Trabalho de Conclusão de Curso

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
ANA FLÁVIA BINDER ROCHA
a importância da alimentação saudável e sua aceitação no centro de educação infantil Augusto Bento de Oliveira
ITAJAÍ - SC
2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
ANA FLÁVIA BINDER ROCHA
A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAuDáVEL E ACEITAÇÃO NO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL AUGUSTO BENTO DE OLIVEIRA
Projeto de Pesquisa elaborado na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, como requisito parcial para obtenção do Grau de Licenciatura no Curso de Pedagogia, orientado pelo(a) professores(as) Me. Perla Loureiro de Almeida
ITAJAÍ - SC
2020
SUMÁRIO
1.	TEMA	4
2.	PROBLEMA DE PESQUISA	4
3.	OBJETIVO GERAL	4
4.	OBJETIVOS ESPECÍFICOS	4
5.	JUSTIFICATIVA	5
6.	METODOLOGIA	5
7.	FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	6
8.	REFERÊNCIAS	8
INTRODUÇÃO
Alimentar-se de forma saudável é de grande importância para manter a qualidade de vida, para que nosso corpo funcione de forma adequada e auxiliar na prevenção de doenças. Sendo assim, uma boa alimentação consiste em consumir alimentos, ricos em proteína, gorduras, carboidratos, fibras, vitaminas, água e sais minerais. Esses itens são essenciais para todas as pessoas que pretendem ter uma vida melhor.
Sichieri et al. (1999), sugerem que sejam consumidos alimentos variados em quatro refeições diária, se alimentem de arroz e feijão todos os dias acompanhados de legumes e vegetais folhosos, reduzam os açucares e evite beber refrigerante, consuma quatro a cinco porções diárias de frutas e substitua biscoitos, bolos e salgadinhos por elas durante os lanches feitos no decorrer do dia. Esses e outros cuidados com a alimentação auxiliam na manutenção do peso saudável, previne obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, outras doenças e promovem uma alimentação saudável e de qualidade.
A alimentação saudável é muito importante em todas as etapas da vida do ser humano, sendo assim tem um papel fundamental na escola, já que as crianças passam boa parte do dia e realizam várias refeições neste local. Na infância e na adolescência, a alimentação escolar pode ajudar no desenvolvimento dos ossos, músculos, órgãos, dos aspectos cognitivos dos indivíduos e prevenir doenças. Quando bem nutrido a aluno apresenta mais facilidade em aprender a compreender os assuntos e apresentam um melhor desempenhos escolar.
Segundo o Conselho Federal de Nutricionistas (1995), conforme citado por Costa, Ribeiro, Ribeiro (2001), afirma que:
A alimentação escolar tem características de assistência nutricional, desde que ofereça alimentos adequados em quantidade e qualidade, para satisfazer às necessidades nutricionais do escolar, no período do dia em que permanece na escola. (Mas também,) por ser servida na escola, adquire características de ferramenta educativa, que pode e deve ser utilizada para os fins maiores da educação, (...) habilitando o aluno a intervir na própria realidade.
Partindo da fundamentação citada acima, em nosso município todas as unidades de ensino sendo elas: Centro de Educação Infantil (CEI), Centro de Educação em Tempo Integral (CEDIN) e Escolas Básicas (EB) recebem alimentação escolar, sendo produzida e oferecida por uma empresa terceirizada. 
Portanto, este estudo tem por objetivo compreender de que forma acontece o processo da alimentação escolar, buscando possibilidades para tornar este momento mais atrativo promovendo assim uma melhor aceitação dos alimentos.
2. REVISÃO DE LITERATURA
A educação infantil é a primeira etapa da educação básica, esta modalidade de ensino oferece atendimento de doze horas diárias, ou seja, as crianças passam a maior parte do dia no CEI, sendo assim necessitam alimentar-se diversas vezes. No Centro de Educação Infantil Augusto Bento de Oliveira são servidas quatro refeições ao dia: lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e janta. 
