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Direito Penal I - ESTUDO AV2

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Direito Penal I - Aula 10
Causa: é toda ação de alguma coisa que gera um resultado. 
Ex: um homicídio por arma de fogo, a CAUSA é o ferimento causado pelo projétil, que resultou em uma morte. 
Causas DEPENDENTES: são aquelas que precisam da condunta do agente para provocar o resultado, ou seja, são incapazes de produzir o resultado por si só. 
Relação de Casualidade -> Art.13 do CP “O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.”. 
Nexo Causal: É a ligação que existente entre a conduta do agente e o resultado que essa conduta produziu. Trata-se de uma relação, um vínculo entre o fato e sua consequência.
Exemplo: Fulano foi alvejado por um disparo de arma de fogo realizado por Sicrano, que tinha a intenção de mata-lo. Fulano foi internado em estado grave no hospital.
Pergunta: Houve nexo de causalidade (vínculo) entre a conduta de Sicrano (disparo de arma de fogo) e o fato de Beltrano está internado em estado grave?
R: Sim, houve! Logo, a conduta de Sicrano foi uma causa determinante para o estado de saúde grave de Beltrano e deverá responder por isso. 
Concausas: É o conjunto de fatores preexistentes, capazes de modificar o curso natural do resultado, fatores esses que o agente desconhecia ou não podia evitar.
Causas absolutamente independente: são aquelas que produziriam um resultado, independentemente da conduta do agente. Obs: ela exclui a responsabilidade penal. 
Causa relativamente independente: exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
* Causas 
1ª. Preexistentes -> é a causa que existe anteriormente à conduta do agente.
Ex: um problema cardíaco despertado por um susto. 
2ª. Concomitantes -> que acontece ao mesmo tempo. 
Ex: um acidente onde uma pessoa causa a morte de um paciente que já estava ferido dentro da ambulância. 
3ª. Supervenientes -> por si só NÃO produz resultado. Como também por si só PODEM causar o resultado. 
Ex: uma vítima de tiro de arma de fogo morre no hospital, mas pela falta de energia do local. Ela não morreu por causa do tiro, mas foi por causa dele que a mesma estava no hospital naquele momento. 
3. Teoria da casualidade adequada: É uma das teorias para estabelecimento do nexo causal, considerando causa do resultado apenas a conduta antecedente, reputada razoável para gerar o evento. 
4. Teoria da Conditio Sine Qua Non: Trata-se da teoria de relação de causalidade adotada pelo art. 13 do Código Penal, significando constituir causa do resultado toda ação ou omissão sem a qual o referido resultado não teria ocorrido.
RESULTADO
1. Conceito: é o produto da conduta praticada pelo agente. Ele pode ser de DUAS espécies. 
2. Espécies: se dividem em Naturalístico e Normativo. 
-> Naturalístico: é aquele que enseja uma modificação no mundo real.
Ex: se você é morto, sua morte vai fazer diferença na sala de aula, pois vai faltar um aluno dentro da sala. Ou seja, é algonquense pode perceber e ver a mudança dentro do corpo da turma, na sociedade. 
-> Normativo/Jurídico: se dispensa essa alteração do mundo real. Não consigo visualizar a alteração no mundo real, ele não gera uma alteração perceptível no mundo real, ele não é materializado. 
Ex: é um resultado presumido. 
Exclusão de Resultado
-> Teoria da Imputação Objetiva: imputar a uma pessoa a realização de uma conduta criadora de um risco ou perigo proibido ou de provocação de um resultado jurídico. não está unicamente preocupada com os fatos, mas também com os bens jurídicos que o Direito Penal tem por meta proteger.
* para que o resultado seja imputado ao agente, segundo a teoria da imputação objetiva é necessário: 
1: criação ou aumento do risco. 
2: o risco criado deve ser proibido pelo Direito.
3: o risco foi realizado no resultado. 
Direito Penal I - Aula 11
Iter Criminis: é o caminho do crime, a sucessão dos vários atos que devem ser praticados pelo criminoso para atingir o fim desejado.
1 ) Atos de cogitação, preparação e execução: é fase intelectiva do delito, onde ele ainda está pensando no que vai fazer, cogitando o delito. 
1ª Etapa cognitiva - IDEALIZAÇAO: surge no agente a intenção, ideia de cometer o delito. 
2ª Etapa cognitiva - DELIBERAÇAO: o sujeito que idealizou a prática da infração penal pondera os prós e contras, vantagens e desvantagens de delinquir. 
3ª Etapa cognitiva - RESOLUÇÃO: ele pensou em delinquir, ponderou as consequências dessa prática e enfim, decide se vai ou não delinquir. 
2 ) Atos preparatórios e executórios: são externos a mente do agente.
- Essa só irá acontecer, se o agente decidir que realmente vale delinquir. Ou seja, essa depende da resolução positiva (SIM) da etapa cognitiva. 
- A fase preparatória ela é IMPUNÍVEL, porque ele ainda não está praticando uma infração penal, ainda está preparando o que ele vai praticar para realizar o crime, mas ele ainda não foi iniciada. 
- Os atos preparatórios só são puníveis a títulos excepcionais, só são puníveis se constituírem crime autônomo. 
EXECUÇÃO: o agente já está praticando, executando a infração penal. 
ATOS EXECUTÓRIOS -> são aqueles que atacam o bem jurídico, criando-lhe uma situação concreta de perigo.
1º: se inicia no momento em que o agente se imagina realizando aquele crime. 
TEORIA SUBJETIVA: o inicio dos atos executórios está condicionado ao momento pensado pelo agente para iniciar a prática da conduta.
2ª: o inicio dos atos executórios se inicia a partir do momento que o agente inicia a prática do ato penal, o primeiro que pode levat a vítima à morte. 
TEORIA OBJETIVO FORMAL: o inicio da execução coincide com a prática do tipo penal (núcleo do tipo, verbo). Se o crime praticado pelo agente for um homicídio com emprego de 13 facadas, o início da execução será o momento em que a faca romper pela primeira vez a carne da vitima (primeira facada). 
3ª: o início dos atos executórios coincidem com o momento anterior a pratica do núcleo do tipo, seria o momento em que inicia-se o movimento visando atingir a vítima (quando levanta a faca com a intenção de atingir a vítima)
TEORIA OBJETIVA MATERIAL: o inicio dos atos executórios se dá no momento anterior a realização do núcleo do tipo, ou seja, o inicio do golpe, o levantar a faca e ir em direção para acertar a vítima. 
3 ) Consumação: é a obtenção do resultado amejado pelo agente e previsto para aquela determinada infração penal. 
- Crime Material: o exato momento em que a vida daquela vítima se encerra, onde ele não estará mais entre os entrs queridos, viva. 
- Crime Formal: não tem uma alteração na realidade fática, se presume que aquela consequência já aconteceu de consumação antecipada, como acontece no peculato. 
4 ) Exaurimento: ele é a consequência, é tudo que acontece depois da consumação. 
Conceito: é o acontecimento posterior ao término do Iter Criminis e pode servir como circunstância judicial desfavorável, qualificadora, causa de aumento de pena ou ainda configurar crime autônomo.

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