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PDF MASSOTERAPIA

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Geslaine Janaina Bueno dos Santos
Jaime Amador Soares
Maria Izabel Rodrigues Severiano
Massoterapia 
oriental
Geslaine Janaina Bueno dos Santos
Jaime Amador Soares
Maria Izabel Rodrigues Severiano
Massoterapia 
oriental
Presidente da Divisão de Ensino
Reitor
Pró-Reitor Acadêmico
Coordenação Geral de EAD
Coordenação de Metodologia e Tecnologia
Autoria
Parecer Técnico
Supervisão Editorial
Layout de Capa
Design Gráfico
Prof. Paulo Arns da Cunha 
Prof. José Pio Martins
Prof. Carlos Longo
Prof. Everton Renaud
Profa. Roberta Galon Silva
Profa. Geslaine Janaina Bueno dos Santos
Prof. Jaime Amador Soares
Profa. Maria Izabel Rodrigues Severiano 
Profa. Débora Slompo
Aline Scaliante Coelho Baggetti
Valdir de Oliveira 
Carlos Henrique Stabile e Regiane Rosa
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. 
Imagens de capa: © Peter Hermes Furian // merion_merion // Shutterstock. 
Ícones: © marigold_88 // Thinkstock.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 
e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Copyright Universidade Positivo 2018 
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido 
Curitiba-PR – CEP 81280-330
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Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, 
Edição de Arte, Diagramação, Imagem de Capa, 
Design Gráfico e Revisão Textual
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca da Universidade Positivo – Curitiba – PR
S237 Santos, Geslaine Janaina Bueno dos.
Massoterapia oriental [recurso eletrônico] / Geslaine Janaina Bueno
 dos Santos, Jaime Amador Soares, Maria Izabel Rodrigues Severiano. –
 Curitiba : Universidade Positivo, 2018. 
170 p. : il.
 Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader.
 Modo de acesso: <http://www.up.edu.br>.
 Título da página da Web (acesso em 31 jul 2018). 
 ISBN 978-85-8486-369-3
 1. Massagem terapêutica. I. Soares, Jaime Amador. II. Severiano, 
 Maria Izabel Rodrigues. III. Título. 
CDU 615.821
 » Afirmação: citações e afirmativas pronunciadas por 
teóricos de relevância na área de estudo. 
 » Assista: indicação de filmes, vídeos ou similares que 
trazem informações complementares ou aprofun-
dadas sobre o conteúdo estudado. 
 » Biografia: dados essenciais e pertinentes sobre a 
vida de uma determinada pessoa relevante para o 
estudo do conteúdo abordado. 
 » Conceito: definição, caracterização de um conceito 
específico da área de conhecimento trabalhada. 
 » Curiosidade: informação que revela algo desco-
nhecido e interessante sobre o assunto tratado. 
 » Dica: um detalhe específico da informação, um 
breve conselho, um alerta, uma informação privi-
legiada sobre o conteúdo trabalhado. 
 » Esclarecimento: explicação, elucidação sobre uma 
palavra ou expressão específica da área de conhe- 
cimento trabalhada. 
 » Exemplo: informação que retrata de forma obje-
tiva determinado assunto.
