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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 1 Aneurisma 19/03/2021 • Aula de aneurisma e dissecação da aorta. • Compreender os processos fisiopatológicos • Caracterizar morfologicamente. Sistema circulatório e sistema cardiovascular são duas coisas diferentes, visto que o sistema cardiovascular diz respeito a inclusão do coração, e vasos sanguíneos como artéria e veia. Revisão sistema cardiovascular • Quais são os componentes dos vasos? As artérias e as veias não são iguais, visto que existem diferenças nesses dois: As artérias são responsáveis por enviar sangue para os tecidos, e por isso é mais reforçada, contendo 3 camadas: • Intima • Média • Adventícia Temos artérias elásticas e musculares, sendo a diferença delas: a elástica tem maior presença de fibras elásticas. • As veias: Veias de grande calibre, médio calibre e pequeno calibre, além da presença das vênulas. Estrutura similar, mas que altera seu calibre Túnica adventícia mais evidente, o que difere da artéria. Túnica média com pouquíssimas células muscular. As válvulas existem para garantir o fluxo unidirecional. A principal diferença da veia de grande calibre para a de médio calibre é a constituição da túnica adventícia, com menor quantidade de feixe de músculo liso na de baixo calibre. Sistema arterial, portando, enfrenta altas pressões, por isso a adaptação da túnica média, sistema venoso baixa pressão e que atua como um reservatório de sangue. • Sangue arterial sai com pressão maior, e acaba circulando para as arteríolas e capilares, região de menor pressão. O endotélio possui um estado basal e um estado ativado de suas células. • Como essas células e endotélio irá atuar de acordo com as diferenças de pressão As respostas da parede do vaso as lesões são de acordo com as repostas que temos no nosso sistema de defesa por exemplo, já que teremos acúmulo e mudança dessas túnicas. Aneurisma ou Doença aneurismática. • Por definição, aneurisma é quando encontramos uma dilatação nos vasos sanguíneos. • Essa dilatação pode ser congênita ou adquirida, geralmente associadas a processos de HAS. • Podem ser de tipos diferentes: UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 2 • Verdadeiro dos tipos Sacular: dilatação unilateral, sobe de um lado a dilatação. Fusiforme: lembra uma célula de músculo liso • Falso: causado por um hematoma: sangue fica contido no tecido conjuntivo extra vascular. • Dissecção artéria: ruptura na íntima, tem uma lesão em uma das túnicas, e o sangue penetrou entre as camadas do vaso. Análise das imagens macro : Aneurisma de a. basilar: • Artéria basilar é uma das artérias mais importantes que irrigam nosso sistema nervoso central • Leva sangue para o encéfalo. Patogenia do aneurisma • Artérias são dinâmicas, e mantem sua integridade através da síntese, degradação e reparo de sua matriz extracelular. O ideal seria que tudo isso trabalhasse com equilíbrio, sem alteração na parede do vaso. Geralmente a estrutura ou função do tecido conjuntivo é comprometida pelos seguintes fatores: Doenças como síndrome de marfan, temos problema na síntese de fibrina, o que acarreta alteração na estrutura ou função do tecido conjuntivo. A fibrina aumenta TGF beta, o que causa dilatação progressiva. Outra situação é a síndrome de Loeys Dietz, tenho uma mutação nos receptores de TGF beta, e o que acontece é anormalidade na elastina, colágeno, estando diretamente relacionado com a proliferação das células musculares lisas. Síndrome de Ehlers Danlos, com deficiência na síntese de colágeno do tipo III, Já o ícone 2; • Aumento dos metalos proteinases por macrófagos, e irá degradar os componentes da matriz extracelular como colágeno, elastina e etc. de componentes. Já o ícone 3; UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 3 • O que irá acontecer com a parede vascular; perde resistência, ou seja, mais fraca, com maior perda das células musculares lisas. Microscopicamente, análise da patogenia aneurisma: Pouca fibra e perda de componentes estruturais, começa a dilatar. Aplicação clínica: • Pressão arterial elevada • Queixa principal: calombo pulsante em regiao abdominal. Análise ressonância na imagem acima. Vemos que esse aneurisma é fusiforme, ou seja, uma dilatação bilateral. Questões: 1) Hipertensão arterial sistêmica (causa ativação endotelial), diabetes e dislipidemia (processo inflamatório na túnica íntima com alteração do fluxo sanguíneo) e a própria idade do paciente (aneurisma da aorta abdominal em geral se desenvolve em homens, fumantes e maiores de 50 anos). 