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Logística de Armazenagem - Unidade 03 (aula 11)

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Grupo SER Educacional | Logística de Armazenagem 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS 
 
Direção Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA 
 
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR DE ARRUDA 
 
Autor 
MÔNICA PATRÍCIA ALCÂNTARA 
 
 
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
O Autor 
 
 
Mônica Patrícia Alcântara de Morais 
 
Olá. Meu nome é Mônica Alcântara. Sou formada em relações 
públicas com especialização em Administração em Marketing, com 
uma experiência técnico-profissional na área de gestão da cadeia 
de suprimentos de mais de 10 anos. Passei por empresas com a TIM 
Nordeste, Ericsson Gestão de Sistemas (EGS), Estaleiro Atlântico Sul 
e vários outros empreendimentos, sempre na área de Logística e 
Supply Chain . Participei da implantação do sistema SAP-R3 na TIM e 
de vários outros sistemas de automação e gestão empresarial. 
Estruturei vários projetos logísticos, como o da Rede TELEPORT de 
Educação, com unidades de ensino espalhadas em 13 estados da 
federação. Sou apaixonada pelo que faço e adora transmitir minha 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissõe s. 
Por isso fui convidada pela Editora TELESAPIENS a integrar seu 
elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar 
você nesta fase de muito estudo e trabalho. Então, conte comigo! 
 
 
MÔNICA PATRÍCIA ALCÂNTARA 
 
“ 
 
 
Iconográficos 
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou o responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua 
trilha de aprendizagem toda vez que: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência; 
DEFINIÇÃO 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito; 
NOTA 
quando forem 
necessários 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento; 
IMPORTANTE 
as observações 
escritas tiveram 
que ser 
priorizadas para 
você; 
EXPLICANDO 
MELHOR 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado; 
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias; 
SAIBA MAIS 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento; 
REFLITA 
se houver a 
necessidade de chamar 
a atenção sobre algo a 
ser refletido ou 
discutido sobre; 
ACESSE 
se for preciso 
acessar um ou mais 
sites para fazer 
download, assistir 
vídeos, ler textos, 
ouvir podcast; 
 
RESUMINDO 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens; 
ATIVIDADES 
quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada; 
TESTANDO 
quando o 
desenvolvimento de 
uma competência for 
concluído e questões 
forem explicadas; 
 
 
Sumário 
1 Modelos de gestão de estoques ..................................................................... 6 
1.1 Classificação ABC .............................................................................................. 6 
1.1.1 Elaborando uma curv ABC na pratica ............................................................... 9 
1.2 Gestão por previsão de demandas ................................................................... 12 
1.2.1 Tipos de previsão de demandas .................................................................... 12 
1.2.2 Técnicas de previsão .................................................................................... 13 
1.2.3 Fatores influenciadores das demandas .......................................................... 13 
1.2.4 Técnicas quantitativas de Previsão ................................................................ 14 
1.2.4.1 ÚLTIMO PERÍODO ...................................................................................... 15 
1.2.4.2 MÉDIA MÓVEL .......................................................................................... 15 
1.2.4.3 MÉDIA MOVEL PONDERADA ....................................................................... 16 
1.2.4.4 MÉDIA COM PONDERAÇÃO EXPONENCIAL ................................................... 17 
Considerações Finais ............................................................................................ 19 
Atividades de Autoaprendizagem .......................................................................... 19 
Questionário Avaliativo ........................................................................................ 19 
Bibliografia.......................................................................................................... 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 Modelos de gestão de estoques 
INTRODUÇÃO: 
Existem diversos modelos de gestão de estoques. Alguns recorrem 
a métodos quantitativos e soluções matemáticas complexas, com 
fundamentação bastante científica. Outros se baseiam em regras 
mais simples e mais facilmente aplicáveis ao dia a dia das 
empresas, como é o caso do modelo de gestão baseado na curva ou 
classificação ABC, que se baseia na priorização de produtos com 
base em um sistema de classificação. Em caso de dúvidas, não 
esqueça de recorrer ao fórum de dúvidas e discussões para 
socializar o conhecimento durante a aula. Depois, acesse seu 
caderno de atividades e solucione as questões apresentadas. Nós 
estaremos a sua disposição em caso de dificuldades! 
 
