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As infecções odontogênicas são problemas clínicos comumente encontrados, que podem ocasionar sérias consequências se não forem tratadas imediata e adequadamente MICROBIOTA BACTERIANA BUCAL: Cocos aeróbios e anaeróbios gram-positivos Bastonete gram-negativos ADESÃO BACTERIANA AÇÃO DA HIALURONIDASE NA PROLIFERAÇÃO DA INFECÇÃO A adesão da bactéria na célula quebra o ácido hialurônico e propaga a infecção pelos tecidos, favorecendo as bactérias anaeróbias e necrose por liquefação, resultando em abscessos ETIOLOGIA DAS INFECÇÕES Cárie Doença Periodontal Pericoronarite ESTÁGIOS DA INFECÇÃO OSTEITE PERIAPICAL Infecção confinada ao osso(sensação de extrusão dentária e dor) CELULITE OU FLEIMÃO Disseminação da infecção aos tecidos adjacentes, intensa resposta inflamatória, maior risco pela probabilidade de rápida disseminação, consistência endurecida ABSCESSO Menos perigoso. Representa o estágio de cronificação do processo infeccioso OSTEITE PERIAPICAL É uma massa de tecido de granulação cronicamente inflamado no ápice de um dente desvitalizado, que pode ter origem de um abscesso periapical, ou desenvolver-se como uma alteração periapical inicial; essas lesões ainda podem sofrer exacerbações agudas com a formação de abscessos CELULITE OU FLEIMÃO ABSCESSO DISSEMINAÇÃO DA INFECÇÃO As infecções se disseminam pelas linhas de menor resistência Quando a infecção se dissemina pelo osso medular, ela buscará o ponto de menor resistencia para perfurar a cortical óssea Quando o ápice da raiz estiver próximo à cortical vestibular, a perfuração ocorrerá por vestibular Quando o àpice estiver mais próximo da cortical lingual a perfuração ocorrerá nesta direção Se uma infecção de um molar superior perfurar a cortical vestibular, abaixo do músculo bucinador, resultará numa drenagem do lado vestibular Se perfurar a cortical acima de sua inserção, resultará em infecção do espaço bucal ESPAÇOS FASCIAIS PRIMÁRIOS: canino Infra-temporal Submentual Sublingual Submandibular -Na maxila -Na mandibula Aqueles relacionados à musculatura da mastigação: Espaço massetérico Pterigomandibular Temporais profundo Temporal superficial SECUNDÁRIOS: BUCAL ORIGEM Nos processos alveolares da maxila e nos processos alveolares da mandíbula Inserção No ângulo da boca, no músculo orbicular da boca ESPAÇO BUCAL O espaço bucal é limitado superficialmente pela pele sobrejacente e pelos tecidos subcutâneos e profundamente pelo músculo bucinador. As raízes dos incisivos laterais apresentam inclinação no sentido palatino, o que torna sua fistulação do lado palatino O canino tem sua raiz alta, podendo sua infecção drenar acima do músculo elevador do ângulo da boca, seguindo em direção ao espaço canino Espaço canino: Espaços localizado entre a parede anterior da maxila e o músculo elevador do lábio superior Infecção caracterizada pelo aumento de volume flutuante no canto interno do olho ESPAÇO SUBMENTONIANO Limites: Lateral: ventre anterior do músculo digástrico Superior: músculo milo-hióideo Inferior: pele e musculo platisma ESPAÇO SUBLINGUAL Inferiormente:pelo músculo milo-hioideo Lateral e anterior: pela porção interna do corpo da mandíbula Superiormente: pela mucosa bucal Medialmente: pelos músculos genioglosso, genióideo e estiloglosso ESPAÇO SUBMANDIBULAR Lateral: fáscia cervical profunada Medialmente: pelos músculos milo-hioideo, hipoglosso e estiloglosso Inferior: músculo digástrico Superior: face interna da mandíbula e inserção do músculo milo-hióideo ANGINA DE LUDWIG ESPAÇO PTERIGOMANDIBULAR Limitado lateralmente pela porção interna do ramo ascendente da mandibula e medialmente pelo músculo pterigoideo medial Pericoronarite geralmente é a causa