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Regulação hormonal do metabolismo @julyanayaras Células que fazem comunicação vicinal – uma vizinha da outra, entre células contidas ou especializadas (como o neurônio) A distância – mensageiro químico cai na corrente circulatória até encontrar seu alvo celular Comunicações vicinais – secreção: mediador químico (elemento de ligação) que passa a ser chamado de neurotransmissor quando é secretado por um neurônio. Secreção parácrina. Elemento químico caindo na corrente circulatório e fazendo efeito a distância – Hormônio (Neurohormônio – neurônio especializado – secreções neurohormonais) Independente da forma que é secretado seja por uma secreção vicinal ou seja por uma secreção a distância que precisa ganhar a corrente circulatória, para que ele chega a célula-alvo precisa encontrar elementos localizados frequentemente na membrana plasmática (receptores) que reconhecem a substância. Existem células que possuem um único tipo de receptor, mas na maioria das vezes, as células possuem vários receptores distintos. A depender do hormônio, mediador químico, do neurotransmissor que ativa aquele determinado receptor é que a célula faz sua ação. Ex: Coração – receptores que respondem o SNA – Simpática e Parassimpática – O receptor responde a um e na maioria das vezes tem predomínio de um deles. A sinalização química muda de acordo com a substância, no caso do simpático é um neurotransmissor chamado de noradrenalina – influência de um hormônio que é a adrenalina. Parassimpático – neurotransmissor é acetilcolina. Hormônios e Neurohormônios regulam as funções metabólicos, estimulando ou inibindo as rotas metabólicas. Quem controla em última instancia uma rota metabólica qualquer são enzimas – a influência direta desses hormônios sobre seus receptores deve de alguma forma influenciar a ação de enzimas específica da rota metabólica em questão regulando os processos corporais. Aminoácidos - Polipeptídeos – Proteínas (polipeptídeos menores) Derivados de lipídios – esteróide – mantém o núcleo fenantrêmico do colesterol. Ex: cortisol – glicocorticóide fisiológico Têm uma concentração plasmática normalmente muito pequena ou em bolos (em momentos específicos da nossa vida, no dia a dia, em que secretamos mais). Cortisol – produzido na suprarrenal – Glândula Adrenal – produzido no córtex (casca da adrenal) e o glicocorticóide é liberado no nosso dia a dia em dois momentos. 1. Momento: Pessoas que vivem mais dispostas durante a noite (notívagas). 2. Momento: Pessoas mais dispostas durante o dia do que a noite. (Liberação maior de cortisol – forma compensatória do jejum – 8 horas - que fizemos durante a noite) Em tese todos nós fazemos jejum dormindo. Adrenal liberando secreção – indivíduo começa a ficar ativo. Isso faz com que funcionemos bem pela manhã e a noite cai de produção. Notívagos: descompasso. Começam a liberar uma quantidade de cortisol muito alta no alvorecer (5/8 horas da noite) ficando ativo durante a madrugada. Cortisol – nesse exemplo -> elemento de liberação. Sofre um impulso de liberação e tem-se uma queda ao longo do dia. A liberação pode ocorrer novamente em situações de estresse, ex: jejum, estresse, susto. (Momentos de liberação) Nervosismo – não sente fome, não consegue dormir – taxa de cortisol alta. Momentos de pico, pulso ou de bolos. Essas substâncias principalmente aquelas derivadas de aminoácidos não possuem muita lipossolubilidade, eles não gostam muito de gordura e eles podem sofrer tensões para entrar na célula, por este motivo precisam ter receptores mais externos. Já as substâncias esteroidais que são lipídicas possuem muita lipossolubilidade (eles não gostam de água) e têm um stress significativo para transitar no sangue e é por isso que boa parte desses hormônios esteroidais transitam de forma ligada a proteínas plasmáticas. (Reserva) Quando a parte livre é eliminada, metabolizada, a parte que estava reservada na proteína sai e vai fazer os seus efeitos. Os hormônios derivados de lipídios entram na célula sem nenhum problema devido a camada fosfolipídica. Logo, os receptores para substâncias esteroidais não possuem nenhum problema de serem intracelulares. Período latente para que comecem a fazer efeito é variável, tem hormônios que são liberados e já se percebe os efeitos dele em poucos motivos, mas tem uns que tem um período de efeito muito longo (até é mais comum). Esse período longo acontece porque tem todo um processamento bioquímico intracelular para que a gente tenha a liberação e depois o efeito acontecer. (Pode demorar até dias) Ex: hormônios sexuais – da hora que são liberados para a hora que efetivamente percebe uma modificação drástica