1.1 Classificação ABC 
 
Esta analise pormenorizada do investimento feito em materiais 
estocados revela que a maior parte do valor investido está no 
estoque, correspondendo a uma pequena quantidade de itens com 
menor volume de recursos. Desta forma, os materiais estocados são 
agrupados em três classes, denominadas de Classe A, Classe B e 
Classe C, sendo: 
• Classe A: correspondem a 75% do valor e 10% da quantidade 
estocada; 
• Classe B: itens intermediários que correspondem a 20% do valor 
(R$) e 25 % da quantidade de itens estocado; 
• Classe C: correspondem 5% do valor e 65% da quantidade 
estocada. 
OBJETIVO: 
Ao término desta aula você será capaz de compreender e aplicar os 
diversos modelos de gestão de estoques, identificando o mais 
adequado à cada situação e perfil organizacional. 
 
 
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Esse método de classificação trata, de maneira distinta, os itens 
estocados: 
• Controle rigoroso da Classe A; 
• Controle mais leve da Classe B; 
• Controle superficial da Classe C. 
O mais importante é que a análise desses parâmetros propicia ao 
gestor um controle mais efetivo do seu estoque, cuja decisão de 
compra baseia-se nos resultados obtidos pela curva ABC por meio 
da ordenação dos itens a serem analisados, conforme a importância 
relativa à empresa. 
 
 
 
 
 
Apesar de parecer que a montagem dos grupos da curva ABC é 
trabalhosa, ela poderá ser feita esporadicamente ou apenas uma 
vez. Os itens de cada grupo da curva permanecem enquanto são 
mantidas as condições que os afetam (consumo, preço, vendas, 
entre outros). A montagem dos grupos se divide em duas etapas: 
• Etapa 1: 
75%
20%
5%
VALOR
CLASSE A CLASSE B CLASSE C
10%
25%
65%
QUANTIDADE 
ESTOCADA
NOTA 
Os percentuais limítrofes das faixas A, B e C podem 
variar, de acordo com cada organização. Em vez de 
75%, algumas trabalham com 70%, e assim por diante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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o Relacionar todos os itens consumidos em um determinado 
período; 
o Registrar o preço unitário e o consumo de cada item no período de 
tempo considerado; 
o Calcular o valor do consumo dos itens de estoque (preço unitário x 
consumo); 
o Registrar a classificação dos itens de acordo com o valor do 
consumo, sendo 1 para o maior valor, 2 para o segundo maior valor e 
assim sucessivamente. 
• Etapa 2: 
o Distribuir os itens deestoque de acordo com a classificação 
realizada durante a primeira etapa; 
o Para cada item de estoque, deverá ser lançado o valor de consumo 
acumulado igual ao valor consumido, que será somado à linha 
anterior; 
o Para cada item de estoque, deverá ser calculado o percentual 
sobre o valor total acumulado, que é o resultado da divisão do valor 
do consumo acumulado de cada item pelo valor total acumulado. 
A classificação ABC é mais simples do que parece. Apesar da 
dificuldade de levantamento das informações, sobretudo no caso 
de empresas com grande volume de itens em estoque, este 
processo não precisa ser feito de forma periódica ou constante. 
Caso não haja variação significat iva no comportamento de consumo 
ou venda, bem como na precificação dos produtos, a classificação 
ABC só precisar ser feita uma única vez. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.1.1 Elaborando uma curv ABC na pratica 
 
Vamos exemplificar uma planilha contendo a classificação ABC de 
uma empresa hipotética. Para simular esta planilha, utilize o 
Microsoft Excel, Open Office, Google Docs, ou qualquer planilha 
eletrônica de sua preferência, desde que compatível com os 
recursos do Excel. 
1) Abra uma planilha em branco; 
2) Atribua a esta planilha o nome CurvaABC.xls; 
3) Digite a lista de materiais de acordo com os dados apresentados na 
planilha ilustrada a seguir; 
4) Adicione a coluna “D” com os totais de cada item de estoque e a 
linha 17 com os totais gerais; 
5) Certifique-se de que os dados estejam classificados em ordem 
descendente de valor total por item (coluna “D”). Caso não estejam, 
utilize o recurso de banco de dados da planilha para classificar as 
células; 
A curva ABC é oriunda da teoria de Pareto, que afirma 
que a maior parte dos esforços é empreendida para 
uma menor quantidade de itens. A técnica de Pareo, 
também conhecida como técnica 80/20, estabelece 
como teorema os percentuais de 80% e 20%, 
respectivamente, para esta maioria e minoria. Mas 
esses indicadores não são fixos, ou seja, há quem 
trabalhe com a variação 70/30 ou 75/25. Daí o 
motivo de haver certas variações dos limites entre as 
categorias A, B e C dos produtos no cálculo da 
classificação ABC. 
NOTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6) Adicione a coluna “E” contendo os respectivos percentuais dos itens 
em relação ao valor total do estoque; veja como deve estar ficando 
a planilha; 
 
7) Acumule os dados da coluna “E” na coluna “F”. Para tanto, digite a 
fórmula exibida na figura a seguir para todas as células de “F4” a 
“F16”. Na linha 3, simplesmente repita o valor de E3 em F3 ; 
 
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8) Finalmente, como demonstrado na ilustração a seguir, já tem os 
condições matemáticas de definir a classificação ABC dos produtos 
em estoque. Para isto, basta adicionarmos a coluna “G” contendo a 
fórmula de Pareto. 
 