“A alimentação saudável, além de proporcionar prazer, fornece energia e outros nutrientes que o corpo precisa para crescer, desenvolver e manter a saúde. A alimentação deve ser a mais variada possível para que o organismo receba todos os tipos de nutrientes”. (EUCLYDES, 2000a 14). 
Segundo o Projeto Político Pedagógico do Centro de Educação Infantil Augusto Bento de Oliveira (2019) o cardápio das alimentações oferecidas para as crianças são elaborados por nutricionistas e contempla as necessidades nutricionais de cada faixa etária e que a rotina da alimentação não é somente considerada, como momentos para saciar a fome, mas sim a oportunidade de influenciar positivamente nas crianças quanto ao hábito da alimentação saudável.
Constatou-se que alguns aspectos neste processo alimentar nos Centros de Educação Infantil, influenciam positivamente e negativamente na aceitação de alguns alimentos. É importante observar o ambiente em que as crianças realizam as refeições, os cuidados com o preparo e a estética na apresentação da comida, o incentivo pedagógico e a cultura alimentar fortemente presente no convívio familiar. 
É importante considerar que as alimentações sejam realizadas em um ambiente agradável, acolhedor e que demonstre o respeito que o Centro de Educação Infantil tem por elas. Sendo assim, as refeições precisam ser oferecidas em um ambiente adequado, por isso é ideal que haja um refeitório com buffet, utensílios apropriados, mesas e cadeiras ou bancos com encosto em uma altura que seja acessível as crianças das turmas de maternais, jardins e pré escola, para que propicie a autonomia no momento de servir-se quanto a escolha de onde sentar e o maior conforto neste momento considerado tão agradável. (PPP do Centro de Educação Infantil Augusto Bento de Oliveira, 2019).
Segundo Matos (2015), “a organização do espaço na Educação Infantil precisa estar a serviço do desenvolvimento e da aprendizagem da criança e, nesse sentido, pode ser vista como uma dimensão a ser considerada na construção dos saberes das crianças que frequentam a Educação Infantil”.
Portanto nas turmas de berçário do Centro de Educação Infantil Augusto Bento de Oliveira o espaço da alimentação é organizado dentro da própria sala, esse espaço contém cadeirões apropriados para a alimentação de bebês que oferecerá praticidade e conforto, pois nesta idade as professoras e agentes oferecem os alimentos de modo individualizado. Com o passar do semestre os bebês do berçário II são estimulados a se alimentarem sozinhos e a realizar as refeições com mais autonomia no refeitório juntamente com as demais turmas. 
O refeitório e o cantinho de alimentação dentro da sala de aula devem ser limpos, organizados e decorados de modo a proporcionar múltiplas vivências, ou seja, que possibilite para a rotina da alimentação vivências positivas e prazerosas. Destaco o espaço físico, o tempo disponibilizado para que as crianças realizem as refeições, o capricho no preparo, a estética dos alimentos e a harmonia das relações estabelecidas neste momento das refeições, como fatores positivos e influenciadores na aceitação dos alimentos pelas crianças. 
Conforme observação os alimentos que constam no cardápio podem não apresentar uma boa aceitação devido a vários fatores como: alimentos que não fazem parte de suas refeições cotidianas, a aparência das refeições, a consistência dos alimentos ou até mesmo a falta de temperos artificiais que estão acostumados a consumir em casa. Por isso, as refeições devem apresentar sempre um aspecto agradável e atrativo, mudar a consistência do alimento ou o modo de preparo, para que instigue na criança o desejo de experimentar o alimento.
Segundo Rossetti-Ferreira, Mello, Vitoria, Gosuen e Chaguri (1998), a comida vai adquirindo um significado social. Cada vez mais a criança sente vontade de tocar, sentir as formas, sabores e texturas, cheirar, olhar, ou seja, explorar o alimento. Gradativamente ela vai deixando a passividade no momento da alimentação e vai se tornando mais ativa neste processo. A alimentação faz parte do processo educativo tanto no ambiente de casa como na creche, e, assim, uma parte importante do desenvolvimento infantilinicial.
