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Clínica 2 INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS ORIGENS PRINCIPAIS ❖ Periapical: ➢ Em consequência de necrose pulpar e invasão bacteriana subsequente do tecido periapical (tipo mais comum). ❖ Periodontal: ➢ Resultando de uma bolsa periodontal profunda, que possibilita a inoculação de bactérias nos tecidos subjacentes. VIAS DE PROPAGAÇÃO ❖ Continuidade: ➢ Cárie – polpa – periápice – espaços faciais. ❖ Sanguínea: ➢ Venosa – trombose do seio cavernoso (via veia oftálmica inferior). ➢ Arterial – bacteremia – endocardite. Característica Edema (inoculação) Celulite Abcesso Duração 0 a 3 dias 1 a 5 dias 4 a 10 dias Dor, bordas Média, difusa Difusa Localizada Tamanho Variável Grande Pequena Cor Normal Vermelho Centro brilhante Consistência Gelatinosa Pastosa e endurecida Flutuante / centro amolecido Progressão Crescente Crescente Decrescente Presença de pus e gravidade (grau) Não; Baixa Não; Alta Sim; Muito baixa Bactérias Aeróbicas Mista/mais aeróbicas Anaeróbicas ❖ Após a inoculação inicial dos tecidos mais profundos, os microrganismos mais invasivos e de maior virulência (Streptococcus spp. aeróbicos) dão inicio ao processo infeccioso do tipo celulite. ❖ Posteriormente, as bactérias anaeróbicas crescem e tornam-se mais proeminentes. A medida que a infecção atinge uma fase mais crônica, instala-se o estagio de abcesso, as bactérias anaeróbicas irão predominar e, eventualmente, vão tornar os únicos microrganismos causadores de processo infeccioso. ❖ O que define o direcionamento da propagação da infecção? Espessura do osso que é superposta ao ápice do dente (vestibular, lingual ou apical) A relação do local da perfuração no osso com as inserções musculares na maxila e na mandibula (vestíbulo bucal ou espaços faciais) OBS.: A infecção odontogênica mais comum é o abcesso vestibular, onde pode gerar uma fistula crônica que drena para a cavidade oral. ESPAÇOS FACIAIS ❖ Características ➢ Limitados por fáscias musculares. ➢ Virtuais. ➢ Preenchidos por gordura e tecido conjuntivo frouxo. ➢ Pouco vascularizado. ➢ Fácil propagação. ➢ Tratamento mais complexo. ❖ Classificação ➢ Primários ▪ Maxila • Bucal. • Canino. • Infratemporal. ▪ Mandíbula • Bucal. • Submentual. • Submandibular. • Sublingual. Os espações submentual, submandibular e sublingual são conhecidos como espações peri- mandibulares. Relação com a angina de Ludwig. ➢ Secundários ▪ Mastigador • Temporal superficial. • Temporal profundo. • Submassetérico. • Pterigomandibular. ❖ Infecções dos espaços faciais profundos associados a qualquer dente, os espaços mais afetados são: ➢ Vestibular. ➢ Bucal. ➢ Subcutâneo. ➢ Infecções nos dentes superiores e inferiores quase sempre começam com um abscesso do espaço vestibular, com base na propagação pelo caminho de menor resistência. ➢ Secundariamente, tais infecções vestibulares costumam se espalhar para o espaço canino/infraorbital na maxila e o espaço do corpo da mandíbula. 1- Abscesso vestibular. 2- Espaço bucal (pode estar comumente envolvido em infecções oriundas dos dentes superiores e inferiores, é contíguo ao espaço subcutâneo, portanto, costumam drenar mais através da pele). 3- Abscesso palatino. 4- Espaço sublingual. 5- Espaço submandibular. 