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STREPTOCOCCUS & ENTEROCOCCUS AIM4 Lara Parente 1. STREPTOCOCCUS ● Família streptococcaceae ● Cocos gram-positivos ● Dispostos aos pares ou cadeias ● Maioria das espécies anaeróbia facultativa ● Algumas espécies são capnofílicas ⇨Precisam de CO2 para se multiplicar ● Catalase-negativos ⇨Não são produtores de catalase (Lembrando: Catalase é uma enzima que faz a decomposição do peroxido de hidrogênio) CLASSIFICAÇÃO ● Propriedades sociológicas (Grupos de Lancifield – A a W) que serve para classificar carboidratos e polissacarídeos ● Padrões hemolíticos (capacidade de realizar a lise celular): ● Hemólise parcial (alfa⇒S. pneumoniae); Hemólise completa (beta⇒S. pyogenes); sem hemólise (gama⇒E. coli) ● Propriedades bioquímicas e fisiológicas (metabolismo em si) ● Tipo e características das infecções que podem causar STREPTOCOCCUS PYOGENES ● Bactérias carnívoras ● Associadas aos dois casos clínicos: Faringite bacteriana e Mionecrose (necrose muscular) FISIOLOGIA E ESTRUTURA ● Cocos esféricos em cadeias ● Beta-hemolíticos ● Antígeno grupo A de Lancefield Dímero N-acetilglicosamina e ramnose (grupo-específico) ● Proteína M: principal antígeno tipo-específico e consiste em duas cadeias polipeptídicas complexadas em alfa-hélice o Classe I ⇒Compartilham antígenos expostos. Capazes de induzir febre reumática, além de infecções supurativas e glomerulonefrites. o Classe II ⇒Não expõem seus resíduos na superfície da célula. Capaz de induzir infecções supurativas e glomerulonefrites. ● Proteínas semelhantes a M; ● Ácido lipoteicoico Ligação com células hospedeiras - Fibronectina ● Proteina F Facilitam a ligação com células hospedeiras por se complexar com a fibronectina presente na superfície dessas células. ● Cápsula de ácido hialurônico Função de adesão aos queratinócitos (em tecidos queratinizados) - maior probabilidade de infecções sistêmicas graves, pois a cápsula protege a bactéria da eliminação por fagocitose. PATOGÊNESE E IMUNIDADE ● Virulência é determinada pela capacidade do microrganismo de evitar a opsonização e a fagocitose, aderir e invadir as células hospedeiras e produzir uma variedade de toxinas e enzimas. INTERAÇÕES INICIAIS PARASITO-HOSPEDEIRO Obs: a fagocitose é o principal mecanismo de combate à infecção de 4 a 8 semanas em indivíduos não imunes. ● Escape da opsonização e fagocitose: o A cápsula de ácido hialurônico é um imunógeno fraco e que dificulta a fagocitose. o Proteínas M bloqueiam a ligação do componente C3b do sistema complemento (importante mediador da fagocitose); este mesmo componente (C3b) também pode ser degradado pelo fator H, que se liga à superfície celular na região da proteína M e estão sob os mesmos controles regulatórios. o Proteína M interfere na fagocitose pela ligação ao fragmento Fc dos anticorpos ou à fibronectina, que bloqueia a ativação do sistema complemento pela via alternativa e reduz a quantidade de C3b ligado. o C5a peptidase Presente em toda cepa de S. pyogenes, é uma enzima que inativa C5a (quimioatrativo de neutrófilos e de fagócitos mononucleares, e protege o microrganismo da eliminação precoce a partir de tecidos infectados). ● Adesão à célula hospedeira: ▪ Ácido lipoteicoico Interação fraca com os sítios de ligação de ácidos graxos na fibronectina e em células epiteliais. ▪ Proteína M Interage com receptores específicos nas células do hospedeiro; ▪ Proteína F Interage com receptores específicos nas células do hospedeiro. ● Invasão aos tecidos hospedeiros: ▪ Proteína M ▪ Proteína F ▪ Antígenos bacterianos ▪ Esta internalização é importante para manutenção de infecções persistentes, como a faringite estreptocócica recorrente, e invasão de tecidos profundos. ● Toxinas e Enzimas o Exotoxinas pirogênicas estreptocócicas/Toxinas Eritrogênicas (Spe) Agem como superantígenos, interagindo tanto com macrófagos como com células T auxiliares, aumentando a liberação de citocinas pró-inflamatórias. Responsável por muitas das manifestações clínicas das doenças estreptocócicas graves, como fascite necrosante, síndrome do choque tóxico e erupção cutânea observada