pode demorar até alguns dias. Ovulação – precisa ter uma sobrecarga de estrógeno para que depois de mais ou menos 3 dias haja a ruptura da corona radiata para a liberação do óvulo onde a mulher fica pré-disposta a fazer fecundação e engravidar. Pulso de estrógeno – momento mais leve – mulher alegre, feliz, calma Queda de estrógeno – momento leve diminuindo Fase progestogênica – ainda ok Quando acaba tudo de uma vez só – TPM (Síndrome da tensão pré-menstrual – STPM) Degradação – super rápido de ser degradado, quase todos são degradados em minutos, porque já fizeram efeito (à medida que ele encontra o receptor dele é como se ele ao tocar no receptor passasse a informação para produzir o efeito – rapidamente são degradados). Ex: Insulina – um impulso de insulina que liberamos depois que nos alimentamos demora cerca de 8 min. Existe uma enzima plasmática chamada de insulinase que rapidamente degrada insulina. Depois que se metaboliza produzimos metabólitos – o que sobra dos hormônios metabolizados. Muitas vezes podemos mensurar esses metabólitos na urina, na saliva, no plasma. Muitas vezes para saber de um hormônio estuda o metabólito dele. Se o metabólito está aparecendo demais é sinal que o hormônio está sendo degradado rápido demais e começa a haver complicações. Mecanismo de ação é a partir da ativação de receptores. Principais glândulas secretoras de hormônios ou neurohormônio. Temos um circuito/complexo hormonal muito bem estabelecido. Hipotálamo e Glândula hipófise – mandam praticamente em todo o resto Tireóide Há uma comunicação de mecanismos de feedback para que não sejam nem mais nem menos liberados. ➔ Homeostasia Visão simplificada – mostra como é a relação - Impulso sensorial - Glicemia Setas para todos os lados. Hipófise sendo responsável pela liberação de quantidade grande de elementos e esses elementos podem ex: tireotrofina – estimular a função da tireoide, ex: ACTH – estimular a função da cortical, adrenal... Cada um tem uma responsabilidade diferente para que se possa manter a fisiologia. Receptores – respondem fisiologicamente aos nossos mediadores químicos. Fármacos – mexem nos receptores (ativando ou inibindo). A função dos hormônios resulta da interação deles (hormônios, mediadores químicos, neurotransmissores) com receptores. Receptor – macromolécula funcional do organismo Existem várias macromoléculas que podem funcionar como receptor. As moléculas mais comuns são as moléculas proteicas. Reconhecem as substâncias químicas. Os receptores podem ser classificados de várias formas: Critério topográfico: diz onde o receptor está. Parte superficial da membrana plasmática (Extracelular) Dentro da célula (intracelular) – minoria porque a substância precisa ser muito lipossolúvel. Ex: hormônio esteroidal entra tranquilamente. (Transmembrana) – normalmente apresenta 7 domínios transmembranosos. Muito bem ancorados na membrana plasmática (fazem parte da mp) e podem influenciar muito bem a função intracelular Tipo de ligante – aquele que se liga ao receptor e provoca um efeito. Todo receptor tem um ligante, agonista fisiológico.Obs: Não sabemos todos os receptores que temos nem todos os ligantes (substâncias que ativam esses receptores). Receptor – canabinoide – receptor que responde a maconha. Curiosidade: Temos uma substância que seria a nossa “maconha” fisiológica – estimula esses receptores. Muitas vezes se conhecer uma substância exógena (externa) que se usa para descobrir o receptor antes mesmo de saber quem é o seu agonista, ligante fisiológico. Ex: Receptor muscarínico – descoberto usando um princípio ativo retirado de um cogumelo (muscariamadita) altamente alucinógeno – onde foi descoberto uma substância chamada de muscarina e usando essa muscarina descobriu-se o receptor muscarínico (receptor zen). -> Foi usado um ligante exógeno Ex: Receptor nicotínico – foram descobertos utilizando a substância química chamada de nicotina. A partir da nicotina se descobriu que existia um receptor próprio que depois veio-se conhecer quem era o agonista, ligante fisiológico. ➔ Para ambos o mediador químico (neurotransmissor) que é utilizado para ativar eles fisiologicamente é a Acetilcolina. ➔ Receptor colinérgico – que foi descoberto primeiro usando a muscarina e a nicotina. ➔ Todo receptor descoberto a partir de ligantes exógenos tem a terminação “inico” ➔ Ligante endógeno – de dentro do nosso corpo – terminação “egico” Ex: Acetilcolina – receptor colinérgico – ex: Muscarínico, nicotínico Ex: Principal neurotransmissor inibitório do SNC – GABAnérgico. Ex: Dopamina – receptores chamados de dopaminérgico Receptor da insulina – ligante endógeno – receptor da insulina – insulinérgico. - Mecanismo de transdução: Como esses receptores traduzem / convertem o sinal. Conversão de uma informação química em uma resposta que muitas vezes é física – contração muscular. Por esse processo de transdução, temos 4 possibilidades de receptores: Receptor ionotrópico: tudo que terminar em trópico, ou trófico quer dizer que tem afinidade. Nesse caso: o receptor ionotrópico quando ativado pelo seu ligante (hormônio, neurotransmissor e etc) abre um canal iônico, esse canal iônico vai permitir a passagem de íons podendo ser tanto de fora para dentro da célula como de dentro para fora, isso vai depender da concentração: se tiver mais íon do lado de fora do que do lado de dentro o íon entra quando abrir o canal. Se for ao contrário, o íon sai. Receptor ligados à cinase: Tudo que termina em “ase” tem função de enzima. Então na verdade esse receptor é uma proteína, a priori é uma proteína de estrutura da membrana, mas quando ele for ativado vai assumir o papel enzimático. Receptor nuclear: são intracelulares, estão dentro do núcleo e só respondem a substâncias altamente lipossolúveis como os hormônios esteroidais e esses receptores nucleares quando ativados começam a influenciar a transcrição genética. Receptor metabolotrópico: um dos mais comuns, “trópico” = afinidade – afinidade por metabolismo. Quando ativado desencadeia uma cascata metabólica para produzir as suas ações. Receptor ionotrópico – na membrana plasmática – transmembranoso – a partir do momento de recebe a ação do seu agonista (ligante) abre um canal iônico. O íon pode sofrer o influxo (para dentro da célula) ou um efluxo (para fora da célula). São esses os receptores que são ativados para produzir fenômenos como: potencial de ação, hiperpolarização da membrana plasmática, etc. (respostas rápidas) Receptor citosólico enzimático (ligado a cinase) O receptor da insulina é desse tipo, receptor tirosina cinase ou receptor com domínio citosólico enzimático ou receptor ligado à cinase. Imagem: Hormônio do crescimento Extra: mulheres grávidas que desenvolvem o diabetes durante a gestação têm filhos que nascem grandes. A mão diabética faz hiperglicemia – o hormônio insulina dela está deficiente, mas a insulina do bebê (que não passa pela placenta) fica sendo liberada (porque a glicose passa para a criança). Resultado: a insulina quimicamente tem uma ação parecida com o hormônio de crescimento (os receptores da insulina e do hormônio de crescimento são parecidos), então essa hiperinsulinemia da criança faz com que ela simule um hormônio fator de crescimento, aí a criança fica grande na barriga da mãe. Voltando ao receptor: parece uma laranja cortada no meio (é um só dividido metades, não dimerizado). Quando se tem a ligação do agonista (ligante) com o receptor, a primeira coisa que acontece é a junção das metades (dimerizam) – sinal de que foram ativados. Quando o receptor está sem a influência do ligante, o receptor está dando estrutura para a membrana plasmática, funcionando como uma proteína plasmática. A partir do momento que o receptor é ativado ele dimeriza (se junta) que caracteriza a ativação dele. Em seguida ele é fosforilado lá na terminação dele onde tem o domínio de tirosina (aminoácido) e a partir do momento que acontece essa fosforilação (quando a tirosina é ativada) tem-se uma substância enzimática. Era uma proteína de estrutura, foi ativado e vai passar a ser uma enzima. E, como toda enzima, vai catalisar reações bioquímicas. Receptor nuclear: é mais sério, porque são os receptores que respondem aos esteroides, como por exemplo, o cortisol, aldosterona, hormônios sexuais. Ex: Anticoncepcional – mexe com esses receptores. Ex: Anabolizante – mexe com esses receptores Receptor nuclear está dentro normalmente do núcleo. A substância se liga a esse receptor e a substância + receptor formam um complexo – complementação. Formam um novo composto, esse novo composto vai interferir sítios regulatórios do nosso material genético e a consequência disso é a influência direta na transcrição genética, produção de RNA mensageiro que vão pode estimular ou até mesmo inibir proteínas importantes para o funcionamento celular. Esse mecanismo influencia diretamente a função genética e é por conta disso que não vai ser um mecanismo rápido e que se não for muito bem utilizado pode trazer mais consequências do que benefícios, ex: anabolizantes que podem causar câncer genitais, do aparelho reprodutor, hepático, de mama. Podem ter disfunção do sistema nervoso central, depressão, psicose. Além de outros riscos metabólicos. Isso se acumula no organismo, forma complementaridade e os efeitos se acumulam no organismo por um longo tempo. RNA sendo lido no ribossomo e vai estimular a produção de uma proteína