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INTRODUÇÃO A HISTORIA DA ENFERMAGEM

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Conteúdo:
INTRODUÇÃO 
À PROFISSÃO:
ENFERMAGEM
Márcio Haubert
Kamile Pavani
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
Revisão técnica:
Márcia Otero
Especialista em Administração dos Serviços de Enfermagem
Mestre em Enfermagem
Doutora em Enfermagem
H368i Haubert, Márcio
 Introdução à profissão : enfermagem / Márcio Haubert, 
 Kamile Pavani ; [revisão técnica: Márcia Otero]. – Porto 
 Alegre : SAGAH, 2017.
 138 p. : il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-262-1
 1. Enfermagem. 2. Enfermagem – Profissão. I. Pavani, 
 Kamile. II. Título. 
CDU 616-083
Iniciais_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 2 18/09/2017 17:23:38
Noções gerais da profissão: 
definição e histórico
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Contextualizar a história da enfermagem.
  Reconhecer os objetivos da enfermagem e sua de� nição.
  Relacionar a arte do cuidar com a ciência da enfermagem.
Introdução
A enfermagem é uma profissão que existe, em sua forma mais rudimentar, 
desde os primórdios. O seu avanço se deu pela necessidade de evoluir 
de arte do cuidado para uma profissão organizada, que é baseada e 
desenvolvida de acordo com o conhecimento científico. Desde o início, a 
enfermagem se mantinha preocupada apenas com a assistência e com o 
atendimento às necessidades básicas humanas, mas, com a sua evolução, 
diversas mudanças necessárias ocorreram para contemplar uma sociedade 
que vive em constante mudança. Embora essa profissão tenha percorrido 
um longo caminho desde os tempos em que eram prestados apenas 
cuidados básicos a necessitados, ela ainda se encontra distante de sua 
plena maturidade. A enfermagem tem a necessidade de ser mutante e 
evolutiva, assim como todas as profissões do mundo.
Neste capítulo, você vai entender a definição de enfermagem e acom-
panhar o seu processo histórico evolutivo.
U N I D A D E 1 
U1_C01_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 11 18/09/2017 14:32:21
Definição e história da enfermagem
A enfermagem é defi nida por ser a arte do cuidar, do zelar e do assistir, mas 
você verá como é difícil descrevê-la de forma simples. Isso acontece porque 
existem inúmeras respostas diferentes para a pergunta “O que é enfermagem?”, 
o que acontece pelo simples fato de que cada pessoa responderia com base em 
sua própria vivência e em seu conhecimento naquele momento. Com o avanço 
dos estudos teóricos e práticos da enfermagem, inclusive após a graduação, 
sua própria defi nição de enfermagem mudará devido a mudanças que ocorrem 
quando se vivencia a experiência de ser enfermeiro. 
A enfermagem é uma profissão que foca no atendimento e na assistência 
de pessoas, de famílias e de comunidades ao longo de todo o seu ciclo vital, 
buscando a obtenção, a recuperação e a manutenção da saúde dos seres. O 
atendimento profissional engloba toda espécie de atividades, desde um simples 
toque de afago a um paciente necessitado, até a realização de um procedimento 
técnico que envolve grande complexidade. Enfermagem não existe sem ser 
arte e, ao mesmo tempo, também não existe sem ser ciência. A sua arte se 
origina da aplicação hábil do conhecimento para auxiliar os outros e obter o 
máximo em saúde e qualidade de vida, enquanto que a ciência é o que serve 
de base para que a arte seja ministrada e aplicada com maestria.
Histórico
O processo do cuidado nas civilizações anteriores ao século XVI
Nas civilizações antigas, era comum as pessoas acreditarem que as moléstias 
eram oriundas de causas espirituais ou sobrenaturais, como sendo a infl uência 
de espíritos malignos. Para tentar explicar tais fatos, surgiu a teoria do ani-
mismo, que se baseia na crença de que tudo na natureza era vivo, com forças 
invisíveis, energias e poder. Existiam os bons espíritos, responsáveis pela saúde 
e pela prosperidade, enquanto os maus espíritos traziam doenças e morte. 
Para a realização do tratamento e do cuidado dos doentes, os papéis dos 
médicos e dos enfermeiros eram separados e diferentes. Os médicos eram os 
chamados curandeiros e tratavam as doenças por meio de rituais, de cânticos 
inspiradores de medo ou ainda de procedimentos nada ortodoxos, como a 
abertura da caixa craniana para a liberação dos maus espíritos. Já a enferma-
gem costumava ser a mãe, a que cuidava de toda a família durante qualquer 
doença, garantindo assim os cuidados físicos e aplicando remédios extraídos 
 Noções gerais da profissão: definição e histórico 12
U1_C01_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 12 18/09/2017 14:32:21
de plantas e esse papel de cuidar, que é dado pelo profissional enfermeiro, 
perdura até hoje.
