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Especificidade: Para que a mensagem chegue ao seu receptor específico, é preciso haver uma especificidade entre o hormônio e o seu receptor. O hormônio deve ter a conformação parecida com o sítio presente no receptor para haver o encaixe conformacional e o estímulo. Se o hormônio for muito diferente, não há o encaixe. O receptor não é estático. A medida que a molécula vai chegando, o receptor vai sofrendo modificações químicas e energéticas para que o sinalizador se encaixe. Afinidade: É o tempo que o sinalizador passa interagindo com o receptor. Quanto maior o tempo de interação, maior é a afinidade. No caso da alta afinidade, uma única molécula é capaz de se ligar ao receptor e produzir a ação, podendo ele estar presente em baixa concentração. No caso da baixa afinidade, é preciso que o hormônio esteja em uma concentração maior, uma vez que é preciso suprir o baixo tempo de interação com uma maior quantidade de interações. Quando é atingido o ápice da interação energética, o receptor dispara a resposta e a molécula se desliga. Todavia, é necessário que se atinja o ápice para que haja o estímulo. Amplificação: Uma única molécula é capaz de induzir uma grande produção da enzima alvo na célula alvo. Isso é importante porque as nossas células entendem as coisas de forma qualitativa e quantitativa. o Qualitativa: há ou não a presença da substância. Ex.: cálcio citosólico. o Quantitativa: a célula responde de acordo com a quantidade. A ideia da amplificação é conseguir obter a resposta quantitativa de forma mais rápida. Modularidade: O modulador é capaz de modular o sinalizador para que ele atinja a conformação necessária a fim de que ocorra o encaixe com o sítio do receptor. Geralmente, essas mudanças se dão por fosforilação. Renata Feitosa-P1-UFCG-2021.1 Biossinalização e Transdução de Sinais A especificidade não é absoluta. Ex.: a dopamina, a noradrenalina e a adrenalina são muito parecidas quimicamente, então, vez ou outra, podem se encaixar nos receptores umas das outras. Dessensibilização/adaptação: O sinal se liga e produz a resposta. Todavia, a ativação do receptor dispara um circuito de retroalimentação que desliga o receptor ou o remove da superfície celular. Assim, o receptor fica dessensiblilizado e não responde mais aos sinais. Integração: Quando dois sinais apresentam efeitos opostos sobre uma mesma característica metabólica. Há uma competição entre os dois sinais pra ver qual ação prevalecerá. Hormônio hidrossolúvel: O hormônio hidrossolúvel deve se ligar obrigatoriamente com proteínas integrais de membrana e ele não entra na célula. As proteínas integrais de membrana possuem o lado externo que contém o receptor e o interno que produz a resposta. Elas estão presentes nas vias 1-4. Para que a mensagem entre na célula, é necessário a presença de um segundo mensageiro. Produzem uma resposta rápida, pois só modifica aquilo que já existe dentro da célula, ligando e desligando as proteínas da resposta. Hormônio lipossolúvel: Ele não precisa de receptor na membrana, uma vez que consegue atravessar a membrana lipossolúvel celular. (Via 6) O receptor dele encontra-se geralmente no citosol e a resposta envolve a expressão gênica. Produzem uma resposta lenta, uma vez que a expressão gênica é um processo demorado. 1. O hormônio chega ao receptor, que é uma proteína integral de membrana, o qual está acoplado a uma proteína periférica de membrana, a proteína G. 2. Há uma mudança conformacional no receptor, ativando a proteína G, expulsando o GDP e dando vez ao GTP e a subunidade alfa se desprende das beta e gama. 3. A subunidade alfa da proteína G sai andando pela membrana e fica encostada na adenilato ciclase, a qual vai converter ATP em AMPc. O bloqueio da ação de um hormônio lipossolúvel só vai aparentar algum efeito depois de um tempo mais prolongado do que se fosse o bloqueio de um hidrossolúvel. 4. O AMPc existe nas células em quantidades pequenas na célula. Com a adenilato ciclase, a quantidade dele aumenta pelo processo de amplificação Toda substância que, no citosol, não existia ou existia em quantidades pequenas e que aumenta sua concentração significantemente com chegada de um hormônio, produzindo a resposta celular é chamada de 2º mensageiro. 5. O AMPc vai se ligar a proteína cinase dependente de AMPc e ela é ativada. Assim, ela fosforila uma proteína, ativando-a e levando a resposta celular. Para ocorrer o desligamento da cascata, primeiro retira-se o hormônio. Em seguida, hidroliza-se o GTP, fazendo que a proteína G volte a se ligar com as outras subunidades, inativando a anilato ciclase. Depois, a fosfodiesterase quebra o AMPc. Por último, a proteína é desfosforilada, interrompendo a resposta celular. 1) O hormônio hidrossolúvel se liga ao receptor, mudando a conformação do receptor, fazendo com que haja a troca do GDP pelo GTP na proteína G associada, separando a subunidade alfa das demais. 2) A subunidade alfa sai andando pela membrana até encontrar a fosfolipase C. 3) A fosfolipase C quebra o PIP2 na cabeça polar, liberando IP3 e deixando, na membrana, o diacilglicerol (DG). o IP3 é um forte candidato ao 2ºmensageiro, mas ele não é, pois não ativa a resposta celular. 