em pacientes com escarlatina. o Estreptolisina S Lise de eritrócitos, leucócitos, plaquetas. Pode também estimular a liberação do conteúdo lisossômico após fagocitose pela célula, com subsequente morte do fagócito. Produzida na presença de soro e é responsável pela Beta-hemólise característica observada no meio de ágar-sangue. o Estreptolisina O lise de eritrócitos, leucócitos, plaquetas e células de cultura. Ação direta cardiotóxica. Anticorpos (ASO) são prontamente formados contra a estreptolisina O, no hospedeiro. É irreversivelmente inibida pelo colesterol dos lipídios da pele, com isso pacientes com infecções cutâneas não desenvolvem anticorpos anti-ASO. o Estreptoquinases A e B Medeiam a clivagem do plasminogênio, liberando a protease plasmina que, por sua vez, cliva a fibrina e o fibrinogênio. Podem lisar coágulos sanguíneos e depósitos de fibrina e facilitar rápida disseminação do S. pyogenes nos tecidos infectados. Anticorpos Antiestreptoquinase são marcadores úteis de infecção. o Dnases A a D Podem despolimerizar o DNA livre presente no pus. O que reduza viscosidade do material do abcesso e facilita a disseminação dos microrganismos. Teste Anti-DNase B importante marcador de infecção cutânea. EPIDEMIOLOGIA ● Colonização assintomática e transitória ● Faringite acomete principalmente crianças de 5 a 15 anos, mas crianças em outras faixas etárias e adultos também são suscetíveis. ● Contaminação através de perdigotos em aglomerações e durante os meses de inverno principalmente. ● Infecções de tecidos moles são tipicamente precedidas pela colonização inicial da pele com estreptococos do grupo A, sendo os microrganismos posteriormente induzidos em tecidos superficiais ou profundos através de uma descontinuidade da pele. DOENÇAS CLÍNICAS DOENÇAS SUPURATIVAS FARINGITE desenvolve-se 2 a 4 dias após exposição ao patógeno, com início abrupto de dor de garganta, febre, mal-estar e cefaleia. A faringe posterior pode apresentar eritematosa, com exsudato e com linfoadenopatia proeminente. É de difícil diferenciação a faringite estreptocócica da viral, necessitando de diagnóstico diferencial. ESCARLATINA Complicação da faringite estreptocócia que ocorre quando a cepa infectante é lisogenizada por um bacteriófago temperado que medeia a produção de uma exotoxina pirogênica. Em um ou dois dias após os sintomas clínicos iniciais da faringite se desenvolverem, surge uma erupção eritematosa difusa na região superior do tórax, que se espalha para as extremidades. A área ao redor da boca geralmente é poupada (palidez peitoral), bem como palma das mãos e sola dos pés. Língua de morango (vermelha e inflamada). A erupção clareia quando pressionada e desaparece após 5 a 7 dias e é seguida de descamação da camada superior da pele. PIODERMIA (IMPETIGO) Infecção de pele confinada, purulenta que afeta principalmente as áreas expostas. o A infecção inicia quando a pele é colonizada com S. pyogenes, após contato direto com pessoas infectadas ou fômites contaminados. o O microrganismo é introduzido no tecido subcutâneo através de uma descontinuidade da pele, como arranhão ou picada de inseto. o As vesículas (contém líquido seroso) se desenvolvem, progridem para pústulas (vesículas cheias de pus) e então se rompem e formam uma crosta na superfície. o Linfonodos podem ser aumentados. o Sinais sistêmicos de infecção como febre e sepse são incomuns. o Disseminação secundária dérmica causada por arranhadura é comum o Principalmente em meses quentes e úmidos e em crianças pequenas com pouca higiene pessoal. ERIPSELA ● infecção aguda da pele (um pouco mais profunda que a piodermia) o Dor localizada, inflamação (Eritema, calor); o Aumento dos linfonodos o Sinais sistêmicos (calafrios, febre, leucocitose) o Área da pele envolvida fica tipicamente elevada, diferenciando-se das regiões não afetadas. o Mais comum em crianças pequenas e idosos. o Face e pernas bolhas o Precedida porinfecções do trato respiratório ou da pele (piodermia) com S. pyogenes. CELULITE Afeta pele e tecidos subcutâneos mais profundos (diferente da eripsela). o sinais de inflamação local e sistêmica. o