Portanto destaco a relação estabelecida entre escola e família como um fator primordial para a aceitação dos alimentos consumidos pelas crianças, enquanto estão nos Centros de Educação Infantis, é preciso que os educadores e familiares estabeleçam diálogos diários e que a introdução alimentar siga o mesmo padrão. Algo importante que contribui na aceitação dos alimentos é uma introdução alimentar bem estabelecida, por isso é recomendado que o bebê experimente de oito a doze vezes o mesmo alimento, se após essas tentativas o bebê continuar rejeitando o alimento, compreende-se que ele realmente não gosta. 
O incentivo de bons hábitos alimentares é fundamental, por isso, pais, professores ou responsáveis pela unidade escolar precisam oferecer e incentivar o consumo destes alimentos diariamente, além de fiscalizar a qualidade do que é oferecido as nossas crianças. Acredito que esta não seja uma tarefa tão difícil, somente exige, sensibilidade, empatia, visão pedagógica, motivação, parceria entre família e escola e acima de tudo que os processos de incentivos para o desenvolvimento das aprendizagens ocorram e as crianças alcancem as competências que estruturam o seu crescimento pessoal.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Neste projeto de pesquisa foi utilizada a abordagem qualitativa, bem como pesquisas de campo e bibliográficas. Primeiramente realizei uma pesquisa bibliográfica para coletar informações de como deve acontecer o momento de alimentação de forma favorecer o consumo de alimentos saudáveis.
Para coleta de dados, optou-se por uma pesquisa de campo no Centro de Educação Infantil Augusto Bento de Oliveira através do aplicativo do Whtasapp ou Google Meet realizei uma entrevista com os profissionais desta unidade de ensino, e obtive informações sobre o ambiente, a decoração, processo de autonomia, os cuidados nos preparos e a estética da comida, os incentivos pedagógicos e a cultura alimentar que são alguns dos aspectos que podem influenciar positivamente ou negativamente para que haja uma alimentação saudável e em seguida registrei em um diário todas as informações coletadas. 
Encaminhei para as professoras, através do aplicativo Whatsapp um questionário semiestruturado que constará perguntas objetivas (múltiplas escolhas) e subjetivas (descritivas) que foi respondido e encaminhado respondido o mais breve possível. Este questionário abordou as seguintes perguntas: Os alimentos oferecidos nesta unidade escolar são de boa qualidade? Fazem parte de um cardápio saudável? É importante ter uma alimentação saudável na unidade escolar? As crianças desta unidade escolar podem repetir a refeição? Quais alimentos oferecidos no cardápio proposto pela unidade escolar não são bem aceitos? 
Após analisar o questionário e as informações coletadas na entrevista, me reuni com uma representante de cada turma (professora ou auxiliar) através de uma chamada de vídeo através do whatsapp ou através do Google Meet, uma da cozinha e uma da equipe gestora da unidade e apresentei as informações coletadas e avaliamos possibilidades de tornar o momento da alimentação ainda mais agradável, saudável, divertido e que aguce o interesse das crianças em alimentar-se de forma saudável. 
 Após avaliado e explanado as possibilidades, sugeriram uma metodologia que contribua para o momento de alimentação. Observei e registrei a metodologia propostas e quais os resultados poderiam ser obtidos.
E para concluir utilizei as informações coletas na pesquisa de campo e na pesquisa bibliográfica e fiz um comparativo do que foi vivenciado e do que as pesquisas apontam como ideal.