reguladora para o organismo. Receptor metabotrópicos – são os mais comuns de todos. Possuem uma infinidade de possibilidades e quando são ativados desencadeiam uma cascata metabólica. Esse receptor normalmente tem 7 domínios transmembranosos e para fazer seus efeitos esses receptores dependem de um intermediário metabólico chamado proteína G. Tudo depende depois que essa proteína G for ativada. Essa proteína é uma enzima e existe vários subtipos de proteína G, onde as mais conhecidas são as proteínas G excitatórias e inibitórias. Nas excitatórias – ativam outras moléculas - tem-se duas: Proteína Gs e a Proteína Gq Nas inibitórias – inibem a enzima. Processo O agonista (ligante) vai ativar o receptor, o receptor ativado vai sofrer uma série de modificações na sua conformação e ativa a proteína G que por sua vez vai fazer o trabalho dali em diante. A proteína por sua vez ativada vai ativar um sistema enzimático efetor, que também está localizado na membrana plasmática, e como qualquer enzima vai catalisar reações bioquímicas e vai produzir os seus efeitos a partir daí. Agonista ativando o receptor – modificações de conformação – ativa a proteína G (estimulante) que ativa um sistema enzimático efetor (adenilil ou adenilato ciclase). O sistema da adenilato ciclase transforma ATP em AMPcíclico, o AMPcíclico é denominado de segundo mensageiro (o primeiro mensageiro é o agonista/ligante ele começa a informação). Exemplo de transduçãode sinal completa Miócito cardíaco – Adrenalina (agonista) – receptor beta 1 – ativa a proteína G, nesse caso Gs– quebra o GTP em GDP – a partir dessa reação tem a liberação de energia suficiente para ativar o sistema enzimático efetor. Nesse caso, o sistema enzimático efetor é o sistema chamado de Adenil ou adenilato ciclase. Esse sistema quando ativado transforma ATP em AMP cíclico (segundo mensageiro). AMP cíclico é responsável por ativar uma série de enzimas chamadas de proteína quinase do tipo A, essas proteínas quinase do tipo A são proteínas responsáveis por fazer fosforilação de algumas moléculas, substâncias. No caso da Adrenalina, quando levamos um susto o nosso coração bate mais forte e nós sentimos essa força de contração aumentando porque essa proteína quinase fosforila canais de cálcio que ficam localizados na membrana plasmática. O cálcio que tem mais fora da célula do que do lado de dentro, quando o canal é aberto entra na célula e esse cálcio que entrou na célula vai fazer com que o cálcio que estava preso lá no retículo sarcoplasmático saia do retículo e vá para o citoplasma. Cálcio na fibra muscular causa contração. Proteína Gq – nesse exemplo. O começo é sempre igual – agonista (ligante) se ligando ao receptor. É o receptor ativo que ativa a proteína G, a proteína G por sua vez ativada ativa o sistema enzimático (nesse caso: fosfolipase C). Esse sistema produz dois segundos mensageiros: IP3 (Inositol trifosfato) e o DAG (diacilglicerol). O IP3 é responsável em liberar o terceiro mensageiro, que é o cálcio. O DAG vai ativar uma outra proteína quinase, proteína quinase do tipo C que vai fosforilar outras reações. Sistema imunológico – fazendo a ativação da célula natural killer que depende da ação do receptor metabotrópico. É a partir deles que temos um efeito: contração muscular, secreção de hormônios, ativação de enzimas, etc. Hormônio glucagon – doença no receptor metabotrópico. Ele se liga com o receptor metabotrópico, ativa o receptor, o receptor ativado - ativa a proteína G que ativa o sistema adenilato ciclase produz o AMP cíclico que ativa a proteína quinase que fosforila um monte de outras enzimas. As outras enzimas que participam da lipólise, da inibição da glicogênese (formação do glicogênio) e participam da glicogenólise. Visão geral Receptor Ionotrópico – faz respostas em milésimo de segundos, vão produzir PA ou hiperpolarização Receptor acoplado a proteína G – metabotrópico – cascata metabólica – produz segundos mensageiros até um terceiro – as ações demoram em média alguns segundos para acontecer ex: muscarínico Receptor ligado a quinase ou receptor tirosina cinase ou receptor do domínio citosólico enzimático – tem duplas identidade é uma proteína de estrutura da membrana que quando é ativado passa a ser uma enzima – que vai fosforilar e pode até mexer na transcrição genética, mas nem sempre. Ex: insulina Receptores nucleares – de certeza vão mexer na transcrição genética. Receptores esteroidais que quando ativados pelo agonista (ligante) formam um novo composto e esse composto vai diretamente influenciar a transcrição gênica – o tempo de efeito pode ser de horas ou até dias para observar sua atuação.
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