É necessária a identificação precisa do microrganismo envolvido, pois diversas bactérias diferentes podem causar celulite ⇨ Agente causador variável. o Pode ser tratada com terapia antimicrobiana. o Pode apresentar bacteremia FASCITE NECROSANTE (GANGRENA ESTREPTOCÓCICA) Infecção no tecido subcutâneo profundo e dissemina-se ao longo dos planos fasciais musculares. Pode evoluir da erisipela ou da celulite. Muito grave. o Destruição extensiva do músculo e do tecido adiposo. o Microrganismo é introduzido no tecido através de uma descontinuidade na pele (corte pequenos ou trauma, infecção viral vesicular, queimadura, cirurgia). o Inicia-se com celulite, que sem seguida forma uma bolha, gangrena (necrosa). o Sintomas sistêmicos toxicidade, falência de múltiplos órgãos e morte. o Tratamento: desbridamento cirúrgico do tecido infectado + antibioticoterapia. SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO ESTREPTOCÓCICO o Inicia com uma inflamação de tecido mole no sítio da infecção (local); o Sintomas sistêmicos inespecíficos; o Normalmente posterior a fascite. o A dor se intensifica à medida que a doença progride para o choque e a falência de órgãos. o Muito comum em pacientes com HIV, câncer, diabetes, doença cardíaca ou pulmonar, varicela-zoster vírus, usuários de drogas injetáveis e que abusam de álcool. o Muito comum também nas cepas que tem a proteína M sorotipos M1 ou M3, cápsula proeminente (favorece a permanência da bactéria, evitando a fagocitose), Spe A e C. OUTRAS DOENÇAS SUPURATIVAS sepse puerperal, linfangite e pneumonia. ● Os pacientes com infecções localizadas como faringite, piodermia e erisipela raramente apresentam bacteremia, porém as hemoculturas da maioria dos pacientes com fascite necrosante ou síndrome do choque tóxico são positivas. A taxa de mortalidade nesta população de paciente é próxima de 40%. DOENÇAS NÃO SUPURATIVAS (SÃO COMPLICAÇÕES PÓS-INFECÇÃO) Os anticorpos que forma produzidos para eliminar a infecção vão interagir com antígenos próprios, formando imunocomplexos com os tecidos do hospedeiro. FEBRE REUMÁTICA é uma complicação não supurativa da Faringite; o Alterações inflamatórias envolvendo coração, articulações, vasos sanguíneos e tecidos subcutâneos. o Formação de imunocomplexos nas articulações com padrão migratório. o Comum em crianças de 5 a 15 anos. o Proteína M Classe I (1, 3, 5, 6 e 18) responsáveis pela febre reumática. o Fenômenos autoimunes determinantes antigênicos em comum (proteína M como por exemplo do tecido cardíaco); o Reação cruzada dos anticorpos produzidos durante a infecção com antígenos destes glicoproteínas e fibroblasto, valvas cardíacas, membrana sinovial e cartilagem articular, tecido cerebral, musculo liso, esqueléticos, tecido hepático, linfócitos, timo, pele e rins. risco de endocardite bacteriana. o Ação tóxica direta Estreptolisina O. o Deposição tecidual de imunocomplexos que induz citotoxicidade mediada por células. o Persistência da bactéria nas tonsilas maior risco da doença. o Apesar de ligada à faringite, não está associada às infecções cutâneas estreptocócicas. o Comum em crianças em idade escolar mais jovens, principalmente durante os meses de outono ou inverno. o Caso não seja administrada profilaxia antimicrobiana, a febre reumática pode ser recorrente em infecção estreptocócica subsequente. o Diagnóstico: ▪ Cultura ▪ Detecção do antígeno em swab ▪ Elevação dos anticorpos anti-ASO, anti-Dnase B, anti-hialuronidase. GLOMERULONEFRITE AGUDA inflamação aguda do glomérulo renal com edema, hipertensão, hematúria e proteinúria. o Cepas nefrogênicas específicas de estreptocos do grupo A estão associadas a esta doença. o Deposição de imunocomplexos nos glomérulos quadro autoimune. o Faringite ou piodermia prévias. o Comum em crianças de 3 a 7 anos; o Recorrência rara. o Perda progressiva e irreversível da função renal em adultos. o Diagnóstico: ▪ Apresentação clínica ▪ Infecção recente por S. Pyogene DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ● Microcospia; ● Detecção de antígenos da bactéria; ● Testes baseados em ácidos nucléicos da bactéria; ● Cultura e