Figura 1 - Planilha completa, contendo a fórmula de Pareto, que resulta na classificação ABC. 
Neste caso foi utilizado o parâmetro 70-30 para a classificação dos produtos. Fonte: o autor. 
9) Para ilustrar a curva ABC propriamente dita, insira um gráfico, 
relacionando os itens de cada categoria, conforme mostrado na 
figura a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - Gráfico de Pareto representando a Curva ABC dos produtos do estoque -exemplo. 
Fonte? o autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.2 Gestão por previsão de demandas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A previsão (ou previsibilidade) é o ponto de partida do planejamento 
dos estoques. Quaisquer métodos que se utilize para atingir este 
planejamento visarão municiar a organização de informações 
básicas que permitam decidir quais serão as dimensões e a 
distribuição, no tempo, da demanda dos produtos acabados . 
 
1.2.1 Tipos de previsão de demandas 
 
As informações necessárias à previsibilidade dos estoques se 
dividem em dois grupos: 
• Quantitativas; 
• Qualitativas. 
As informações quantitativas se baseiam na: evolução histórica das 
vendas; variáveis que dependam intrinsecamente das vendas; 
interferência da publicidade e propaganda, variáveis de fácil 
previsão como: PIB, população, renda per capita, entre outros. 
Já as qualitativas se fundamentam na opinião dos gestores, 
vendedores, compradores e na pesquisa de mercado. 
 
DEFINIÇÃO 
Chamamos de previsão de demandas (ou 
previsibilidade de estoque) o ato de estimar 
futuras demandas dos produtos acabados 
produzidos ou comercializados pela empresa. E 
para isto, o gestor conta com inúmeras técnicas e 
métodos para saber, com o mínimo de margem de 
erro, quais produtos serão comprados pelos 
clientes, em que quantidades e em que períodos 
(o que, quanto e quando). 
 
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1.2.2 Técnicas de previsão 
 
As técnicas de previsão das vendas e do consumo, e 
consequentemente do estoque, se dividem em três grupos: 
1. Projeção: são técnicas que partem do princípio de que o passado se 
repetirá no futuro, ou que as vendas só tendem a evoluir no 
tempo; essas técnicas se baseiam principalmente em informações 
quantitativas. 
2. Explicação: são técnicas correlação e regressão, isto é, tentam 
explicar as demandas históricas associando-as a variáveis 
conhecidas do passado, como fatos e marcos sociais, econômicos e 
políticos que aconteceram no passado. 
3. Predição: não propriamente técnicas, mas processos baseados na 
experiência de gestores e técnicos antigos, que possam estimar 
com mais precisão o que acontecerá em função de conhecimentos 
e fatos vivenciados no passado. 
 
1.2.3 Fatores influenciadores das demandas 
 
Quando não há significativas mudanças no comportamento das 
demandas de mercado, as estimativas sobre o futuro podem 
perfeitamente continuar sendo baseadas nos fatos históricos. Mas 
alguns fatores podem alterar este comportamento histórico das 
demandas de consumo e venda, como por exemplo: 
• Sazonalidade; 
• Mudanças na política governamental; 
• Alterações na conjuntura social e econômica; 
• Variações no comportamento de consumo dos clientes; 
• Obsolescência de produtos; 
• Evolução tecnológica; 
• Competitividade dos concorrentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.2.4 Técnicas quantitativas de Previsão 
 
