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CEPA – PROCESSO CIVIL – CONTESTAÇÃO – PROF. RICCARDO MARCORI VARALLI Arthur Picoli, instrutor de crossfit, e Carla Diaz, atriz se conheceram em um famoso reality show brasileiro e iniciaram namoro. Durante esse período, Arthur brindou sua amada com diversos presentes, especialmente, uma viagem a dois com duração de 30 dias para as Ilhas Seychelles, exuberante arquipélago africano. Tal fato, foi largamente divulgado nas redes sociais de ambos e estima-se que a luxuosa estadia custou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) para o bolso do instrutor. Com o passar do tempo, o casal decidiu levar o relacionamento para um nível mais sério. Em uma grande festa, arcada por diversos patrocinadores, o casal noivou. Convidado pelo noivo para ser padrinho, o rapper José Tiago Sabino Pereira, mais conhecido pelo nome artístico Projota, presentou o casal pelo noivado com um belíssimo faqueiro alemão de prata avaliado em R$ 100.000,00 (cem mil reais). Na sequência, o casal, ainda morando em casas separadas, realiza todos os preparativos para o casamento (igreja, vestimentas, buffet, festa, dentre outros). Na data marcada, faltando meia hora para o início da cerimônia, enquanto realizava os últimos preparativos, Carla Diaz foi surpreendida com uma mensagem de texto de WhatsApp de Arthur: “Cá, repensei na minha vida e não estou preparado...tenho que partir. Desculpa”. Com a Igreja Nossa Senhora do Brasil lotada de convidados e com imensa cobertura da mídia, coube à noiva, em conjunto com sua família, a dura tarefa de comunicar o repentino cancelamento do enlace matrimonial. Seis meses depois, Arthur procura Carla dizendo que precisam acertar alguns valores, por conta do término do relacionamento. Inconformado com as negativas de sua ex-noiva, pagou as custas pertinentes e ajuizou ação condenatória em face de Carla, autuada sob o nº 11111111111 e distribuída para a 8ª Vara Cível do Fórum Central da Capital do Estado de São Paulo, com o objetivo de obter a devolução do valor gasto com a viagem para as Ilhas Seychelles durante o namoro e a restituição do faqueiro de prata ganho como presente de noivado que ficou na casa de Carla. Arthur informou, em sua petição inicial, que não tinha interesse na designação de audiência de conciliação, inclusive porque já havia feito contato extrajudicial com Carla, sem obter êxito nas negociações. Arthur deu à causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais). Carla recebeu a carta de citação do processo pelo correio, no qual fora dispensada a audiência inicial de conciliação, e procurou um(a) advogado(a) para representar seus interesses, narrando todos os fatos aqui expostos. Carla não tem interesse na realização de conciliação. Na qualidade de advogado(a) de Carla, elabore a peça processual cabível para defender seus interesses, indicando seus requisitos e fundamentos, nos termos da legislação vigente. Considere que ambos os pedidos de Arthur não estão fulminados pela prescrição. Diante do propósito apresentado, responda as seguintes questões, que ajudarão na redação da peça processual: 01- Qual é a peça processual cabível? 02- Qual a Justiça, Foro e Juízo competentes? 03- Qual o processo e o procedimento? 04- Quem é o autor? Quem é o réu? 05- Há preliminares? Quais? 06- O que deve alegar no mérito, ou seja, qual (is)tese(s) deve (m) ser desenvolvida(s)? 07- Existe a possibilidade de reconvenção? 08- Qual o pedido?
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