Com a evolução das populações e com o seu inevitável crescimento, os 
templos acabaram se tornando os centros de atendimentos de doenças devido 
à crença de que elas seriam causadas pelo pecado e pelo desagrado aos deu-
ses. Os médicos e os sacerdotes tinham elevado reconhecimento dentro da 
sociedade, enquanto que os profissionais de enfermagem eram considerados 
escravos que deveriam desempenhar as atividades inferiores perante as ordens 
dos secertotes-médicos. No mesmo período, os hebreus estipularam regras 
de relações humanas éticas, de saúde mental e de controle das doenças pelos 
10 Mandamentos e pelo Código de Saúde de Moisés ou Código Mosaico 
(Figura 1). Nesta época, a enfermagem também cuidava dos doentes em casa 
e na comunidade e exercia a função de parteira.
Já na era cristã, a enfermagem passou a ter um papel mais definido e formal. 
As pessoas eram levadas pela crença de que o amor e a caridade para com os 
outros eram importantes, com isso, mulheres religiosas faziam as primeiras 
visitas organizadas a pessoas enfermas e membros de ordens religiosas mas-
culinas também davam assistência de enfermagem e enterravam os mortos. 
Tanto as ordens masculinas como as femininas foram fundadas durante as 
Cruzadas, do século XI ao XIII. Os ambientes hospitalares foram erguidos 
devido a inúmeros peregrinos que necessitavam de atendimento, com isso, a 
enfermagem se tornou uma vocação respeitada. Mesmo a Idade Média tendo 
um início caótico, a enfermagem desenvolveu a sua finalidade, a sua direção 
e a sua liderança.
No início do século XVI, muitas sociedades do ocidente mudaram sua 
orientação religiosa para uma ênfase na guerra, havendo, assim, a exploração 
e a expansão do conhecimento. Vários monastérios e conventos fecharam, 
deixando os recursos humanos escassos para a atividade de enfermagem e, para 
supri-las, foram recrutadas mulheres criminosas e prostitutas, aliviando assim 
as suas penas criminais e morais e, com isso, a enfermagem manteve a sua má 
reputação agregada a baixos salários e a longas cargas horárias de trabalho.
13Noções gerais da profissão: definição e histórico
U1_C01_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 13 18/09/2017 14:32:21
Figura 1. Moisés – Michelangelo (1515).
Fonte: OmiStudio/Shutterstock.com.
Os aspectos básicos dos 12 códigos sanitários mosaico:
1. Sanidade ambiental: cuidados com excretos humanos e inspeção habitacional.
2. Prevenção de doenças: proibição de tatuagens, pois transmitiam hepatites e 
tétano.
3. Contágio: isolamento de vítimas de várias doenças contagiosas.
4. Cultivo da terra: repouso do solo a cada sete anos para se recuperar.
5. Doença: Moisés se referiu a algumas doenças endêmicas sofridas pelos hebreus 
no deserto, fornecendo tanto uma descrição das doenças quanto seus respectivos 
diagnósticos. Historiadores médicos identificaram sete diferentes condições mór-
bidas sob a designação geral de lepra.
6. Comportamento social e mortalidade: a lei moral declara: “Não cometas adul-
tério”. A violação deste preceito era motivo de punição. Embora as punições nos 
pareçam severas hoje, elas eram necessárias para proteger os filhos de Israel. Os 
egípcios, que livremente praticavam a prostituição, a concubinagem e a poligamia, 
sofriam comumente de cegueira na sua descendência devido à infecção gonocócica.
 Noções gerais da profissão:definição e histórico 14
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7. Higiene pessoal: as palavras kabas (lavar) e rachats (banhar) são usadas 63 vezes no 
código sanitário mosaico, indicando a importância que a higiene desempenhava 
na profilaxia de doenças entre o povo hebraico. Os hebreus eram instruídos a lavar 
o seu vestuário e os seus corpos depois de terminado o período de quarentena. 
Moisés especificou até que a água corrente é mais adequada que um banho em 
água estagnada.
8. Exercício: a Bíblia recomenda o trabalho produtivo: “Seis dias trabalharás e farás 
toda a tua obra”. Isto está em contraste com a ênfase dada pelos gregos aos des-
portos competitivos. Hoje, mais do que nunca, reconhecemos os benefícios da 
atividade física.
9. Repouso: a instituição de um dia semanal de repouso foi extraordinariamente 
importante como medida de higiene física e mental, pois estabelece um ritmo 
elementar definido para a vida do homem, providenciando um dia de repouso e de 
recreação depois de seis dias consecutivos de trabalho. Além disso, a regularidade 
e o ritmo são essenciais à saúde.
10. Narcóticos: o código sanitário mosaico aconselhava contra o uso de bebidas 
alcoólicas e ervas venenosas.
11. Vestuário: a descoberta de fungos e de alforra no vestuário requeria que este fosse 
lavado. Se isso o não purificasse, deveria então ser destruído pelo fogo.