identificação do S. pyogenes; ● Detecção de anticorpos anti-toxinas, anti-enzimas, anti-cápsula. TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE ● Faringite Penicilina V oral ou Amoxicilina ● Alérgicos cefalosposporina ou macrolídeos ● Infecções sistemáticas graves Penicilina endovenosa e clindamicina ● Infecção de tecidos moles (ex: fascite necrosante) antibioticoterapia, drenagem e desbridamento favorecer a chegada de antibiótico a níveis séricos para eliminar a bactéria. ● Febre reumática profilaxia antimicrobiana prolongada evitar recidiva. STREPTOCOCCUS AGALACTIAE FISIOLOGIA E ESTRUTURA ● Antígeno grupo B de Lancefield ● Cocos Gram-positivos em cadeia ● Colônias grandes com estreita área de B-hemólise (tipo de interação que o MO tem quando cultivado em ágar sangue) ● Evasão à fagocitose (cápsula). virulência (favorece a presença do organismo no hospedeiro até o momento em que o organismo desenvolva anticorpos específicos). ● Comum em gestantes e recém-nascidos. PATOGENICIDADE E IMUNIDADE ● Risco de parto prematuro –> mais susceptível ● Sistema complemento (vias clássica e alternativa) eliminação ● Resíduo de ácido siálico polissacarídeos capsulares Ia, Ib e II- nibição da via alternativa, dificultando a opsonização e interferindo diretamente na capacidade de que aquela bactéria seja vista e fagocitada. DOENÇAS CLÍNICAS DOENÇA NEONATAL DE INÍCIO PRECOCE ● Adquire no útero ou no momento do nascimento até a 1ª semana de vida ● Ganha a corrente sanguínea (bacteremia), se dissemina e pode acarretar quadro de meningite. O diagnóstico deve ser rápido, sob risco de sequelas, como cegueira, surdez e retardo mental DOENÇA NEONATAL DE INÍCIO TARDIO Fonte exógena 1ª a 3ª semana de vida ● Bacteremia + Meningite complicações neurológicas INFECÇÕES EM MULHERES GRÁVIDAS E PUÉRPERA ● Endometrite pós-parto pode desenvolver sepse puerperal. ● Infecções da ferida cirúrgica ● Infecções do trato urinário ● Amnionite infecção do liquido amniótico. INFECÇÕES EM MULHERES NÃO-GRÁVIDAS E HOMENS ● Pele e tecidos moles ● Urosepse ● Bacteremia ● Pneumonia ● Infecção de ossos, articulações, pele e tecidos moles. ● Nos imunocomprometidos infecção MAIS GRAVE EPIDEMIOLOGIA ● Colonização assintomática: TGI inferior e geniturinário ● Adquirida na gestação ou parto (portador transitório: 10 a 30%) ● Portadora sepse puerperal ● Colonização neonatal parto prematuro, ruptura prolongada de membrana e febre intraparto. ● Profilaxia antimicrobiana intraparto; ● Adultos diabetes, câncer, alcoolismo. DIAGNÓSTICO ● Teste para detecção de antígenos: pouco sensíveis; ● Testes baseados em ácidos nucléicos: pós cultura ● Microscopia-meningite, pneumonia, infecção de feridas o Gram LCR ● Caldo LIM e PCR-detecção de portador vaginal; ● Cultura e identificação ESTREPTOCOCOS VIRIDANS ● Alfa hemolíticos (cor esverdeada) e não hemolíticos ● Capnofílicos precisam de CO2 para se multiplicar ● Mais de 30 espécies e subespécieis ● 5 subgrupos ● Podem ser componentes do TGI, orofaringe ou trato geniturinário. ● Endocardites (S. mitis, S. sanguis, S. salivarius) problemas naturais nas válvulas e/ou devido próteses valvulares. Infecção do endocárdio ● Enzima glicosiltransferase sacarose glicanos insolúveis favorecem a adesão das bactérias nas superfícies lisas dos dentes formando placa dentária (cáries) STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE ● Não agrupável pela classificação de Lancefield ● Alfa hemolítico (hemólise parcial) ● De 5 a 10% dos adultos são portadores no trato respiratório superior ● Atualmente: considerado reemergente (plasticidade genética e resistência a antimicrobianos). ● Gravidade das infecções pneumocócicas: crianças com até dois anos e nos adultos idosos ou no final da meia idade. (extremos de idade) ● Cocosem formato oval agrupado em pares achatados ● Algumas cepas são capnófilas precisam de CO2 para serem cultivadas/proliferarem FISIOLOGIA E ESTRUTURA ● Cocos gram-positivos encapsulados ● Diplococos ou cadeias curtas ● Catalase-negativo não produtora de catalase BIOLOGIA, VIRULÊNCIA E DOENÇA ● Colônias grandes, redondas e mucoides cepas encapsuladas ● 94 sorotipos (polissacarídeos capsulares) vacina polivalente ● Polissacarídeo C ácido teicóico exposto ● Antígeno F ácido teicóico ligado a lipídeos de membrana. PATOGÊNESE E IMUNIDADE 1. COLONIZAÇÃO E MIGRAÇÃO Adesinas protéicas de superfície da bactéria colonização inicial da orofaringe PORÉM pode ocorrer a remoção destas bactérias pelo sistema mucociliar IgA protease (evita a ação da IgA secretora) e Pneumolisina (semelhante à estreptolisina O, liga-se ao colesterol em células ciliadas e fagócitos e cria poros) alteram a ação do sistema mucociliar destruição de fagócitos. 