6- Seio maxilar. ❖ Infecções dos espaços faciais mais profundos associados aos dentes superiores. ➢ Infraorbitário: ▪ Relacionado ao canino superior. ▪ Esmaecimento do sulco nasolabial. ▪ Drenagem espontânea para o canto medial ou lateral do olho, pois essas áreas se situam medial e lateralmente a conexão do musculo levantador do lábio superior, na borda orbital inferior, e representam as vias de menor resistência nessa região. ▪ Espaço canino/infraorbitário • Localizado entre o músculo elevador do ângulo da boca e do lábio superior. • Causa aumento de volume na região anterior da face, apagando o sulco nasolabial. ➢ Bucal ▪ Relacionado aos dentes posteriores. ▪ Aumento de volume abaixo do arco zigomático e acima do bordo inferior da mandíbula. ▪ Limitado superficialmente pela pele sobrejacente e pelos tecidos subcutâneos e profundamente pelo musculo bucinador. ▪ Os molares superiores são os mais associados a infecções do espaço bucal. ➢ Infratemporal ▪ Relacionado ao 3° molar. ▪ Raramente infectado, e geralmente a causa é o 3° molar superior. ▪ Infecção entre o músculo pterigoideo lateral do processo pterigoideo e superiormente pela base do crânio. ➢ Seios maxilares e outros seios paranasais: ▪ A infecção pode perfurar o assoalho do seio maxilar, gerando sinusites; ▪ Pode causar infecções orbitarias e periorbitárias secundarias, apresentando tipicamente eritema, edema das pálpebras, envolvimento de componentes vasculares e neurais da orbita. ➢ Trombose do seio cavernoso: ▪ Relacionado com a perfuração da veia infraorbitária (espaço infraorbitário) ou veia oftálmica inferior (através dos seios). ❖ Abcessos iniciais na maxila Dente Cortical Músculo Relação Local Incisivo central Vestibular Orbicular da boca Abaixo Vestíbulo Incisivo lateral Vestibular Orbicular da boca Abaixo Vestíbulo Palatina - - Palato Canino Vestibular Elevador do ângulo da boca Abaixo Vestíbulo Acima Espaço canino Pré-molares Vestibular Bucinador Abaixo Vestíbulo Molares Vestibular Bucinador Abaixo Vestíbulo Acima Espaço bucal Palatina - - Palato ❖ Infecções dos espaços faciais profundos associados aos dentes inferiores ➢ Espaço do corpo da mandíbula. ▪ A infecção perfura a cortical vestibular, mas não perfura o periósteo. ▪ Se a infecção perfurar a mandíbula superiormente a linha milo-hioidea, a infecção entrará no espaço sublingual. ▪ Se a infecção perfurar o córtex lingual inferior a inserção do músculo milo-hióideo a mandíbula, entrará no espalho submandibular. ▪ Clinicamente, resulta em um aumento de volume que assume a mesma forma da mandíbula. ➢ Submandibular ▪ Envolvido com a perfuração lingual da infecção a partir de molares inferiores. ▪ A infecção penetra abaixo da linha milo-hióidea. ▪ Aumento de volume similar a um triangulo invertido (formado pela margem inferior da mandíbula e pelas cavidades anterior e posterior dos músculos digástricos). ▪ Quase sempre se manifesta com o achado clinico de edema extraoral visível. ➢ Sublingual ▪ Envolvido com a perfuração lingual da infecção a partir de molares inferiores. ▪ A infecção penetra acima da linha milo-hioidea. ▪ Clinicamente, há pouco ou nenhum aumento extraoral (pois a infecção é limitada a uma região superior ao músculo milo-hioideo), porém, há um grande aumento intraoral do assoalho bucal, com dificuldade de fala e deglutição. ➢ Submentoniano ▪ Relacionado com infecção de incisivos inferiores. ▪ Mais comum ocorrer da disseminação de uma infecção do espaço submandibular. Isso se deve ao fato que a única barreira anterior do espaço submandibular ser o ventre anterior do músculo digástrico, que não é uma barreira verdadeira entre os espaços submandibular e submentoniano. ▪ O envolvimento dos espaços sublinguais, submandibulares e submentonianos e conhecido como angina de Ludwig. ➢ Submassetérico ▪ Delimita-se pelo músculo masseter e pelo ramo ascendente da mandíbula. ▪ Envolvido