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Avaliação da dor em pediatria

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Avaliação da dor
pediatria
Prof.ª Clarisse
dor
· Experiência desagradável, sensorial (objetivo), emocional (subjetivo), relacionado à lesão tecidual confirmada ou presumida;
· É considerada o 5º sinal vital, com seu registro tendo que acontecer junto com a temperatura, PA, pulso e respiração;
· Orienta diagnóstico e manejo, além da necessidade e duração do tratamento;
· Avalia a eficácia do tratamento;
· A criança possui dificuldade de localizar a dor;
· Cada etapa do desenvolvimento neuropsicomotor é relacionada à diferentes instrumentos para medição da dor (como tabelas);
· Se o paciente está com dor, devemos dar uma analgesia para ele, pois não mascara o quadro clínico;
· Vencer os mitos:
· “Criança não sente dor”;
· “Analgesia mascara o quadro”;
· “Procedimento é tão rápido que nem vai sentir a dor”;
· O médico deve vencer o componente emocional de pais e crianças;
· Estratégias usadas para sua avaliação: Auto relato (padrão ouro), Observacional, Fisiológico (FR, FC);
· Quanto mais fontes tivermos para relatar a dor, melhor é;
· A dor é avaliada por indicadores comportamentais (irritabilidade, agressividade, choro, grito, postura) e psicológicos (cor de pele, suor, saturação de O2, PA, FR);
· O uso de medicamentos é sempre nosso último recurso, atualmente as intervenções como toque facilitado, sucção não nutritiva, glicose oral são primeiramente utilizados;
avaliação da dor do RN e lactente (até 6 meses)
· Muitas vezes a criança começa a chorar quando vê o estresse expresso pelos pais;
· Devemos nos ater ao comportamento da criança, como caretas, movimentos de membros e corpos, além do choro;
· Instrumento de avaliação da dor: NIPS ou FLACC;
avaliação da dor no lactente (entre 6 e 12 meses)
· Já há memória da dor, com a criança respondendo à ansiedade expressa pelos pais;
· Expressa a dor através de caretas, ansiedade, irritabilidade, reações reflexas aos estímulos;
· A linguagem da dor está no choro;
· Instrumento de avaliação da dor: NIPS ou FLACC (mais utilizado);
avaliação da dor entre 1 e 3 anos
· Ainda não entende o que causa a dor e o motivo de sua ocorrência;
· Demonstra dor através de reações localizatórias aos estímulos, agressividade, resistência generalizada;
· Linguagem da dor: choro, grito, não consegue descrever intensidade ou tipo de dor;
· Instrumento de avaliação: FLACC;
avaliação da dor entre 3 e 6 anos
· Entende a dor, mas não relaciona com a doença (podendo relacionar ao trauma), não entendendo como um procedimento doloroso pode ser útil;
· Comportamento da dor: Resistência física ativa, comportamento agressivo, resposta verbal ou física a dor;
· Linguagem da dor: Descreve a dor, sua localização e intensidade, pode negar a dor (pois sabe que tomará remédios e fará exames);
· Instrumento da avaliação da dor: FLACC ou FPS-R;
avaliação da dor entre 7 e 9 anos
· Não entende as razões, mas conecta a dor à doença, já entende os benefícios de um procedimento doloroso;
· Comportamento da dor: Negociação, resistência passiva, tensão corporal, descompensação emocional;
· Linguagem da dor: Descreve a dor com precisão, sua localização, relação com as partes do corpo e intensidade;
· Instrumento de avaliação da dor: FPS-R, VAS ou CAS;
avaliação da dor entre 10 e 12 anos
· Possui entendimento das relações entre doença/trauma e dor melhorada;
· Comportamento da dor: Pode fingir estar bem para parecer corajoso (se atentar aos sinais);
· Linguagem da dor: Descreve com precisão, sua localização, relação com partes do corpo e intensidade;
· Instrumento de avaliação da dor: FPS-R, VAS ou CAS;
Avaliação da dor entre 13 e 18 anos
· Entendimento complexo da dor e suas razões, habilidade de reconhecer características qualitativas e quantitativas da dor;
· Quanto mais velhos, maior complexa é a descrição da dor;
· Comportamento da dor: Tentar agir como adulto, pode não reclamar;
· Linguagem da dor: Descrições mais complexas da dor de acordo com a idade, pode achar que todos entendem a sua dor e, por isso, não há necessidade de falar sobre ela;
· Instrumento da dor: FPS-R, VAS ou CAS;
instrumentos para avaliação da dor
· NIPS (Escala de avaliação da dor na criança neonatal): Leva em conta a expressão facial, choro, respiração, braços, pernas, estado de alerta;
· A avaliação é feita pela equipe de saúde;
· A pontuação máxima é de 7 pontos, se o resultado é maior ou igual à 4, existe dor;
· É uma escala que deveria ser feita junto com os sinais vitais; 
· FLACC (Face, pernas, atividade, choro, consolabilidade):
· Também é uma escala que avalia comportamentos que resultam no nível de desconforto.
· 1-3: leve desconforto; 4-6: dor moderada: 7+: dor acentuada;
· FPS-R (Escala de fácies): Avalia dor em crianças entre 4 e 16 anos;
· Interessante para avaliar a evolução da dor;
· É solicitado à criança escolher a face que melhor representa sua própria dor;
· Avaliada em números pares de 0 a 10; 
· VAS (Escala análoga visual): Utilizada para crianças maiores do que 7-8 anos;
· O profissional de saúde deve desenhar uma linha de 10cm, com uma extremidade representando a ausência de dor e a outra, a dor insuportável;
· O paciente deve apontar o local na linha onde ele acha que a sua dor é melhor representada;
· 0 - 0,4cm: ausência da dor; 0,5 – 4,4cm: dor leve; 4,5 – 7,4cm: dor moderada; 7,5 – 10cm: dor acentuada;
· CAS (Escala análoga de cor): Tem o mesmo princípio que o VAS, com uma faixa colorida saindo do mais claro (ausência de dor) para uma tonalidade mais escura (dor extrema);
· Pedimos ao paciente para apontar qual cor se relaciona com a dor dele;
· A interpretação que se dá para essa escala é a mesma que se dá para a escala numerada.

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