ASSISTA
AFIRMAÇÃO
ESCLARECIMENTO
Ícones
CONCEITO
DICA
BIOGRAFIA
CURIOSIDADE
EXEMPLO
Apresentação .......................................................................................................................... 15
A Autoria ................................................................................................................................. 17
Capítulo 1 
Introdução à Medicina Tradicional Chinesa (MTC) ................................................................. 21
1.1 Histórico ............................................................................................................................ 22
1.1.1 Gênese ............................................................................................................................................................................. 22
1.1.2 Diferença entre Ocidente e Oriente ................................................................................................................................. 23
1.1.3 Formulação das primeiras teorias médicas ..................................................................................................................... 24
1.1.4 Técnicas associadas .......................................................................................................................................................... 25
1.2 Teorias médicas chinesas .................................................................................................. 27
1.2.1 Substâncias básicas: Qi, Xue; Jin Ye, Jing e Shen ............................................................................................................. 28
1.2.2 Yin e Yang ......................................................................................................................................................................... 31
1.2.3 Wu Xing: a teoria dos 5 elementos ................................................................................................................................. 32
1.2.4 Cinco substâncias da natureza, Geração, Dominância, Excesso de dominância e contradominância .......................... 33
Sumário
1.3 Fatores exógenos .............................................................................................................. 35
1.3.1 Frio e vento ...................................................................................................................................................................... 36
1.3.2 Fogo e calor ..................................................................................................................................................................... 36
1.3.3 Umidade e secura ............................................................................................................................................................ 37
1.3.4 Sete sentimentos ............................................................................................................................................................. 37
Referências .............................................................................................................................. 39
Capítulo 2 
Pontos tsubô ou keiketsu ........................................................................................................ 41
2.1 Definição ........................................................................................................................... 41
2.1.1 Fisiologia energética ........................................................................................................................................................ 43
2.1.2 Função dos pontos ........................................................................................................................................................... 43
2.1.3 Excesso e deficiência ....................................................................................................................................................... 46
2.1.4 Ponto ashi ........................................................................................................................................................................ 46
2.2 Pontos shu ........................................................................................................................ 47
2.2.1 Pontos dorsais .................................................................................................................................................................. 47
2.2.2 Tabela ponto shu / zang fu .............................................................................................................................................. 47
2.3 Pontos MU ........................................................................................................................ 49
2.3.1 Pontosfrontais (mu) ........................................................................................................................................................ 49
2.3.2 Tabela ponto MU / zang fu .............................................................................................................................................. 49
Referências .............................................................................................................................. 51
Capítulo 3 
Meridianos – Anatomia energética ....................................................................................... 53
3.1 Definição ........................................................................................................................... 53
3.1.1 Meridianos e os órgãos energéticos ................................................................................................................................ 54
3.1.2 Pequena circulação energética ........................................................................................................................................ 55
3.1.3 Grande circulação energética .......................................................................................................................................... 57
3.1.4 Meridianos Yin e Yang (Zang Fu) ..................................................................................................................................... 60
3.2 Localização ........................................................................................................................ 61
3.2.1 Ciclo Circadiano ............................................................................................................................................................... 69
3.2.2 Profundidade e amplitude do meridiano ....................................................................................................................... 70
Referências ............................................................................................................................. 72
Capítulo 4 
Shiatsu..................................................................................................................................... 73
4.1 Histórico ............................................................................................................................ 74
4.1.1 Contexto histórico do Shiatsu .......................................................................................................................................... 75
4.1.2 Ampuku ........................................................................................................................................................................... 76
4.2 Bases fisiológicas .............................................................................................................. 77
4.2.1 Ki, Kyo, Jitsu, Tsubó, Hará e Ampuku ............................................................................................................................... 79
4.2.2 Meridianos (Namikoshi e Zen shiatsu) ........................................................................................................................... 81
4.2.3 Appaku, tipo de pressão .................................................................................................................................................. 81
4.2.4 Padrões de desarmonia Kyo e Jitsu ................................................................................................................................. 84
4.3 Sequência ......................................................................................................................... 84
4.3.1 Namikoshi ........................................................................................................................................................................ 84
4.3.2 Zen Shiatsu ...................................................................................................................................................................... 91
Referências .............................................................................................................................. 95
Capítulo 5 
Tuiná ........................................................................................................................................ 97
5.1 Histórico ............................................................................................................................ 98
5.1.1 Origem ............................................................................................................................................................................. 98
5.1.2 Definição .......................................................................................................................................................................... 99
