato que a única 
barreira anterior do espaço submandibular ser o ventre anterior do músculo digástrico, que não é uma barreira 
verdadeira entre os espaços submandibular e submentoniano. 
▪ O envolvimento dos espaços sublinguais, submandibulares e submentonianos e conhecido como angina de Ludwig. 
➢ Submassetérico 
▪ Delimita-se pelo músculo masseter e pelo ramo ascendente da mandíbula. 
▪ Envolvido geralmente pela disseminação do espaço bucal ou dos tecidos moles adjacentes ao 3° molar 
(pericoronarite), e fratura de ângulo de mandíbula. 
▪ Clinicamente, ocorre aumento de volume extraoral, musculo masseter também fica edemaciado, trismo. 
 
➢ Pterigomandibular 
▪ Relacionado com infecção no 3° molar. 
▪ Clinicamente, ocorre pouco ou nenhum aumento de volume facial, contudo, quase 
sempre apresenta trismo. Há edema e eritema no pilar tonsilar. 
▪ Na TC, a coleção purulenta está entre o músculo pterigoide medial e a mandíbula. 
▪ Via aérea pode ser comprometidae desviada pelo edema. 
➢ Temporal superficial. 
➢ Temporal profundo. 
 
Geralmente acomete ambos; Clinicamente, ocorre aumento de volume na região 
temporal, superior ao arco zigomático e posterior a margem orbitaria lateral. 
Espaço mastigador: 
submassetérico, 
pterigomandibular, 
temporal superficial 
e profundo. 
❖ Espaços faciais profundos do pescoço: 
➢ Faríngeo lateral: 
▪ A infecção geralmente advém dos espaços pterigomandibular, submandibular ou sublingual. 
▪ Achados clínicos incuelm trismo, aumento de volume lateral do pescoço, dificuldade de deglutição e febre alta. 
▪ Complicações: trombose da veia jugular interna, erosão da artéria carótida interna ou de seus ramos, interferência 
nos nervos cranianos IX, X e XII. 
➢ Retrofaríngeo: 
▪ Este espaço inicia-se na base do crânio indo até a região entre C6 e T4. Localizado atras da parede posterior da 
faringe 
▪ A infecção nessa região pode prejudicar as vias aéreas. 
➢ Espaço potencial: 
▪ Este espaço inicia-se na base do crânio indo até o diafragma. 
▪ Infecção neste espaço pode alterar frequência respiratória. 
➢ Pré-vertebral 
▪ Raramente é envolvido com infecção odontogênica, pois a fáscia vertebral une-se ao periósteo dos corpos 
vertebrais. 
▪ As infecções do espaço pré-vertebral são, em geral, causadas por osteomielites nas vertebras. 
ESPAÇOS MANDIBULARES 
❖ Espaço bucal 
➢ Extensão de uma infecção dos dentes inferiores. 
➢ Aumenta o volume da bochecha. 
❖ Espaço sublingual 
➢ Comumente causada por infecções de molares inferiores, quando a raiz fica acima da linha milo-hióidea. 
➢ O espaço fica entre o assoalho da boca e o músculo milo-hióideo. 
❖ Espaço submandibular 
➢ Abaixo do músculo milo-hióideo. 
➢ Mais comum em 3° molar inferior. 
➢ Raiz do dente abaixo da linha milo-hióidea. 
❖ Espaço submentual 
➢ Ao lado do espaço submandibular (ambos os lados). 
➢ O espaço fica entre a borda inferior da mandíbula e o osso hióide. 
Espaço Causas prováveis Espaços vizinhos Abordagem para incisão e 
drenagem 
Bucal Pré-molares superiores, 
molares superiores e pré-
molares inferiores. 
Infraorbital, 
pterigomandibular e 
infratemporal. 
Intraoral (pequena); 
Extraoral (extensa). 
Temporal profundo e 
infratemporal 
Molares superiores. Bucal, temporal superficial e 
seio petroso inferior. 
Intraoral e extraoral. 
Sublingual Pré-molares e molares 
inferiores; trauma direto. 
Submandibular, faríngeo 
lateral e visceral. 
Intraoral e extraoral. 
Submandibular Molares inferiores. Sublingual, submentoniano, 
faríngeo lateral e bucal. 
Extraoral. 
Submentual Anteriores inferiores e 
fraturas de sínfise. 
Submandibular. Extraoral. 
 
INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS COMPLEXAS 
❖ Infecção de espaços faciais 
Esse escore é dado asseado nos espaços envolvidos pela celulite ou abcesso, avaliando-se os exames clínicos e 
radiográficos. 
Escore de severidade Espaço anatômico 
OBS.: Quando há 
envolvimento 
bilateral dos espaços 
submandibular, 
sublingual e 
submentual na forma 
de celulite de 
evolução rápida, 
caracteriza-se a 
Angina de Ludwig. 
Severidade 1: baixo risco para as vias aéreas ou estruturas 
vitais 
Vestibular, subperiosteal, espaço do corpo da mandíbula, 
infra-orbital e bucal. 
Severidade 2: risco moderado ara as vias aéreas ou 
estruturas vitais 
Submandibular, sublingual, submentual, pterigomandibular, 
submassetérico, temporal superficial, temporal profunfo 
(infratemporal). 
Severidade 3: alto risco para as vias aéreas ou estruturas 
vitais 
Faríngeo lateral, retrofaríngeo, pré-traqueal. 
Severidade 4: extremo risco para as vias aéreas ou 
estruturas vitais 
Espaço perigoso, mediastino, infecção intracraniana. 
 
❖ Seio maxilar 
❖ Trombose do seio cavernoso 
❖ Celulite periorbital 
FORMAS DE TRATAMENTO 
❖ 1. Determinar a severidade da infecção 
➢ Nos primeiros minutos: 
▪ Anamnese cuidadosa. 
▪ Exame físico curto e abrangente. 
▪ Determinar a localização anatômica. 
▪ Determinar a taxa de progressão da infecção. 
• Exames clínico e físico. 
• Avaliar sinais e sintomas: edema, dor, trismo e comprometimento das vias 
aéreas. 
▪ Determinar o potencial de comprometimento das vias aéreas. 
• Causa mais comum dos óbitos relatados por infecções odontogênicas é a 
obstrução das vias aéreas. 
• Tentativas de intubação endotraqueal devem ser feitas, com abordagem cirúrgica direta. 
• Cricotiroidotomia: manobra de emergência. Entre 24 e 72 horas deve ser convertida em traqueostomia. 
• Traqueostomia: é um procedimento cirúrgico frequentemente realizado em pacientes necessitando de 
ventilação mecânica prolongada. A incisão é feita entre o 2° e 3° anel traqueal. O objetivo pe não prejudicar as 
cordas vocais do paciente ao passar o tubo de ar. 
 Indicações: 
➢ Necessidade de transpor uma obstrução na via aérea. 
➢ Trauma cervical. 
➢ Enfisema subcutâneo que pode levar a edema maciço. 
➢ Fraturas faciais. 
➢ Edema na via aérea (trauma, queimaduras, infecção, anafilaxia e angioedema). 
➢ Necessidade de fornecer uma rota de longo prazo para a ventilação mecânica. 
➢ Limpeza pulmonar (tosse inadequada, administração de secreção e aspiração). 
➢ Procedimento extensivo na cabeça e pescoço. 
➢ Apnéia do sono grave. 
 Contraindicações: 
➢ Não existem contraindicações absolutas a traqueostomia, no entanto, em alguns casos, como por 
exemplo: 
➢ Artéria inominada elevada. 
➢ Bócio. 
➢ Massa tireoide. 
 Podem alterar a técnica-padrão a ser utilizada. 
❖ 2. Avaliação das defesas do hospedeiro 
➢ Comprometimento do sistema imune 
▪ Fatores associados: 
• Diabetes (mal controlada está altamente associada ao comprometimento da cura, pois a hiperglicemia reduz a 
quimiotaxia dos leucócitos e a fagocitose e prejudica a capacidade de resistir a infecções e combate-las). 
Fatores predisponentes 
quanto ao 
comprometimento 
medico, atraso no 
processo cicatricial e ao 
desenvolvimento de 
mediastinite; Aumento 
da mortalidade. 
Alcoolismo e diabetes. 
 