12. Dieta: dado o fato de que a dieta do código sanitário mosaico era de caráter pre-
ventivo, a maior parte da instrução aparece sob a forma de proibições. Entre estas, 
encontram-se a gordura e o sangue, a carne despedaçada no campo, animais que 
morreram de causas naturais e carne impropriamente cozida. Os animais do campo 
deveriam ter as unhas fendidas e ruminar o alimento. Essa designação eliminava 
todos os animais que se alimentavam de detritos e também os carnívoros e os 
roedores pestíferos. Só podiam ser comidos os animais aquáticos que tivessem 
escamas e barbatanas, o que, em geral, eliminava os que viviam em águas inqui-
nadas e também certas variedades venenosas. Embora nenhuma regra abarcasse 
todas as aves, são apresentadas listas de espécies proibidas.
Fonte: Esteves (2011).
Florence Nightingale: a criadora da enfermagem 
moderna
Da metade do século XVIII até o XIX, as transformações e reformas sociais 
alteraram os papéis das enfermeiras e das mulheres em geral. A enfermagem 
que conhecemos teve seu início com base nos referenciais de Florence Nightin-
gale, nascida em 12 de maio 1820, em Florença – Grão-ducado da Toscana 
(atual Itália) –, em uma família abastada que lhe ofereceu uma boa educação e 
muitas viagens para seu crescimento pessoal e intelectual. Florence Nightingale 
cresceu na Inglaterra e recebeu seu nome em homenagem a sua cidade natal 
15Noções gerais da profissão: definição e histórico
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(Figura 2). Contrariando sua família, sentiu-se vocacionada a fazer caridade e 
iniciou um treinamento de enfermagem aos 31 anos. Com o início da Guerra 
da Crimeia, houve uma solicitação para que britânicos se responsabilizassem 
pela assistência de necessitados em um hospital militar na Turquia, o que 
trouxe a oportunidade de realização pessoal para Florence. Neste local, ela 
realmente fez a diferença, pois desafi ou os preconceitos contra as mulheres, 
elevando as condições de status de todas as enfermeiras. Com o término da 
guerra, voltou à Inglaterra, onde instituiu uma escola de enfermagem com 
base em livros autorais sobre o atendimento de saúde e sobre o ensino da 
enfermagem. Suas contribuições incluem:
  A identificaç ã o das necessidades pessoais do paciente e do papel da 
enfermeira no atendimento destas necessidades.
  O estabelecimento de padrõ es para a administraç ã o hospitalar.
  O estabelecimento de uma profissã o respeitada para as mulheres.
  O estabelecimento do ensino de enfermagem.
  O reconhecimento dos dois componentes da enfermagem – saú de e 
doenç a.
  A crenç a de que a enfermagem é separada e diferente da medicina.
  O reconhecimento de que a nutriç ã o é importante para a saú de.
  A criaç ã o da terapia ocupacional e recreacional para pessoas doentes.
  O destaque da necessidade de educaç ã o continuada para enfermeiras.
  A manutenç ã o de registros exatos, reconhecidos como os primó rdios 
da pesquisa de enfermagem.
Florence Nightingale elevou a enfermagem ao status de profissã o respeitada, 
melhorando a qualidade do atendimento e criando bases sólidas para o ensino 
moderno de enfermagem. Ela, entre outras enfermeiras com importâ ncia 
histó rica, foram de suma importância para o desenvolvimento da enfermagem.
 Noções gerais da profissão: definição e histórico 16
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Figura 2. Florence Nightingale iniciou as principais reformas nos cuidados de saúde e no 
treinamento de enfermeiras na Inglaterra.
Fonte: Florence (2017).
A enfermagem do sé culo XIX ao XXI
O trabalho de Florence Nightingale na Guerra da Crimeia e no atendimento 
proporcionado nas baixas das batalhas durante a Guerra Civil norte-americana 
trouxe o foco para a necessidade de profi ssionais preparados nos Estados 
Unidos. Com isso, surgem escolas de enfermagem conectadas com hospitais, 
com base nas teorias de Florence, embora o ensino oferecido estivesse mais de 
acordo com o treinamento operacional do que com os princí pios educacionais, 
focando a necessidade de seres mais tarefeiros e menos pensantes. Os noso-
cômios identifi caram a vantagem econô mica de possuírem escolas pró prias 
e a maioria delas foi organizada para oferecer uma equipe mais controlá vel 
e menos onerosa para o hospital. Isso não deu muito certo, pois a falta de 
objetivos claros separou o atendimento do ensino de enfermagem, deixando 
as enfermeiras formadas sob o controle de administradores e mé dicos do sexo 
masculino. Ficou nítida a falta de padrõ es educacionais, pois isso favoreceu o 
domí nio masculino no atendimento de saú de e a crenç a vitoriana predominante 
de que as mulheres eram dependentes dos homens, o que veio a ocasionar 
em vá rias dé cadas de progresso lento do profi ssionalismo na enfermagem. 
