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Adaptações fisiológicas do período gestacional As mudanças fisiológicas e funcionais nas quais o organismo feminino passa para acomodar o feto durante toda gestação são inúmeras, as principais são as alterações endócrinas, cardiorespiratórias, digestórias, urinárias, dermatológicas e musculoesqueléticas, o completo entendimento destes fatores permitem uma melhor abordagem dos profissionais da saúde. Das alterações endócrinas são ocasionadas primeiramente pela instalação da placenta, que por sua vez secreta hormônios próprios que visam: impedir a rejeição fetal e a estimulação do corpo lúteo (HCG), influem na lactogênese e alterações no metabolismo materno (somatotropina placentária), modificam a musculatura uterina, atuam na deposição de nutrientes para auxiliar na lactogênese e alteram músculos lisos oque afeta os movimentos peristálticos influenciando o surgimento de náuseas, constipação e falta de ar (progesterona), sintomas comuns a todas gestantes; Os hormônios não placentários também envolvidos são: aldosterona, glucagon, prolactina, estrógenos, andrógenos e etc que agem para gerar um ambiente adequado para a permanência do feto. No tocante as modificações nos sistemas cardiovasculares e respiratórios há a criação de novos vasos para irrigar as estruturas da placenta e do feto guiada pelos hormônios estrógenos, há aumento do fluxo sanguíneo na pele, rins e outros órgãos pélvicos ocorre também hipertrofia do ventrículo esquerdo alterando o tamanho e localização do coração comparado a mulheres não grávidas e alteração da pressão venosa nos membros inferiores devido a compressão de algumas veias, no sistema respiratório o aumento do útero faz com que o diafragma se eleve causando assim uma dilatação das costelas, aumenta-se também a demanda por oxigênio e a hiperventilação. Todo o sistema digestivo também sofre mudanças, desde a boca até o intestino delgado, as alterações vão desde mudanças estruturais como no esôfago que reduz seu tamanho, alteração na localização que provoca deslocamento do fígado e estômago, esta adaptação aumenta o tempo de esvaziamento gástrico e funcionalmente o fígado sofre com grandes interferências. O aparelho urinário também é afetado na sua anatomia principalmente na bexiga que fica comprimida devido sua localização anterior ao útero e nota-se mudanças no excremento produzido por mulheres grávidas. A pele sofre com hiperpigmentação na região mamária, aparecimento da linha alba, face entre outras partes, com estiramento causando estrias devido ao ganho de peso materno e fetal principalmente em partes como nádegas, abdômen e mamas além de apresentarem queda capilar durante esta fase. Adaptações nos sistemas muscular e esqueléticos também são necessárias visto que há anteriorização no centro gravitacional da progenitora portanto se faz necessário mudanças na musculatura e postura da mesma, além de a retenção de líquidos ocasionar formação de edemas nos membros inferiores principalmente nos pes e tornozelos, o andar característico das grávidas também é perceptível no entanto sem comprovação de alteração musculoesquelética.
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