5.2 Bases fisiológicas ............................................................................................................100
5.2.1 Efeitos do tuiná .............................................................................................................................................................. 100
5.2.2 Principais movimentos .................................................................................................................................................. 104
5.3 Sequência ....................................................................................................................... 109
5.3.1 Decúbito Frontal ............................................................................................................................................................ 110
5.3.2 Decúbito dorsal .............................................................................................................................................................. 112
5.3.3 Decúbito lateral ............................................................................................................................................................. 115
Referências ............................................................................................................................ 116
Capítulo 6 
Massagem sentada ............................................................................................................... 117
6.1 Histórico .......................................................................................................................... 117
6.1.1 Origem ........................................................................................................................................................................... 118
6.1.2 Cadeira de quick ............................................................................................................................................................ 118
6.2 Bases fisiológicas ............................................................................................................ 120
6.2.1 Efeitos fisiológicos ........................................................................................................................................................ 120
6.2.2 Shiatsu X Tuiná ............................................................................................................................................................... 121
6.2.3 Indicações e contraindicações ....................................................................................................................................... 122
6.2.4 Ocidente X Oriente ........................................................................................................................................................ 124
6.2.5 Meridiano: B, Id e Vb ..................................................................................................................................................... 124
6.3 Sequência .......................................................................................................................126
6.3.1 Cabeça e região cervical ............................................................................................................................................... 128
6.3.2 Região dorsal ................................................................................................................................................................ 129
6.3.3 Membros superiores ..................................................................................................................................................... 130
6.3.4 Membros inferiores ....................................................................................................................................................... 130
Referência ............................................................................................................................. 132
Capítulo 7 
Reflexoterapia podal chinesa ............................................................................................... 133
7.1 Histórico ......................................................................................................................... 134
7.1.1 Origem ........................................................................................................................................................................... 134
7.1.2 Reflexoterapia ................................................................................................................................................................ 137
7.2 Bases fisiológicas ............................................................................................................ 138
7.2.1 Macro e microssistema do ser humano ........................................................................................................................ 139
7.2.2 Efeitos............................................................................................................................................................................. 140
7.2.3 Teoria da terapia zonal ................................................................................................................................................... 141
7.2.4 Teoria dos meridianos .................................................................................................................................................... 143
7.3 Manobras básicas ...........................................................................................................144
7.3.1 Alongamento e avaliação .............................................................................................................................................. 144
7.3.2 Técnica de pressão ......................................................................................................................................................... 146
7.3.3 Fase ativa e passiva ........................................................................................................................................................ 147
7.3.4 Fricção alternada ........................................................................................................................................................... 148
Referências ............................................................................................................................ 150
Capítulo 8 
Avaliação ............................................................................................................................... 153
8.1 Princípios da medicina tradicional chinesa .................................................................... 155
8.1.1 Localização e natureza ................................................................................................................................................... 156
8.1.2 Caráter e estado ............................................................................................................................................................. 159
8.2 Observação e palpação ................................................................................................... 159
8.2.1 Compleição .................................................................................................................................................................... 164
8.2.2 Palpação dos tsubôs e meridianos ................................................................................................................................ 165
8.3 Questionamento ............................................................................................................. 166
8.3.1 Queixa principal ............................................................................................................................................................. 167
8.3.2 História da doença atual ................................................................................................................................................ 168
Referências ............................................................................................................................ 169
O conhecimento desenvolvido na China é disponibilizado ao mundo ocidental com a 
Medicina Tradicional Chinesa (MTC), patrimônio da humanidade, presente da cultura orien-
tal a todos que almejam manter a saúde, a qualidade de vida, a funcionalidade corporal e 
tratar doenças. A MTC é um conjunto de práticas medicinais datado de milhares de anos, 
fundamentado na filosofia oriental. É uma ciência abrangente, sistemática e complexa 
que se baseia no funcionamento do organismo, nas leis que o regem, na integração com 
o ambiente e com os ciclos da natureza, combinando alimentação, massagem, fitoterapia, 
práticas corporais e acupuntura. O objetivo deste livro é sintetizar as principais teorias e 
conceitos da MTC e a relação destes conhecimentos como essenciais para a execução das 
técnicas de massagem Shiatsu, Tuiná, Reflexologia Podal Chinesa e a adaptação destas 
técnicas na cadeira de massagem. 
Apresentação
A Autoria
A professora Geslaine Janaina Bueno dos Santos é mestre em Distúrbios da 
Comunicação pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), especialista em Fisioterapia 
Dermato Funcional pela Faculdade Evangélica do Paraná (FEPAR), graduada em Fisioterapia 
pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e técnica em Massoterapia pela 
Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná (ET-UFPR).
Currículo Lattes:
<lattes.cnpq.br/1871270596752936>
Dedicamos este trabalho aos mestres chineses 
que contribuíram no processo da criação e do 
desenvolvimento deste sofisticado sistema e a todos os 
praticantes das terapias relacionadas à MTC.