17Noções gerais da profissão: definição e histórico
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A Segunda Guerra Mundial teve um efeito enorme sobre o trabalho da 
enfermagem. Foi a primeira vez que um grande nú mero de mulheres saiu de 
casa para trabalhar e teve a oportunidade de se tornar mais confiante e inde-
pendente. Essas mudanç as, com a sociedade e com as mulheres, deram maior 
ê nfase na educaç ã o. A guerra criou a necessidade de haver mais profissionais de 
enfermagem, o que resultou em uma explosã o de conhecimentos na medicina 
e na tecnologia, destacando, valorizando e ampliando o papel da enfermagem. 
Com o final da guerra, os estudos foram direcionados para o aperfeiç oamento 
do ensino dessa profissão. As escolas se sustentaram em objetivos educacionais 
e se transformaram em faculdades, levando várias pessoas de ambos os sexos, 
alé m de representantes das minorias, à graduaç ã o em enfermagem. A profissã o 
se expandiu em todas as á reas, incluindo na prá tica de uma grande variedade 
de ambientes de atendimento de saú de, no desenvolvimento de um corpo de 
conhecimentos especí ficos e generalizados, na realizaç ã o e na publicaç ã o de 
pesquisas de enfermagem e no reconhecimento do papel da enfermagem na 
promoç ã o da saú de. O resultado disso tudo nos remete aos dias atuais, em que 
temos, claramente, demonstrado a ê nfase no conhecimento de enfermagem 
como sendo a base para a prá tica, elevando cada vez mais o seu crescimento 
como uma disciplina profissional.
Definições e objetivos da enfermagem
Definições 
A palavra enfermeiro, do inglê s nurse, é oriunda da palavra latina nutrix, que 
signifi ca “nutrir”, e passa uma ideia de que o enfermeiro é o profi ssionalque 
Confira no link a seguir informações sobre a inserção 
do homem na enfermagem. 
https://goo.gl/eLnZuJ
 Noções gerais da profissão: definição e histórico 18
U1_C01_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 18 18/09/2017 14:32:23
https://goo.gl/eLnZuJ
nutre, que encoraja, que protege e está preparado para cuidar dos enfermos, dos 
feridos e dos idosos. Você já viu que, com a evolução da profi ssão, ocorreu a 
expansão dos papéis e dos encargos desta profi ssão, fi cando quase impossível 
encontrar uma defi nição limitada para a nossa realidade profi ssional? 
O International Council of Nurses, em 2002, captou o significado da en-
fermagem em sua defnição: 
A enfermagem engloba o cuidado autô nomo e colaborativo de pessoas 
de todas as idades, das famí lias, dos grupos e das comunidades, saudá veis 
ou doentes, e em todos os locais. Inclui a promoç ã o da saú de, a prevenç ã o 
de doenç as e o cuidado de doentes incapacitados e pessoas que estã o 
para morrer. Atua também na defesa e promoç ã o de um ambiente se-
guro, pesquisa, participaç ã o nos modelos de polí ticas de saú de e na 
administraç ã o de pacientes e sistemas de saú de, bem como na educaç ã o, 
constituindo papé is fundamentais da enfermagem. 
Já a American Nurses Association (ANA), que descreveu os valores e a 
responsabilidade social da enfermagem, traz a definiç ã o e o â mbito da prá tica 
profissional e debate sua base de conhecimentos, alé m de descrever os mé todos 
pelos quais a enfermagem é regulamentada no Nursing’s Social Policy State-
ment . Em sua definiç ã o, os enfermeiros se concentram nas experiê ncias e nas 
reaç õ es das pessoas ao nascimento, à saú de, à doenç a e à morte, no contexto 
individual, familiar, grupal e comunitá rio. Como bagagem de conhecimento 
para a prá tica profissional, temos o diagnó stico, as intervenç õ es e a avaliaç ã o 
dos resultados, a partir de um plano de cuidados estabelecido e estruturado. 
Seu papel na sociedade científica não fica estagnado apenas no já citado, pois 
o enfermeiro também integra dados objetivos aos conhecimentos obtidos com 
a compreensã o da experiê ncia subjetiva do paciente ou de um grupo, aplicando 
conhecimentos cientí ficos ao processo de enfermagem e oferecendo uma 
relaç ã o de envolvimento que facilita a saú de e a cura. 
Mas veja bem, com todas essas definições, você não pode perder o principal 
foco da enfermagem: o paciente, que é o sujeito que recebe o cuidado e tem, 
em sua vida, as dimensões fí sica, emocional, social e espiritual totalmente 
interligadas. Com isso, a enfermagem nã o pode mais ser vista como uma 
profissão preocupada apenas com o foco na doenç a, já que os conceitos e as 
definiç õ es se expandem para incluir a prevenç ã o da doenç a, a promoç ã o da 
saúde e a sua manutenç ã o, atingindo indiví duos, famí lias e comunidades. 