4) O IP3 vai para canais de cálcio presentes no retículo endoplasmático, abrindo os canais e liberando uma grande quantidade de cálcio no citosol. o cálcio é o 2º mensageiro dessa via, pois ele passa a existir em grandes quantidades no citosol e é quem vai liberar efetivamente a resposta celular. 5) Dependendo da célula, o cálcio vai seguir o caminho A ou B. a) O cálcio e o diacilglicerol se ligam à proteína cinase C, ativando-a, a qual fosforila seu alvo, produzindo a resposta celular. b) O cálcio se liga à calmodolina, formando o complexo cálcio-calmodolina, o qual ativa a proteína cinase cálcio calmodolina dependente, que fosforila seu alvo, produzindo a resposta celular. Para desligar, primeiro o hormônio vai embora. Depois, hidrolisa-se o GTP, transformando-o em GDP e fazendo com que a subunidade alfa se reassocie com as demais, inativando a fosfolipase C. Em seguida, para fechar os canais de cálcio, a inositol trifosfatase hidrolisa o IP3, transformando ele em IP2. A bomba de cálcio trabalha reduzindo os níveis de cálcio do citosol, o que faz com que o cálcio se desprenda da calmodolina, inativando a proteína cinase, que deixa de fosforilar. Quem já estava fosforilado sofre uma desfosforilação por uma fosfatase e cessa-se a resposta celular. 1. O receptor tirosina cinase (RTK) é constituído por dois monômeros de proteínas integrais de membrana. Na porção citosólica, eles têm um resíduo de tirosina, que não devem se encostar. 2. Com a chegada do hormônio, ocorre uma dimerização e as tirosinas se encostam, ocorrendo uma autofosforilação, tornando-as ativadas. 3. Isso permite a ligação à proteína Grb2/Sem-5, a qual tem um domínio Sh2, o qual se liga ao fosfato, e um domínio Sh3, que torna-se ativo com a ligação do Sh2, permitindo a ligação com a proteína SOS. 4. A proteína SOS ativada faz com que a proteína G Ras fique ativa, trocando o GDP por GTP. 5. Ras vai ativar Raf, que é uma cinase pode produzir seus efeitos ou ativar MEK, pode produzir seus efeitos ou ativar MPKA, que pode produzir seus efeitos ou fosforila e ativa fatores de transcrição, que vão modular a expressão gênica. Para desligar, o hormônio vai embora. Ras volta a ser GDP. Depois, MEK é inativada e MPKA é inativada.1. Hormônio esteroide é um hormônio lipídico, o qual atravessa a membrana celular, por difusão simples, e se liga ao receptor, havendo uma mudança conformacional. 2. O hormônio ligado ao receptor vai para o núcleo. 3. O conjunto receptor-hormônio se liga a uma região do DNA, que vai modular a região promotora, que ativa a transcrição. 4. Depois ocorre as modificações pós-transcrição, depois a tradução, as modificações pós- transcricionais para surgir a proteína, a qual deve atingir uma quantidade mínima, ativando a resposta celular. Digamos que haja a fosforilação de Myc. Todavia, ela tem uma mutação que impede de ser desfosforilada. Quando a cascata for ser desligada, a Myc vai continuar fosforilada e a célula vai fazer ciclos celulares repetitivo independentemente do estímulo hormonal. Esses ciclos vão fazer com que a célula cresça além do necessário, caracterizando uma neoplasia. Para desligar, o hormônio sai, inativando o receptor, o qual não consegue se ligar a região promotora. São aqueles que se ligam à adrenalina. Existem 5 tipos de receptores adrenérgicos: 2 alfa adrenérgicos: alfa 1 e 2. 3 beta adrenérgicos: beta 1 , 2 e 3. O receptor beta 3 localiza-se sobretudo nos adipócitos e é responsável por ativar a triacilglicerol lipase, que quebra os lipídios, ou seja, é um receptor responsável pela liberação de gordura pelo tecido adiposo. Os receptores são distribuídos de forma diferente pelo corpo. Por exemplo: os receptores beta 1 são localizados em grande quantidade no coração, já os beta 2 são predominam ao nível das vias aéreas. A ação dos receptores beta 1 está ligada a reação de luta e fuga, provocando no coração o aumento da frequência cardíaca e contratibilidade do coração. Toda substância que se liga aos receptores beta 1 e provocam essas reações é chamada de agonista. Toda substância que se liga aos receptores beta 1 e provocam reações contrárias é chamada de antagonista. Não se pode afirmar que toda adaptação é uma dessensibilização, sendo esta um tipo de adaptação. O coração está constantemente sendo estimulado pelo sistema simpático no seu sistema adrenérgico, ou seja, há um tônus simpático estimulando um número de receptores adrenérgicos. Um paciente começa a utilizar uma droga para hipertensão arterial que bloqueia os receptores. Com isso, o coração se adapta a essa queda de estímulo, produzindo novos receptores. Se o paciente parar de tomar a medicação de uma hora para outra, o paciente vai ficar mais sensível à adrenalina, ocorrendo um efeito rebote. Logo, o paciente deve fazer um desmame da medicação para que o coração possa retirar o excesso de receptores produzido. A cafeína tem certa correlação, quando em alta concentração, com receptores adrenérgicos, podendo elevar a pressão arterial, aumentar a frequências cardíaca e respiratória. Alguns atletas utilizam a cafeína pra que ela se ligue aos receptores beta 3 e promova a quebra de lipídios, liberando-o na corrente sanguínea. Esses, através de atividade aeróbica, vão ser metabolizados e ocorrerá o emagrecimento de fato.
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