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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DIREITO CONSTITUCIONAL II Professora Jane Reis Aluna: Laura Rezende de Castro Alves / 2019.2.06264.11 Atividade 03 – Controle de Constitucionalidade O Relatório do Min. Dias Toffoli aborda ED opostos pelo Gov. DF contra acordão que julgou procedente a inconstitucionalidade da Lei Distrital 3.642/05, a qual dispõe sobre a CPD da PC do DF. A Jurisp. do STF dispõe que compete à UF legislar sobre o regime jurídico dos PCs do DF (Art. 21, XIV, CF). Embargante cita que graves razões de segurança jurídica e de excepcional interesse social recomendam a outorga de eficácia. O Gov. DF requer acolhimento dos embargos afim de conceder a eficácia ex nunc à decl. de inconstitucionalidade e que os efeitos do ato embargado vigorem a partir do trânsito em julgado. As decisões do STF em ADI têm efeitos retroativos à edição do ato impugnado. Exc.art.27/lei 9.868/99: “em razões de seg. jurídica ou de excepcional interesse, poderá o STF por maioria de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha ser fixado”. O artigo mitiga a rigidez da nulidade da lei inconstitucional, com base no princípio da unidade da Constituição. Rui Medeiros comenta que a limitação assegura melhor a normativa da Constituição. Bachof endossa que o tribunal, ao não analisar todas as consequências da sua decisão, é omisso, tornando possível volver a questão de ED. Análise do mérito da pretensão do embargante: Para o Gov. DF a decl. de inconstitucionalidade com efeito ex tunc implicaria na desconstituição de processos com amparo na referida lei. Absolvidos teriam que se submeter a novo proc. Adm., fora a reintegração de policiais, que mesmo após condenação, voltariam ao serviço público, pondo em risco à preservação da ordem pública, a segurança pessoal e patrimonial. Segundo o embargante, a aplicação da norma impugnada não prejudicou os acusados dos proc. Adm., observadas as garantias constitucionais e as condenações/absolvições legítimas(3.642/2005). No caso em exame, a decl. da inconstitucionalidade não deve ser retroativa, nem necessário aguardar o trânsito em julgado. Conheço dos ED e dou a eles provimento. A decl. de inconstitucionalidade da Lei distrital 3.642/05 tem eficácia a partir da data da public. do acordão embargado, em 21de agosto de 2009.
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