2. DESTRUIÇÃO DOS TECIDOS Amidase libera no ambiente da infecção fragmentos da parede célular, como ácido teicoico e fragmentos de peptideoglicano estimulam a liberação C5a Fosforilcolina ligação fator de ativação plaquetária induz internalização, evasão à opsonização e à fagocitose disseminação. Pneumolisina liberação de C5a e C3a estimulam liberação de TNF alfa e IL-1 ativam a migração de células inflamatórias para o local, febre e dano tecidual. Produção de peróxido de hidrogênio dano tecidual (reativos instáveis do oxigênio – IRO) 3. SOBREVIVÊNCIA EM FAGÓCITOS Cápsula evasão à fagocitose Pneumolisina supressão do burst EPIDEMIOLOGIA ● Habitante da orofaringe e nasofaringe de indivíduos saudáveis ● Crianças, idosos e adultos que convivem com crianças ● Pneumonia bacteriana comunitária 200.000/ano óbitos em crianças com menos de 5 anos ● Meningite, otite média, sinusite, pneumonia e bacteremia. ● Comumente associada a uma infecção prévia viral. DOENÇAS CLÍNICAS PNEUMONIA Febre alta, calafrios, dores de cabeça, perda de apetite, mudanças de humor, pressão artesial baixa, frequência cardíaca ele vada, dor nas articulações, náusea, vômitos. Comum: extremos de idades, invernos, infecções previas do trato respiratório, elitismo, tabagismo, imunossupressão SINUSITE E OTITE MÉDIA MENINGITE 15% dos casos de meningite em crianças 30 a 50% dos casos de meningite em adultos DIAGNÓSTICO ● Microscopia ● Cultura e identificação ● Detecção de antígenos 1. ENTEROCOCCUS INTRODUÇÃO ● Cocos entéricos ● Estreptococos do grupo D-antígeno de parede celular. ● E. faecalis, E. faecium, E.gallinarum, E. casseliflavus. ● Habitantes do TGI ● Resistência intrínseca à vancomicina. FISIOLOGIA E ESTRUTURA ● Cocos gram-positivos ● Pares ou cadeias curtas ● Morfologia: S. pneumoniae ● Anaeróbios facultativos conseguem viver na presença ou ausência de O2 ● 10º C a 45º C ● pH 4,6 – 9,9 ● aumento NaCl e sais biliares ● Colônias grandes com alfa, gama e raramente beta-hemólise. PATOGÊNESE E IMUNIDADE ● Virulência o Capacidade de adesão aos tecidos e formação de biofilmes o Resistência a antibióticos: ▪ Proteínas de superfície glicolipidis de membrana gelatinase e pili ▪ Resistência intrínseca (na própria constituição da bactéria não tem o sítio alvo para determinados antibióticos. Ex: resistência à vancomicina) ou adquirida ▪ Clearence: neutrófilos e opsonização ▪ Imunocomprometidos susceptíveis. EPIDEMIOLOGIA ● Locais onde é encontrada: o Fezes humanas e animais o Intestino grosso e TGU (E. faecalis) o Cateter urinário ou intravascular biofilmes ● Hospitalização prolongada ● Antibiotico de amplo espectro ● E. gallinarum e E. casseliflavus. DOENÇAS CLÍNICAS ● Infecções nosocomiais causa frequente ● Trato urinário o Assintomática o Cistite não complicada o Cistite associada à pielonefrite ● Infecções odontogênicas ● Infecções do peritônio (polimicrobianas) ● Endocardite DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ● Ágar sangue e chocolate ● Catalase- negativo ● S. pneumoniae sensível à optoquina ● E. faecalis resistência à optoquina TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE ● Maioria dos antibióticos não bacterididades em concentrações clinicamente relevantes ● Infecções graves: aminoglicosídeo + ativo contra PC ● 25% resistência a aminoglicosídeos ● Resistencia mediada por plasmídeos ● Linezolina, daptomicina, tigeclicina e quinupristin;dalforpristin EXCETO para E. faecalis ● Prevenção controle da disseminação de cepas.
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