geralmente pela disseminação do espaço bucal ou dos tecidos moles adjacentes ao 3° molar (pericoronarite), e fratura de ângulo de mandíbula. ▪ Clinicamente, ocorre aumento de volume extraoral, musculo masseter também fica edemaciado, trismo. ➢ Pterigomandibular ▪ Relacionado com infecção no 3° molar. ▪ Clinicamente, ocorre pouco ou nenhum aumento de volume facial, contudo, quase sempre apresenta trismo. Há edema e eritema no pilar tonsilar. ▪ Na TC, a coleção purulenta está entre o músculo pterigoide medial e a mandíbula. ▪ Via aérea pode ser comprometidae desviada pelo edema. ➢ Temporal superficial. ➢ Temporal profundo. Geralmente acomete ambos; Clinicamente, ocorre aumento de volume na região temporal, superior ao arco zigomático e posterior a margem orbitaria lateral. Espaço mastigador: submassetérico, pterigomandibular, temporal superficial e profundo. ❖ Espaços faciais profundos do pescoço: ➢ Faríngeo lateral: ▪ A infecção geralmente advém dos espaços pterigomandibular, submandibular ou sublingual. ▪ Achados clínicos incuelm trismo, aumento de volume lateral do pescoço, dificuldade de deglutição e febre alta. ▪ Complicações: trombose da veia jugular interna, erosão da artéria carótida interna ou de seus ramos, interferência nos nervos cranianos IX, X e XII. ➢ Retrofaríngeo: ▪ Este espaço inicia-se na base do crânio indo até a região entre C6 e T4. Localizado atras da parede posterior da faringe ▪ A infecção nessa região pode prejudicar as vias aéreas. ➢ Espaço potencial: ▪ Este espaço inicia-se na base do crânio indo até o diafragma. ▪ Infecção neste espaço pode alterar frequência respiratória. ➢ Pré-vertebral ▪ Raramente é envolvido com infecção odontogênica, pois a fáscia vertebral une-se ao periósteo dos corpos vertebrais. ▪ As infecções do espaço pré-vertebral são, em geral, causadas por osteomielites nas vertebras. ESPAÇOS MANDIBULARES ❖ Espaço bucal ➢ Extensão de uma infecção dos dentes inferiores. ➢ Aumenta o volume da bochecha. ❖ Espaço sublingual ➢ Comumente causada por infecções de molares inferiores, quando a raiz fica acima da linha milo-hióidea. ➢ O espaço fica entre o assoalho da boca e o músculo milo-hióideo. ❖ Espaço submandibular ➢ Abaixo do músculo milo-hióideo. ➢ Mais comum em 3° molar inferior. ➢ Raiz do dente abaixo da linha milo-hióidea. ❖ Espaço submentual ➢ Ao lado do espaço submandibular (ambos os lados). ➢ O espaço fica entre a borda inferior da mandíbula e o osso hióide. Espaço Causas prováveis Espaços vizinhos Abordagem para incisão e drenagem Bucal Pré-molares superiores, molares superiores e pré- molares inferiores. Infraorbital, pterigomandibular e infratemporal. Intraoral (pequena); Extraoral (extensa). Temporal profundo e infratemporal Molares superiores. Bucal, temporal superficial e seio petroso inferior. Intraoral e extraoral. Sublingual Pré-molares e molares inferiores; trauma direto. Submandibular, faríngeo lateral e visceral. Intraoral e extraoral. Submandibular Molares inferiores. Sublingual, submentoniano, faríngeo lateral e bucal. Extraoral. Submentual Anteriores inferiores e fraturas de sínfise. Submandibular. Extraoral. INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS COMPLEXAS ❖ Infecção de espaços faciais Esse escore é dado asseado nos espaços envolvidos pela celulite ou abcesso, avaliando-se os exames clínicos e radiográficos. Escore de severidade Espaço anatômico OBS.: Quando há envolvimento bilateral dos espaços submandibular, sublingual e submentual na forma de celulite de evolução rápida, caracteriza-se a Angina de Ludwig. Severidade 1: baixo