 
• Terapia com esteroides (certos medicamentos deprimem o sistema imunológico e aumentam o risco de 
infecções odontogênicas e resposta ruim ao tratamento). 
• Transplante e órgãos (redução da resposta imune, devido ao uso de imunossupressores). 
• Malignidade (supressão de células do sistema imune). 
• Quimioterapia (supressão de células do sistema imune). 
• Doença renal crônica (deficiência no sistema imune). 
• Subnutrição (deficiência no sistema imune). 
• Alcoolismo (deficiência no sistema imune). 
• AIDS em estágio terminal (o vírus debela ainda mais as células do sistema imune). 
❖ 3. Decidir sobre o ambiente de tratamento 
➢ Avaliação clinica 
▪ Temperatura > 38,3°C. 
▪ Desidratação. 
▪ Ameaça as vias respiratórias. 
▪ Infecção de espaços anatômicos com severidade moderada a alta. 
▪ Necessidade de anestesia geral. 
▪ Necessidade de controle hospitalar de doenças sistêmicas. 
❖ 4. Tratar cirurgicamente 
➢ Manutenção das vias aéreas 
▪ Quando ir para a sala de operação? 
• Para estabelecer a manutenção das vias aéreas. 
• Severidades anatômicas de moderada a alta. 
• Envolvimento de múltiplos espaços faciais. 
• Infecção de progressão rápida. 
• Necessidade de anestesia geral. 
➢ Drenagem cirúrgica 
▪ Anestesia efetiva. 
▪ Conhecimento abrangente dos espaços faciais. 
▪ Incisão efetiva. 
▪ Uso de hemostatos (extensos e curvos) – nunca deve ser fechado quando inserido na ferida cirúrgica. 
▪ Importante dissecar em uma trajetória para o dreno, que inclua localizações onde existe maior probabilidade de 
pus. 
▪ Tipos de dreno: 
• Penrose: 
 Dispositivo de látex. 
 Funcionamento por capilares. 
 Permite o escoamento de secreções. 
 Indicações: monitoramento de sangramento pós-cirúrgico e 
drenagem de abcesso. 
 Dreno passivo – ação da gravidade. 
• Jackson Pratt (hemovac): 
 Dispositivo de compressão. 
 Rígido, drenagem continua. 
 Indicações: drenagem de fluidos. 
 
▪ Quanto tempo após a instalaçãoos drenos devem ser retirados? 
É necessário responder 
essas perguntas, se tudo 
isso for sim, a indicação é de 
hospitalização, se as 
respostas forem não, o 
paciente pode até ficar em 
casa. 
• Até 72 horas. 
• Normalmente o exsudato purulento para de fluir entre 24 e 72 horas depois de instalados. 
• Drenagem cessando, deve ser retirado para evitar reação de corpo estranho ou granuloma inespecífico. 
➢ Teste de cultura e sensibilidade 
▪ Quando realizar? 
• Infecções em espaços faciais de severidade moderada ou maior. 
• Infecções que não foram debeladas com terapia. 
• Infecções incomuns que gerem comprometimento medico e imune do paciente. 
▪ Indicações: 
• Baixa progressão da infecção. 
• Terapia antibiótica múltipla anterior. 
• Infecção não responsiva (após mais de 48 horas). 
• Infecção recorrente. 
• Comprometimento das defesas do hospedeiro. 
➢ Incisão e drenagem 
▪ Passo a passo 
 
 
1- Anestesia troncular. 
2- Avaliação do ponto de flutuação. 
3- Incisão. 
4- Divulsão tecidual 
5- Inserção do dreno. 
6- Dreno suturado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ 5. Dar suporte médico 
➢ Hidratação (uma das melhores formas de controle da febre). 
➢ Nutrição. 
➢ Controle da febre. 
❖ 6. Escolher e prescrever a terapia antibiótica 
➢ Baseando-se em analises clinicas, de modo empírico (sem ter feito o teste de cultura e sensibilidade) e de acordo com a 
severidade das infecções: 
 
 
 
 
 