Após a coleta de dados, os mesmos foram analisados e discutido os resultados, juntamente com professores, agentes e equipe gestora.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pesquisa de campo foi realizada através do aplicativo Whatsapp e contou com a participação de seis professoras regentes de classe, duas professoras de múltiplas linguagens e uma professora de educação física, na qual responderam um questionário com perguntas objetivas e subjetivas que facilitou na coleta das informações e além do comprometimentos de todas as envolvidas na entrevista realizada neste mesmo aplicativos de mensagens instantâneas.
Os dados coletados apontam que o ambiente propício deve oferecer mesas e cadeiras na altura adequada para que as crianças possam sentar e levantar sozinhos, que o buffet seja acessível para que possam escolher e servir apenas com a supervisão de um profissional promovendo a autonomia que é uma das principais habilidades e competências a serem desenvolvidas na educação infantil. Segundo Avila e Jesus (2015), em sua pesquisa na Escola Municipal de Educação Infantil Valério Armindo Roth, foi observado que a partir dos dois anos de idade, devemos estimular a autonomia da criança em diversas situações inclusive no momento da alimentação. 
 As profissionais frisaram a importância de promover um ambiente aconchegante, bem decorado e que incentive o pedagógico que existem nesse momento rico em conhecimento que é a alimentação. 
As refeições são preparadas por merendeiras devidamente orientadas e capacitadas que realizam uma deliciosa comida e esteticamente atrativa. O que muitas vezes influenciam o interesse das crianças em conhecer novos alimentos e sabores. 
As nutricionistas da Secretaria Municipal da Educação de Itajaí juntamente com as nutricionistas da empresa terceirizada que oferece os alimentos e a mão de obra (merendeiras) estabelecem um cardápio saudável e rico em nutrientes que devem ser seguidos pelas merendeiras da unidade escolar. Este cardápio contempla alguns alimentos que não são bem aceitos pelas crianças, como os alimentos integrais ou refeição que possua frango desfiado. As professoras comentaram que isso é um reflexo da cultura alimentar que as crianças possuem em casa e que desmistificar sabores e incentivar o consumo dos alimentos podem contribuir para novos hábitos alimentares.
Sendo assim, enfatizam a importância que a alimentação saudável possuí na unidade escolar, que além de saciar a fome, contribui para o desenvolvimento cognitivo e psíquico. Visando que muitas crianças passam boa parte de seu dia na unidade e fazem suas principais refeições neste ambiente, não existem limite de repetições para que as crianças possam comer a vontade afim de suprir suas necessidades alimentares. Segundo Pinho (2015), em sua pesquisa realizada no município de Porto Alegre, foi observado que é de direito da criança receber refeições de qualidade e na quantidade adequada para cada faixa etária, e também integrar esse momento nos processos a promoção de experiências de aprendizagem que envolvem noções de higiene, educação alimentar, hábitos a mesa e consumo de diferentes alimentos.
5. CONCLUSÃO
Com esta pesquisa podemos observar o quanto é importante o momento de alimentação na unidade escolar, principalmente na educação infantil que as crianças costumam passar quase doze horas diárias neste local que deve ser aconchegante e adequado para que estimule o processo de autonomia dos alunos.
Os alimentos oferecidos devem ser saudáveis, de qualidade e em porções adequadas para suprir a necessidade alimentar de cada criança e incentivando as crianças a experimentarem e conhecerem novos sabores. Este momento deve ser conciliado com o pedagógico para auxiliar no desenvolvimento físico, cognitivo e psíquico.
Este trabalho contribuiu para ampliar meus conhecimentos sobre o assunto abordado e principalmente quebrar o paradigma que o momento de alimentação é somente para saciar a fome e que o pedagógico não faz parte deste momento, sendo que através do pedagógico e dos incentivos podemos mudar ou ao menos tentar mudar os hábitos alimentares das crianças para que cresçam fortes e saudáveis. Sendo assim, este trabalho poderá contribuir para a equipe do Centro de Educação Infantil Augusto Bento de Oliveira e para pesquisadores da área da pedagogia e nutrição. 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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