risco para as vias aéreas ou estruturas vitais Vestibular, subperiosteal, espaço do corpo da mandíbula, infra-orbital e bucal. Severidade 2: risco moderado ara as vias aéreas ou estruturas vitais Submandibular, sublingual, submentual, pterigomandibular, submassetérico, temporal superficial, temporal profunfo (infratemporal). Severidade 3: alto risco para as vias aéreas ou estruturas vitais Faríngeo lateral, retrofaríngeo, pré-traqueal. Severidade 4: extremo risco para as vias aéreas ou estruturas vitais Espaço perigoso, mediastino, infecção intracraniana. ❖ Seio maxilar ❖ Trombose do seio cavernoso ❖ Celulite periorbital FORMAS DE TRATAMENTO ❖ 1. Determinar a severidade da infecção ➢ Nos primeiros minutos: ▪ Anamnese cuidadosa. ▪ Exame físico curto e abrangente. ▪ Determinar a localização anatômica. ▪ Determinar a taxa de progressão da infecção. • Exames clínico e físico. • Avaliar sinais e sintomas: edema, dor, trismo e comprometimento das vias aéreas. ▪ Determinar o potencial de comprometimento das vias aéreas. • Causa mais comum dos óbitos relatados por infecções odontogênicas é a obstrução das vias aéreas. • Tentativas de intubação endotraqueal devem ser feitas, com abordagem cirúrgica direta. • Cricotiroidotomia: manobra de emergência. Entre 24 e 72 horas deve ser convertida em traqueostomia. • Traqueostomia: é um procedimento cirúrgico frequentemente realizado em pacientes necessitando de ventilação mecânica prolongada. A incisão é feita entre o 2° e 3° anel traqueal. O objetivo pe não prejudicar as cordas vocais do paciente ao passar o tubo de ar. Indicações: ➢ Necessidade de transpor uma obstrução na via aérea. ➢ Trauma cervical. ➢ Enfisema subcutâneo que pode levar a edema maciço. ➢ Fraturas faciais. ➢ Edema na via aérea (trauma, queimaduras, infecção, anafilaxia e angioedema). ➢ Necessidade de fornecer uma rota de longo prazo para a ventilação mecânica. ➢ Limpeza pulmonar (tosse inadequada, administração de secreção e aspiração). ➢ Procedimento extensivo na cabeça e pescoço. ➢ Apnéia do sono grave. Contraindicações: ➢ Não existem contraindicações absolutas a traqueostomia, no entanto, em alguns casos, como por exemplo: ➢ Artéria inominada elevada. ➢ Bócio. ➢ Massa tireoide. Podem alterar a técnica-padrão a ser utilizada. ❖ 2. Avaliação das defesas do hospedeiro ➢ Comprometimento do sistema imune ▪ Fatores associados: • Diabetes (mal controlada está altamente associada ao comprometimento da cura, pois a hiperglicemia reduz a quimiotaxia dos leucócitos e a fagocitose e prejudica a capacidade de resistir a infecções e combate-las). Fatores predisponentes quanto ao comprometimento medico, atraso no processo cicatricial e ao desenvolvimento de mediastinite; Aumento da mortalidade. Alcoolismo e diabetes. • Terapia com esteroides (certos medicamentos deprimem o sistema imunológico e aumentam o risco de infecções odontogênicas e resposta ruim ao tratamento). • Transplante e órgãos (redução da resposta imune, devido ao uso de imunossupressores). • Malignidade (supressão de células do sistema imune). • Quimioterapia (supressão de células do sistema imune). • Doença renal crônica (deficiência no sistema imune). • Subnutrição (deficiência no sistema imune). • Alcoolismo (deficiência no sistema imune). • AIDS em estágio terminal (o vírus debela ainda mais as células do sistema imune). ❖ 3. Decidir sobre o ambiente de tratamento ➢ Avaliação clinica ▪ Temperatura > 38,3°C. ▪ Desidratação. ▪ Ameaça as vias respiratórias. ▪ Infecção de espaços anatômicos com severidade moderada a alta. ▪ Necessidade de anestesia