 
Antibióticos empíricos de escolha para infecções odontogênicas 
Severidade da infecção Antibiótico de escolha 
Ambulatorial Penicilina 
Clindamicina 
Cefalexina 
NO CASO DE ALERGIA A PENICILINA: 
Clindamicina 
Moxifloxacina 
Somente o metronidazol 
Hospitalar Clindamicina 
Ampicilina + metronidazol 
Ampicilina + Sulbactam 
NO CASO DE ALERGIA A PENICILINA: 
Clindamicina 
Cefalosporina IV de 3° geração 
Moxifloxacina 
Somente o metronidazol 
Penicilinas
Infecções 
leves
Baixo custo e 
poucos efeitos 
colaterais
Clindamicina
Infecções 
sérias
Maior custo
Indicações para o uso de antibióticos: 
• Tumefação estendida além dos processos 
alveolares. 
• Celulite. 
• Trismo. 
• Linfadenopatia. 
• Febre alta. 
• Pericoronarite grave. 
• Osteomielite. 
Mecanismo de ação (MA): 
Ligam-se as proteínas 
presentes na superfície 
externa da membrana 
plasmática bacteriana, 
atuando na formação da 
parede celular, 
determinando a lise 
bacteriana. EX.: penicilina 
V, ampicilina e amoxicilina. 
Lincosamina. 
Mecanismo de ação (MA): 
inibição da síntese 
proteica bacteriana ao se 
ligar a fração 50S 
ribossomal. EX.: 
lincosamina e 
clindamicina. 
➢ Critérios para a mudança de antibiótico 
▪ Alergia, toxicidade ou intolerância. 
▪ cultura e/ou teste de sensibilidade indicando resistência. 
▪ Falha na melhora clínica, em função da remoção da causa odontogênica. 
▪ Drenagem cirúrgica adequada (imagem pós-operatória sugerida). 
▪ Outras causas para a falha do tratamento que foram excluídas. 
▪ 48 – 72 horas com a mesma terapia antibiótica. 
❖ 7. Administrar os antibióticos adequadamente 
➢ Avaliar o quadro do paciente por completo. 
❖ 8. Avaliar o paciente com frequência: 
➢ A consulta inicial de acompanhamento deve ser feita 48 horas após a drenagem, pois: 
▪ Geralmente a drenagem já cessou e o dreno pode ser descontinuado neste momento. Solicitar TC para reavaliação. 
▪ Existe uma melhora visível ou deterioração dos sinais e sintomas permitindo que as próximas decisões de 
tratamento sejam feitas. 
➢ Causas das falhas no tratamento: 
▪ Cirurgia inadequada. 
▪ Defesas do hospedeiro deprimidas. 
▪ Corpo estranho. 
▪ Problemas com antibiótico. 
▪ Falta de colaboração do paciente. 
▪ O medicamento não atinge o local. 
▪ A dosagem é muito baixa. 
▪ Diagnostico bacteriano errado. 
▪ Antibiótico errado. 
COMPLICAÇÕES DE INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS 
❖ Sinusite odontogênica 
➢ Infecções de pré-molares e molares superiores. 
➢ Dentes no seio maxilar. 
❖ Celulite periorbital 
➢ Origem: espaço canino; dacriocistite; seio maxilar. 
➢ Riscos: trombose do seio cavernoso e danos ao conteúdo da orbita. 
❖ Fasceíte necrosante: 
➢ Infecção de evolução rápida que segue o músculo platisma em direção ao 
pescoço e sobre a parede anterior do tórax. 
➢ Pode resultar em necrose de grandes massas musculares, tecido 
subcutâneo da pele. 
➢ Sinais precoces – pequenas vesículas e uma descoloração purpura sem brilho da pele envolvida. 
➢ O tratamento requer drenagens cirúrgicas repetidas, antibióticos de largo espectro EV, terapia hiperbárica e possível 
transfusão de sangue. 
❖ Osteomielite 
➢ O termo osteomielite literalmente significa inflamação do osso medular. Sob o aspecto clínico, osteomielite implica 
infecção do osso. 
❖ Actinomicose: 
➢ A Actinomicose é uma infecção relativamente incomum nos tecidos moles e duros dos maxilares. Em geral, é causada 
pelo Actinomyces israelii, mas também pode ser provocada pelo A. naeslundii ou pelo A. viscosus. A espécie 
Actinomyces constitui-se de bactérias endógenas da flora da cavidade oral que já se pensou tratar de fungos 
anaeróbicos. Entretanto, já está agora claramente estabelecido que eles constituem bactérias anaeróbicas. 
❖ Candidíase: 
➢ O microrganismo Candida Albicans é um fungo que habita, naturalmente, a cavidade oral. É raro ele gerar doença, a 
menos que a saúde geral esteja comprometida. As duas causas mais comuns de comprometimento do estado físico do 
paciente são o uso de antibióticos por períodos prolongados, especialmente as penicilinas, e o comprometimento do 
sistema imune, como a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), ou quimioterapia para leucemias ou outras 
formas de câncer. 
❖ Mediastinite 
Dacriocistite é uma infecção do saco 
nasolacrimal. Ela causa dor, 
vermelhidão e inchaço sobre o aspecto 
interno da pálpebra inferior. É 
geralmente causada por uma obstrução 
nasolacrimal. Geralmente está 
associada a espécies Staphylococcus 
aureus, Streptococcus pneumoniae, 
Pseudomonas. 
➢ É um processo inflamatório e/ou infeccioso do tecido conjuntivo do mediastino, causada principalmente por perfuração 
do esôfago, infecções pós-operatórias, infecção da glândula parótida, e pode possuir origem odontogênica nos casos de 
Angina de Ludwig. 
PROTOCOLO

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