O professor Jaime Amador Soares é mestre em Ciências da Saúde com foco em 
Neurociência pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), especialista em 
Acupuntura pela Faculdade de Tecnologia em Saúde (CIEPH), graduado em Fisioterapia pela 
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) e técnico em Massoterapia pelo Senac. 
Currículo Lattes:
<lattes.cnpq.br/6250898953200791>
Dedicamos este trabalho aos mestres chineses 
que contribuíram no processo da criação e do 
desenvolvimento deste sofisticado sistema e a todos os 
praticantes das terapias relacionadas à MTC.
A professora Maria Izabel Rodrigues Severiano é mestre em Distúrbios da 
Comunicação pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), especialista em Noergologia pela 
Faculdade Espíritas (UNIBEM), licenciatura em Educação Física pela Universidade Federal 
do Paraná (UFPR) e técnica em Massoterapia pela Escola Técnica da Universidade Federal 
do Paraná (ET-UFPR).
Currículo Lattes:
<lattes.cnpq.br/9664007539418707>
Dedicamos este trabalho aos mestres chineses 
que contribuíram no processo da criação e do 
desenvolvimento deste sofisticado sistema e a todos os 
praticantes das terapias relacionadas à MTC.
Capítulo 1
Introdução à Medicina 
Tradicional Chinesa (MTC)
Abordaremos nestecapítulo os conhecimentos básicos sobre Medicina Tradicional Chi-
nesa – denominada pela sigla MTC, essenciais ao entendimento desta ciência médica chinesa 
incluindo um breve histórico do desenvolvimento teórico filosófico que estrutura a MTC. 
Além de apresentar aos futuros profissionais em estética e cosmetologia os principais ter-
mos chineses utilizados na MTC como: Qi, Yin, Yang, Xue, Shen, Xue Mai, Jing, Wu Xing, 
Zang, Fu, Zang Fu, Jin Ye e suas traduções, cuja compreensão dos significados mais apro-
ximados das concepções chinesas em língua portuguesa é primordial para o entendimento 
teórico que fundamenta a MTC e a sua apropriação possibilita a aplicação prática das técni-
cas de massagem associadas como a Shiatsu, Tui-Ná e a Reflexoterapia podal chinesa. 
Massoterapia oriental22
1.1 Histórico
A MTC é uma ciência médica que 
incorporou em sua origem a essência do 
pensamento chinês na formulação de suas 
teorias fisiológicas. 
O mais antigo livro de MTC e usado 
até os dias de hoje é o Huang Di Nei Jing 
(770-476 a.C.), conhecido como o Clássico 
de Medicina do Imperador Amarelo, sua 
autoria é atribuída ao lendário imperador 
Huan Ti Nei Su Wenque descreveu as expe-
riências médicas e sistematizou a fisiolo-
gia e a patologia humana: órgãos, vísceras, 
meridianos, canais colaterais, patogenia e 
métodos de diagnóstico (CHUNCAI, 1999).
O Imperador Amarelo é dotado de 
talentos divinos e descreve um “diá-
logo” com seu mestre T’ien Shih, e 
é descrito como um Tratado sobre a Verdade 
Natural nos Tempos Antigos, livro reconhecido 
como um dos mais antigos relatos sobre acu-
puntura e MTC. 
A experimentação continua de distin-
tas formas de promover a saúde selecio-
nou protocolos para avaliação das causas 
das doenças bem como elegeu as principais 
formas para o tratamento de patologias. 
A observação e a classificação de padrões 
fisiopatológicos foram sendo aprimoradas 
estruturando as teorias médicas chinesas, 
influenciadas diretamente pelo Budismo, 
Taoísmo e Confucionismo. Os conhe-
cimentos foram passados de uma gera-
ção para outra, os clãs (tribos formada por 
pessoas de origem comum) foram ficando 
especializados em uma ou mais técnicas 
(HUIHE; BAINE, 2012).
O budismo, taoísmo e confucionismo 
são consideradas religiões chinesas, 
mas ambas começaram como filoso-
fias. Para melhor entendimento recomenda-se 
a leitura sobre a civilização chinesa: O Confucio-
nismo, Budismo, Taoismo e Cristianismo. O Direito 
chinês. (CAMPOS NETO, 2016). 