19Noções gerais da profissão: definição e histórico
U1_C01_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 19 18/09/2017 14:32:23
Objetivos
Foram organizados em quatro amplos objetivos da prática profi ssional:
1. A promoção da saú de.
2. A prevenção da doenç a.
3. A restauração da saú de.
4. A facilitação do enfrentamento da incapacitaç ã o e/ou da doenç a. 
Para atingir esses objetivos, o profissional de enfermagem mune-se de 
conhecimentos e habilidades com base no pensamento crí tico, para assim 
poder prestar atendimento nos vários papé is de enfermagem, sejam tradicionais 
ou ampliados. 
Para o bom cumprimento dos seus objetivos, os profissionais de enferma-
gem devem utilizar quatro competê ncias essenciais, sendo elas as cognitivas, 
as té cnicas, as interpessoais e as é ticas e legais, garantindo o fornecimento 
de um atendimento seguro e habilitado. Ser enfermeiro vai além do domínio 
das técnicas. 
1. Competências cognitivas, que se dividem em:
 ■ Habilidades cognitivas: ser possuidor de habilidades cognitivas para 
selecionar as intervenções de enfermagem que facilitam o alcance 
dos resultados esperados.
 ■ Pensamento crítico: o uso do pensamento crí tico para resolver 
problemas com criatividade facilita o alcance de resultados exitosos.
Enfermeiros com competências cognitivas conseguem: 
 ■ Oferecer uma justificativa cientí fica ao plano de assistê ncia ao pa-
ciente (incluem a ciê ncia da enfermagem e da medicina, alé m de 
ciê ncias bá sicas, como quí mica, microbiologia, anatomia, fisiologia, 
psicologia, sociologia e antropologia) com suas responsabilidades 
resultantes do papel profissional.
2. Competências técnicas que se apresentam como:
Habilidades técnicas: o domínio delas garante a manipulação de equipa-
mentos para produzir uma consequê ncia ou um resultado desejado. 
Competê ncia té cnica: esta envolve tudo, da destreza manual e da boa 
coordenaç ã o olhos-mã os, até a capacidade de detectar problemas referentes ao 
 Noções gerais da profissão: definição e histórico 20
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mau funcionamento do equipamento, com base na compreensã o dos detalhes 
té cnicos destes.
Enfermeiros com habilidades té cnicas têm domínio sobre: 
 ■ Uso de equipamentos té cnicos com competê ncia e facilidade sufi-
cientes para o alcance de metas, gerando sofrimento mí nimo aos 
participantes envolvidos.
 ■ Adaptação, com criatividade, de equipamentos e de procedimen-
tos té cnicos à s necessidades de cada paciente nas mais diversas 
circunstâ ncias. 
3. Competências interpessoais: 
 ■ Enfermeiros com essas habilidades estabelecem e mantê m relaç õ es de 
cuidado que auxiliam no alcance das metas valorizadas e, ao mesmo 
tempo, confirmam o valor dos envolvidos nas relaç ões. 
Possuir essas habilidades garante: 
 ■ Usar ativamente as relações interpessoais com pacientes e seus fami-
liares e com colegas em todos os seus níveis hierárquicos, agregando 
valores.
 ■ Provocar os pontos fortes e as capacidades pessoais de pacientes e 
de pessoas significativas, auxiliando o alcance das metas de saú de.
 ■ Propiciar o cuidado e o auto-cuidado da equipe assistencial, enten-
dendo seus valores, suas metas e suas expectativas no processo de 
trabalho.
 ■ Trabalhar, cooperativamente, com outros membros da equipe de 
saú de, demonstrando capacidade de trabalho interdisciplinar, tor-
nando-se um colega respeitá vel e confiá vel.
4. Competências éticas e legais: 
 ■ Enfermeiros que dominam essas habilidades garantem a condução 
de seus atos, evidenciando coerê ncia no seu có digo moral pessoal e 
na natureza das coisas para “dar sentido” ao seu mundo e também 
compreender, por meio de conceitos, o necessá rio para o alcance 
das metas que valorizam.
Enfermeiros com essas habilidades conseguem: 
 ■ Conquistar a confiança dos pacientes e dos membros da equipe 
multiprofissional por intermédio da segurança de seus atos.
21Noções gerais da profissão: definição e histórico
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 ■ Ser responsável por tudo em sua prática com todos os assistidos e 
com a sociedade.
 ■ Ser mediador de conflitos é ticos entre paciente, pessoas significativas, 
equipe de assistê ncia e demais envolvidos.
 ■ Executar, com confiança e segurança, a enfermagem conforme os 
princí pios dos có digos de é tica profissional e os padrõ es de prá tica 
apropriados. 
 ■ Utilizar mecanismos legais que reduzem o risco de processos legais. 