geral. ▪ Necessidade de controle hospitalar de doenças sistêmicas. ❖ 4. Tratar cirurgicamente ➢ Manutenção das vias aéreas ▪ Quando ir para a sala de operação? • Para estabelecer a manutenção das vias aéreas. • Severidades anatômicas de moderada a alta. • Envolvimento de múltiplos espaços faciais. • Infecção de progressão rápida. • Necessidade de anestesia geral. ➢ Drenagem cirúrgica ▪ Anestesia efetiva. ▪ Conhecimento abrangente dos espaços faciais. ▪ Incisão efetiva. ▪ Uso de hemostatos (extensos e curvos) – nunca deve ser fechado quando inserido na ferida cirúrgica. ▪ Importante dissecar em uma trajetória para o dreno, que inclua localizações onde existe maior probabilidade de pus. ▪ Tipos de dreno: • Penrose: Dispositivo de látex. Funcionamento por capilares. Permite o escoamento de secreções. Indicações: monitoramento de sangramento pós-cirúrgico e drenagem de abcesso. Dreno passivo – ação da gravidade. • Jackson Pratt (hemovac): Dispositivo de compressão. Rígido, drenagem continua. Indicações: drenagem de fluidos. ▪ Quanto tempo após a instalaçãoos drenos devem ser retirados? É necessário responder essas perguntas, se tudo isso for sim, a indicação é de hospitalização, se as respostas forem não, o paciente pode até ficar em casa. • Até 72 horas. • Normalmente o exsudato purulento para de fluir entre 24 e 72 horas depois de instalados. • Drenagem cessando, deve ser retirado para evitar reação de corpo estranho ou granuloma inespecífico. ➢ Teste de cultura e sensibilidade ▪ Quando realizar? • Infecções em espaços faciais de severidade moderada ou maior. • Infecções que não foram debeladas com terapia. • Infecções incomuns que gerem comprometimento medico e imune do paciente. ▪ Indicações: • Baixa progressão da infecção. • Terapia antibiótica múltipla anterior. • Infecção não responsiva (após mais de 48 horas). • Infecção recorrente. • Comprometimento das defesas do hospedeiro. ➢ Incisão e drenagem ▪ Passo a passo 1- Anestesia troncular. 2- Avaliação do ponto de flutuação. 3- Incisão. 4- Divulsão tecidual 5- Inserção do dreno. 6- Dreno suturado. ❖ 5. Dar suporte médico ➢ Hidratação (uma das melhores formas de controle da febre). ➢ Nutrição. ➢ Controle da febre. ❖ 6. Escolher e prescrever a terapia antibiótica ➢ Baseando-se em analises clinicas, de modo empírico (sem ter feito o teste de cultura e sensibilidade) e de acordo com a severidade das infecções: Antibióticos empíricos de escolha para infecções odontogênicas Severidade da infecção Antibiótico de escolha Ambulatorial Penicilina Clindamicina Cefalexina NO CASO DE ALERGIA A PENICILINA: Clindamicina Moxifloxacina Somente o metronidazol Hospitalar Clindamicina Ampicilina + metronidazol Ampicilina + Sulbactam NO CASO DE ALERGIA A PENICILINA: Clindamicina Cefalosporina IV de 3° geração Moxifloxacina Somente o metronidazol Penicilinas Infecções leves Baixo custo e poucos efeitos colaterais Clindamicina Infecções sérias Maior custo Indicações para o uso de antibióticos: • Tumefação estendida além dos processos alveolares. • Celulite. • Trismo. • Linfadenopatia. • Febre alta. • Pericoronarite grave. • Osteomielite. Mecanismo de ação (MA): Ligam-se as proteínas presentes na superfície externa da membrana plasmática bacteriana, atuando na formação da parede celular, determinando a lise bacteriana. EX.: penicilina V, ampicilina e amoxicilina. Lincosamina. Mecanismo de ação (MA): inibição da síntese proteica bacteriana ao se ligar a fração 50S ribossomal. EX.: lincosamina e clindamicina. ➢ Critérios para a mudança de antibiótico ▪ Alergia, toxicidade ou