O conhecimento aprofundado da Matemática e da Estatística nos 
fornece ricos elementos de aplicação na área de previsão de 
estoques. BALLOU (2006) traz inúmeras outras técnicas avançadas 
aplicáveis aos mais diversos casos de uso, como por exemplo: 
• Mínimos quadrados: técnica utilizada para determinar a linha de 
ajuste que mais se aproxima de todos os dados coletados, ou seja, é 
a linha que minimiza as diferenças entre a linha reta e cada ponto 
de consumo levantado (dispersão); 
• Delphi: técnica de entrevista de especialistas através de uma 
sequência de questionários; 
• Decomposição clássica da série de tempo: excelente técnica para 
previsões em médio prazo (até 12 meses), baseia-se na 
decomposição do tempo em séries sazonais; 
• Análise espectral: esta técnica decompõe o tempo em componentes 
fundamentais, representados por curvas geométricas (spectra) de 
seno e cosseno que resultam em expressões matemáticas utilizadas 
nas previsões; 
• Modelo de regressão: carente de soluções computacionais, esta 
técnica associa a demanda a uma série de outras variáveis causais, 
variáveis estas que são submetidas a programas de computador 
que analisam as variáveis estatisticamente,retornando as previsões; 
• Modelo econométrico: sistema de equações que submete variáveis 
econômicas referentes às atividades de vendas a uma regressão; 
• Intensões de compra e pesquisas de antecipação : trata-se da 
realização de pesquisas de intensões junto aos consumidores 
potenciais do produto em estudo; entre muitos outros, tais como: 
o Modelo de entrada e saída; 
o Análise do ciclo de vida; 
o Filtro adaptativo; 
o Simulação dinâmica; 
o Box-Jenkins; 
o Resposta acurada; 
o Redes neurais; 
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o Previsão colaborativa; 
o Previsão baseada em regras; 
o Caminhada aleatória; etc. 
Dentre as muitas técnicas enunciadas anteriormente, elegemos 4 
delas, consideradas de baixa complexidade e fácil aplicação. Essas 
técnicas não requerem conhecimentos aprofundados de 
matemática ou estatística, de modo que podem ser rapidamente 
absorvidas no cotidiano da gestão de estoques de qualquer perfil 
de empresa. 
 
1.2.4.1 ÚLTIMO PERÍODO 
 
Consiste em utilizar o comportamento do último período como 
parâmetro de previsão para o período subsequente. Veja que, como 
pode ser visto na figura a seguir, percebemos que o último ciclo se 
repete, deslocado no tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2.4.2 MÉDIA MÓVEL 
 
Nesta técnica, a previsão para o período subsequente é gerada a 
partir do cálculo da média das demandas nos n períodos anteriores. 
No caso do comportamento de consumo estar em ascendência, a 
previsão obtida nesse método será menor e, do contrário, ou seja , se 
houver declínio no comportamento do consumo, o valor será maior. 
Se escolhermos um período muito grande a ser estudado, ou seja, 
se o número de períodos n for muito grande, a reação da previsão 
ÚLTIMO 
PERÍODO 
PREVISÃ
O 
TEMPO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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diante dos valores atuais será lenta. A recíproca é verdadeira, ou 
seja, se n for pequeno, a reação será rápida. 
Para entender melhor: 
CM = (C1 + C2 + C3 + ... + Cn) / n 
• CM = Consumo médio 
• C = Consumo nos períodos anteriores 
• n = Número de períodos 
Esta técnica é bastante simples, de fácil aplicação, pois trata-se de 
uma simples média aritmética, podendo ser processada 
manualmente. 
Por outro lado, as médias móveis podem gerar disparidades 
grosseiras se houver desvios padrão em função da alteração no 
comportamento de consumo. 
Outra limitação desta técnica é que ela atribui um mesmo peso, 
tanto para ciclos mais antigos, quanto para os mais atuais. Além do 
mais, a técnica da média móvel exige a manutenção de um grande 
volume de dados, exigindo, neste caso, o auxílio de ferramentas 
computacionais. 
 
1.2.4.3 MÉDIA MOVEL PONDERADA 
 
Nesta técnica, que é uma evolução do método da média móvel, os 
períodos mais recentes recebem maior peso que os valores os mais 
antigos. 
Podemos utilizar a fórmula abaixo para calcular esta previsão de 
consumo: 
Xt =(Pi . Xt-1 ) + (P2 . Xt-2) + 
 (P3 . Xt-3 )+ … + (Pn . Xt-n) 
 
• Xt = Previsão de consumo 
• Pi = Peso atribuído ao i-ésimo valor 
• Xt-i = Consumo no período 
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Os pesos Pi são descendentes, ou seja, partem dos valores mais 
atuais até os mais antigos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1.1.4 MÉDIA COM PONDERAÇÃO EXPONENCIAL 
 