O principal papel do enfermeiro, como prestador de cuidados, é de também ser 
comunicador, professor, conselheiro, lí der, pesquisador, defensor e colaborador. Essas 
funções sã o desempenhadas pelo enfermeiro em diversos ambientes, com cuidados 
oferecidos tanto em domicí lio, como em hospitais e em comunidades. 
Enfermagem: arte ou ciência?
Provavelmente você ainda se questiona ou se preocupa sobre a falta de compre-
ensão que algumas pessoas têm em relação à enfermagem. Mas você acha que 
a enfermagem é ciência ou arte? Você não deve utilizar essa refl exão sobre a 
complexidade como sua inimiga, mas, sim, como uma questão a ser enfatizada.Para isto, deve-se saber que o foco da profissão é o cuidado humano e que 
todas as teorias enfatizam a multidimensionalidade dos sujeitos e ainda aceitam 
que se trabalhe com informações genéticas relacionadas à hereditariedade, com 
informações sociológicas ou culturais e também com acontecimentos e alea-
toriedade pontuais. Toda essa mescla se torna a grande geradora de conflitos. 
Aceitar a complexidade de nossos pacientes não explica tudo e, em vez 
desta questão “travar” o profissional, ela deve despertar o seu interesse em 
explorar o todo de cada paciente (Figura 3). 
 Noções gerais da profissão: definição e histórico 22
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Figura 3. Questões necessárias para explorar cada paciente.
Fonte: Adaptado de [Nurse] ([2016]).
Há inúmeras possibilidades e focos de atuação e entender e conquistar essa 
arte do cuidar implica em reconhecer a multidimensionalidade que as pessoas 
precisam. Isto demanda exatidão de você, da sua capacidade de relacionamento 
interpessoal e de condições de empatia. Mas por que exatidão? Porque quando 
você fizer o cálculo de um medicamento para ser administrado, quando seguir 
os passos na execução de qualquer técnica asséptica, quando expuser indica-
dores de queda, de presença de flebite, de extubação acidental, de incidência 
de úlcera por pressão, de infecção hospitalar e de tempo de manutenção de 
cateter venoso, deverá ser focado no erro para que este não ocorra e com a 
intenção de evoluir no conhecimento das acertivas. Além disso, a capacidade 
de cuidar adequadamente também pede que você saiba quem é esse sujeito, 
esse “objeto de seu cuidado”, quais são seus poderes e suas limitações, quais 
são suas necessidades e o que isso contribui para o seu crescimento, tanto 
quanto saber identificar quais são os seus potenciais e as suas limitações, 
para, com isso, ser possível trocar o plano e os cuidados adequados, sempre 
agregando ao conhecimento geral e específico.
Voce é capaz de definir “cuidado”?
Cuidado é uma palavra substantiva que refl ete o resultado da ação do cuidar. 
Contudo, apenas quando há o encontro terapêutico entre o ser cuidado e o 
23Noções gerais da profissão: definição e histórico
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cuidador é que será possível existir a qualidade no cuidado e isso se torna 
complexo.
Complexo? Sim, pois significa que há um grande número de unidades 
interagindo entre si de várias formas, muitas vezes imprevisíveis.
Mas por que imprevisíveis? Porque, do contrário, todo medicamento fun-
cionaria igual para todas as pessoas, não achas?
O cuidado deve estar integrado, pois apresenta caráter subjetivo e se fun-
damenta em processos relacionais, isto é, não lineares, por isso mesmo nem 
sempre são mensuráveis ou programáveis.
E como você pode relacionar melhor ciência e arte?
Você deve entender a ciência como o conhecimento e a arte como uma habili-
dade. Simples, não é? A ciência e a arte permitem aliar competência técnica com 
dignidade, com compaixão, com ética e com individualização dos cuidados. 
Enquanto que o erro pode provocar uma evolução no conhecimento, fazendo 
parte de todo esse processo. Reduzir a enfermagem apenas a dados quantifi -
cáveis é limitar o ser humano e também o seu cuidado a uma noção simples, 
subtraindo a importância da complexidade das relações de suas dimensões a 
de um ser bioantropológico e biossociocultural.
Com isso, após sua reflexão, fica imprescindível entender que, conforme 
a ciência tem necessidade de conquistar a objetividade, a arte acaba funda-
mentando os interesses mais subjetivos dos nossos sujeitos, os quais devem 
isto não só aos impulsos que os estimulam, mas também às condições de toda 
objetividade possível. Se a ciência se faz com teoria e método, o cuidado de 
enfermagem se faz com arte e ciência e, neste sentido, é preciso levar em conta 
que o sentido de ciência da enfermagem está na prática, no espaço de exercício 
de sua arte e no campo de aplicação de seus conhecimentos.