intolerância. ▪ cultura e/ou teste de sensibilidade indicando resistência. ▪ Falha na melhora clínica, em função da remoção da causa odontogênica. ▪ Drenagem cirúrgica adequada (imagem pós-operatória sugerida). ▪ Outras causas para a falha do tratamento que foram excluídas. ▪ 48 – 72 horas com a mesma terapia antibiótica. ❖ 7. Administrar os antibióticos adequadamente ➢ Avaliar o quadro do paciente por completo. ❖ 8. Avaliar o paciente com frequência: ➢ A consulta inicial de acompanhamento deve ser feita 48 horas após a drenagem, pois: ▪ Geralmente a drenagem já cessou e o dreno pode ser descontinuado neste momento. Solicitar TC para reavaliação. ▪ Existe uma melhora visível ou deterioração dos sinais e sintomas permitindo que as próximas decisões de tratamento sejam feitas. ➢ Causas das falhas no tratamento: ▪ Cirurgia inadequada. ▪ Defesas do hospedeiro deprimidas. ▪ Corpo estranho. ▪ Problemas com antibiótico. ▪ Falta de colaboração do paciente. ▪ O medicamento não atinge o local. ▪ A dosagem é muito baixa. ▪ Diagnostico bacteriano errado. ▪ Antibiótico errado. COMPLICAÇÕES DE INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS ❖ Sinusite odontogênica ➢ Infecções de pré-molares e molares superiores. ➢ Dentes no seio maxilar. ❖ Celulite periorbital ➢ Origem: espaço canino; dacriocistite; seio maxilar. ➢ Riscos: trombose do seio cavernoso e danos ao conteúdo da orbita. ❖ Fasceíte necrosante: ➢ Infecção de evolução rápida que segue o músculo platisma em direção ao pescoço e sobre a parede anterior do tórax. ➢ Pode resultar em necrose de grandes massas musculares, tecido subcutâneo da pele. ➢ Sinais precoces – pequenas vesículas e uma descoloração purpura sem brilho da pele envolvida. ➢ O tratamento requer drenagens cirúrgicas repetidas, antibióticos de largo espectro EV, terapia hiperbárica e possível transfusão de sangue. ❖ Osteomielite ➢ O termo osteomielite literalmente significa inflamação do osso medular. Sob o aspecto clínico, osteomielite implica infecção do osso. ❖ Actinomicose: ➢ A Actinomicose é uma infecção relativamente incomum nos tecidos moles e duros dos maxilares. Em geral, é causada pelo Actinomyces israelii, mas também pode ser provocada pelo A. naeslundii ou pelo A. viscosus. A espécie Actinomyces constitui-se de bactérias endógenas da flora da cavidade oral que já se pensou tratar de fungos anaeróbicos. Entretanto, já está agora claramente estabelecido que eles constituem bactérias anaeróbicas. ❖ Candidíase: ➢ O microrganismo Candida Albicans é um fungo que habita, naturalmente, a cavidade oral. É raro ele gerar doença, a menos que a saúde geral esteja comprometida. As duas causas mais comuns de comprometimento do estado físico do paciente são o uso de antibióticos por períodos prolongados, especialmente as penicilinas, e o comprometimento do sistema imune, como a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), ou quimioterapia para leucemias ou outras formas de câncer. ❖ Mediastinite Dacriocistite é uma infecção do saco nasolacrimal. Ela causa dor, vermelhidão e inchaço sobre o aspecto interno da pálpebra inferior. É geralmente causada por uma obstrução nasolacrimal. Geralmente está associada a espécies Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Pseudomonas. ➢ É um processo inflamatório e/ou infeccioso do tecido conjuntivo do mediastino, causada principalmente por perfuração do esôfago, infecções pós-operatórias, infecção da glândula parótida, e pode possuir origem odontogênica nos casos de Angina de Ludwig. PROTOCOLO
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