da infecção desse espaço fascial A celulite é uma extensão aguda e edemaciada de um processo inflamatório agudo através dos planos faciais. Uma de suas formas é a Angina de Ludwig. A angina de ludwig é uma celulite envolvendo os espaços submentonianos, sublingual e submandibular entre os tecidos conjuntivos e os músculos. A origem dental é de geralmente 70-90%, envolve principalmente os molares inferiores.Ocorre após infecção(abcesso),ou trauma oral. SINTOMAS Dor no pescoço; Inchaço no pescoço; Vermelhidão no pescoço; Febre; Fraqueza, fadiga, cansaço excessivo; Confusão ou alterações mentais; Dificuldade respiratória(este sintoma indica uma situação de emergência!) O diagnostico pode ser feito atravé dos seguintes exames: inspeção do pescoço e da cabeça(vermelhidão) Inflamação da parte superior do pescoço, abaixo do queixo, que pode se estender até o assoalho bucal. A língua pode apresentar inchaço e estar deslocada para cima ou/e para trás AVALIAÇÃO DO PACIENTE COM INFECÇÃO ODONTOGÊNICA: História clínica e evolução da infecção Presença de sinais sistêmicos de infecção Estágio da infecção(*) História médica do paciente Fatores que influenciam a instalação e disseminação das infecções Avaliar a gravidade da infecção PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO Controle da fonte de infecção Drenagem da coleção purulenta Mobilização do sistema de defesa do paciente AVALIAR A GRAVIDADE DA INFECÇÃO Infecção de progressão rápida Dificuldade respiratória Dificuldade de deglutição Envolvimento dos espaços fasciais Aumento da temperatura corpórea(acima de 39º C) Trismo acentuado Toxemia: olhos lacrimejantes, boca entreaberta, desidratação, febre, fadiga Paciente sistematicamente comprometido EXAME FÍSICO Temperatura Pressão Arterial Frequência cardíaca Frequencia respiratória Oximetria Exame intrabucal TRATAMENTO Com uma tesoura de ponta romba ou pinça hemostática, faz-se a divulsão Instalação de drenos TRATAMENTO DE SUPORTE Os pacientes graves devem ser hospitalizados para alimentação e reposição de líquidos por via endovenosa Compressas quentes Antibioticoterapia Analgésicos e antiinflamatórios Edema que se estende além do processo alveolar Celulite(com ou sem abscesso concomitante) Trismo Linfadenopatia Febre(mais de 38,3º C) Paciente imunocomprometido (com tratamento cirúrgico adequado da infecção) Infecções agudas e de progressão rápida Infecção difusa e não circunscrita Pacientes com doenças sistêmicas Comprometimento das defesas do paciente Envolvimento dos espaços fasciais Pericoronarite grave Osteomielite Valvas cardíacas protéticas, como próteses implantadas transcateter e homoenxertos. Material protético usado para o reparo das valvas cardíacas, como anéis de anuloplastia e cabos. Endocardite infecciosa anterior Doença cardíaca congênita cianótica não reparada ou doença cardíaca congênita reparada, com shunts residuais ou regurgitação valvar no local, ou adjacente ao local, de um protético ou dispositivo protético. USAR ANTIBIOTICO: NÃO USAR ANTIBIOTICO: Abscessos crônicos Abscessos localizados em fundo de vestíbulo, tumefação facial Ausência de toxemia Pericoronarite branda Alveolite sem toxemia ANTIBIOTICOS DE ESPECTRO REDUZIDO ÚTEIS NO TRATAMENTO DE INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS SIMPLES: Penicilina Amoxicilina Clindamicina Metronidazol ANTIBIOTICOS DE ESPECTRO REDUZIDO ÚTEIS NO TRATAMENTO DE INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS COMPLEXAS: Amoxicilina com ácido clavulânico Azitromicina Moxifloxacino PROFILAXIA CONTRA ENDOCARDITE INFECCIOSA Transplante cardíaco com regurgitação da valva decorrente de uma valva estruturalmente anormal.
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