Hantavirose: sintomas, tratamento e prevenção

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Hantavirose
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
Introdução
Hantavirose é uma enfermidade aguda, bastante grave, de distribuição universal, provocada por diferentes sorotipos de Hantavirus eliminados nas fezes, urina e saliva de roedores silvestres.
A hantavirose pode manifestar-se como:
- uma doença febril, aguda e inespecífica;
- febre hemorrágica com síndrome renal (FHSR);
- síndrome pulmonar por hantavirose (HPS), com maior incidência nas Américas;
historia
A doença foi reconhecida primeiramente em 1993, na região de For Corners, EUA;
Nação Navajo (índios);
Vírus isolado: Peromyscus maniculatus;
No Brasil: 1993, São Paulo;
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Taxa de letalidade: 35%;
Entrou na Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde em 2004; 
Aumento no número de casos no país entre 2003 e 2006;
Doença considerada grave e não possui vacina ou tratamento específico;
Distribuição
Agente etiológico
Vírus RNA de fita simples;
Com envelope de dupla capa de lipídeos;
Família: Bunyaviridae;
Gênero: Hantavírus;
Suscetíveis a vários desinfetantes
Solução de hipoclorito de sódio a 2,5%;
Detergentes;
Álcool etílico a 70%
Reservatórios
Roedores Silvestres;
Os sorotipos conhecidos no Hemisfério Sul, tem como reservatórios principais os roedores: Sigmodontinae, enquanto que, no Hemisfério Norte, são as subfamílias Sigmodontinae e a Arvicolinae;
Forma de transmissão
Aerossóis;
Contato direto;
Água e alimentos contaminados;
Fase prodrômica ou inespecífica
Observa-se: 
Febre;
Mialgia;
Dor dorso-lombar;
Dor abdominal;
Cefaleia intensa;
Sintomas gastrointestinais como náuseas;
Vômitos;
Diarreia.
Tosse seca;
Fase prodrômica ou inespecífica
Achados laboratoriais:
Linfócitos atípicos (>10%);
Plaquetas (<150.000 até 20.000);
Leucócitos normais ou com desvio à esquerda;
Hematócrito (>45%);
Raio-X normal ou com infiltrados difusos, unilaterais ou bilaterais.
Fase cardiopulmonar
Caracterizada pelo início da tosse seca, acompanhada por taquicardia e dispneia e hipoxemia; 
Pode evoluir para edema pulmonar não cardiogênico, hipotensão arterial e colapso circulatório;
Raio-X de tórax;
Comprometimento renal podendo evoluir para insuficiência renal ;
Fase cardiopulmonar
Taxa de letalidade: 40%;
Óbito;
Hantavirose em crianças
Sintomas:
Febre;
Mialgias;
Dor abdominal;
Cefaléia;
Náuseas;
Vômito
Achado laboratorial mais importante  hematócrito > 45%;
Diagnóstico
ELISA-IgM
Imunohistoquímica
RT-PCR;
Diagnóstico diferencial
Leptospirose;
Dengue;
Virose respiratória;
Septicemia;
Pneumonia; 
Tratamento
Hidratação!!
Drogas cardiotônicas vasoativas ;
Suporte e monitoração hemodinâmica e ventilatória de forma contínua;
Antibiótico terapia;
Gestantes
Dois casos diagnosticados no Brasil;
Acompanhamento gestacional;
Óbito: materno e/ou fetal;
Suspender a amamentação; 
Prevenção e controle
Antirratização;
Reduzir fonte de água e alimentos para roedores;
Eliminar entulhos e resíduos;
Cuidados na armazenagem de insumos e produtos agrícolas;
Destinar o lixo corretamente;
Prevenção e controle
Desratização:
Em áreas rurais e silvestres não é recomendado o controle químico, caso necessário poderá ser feita nas áreas limite entre o domicílio e peridomicílio;
Manejo ambiental:
Práticas de higiene e medidas corretivas do meio ambiente;
Prevenção e controle
Notificação
 A Hantavirose é classificada como doença de notificação compulsória conforme:
 Art.505. Classe 1: Doenças e outros agravos em que a notificação individual e imediata deve ser feita à autoridade sanitária local e às instâncias superiores, pelo meio mais rápido disponível, após a suspeita diagnóstica;
 II. Doenças sujeitas a acompanhamento intensivo pela SESA e/ou Ministério da Saúde, em que a notificação deve seguir imediatamente às instâncias superiores:
a) Acidente por contato com Lonomia
e) Dengue
i) Hantavirose
k) Raiva humana
 Art. 511. Os médicos que prestem atendimento a qualquer caso de agravo de notificação compulsória, ficam obrigados a fazer a notificação, mesmo que não assumam a direção do tratamento;
 Art. 512. Na ausência de médico, qualquer outro profissional de saúde é obrigado a proceder a notificação;
Previna-se
http://www.youtube.com/watch?v=tce4XFgMq9o&hd=1
Referências
MANUAL DE ZOONOSES. CRMV, v. 2, edição 2011;
AULA SOBRE HANTAVIROSE, Artigo online, disponível em: www.saude.pr.gov.br/aula_hantavirose , acessado em 20 de março de 2014;
INFORMATIVO DECIT, Artigo online, disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/boletim_hantavirose.pdf acessado em 23 de março de 2014;
CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS CONFIRMADOS DE HANTAVIROSE COM LOCAL PROVÁVEL DE INFECÇÃO NO BIOMA CERRADO BRASILEIRO, 1996 A 2008, Artigo online, disponível em: scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v20n4/v20n4a13.pdf, acessado em 22 de março de 2014;