Assista ao vídeo a seguir e entenda os motivos que 
justificam a grande procura das pessoas pela forma-
ção em enfermagem.
https://goo.gl/8wyz9N
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1. No início do século XVI, muitas 
sociedades do Ocidente mudaram 
sua orientação religiosa para uma 
ênfase na guerra, com a exploração 
e a expansão do conhecimento. 
Vários monastérios e conventos 
fecharam, deixando os recursos 
humanos escassos para a atividade 
de enfermagem. Para suprir essas 
necessidades, foram recrutadas:
a) pessoas com alto conhecimento 
científico, necessárias para 
o cuidado adequado dos 
indivíduos necessitados.
b) mulheres que cometeram 
crimes e praticaram a 
prostituição, para alívio de suas 
penas criminais e morais.
c) damas da alta sociedade 
que tinham como lema levar 
uma vida voluntariosa.
d) médicos-curandeiros e 
sacerdotes, por terem 
elevado reconhecimento 
dentro da sociedade.
e) mulheres que cuidavam de 
toda a família durante qualquer 
doença, garantindo os cuidados 
físicos e aplicando remédios 
extraídos de plantas.
2. São contribuições de 
Florence Nightingale:
a) identificação das necessidades 
pessoais do paciente e do papel 
da enfermeira no atendimento 
dessas necessidades; 
estabelecimento de padrões 
para a administração hospitalar; 
estabelecimento de uma 
profissão respeitada para as 
mulheres; estabelecimento 
do ensino de enfermagem; 
reconhecimento dos dois 
componentes da enfermagem: 
saúde e doença; crença de que 
a enfermagem não é separada 
e diferente da medicina; 
reconhecimento de que a 
nutrição é importante para 
a saúde; criação da terapia 
ocupacional e recreacional 
para pessoas com doenças; 
destaque da necessidade de 
educação continuada para 
enfermeiras; manutenção de 
registros exatos, reconhecidos 
como sendo os primórdios da 
pesquisa de enfermagem.
b) identificação das necessidades 
pessoais do paciente e do papel 
da enfermeira no atendimento 
dessas necessidades; 
estabelecimento de padrões 
para a administração hospitalar; 
estabelecimento de uma 
profissão respeitada para as 
mulheres; estabelecimento 
do ensino de enfermagem; 
reconhecimento dos dois 
componentes da enfermagem: 
saúde e doença; crença de 
que a enfermagem é separada 
e diferente da medicina; 
reconhecimento de que a 
nutrição é irrelevante para 
a saúde; criação da terapia 
ocupacional e recreacional 
para pessoas com doenças; 
destaque da necessidade de 
educação continuada para 
25Noções gerais da profissão: definição e histórico
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enfermeiras; manutenção de 
registros exatos, reconhecidos 
como os primórdios da 
pesquisa de enfermagem.
c) identificação das necessidades 
pessoais do paciente e do papel 
da enfermeira no atendimento 
dessas necessidades; 
estabelecimento de padrões 
para a administração hospitalar; 
estabelecimento de uma 
profissão respeitada para as 
mulheres; estabelecimento 
do ensino de enfermagem; 
reconhecimento dos dois 
componentes da enfermagem: 
saúde e doença; crença de 
que a enfermagem é separada 
e diferente da medicina; 
reconhecimento de que a 
nutrição é importante para 
a saúde; criação da terapia 
ocupacional e recreacional 
para pessoas com doenças; 
destaque da necessidade de 
educação continuada para 
enfermeiras; desnecessidade 
de registros exatos.
d) identificação das necessidades 
pessoais do paciente e do papel 
da enfermeira no atendimento 
dessas necessidades; 
estabelecimento de padrões 
para a administração hospitalar; 
estabelecimento de uma 
profissão respeitada para as 
mulheres; estabelecimento 
do ensino de enfermagem; 
reconhecimento dos dois 
componentes da enfermagem: 
saúde e doença; crença de 
que a enfermagem é separada 
e diferente da medicina; 
reconhecimento de que a 
nutrição é importantepara 
a saúde; criação da terapia 
psiquiátrica para pessoas 
com doenças; destaque da 
necessidade de educação 
continuada para enfermeiras; 
manutenção de registros 
exatos, reconhecidos como 
os primórdios da pesquisa 
de enfermagem.
e) identificação das necessidades 
pessoais do paciente e do papel 
da enfermeira no atendimento 
dessas necessidades; 
estabelecimento de padrões 
para a administração hospitalar; 
estabelecimento de uma 
profissão respeitada para as 
mulheres; estabelecimento 
do ensino de enfermagem; 
reconhecimento dos dois 
componentes da enfermagem: 
saúde e doença; crença de 
que a enfermagem é separada 
e diferente da medicina; 
reconhecimento de que a 
nutrição é importante para 
a saúde; criação da terapia 
ocupacional e recreacional para 
pessoas doentes; destaque 
da necessidade de educação 
continuada para enfermeiras; 
manutenção de registros 
exatos, reconhecidos como 
sendo os primórdios da 
pesquisa de enfermagem.