2) Com o aneurisma, pode ocorrer compressão de estruturas adjacentes, no caso do aneurisma da aorta abdominal há um alto risco de compressão de estruturas nervosas adjacentes, estruturas vasculares adjacentes (podendo causar uma isquemia) e das alças intestinais. Caso o aneurisma se rompa, poderá ocorrer uma hemorragia grave. Aneurisma de Aorta podem ser advindos de: • Aterosclerose, sendo mais frequente o encontrar em aorta abdominal. • Hipertensão, sendo formado geralmente na aorta ascendente, já que temos uma pressão sendo ejetado com maior pressão na porção ascendente da aorta, teremos todo processo de lesão, inflamatório no endotélio. • Defeitos congênitos, vasculite, trauma, infecção, que leva ao aneurisma micótico. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 4 Aneurisma Aorta Abdominal, AAA: O processo de aterosclerose possui fatores como: • Gênero masculino, tabagismo, idade superior a 50 anos. • Temos duas situações: inflamação e difusão comprometida. Morfologia: • Posicionado abaixo das artérias renais, e acima da bifurcação da aorta. • Seculares ou fusiformes • Normalmente o aneurisma contém trombo mural • Cursa com a diminuição da túnica média, a qual tem bastante célula muscular e elástica. • Quanto maior for o aneurisma, pior é o prognostico. Os aspectos clínicos: • Geralmente assintomático, o médico descobre apalpando. • A primeira consequência de todas é a obstrução de um ramo de vasos da aorta, com lesões isquêmicas dos tecidos. • Embolia pelo ateroma ou trombo mural. • Compressão de estruturas adjacentes, como ureter. • O risco de ruptura é diretamente proporcional ao tamanho do aneurisma. CASO CLÍNICO: 1) A dissecção aórtica é comum em indivíduos com hipertensão, pois essa condição causa hipertrofia da túnica média dos vasa vasorum, induzindo uma isquemia da aorta. Ocorre degeneração das células musculares lisas e menor produção de MEC. Condições hereditárias que induzem a uma menor produção de MEC ou diminuem a proliferação dos leiomiócitos também estão relacionadas à dissecção da aorta. 2) Dor torácica de início súbito, dispneia e tosse persistente. 3) A dissecção da aorta é uma patologia na qual ocorre rompimento da túnica média da UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 5 artéria, gerando um “bolsão” na parede do vaso, no qual ocorre acúmulo de sangue. No caso do paciente, ele possui uma dissecção do tipo A DeBakey II. 4) Supostamente, o paciente sofreu com ruptura da dissecção e extravasamento do sangue para as cavidades pericárdica e pleural, situação a qual se não for tratada poderá fazer com que ele evolua para óbito. Aneurisma Aorta Torácica: • Associam-se principalmente a HAS • Também as síndromes de marfan. Aspectos clínicos: • Dificuldade de respiração • Dificuldade de deglutição • Tosse persistente • Insuficiência valvular • Ruptura da aorta, com hemorragia. Dissecção • É uma evolução do aneurisma • Quando o sangue separa os planos laminares da média, formando umcanal cheio de sangue dentro da parede aórtica. • Geralmente acontece em homens, entre 40 e 60 anos. • Antecedente de hipertensão arterial • Constante lesão mecânica por conta do fluxo turbulento, gerando processo lesivo. • Incomum processo de aterosclerose nesse tipo de paciente. • O segundo canal é o q chamamos de dissecação da aorta. Classificação da dissecação da aorta: • Tipo A: UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 6 • Tipo B:
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