Esta técnica é uma evolução das demais vistas anteriormente, pois 
aumenta a precisão da previsibilidade na medida em que valoriza os 
ciclos mais recentes em maior intensidade que os mais antigos. 
Além disto, a técnica da ponderação exponencial não requer mais 
que 3 ciclos históricos, reduzindo a necessidade da acumulação de 
muitos ciclos passados. Para calcular-se a previsão por meio desta 
técnica, são requeridos três valores: 
• Previsão feita para o último período; 
• Consumo aferido no último período; 
• Constante numérica que define a ponderação atribuída aos ciclos 
mais recentes. 
Assim, teremos a seguinte equação: 
EXPLICANDO MELHOR 
Para entender melhor, vamos exemplificar. 
Imaginemos uma empresa com o seguinte 
comportamento nas vendas, com seus 
respectivos pesos de importância na escala 
histórica: 
• 2014 → 1008 unidades (25%) 
• 2015 → 1064 unidades (35%) 
• 2016 → 1286 unidades (40%) 
Pela técnica da média móvel ponderada, para 
estimarmos o comportamento das vendas para 
2017 com base nos últimos 3 anos (n igual a 3), 
teremos: 
Xt = (0,4 x 1286) + (0,35 x 1064) + (0,25 x 1286) 
Xt = 1208 unidades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Xt = α . Xt + (1 - α) Xt-1 
• Xt = Média estimada para o próximo período; 
• Xt = Consumo real aferido; 
• Xt-1 = Consumo que havia sido estimado para o período anterior; 
• t = Período; 
• α = Constante de ajustamento. 
Para entender melhor imaginemos que um determinado item de 
estoque tenha seu nível de consumo oscilando discretamente. 
Vamos utilizar o cálculo da média ponderada exponencial para 
prever o consumo deste item em 2017, considerando que, em 2015, 
a previsão de consumo era de 2.400 unidades para 2016. Quando 
2016 chegou, o consumo real medido foi de 2.200 unidades. 
Consideremos uma constante de ajustamento da ordem de 0,10. 
Xt = α.Xt + (1-α) Xt-1 
Xt = 2200 
Xt-1 = 2400 
α = 0,1 
Xt = 0,1 x 2200 + (1-0,1) x 2400 
Xt = 2.380 unidades. 
Não se deve utilizar esta técnica quando: 
• o padrão de consumo contém apenas variações aleatórias em torno 
de uma média constante; 
• o padrão de consumo apresentar tendência clara de crescimento ou 
declínio; 
• o padrão de consumo for cíclico. 
Ou seja, esta técnica só deverá ser utilizada quando o padrão de 
consumo variar aleatoriamente em períodos regulares de tempo. 
 
 
 
 
 
 
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Considerações Finais 
SAIBA MAIS: 
 
Quer se aprofundar no tema desta aula? Recomendamos o 
acesso às seguintes fontes de consulta e conhecimento: 
Artigo: “Estudo sobre a Ferramenta Curva ABC em uma Empresa 
de Distribuição” (MOTA, GONSLVES, PRESTES, TONOLI, & ALVES, 
2012) disponível no link: 
http://www.convibra.com.br/artigo.asp?ev=25&id=3336 (Acesso em 
10/06/2017). 
 
Atividades de Autoaprendizagem 
ATIVIDADES: 
Pronto para consolidar seus conhecimentos? Leia atentamente o 
enunciado de sua atividade de autoaprendizagem proposta 
para esta aula. Se você está fazendo o seu curso 
presencialmente, é só abrir o seu caderno de atividades. Se você 
estiver cursando na modalidade de EAD (Educação a Distância), 
acesse a sua trilha de aprendizagem no seu ambiente virtual e 
realize a atividade de modo online. Você pode desenvolver esta 
atividade sozinho ou em parceria com seus colegas de turma. 
Dificuldades? Poste suas dúvidas no fórum de discussões em seu 
ambiente virtual de aprendizagem. Concluiu a sua atividade? 
Submeta o resultado em uma postagem diretamente em seu 
ambiente virtual de aprendizagem e boa sorte! 
 
Questionário Avaliativo 
TESTANDO: 
Chegou a hora de você provar que aprendeu tudo o que foi 
abordado ao longo desta aula. Para isto, leia e resolva 
atentamente as questões do seu caderno de atividades. Se você 
estiver fazendo este curso a distância, acesse o QUIZ (Banco de 
Questões) em seu ambiente virtual de aprendizagem. 
 
http://www.convibra.com.br/artigo.asp?ev=25&id=3336
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
 
MOTA, C. R., GONSLVES, C. T., PRESTES, L. P., TONOLI, T. A., & ALVES, T. J. (23 a 25 
de Nov de 2012). Estudo sobre a Ferramenta Curva ABC em uma Empresa de 
Distribuição. Convibra Administração , p. 
http://www.convibra.com.br/artigo.asp?ev=25&id=3336Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 21

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