3. Os objetivos da enfermagem foram 
organizados em quatro amplos 
objetivos da prática profissional:
I. A promoção da saúde.
II. A prevenção da doença.
III. A restauração da saúde.
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IV. A facilitação do enfrentamento da 
incapacitação e/ou da doença. 
Para atingir esses objetivos, o 
profissional de enfermagem mune-
se de conhecimentos e habilidades 
com base no pensamento 
crítico, para assim poder prestar 
atendimento nos vários papéis de 
enfermagem, sejam tradicionais 
ou ampliados. Para o bom 
cumprimento de seus objetivos, 
os profissionais de enfermagem 
devem utilizar quatro competências 
essenciais. Quais são elas?
a) Pensamento crítico, 
competências técnicas, 
competências interpessoais e 
competências éticas e legais.
b) Competências cognitivas, 
habilidades técnicas, 
competências interpessoais e 
competências éticas e legais.
c) Competências cognitivas, 
competências técnicas, 
competências interpessoais e 
competências éticas e legais.
d) Competências cognitivas, 
competências técnicas, 
competências pessoais e 
competências éticas e legais.
e) Competências cognitivas, 
competências técnicas, 
competências interpessoais 
e competências legais.
4. O principal papel do enfermeiro 
como prestador de cuidados adquire 
sua forma por meio dos papéis de:
a) interlocutor, educador, 
orientador, líder, pesquisador 
e colaborador.
b) facilitador, professor, 
tarefeiro, gerente, estudioso, 
defensor e colaborador.
c) comunicador, professor, 
conselheiro, estudioso, 
defensor e colaborador.
d) comunicador, professor, 
conselheiro, líder, pesquisador, 
defensor e colaborador.
e) nenhuma das alternativas 
anteriores.
5. Para compreender a enfermagem 
como arte e ciência, você deve saber 
que o foco da profissão é o cuidado 
humano e que todas as teorias 
enfatizam a multidimensionalidade 
dos sujeitos e ainda aceita que você 
trabalhe com informações genéticas 
relacionadas à hereditariedade, 
às informações sociológicas ou 
culturais, além de acontecimentos 
e aleatoriedades pontuais. Toda 
essa mescla se torna a grande 
geradora de conflitos, porque...
a) entender a simplicidade 
dos pacientes explica tudo, 
e isso já será o suficiente 
para oferecer um bom 
atendimento a cada paciente.
b) as histórias de vida, de família 
e de relações pessoais dos 
pacientes não devem importar, 
nem mesmo interferir na 
compreensão da enfermagem 
como arte e ciência.
c) aceitar a complexidade dos 
pacientes não explica tudo e, em 
vez de essa questão “travar” o 
profissional, ela deve despertar 
o seu interesse em explorar 
o todo de cada paciente.
d) investigar e sondar a 
complexidade dos pacientes 
com seus familiares explica tudo, 
pois isso, em vez de “travar” 
o profissional, deve despertar 
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ESTEVES, E. Moisés e a medicina preventiva. 7 abr. 2011. Disponível em: <http://leitu-
rasparaavida.blogspot.com.br/2011/04/moises-e-medicina-preventiva.html>. Acesso 
em: 29 ago. 2017.
FLORENCE NIGHTINGALE. In: WIKIPEDIA. 28 ago. 2017. Disponível em: <https://
en.wikipedia.org/wiki/Florence_Nightingale>. Acesso em: 29 ago. 2017.
 [NURSE]. [2016]. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/12/13/15/45/
nurse-1904381_960_720.png>. Acesso em: 29 ago. 2017.
Leituras recomendadas
GEOVANINI, T. et al. História da enfermagem: versões e interpretações. 3. ed. Rio de 
Janeiro: Revinter, 2010.
LEME, R. J. de A. Saúde é consciência: medicina e saúde x medicina da doença. São 
Paulo: Ciranda Cultural, 2012.
MORIN, E. Ciência com consciência. 14. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.
OGUISSO, T.; FREITAS, G. F. de. História da enfermagem: instituições & práticas de ensino 
e assistência. Rio de Janeiro: Águia Dourada, 2015.
PORTO, F.; AMORIM, W. História da enfermagem: identidade, profissionalização e 
símbolos. 2. ed. São Caetano do Sul, SP: Yendis, 2012.
TAYLOR, C. et al. Fundamentos de enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de en-
fermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
VAUGHANS, B. W. Fundamentos de enfermagem desmistificados. Porto Alegre: AMGH, 
2012.
o seu interesse em explorar 
o todo de cada paciente.
e) as histórias de vida, de famílias 
e de relações pessoais dos 
pacientes só servirão como 
embates na compreensão da 
enfermagem como arte e ciência.
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http://rasparaavida.blogspot.com.br/2011/04/moises-e-medicina-preventiva.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Florence_Nightingale
https://cdn.pixabay.com/photo/2016/12/13/15/45/
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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