A MTC, acima de tudo, é um sistema 
de promoção da saúde e qualidade de vida, 
seu principal objetivo é a prevenção de doen-
ças e hoje está presente em, praticamente, 
todo mundo ocidental e com a aprovação da 
Organização Mundial da Saúde (OMS).
1.1.1 Gênese
O conjunto de fatos e elementos que 
contribuíram para compor o sofisticado sis-
tema médico chinês compreende um con-
junto de práticas clínicas, dentre as quais, 
a mais conhecida de todas no ocidente: 
Massoterapia oriental 23
acupuntura (aplicação de finas agulhas em 
pontos específicos do corpo com objetivo 
terapêutico). A MTC se fundamenta numa 
estrutura teórica sistemática e abrangente 
de natureza filosófica. Ao longo de sua mile-
nar civilização, os pesquisadores chine-
ses conceberam um sistema complexo que 
inclui um requintado protocolo de avaliação 
de sinais e sintomas, a comparação e analo-
gias com as alterações climáticas, nuances 
de cores e ciclos da natureza e com opções 
de técnicas de tratamento de doenças e de 
manutenção da saúde empregando meios 
como: dietética energética chinesa; prá-
tica regular de exercícios físicos (Kung-Fu e 
Tai Chi Chuan); exercícios respiratórios (Chi 
Kung); meditação; fórmulas fitoterápicas; 
Moxabustão; toque em forma de massa-
gem, o TuiNá e as ventosas.
A teoria mais importante para o 
entendimento da fisiologia e patologia 
dentro da MTC é a teoria do Yin e do Yang 
seguida da teoria dos cinco movimen-
tos, assuntos que veremos adiante. O iní-
cio de toda a fundamentação teórica, a 
base da metodologia usada para orientar 
o pensamento filosófico e a avaliação de 
sinais e sintomas corporais, os protocolos 
de medidas para a manutenção da saúde 
bem como o tratamento das patologias e 
desequilíbrios energéticos encontra se na 
teoria do Yin e Yang (CHUNCAI, 1999).
Sem a compreensão e o entendi-
mento destas duas teorias é impossível 
entender a fisiologia e transcrever os sinais 
e sintomas apresentados pelo paciente/
cliente em uma avaliação. 
1.1.2 Diferença entre Ocidente e Oriente
A maior diferença entre a forma de 
tratar a saúde e a doença no Ocidente e no 
Oriente é quanto à concepção do conceito 
de “energia “Qi“. A diferença é enorme, a 
ponto de não existir uma tradução literal 
de conceito Qi no Ocidente, geralmente, 
traduzimos de forma aproximada como 
energia, mas o conceito é mais amplo. Qi é 
a forma imaterial (não visualizamos a ener-
gia) que promove o dinamismo e a ativi-
dade do ser vivo. A presença da energia 
Qi é o que proporciona movimento, a fun-
cionalidade corporal e as transformações 
fisiológicas. A ausência da energia Qi sig-
nifica a morte (fim da vida, da energia). A 
inter-relação da oposição de Yin Yang e na 
concepção chinesa e a inter-relação entre: 
sono e vigília, expiração e inspiração, sís-
tole e diástole entre estar vivo ou morto 
(HUIHE; BAINE, 2012).
Massoterapia oriental24
A contração ventricular é conhecida 
como sístole e nela ocorre o esva-
ziamento dos ventrículos. O relaxa-
mento ventricular é conhecido como diástole e 
é nessa fase que os ventrículos recebem sangue 
dos átrios. Na MTC é uma comparação impor-
tante de cheio e vazio.
Ao observar as marcas de expressão 
no rosto é possível determinar por aspec-
tos como localização e cor destas marcas, 
a inter-relação destas com um órgão que 
poderá ser estimulado gerando resultados 
nas marcas de expressão facial (HUIHE; 
BAINE, 2012). Particularmente aos profis-
sionais de estética e dermatologia poderão 
tirar grande proveito desta forma diferen-
ciada dos chineses utilizarem o conceito de 
energia Qi.
1.1.3 Formulação das primeiras 
teorias médicas
A concepção da MTC tem como base 
o reconhecimento das leis da natureza e 
como estas influenciam o funcionamento 
do organismo humano, sua interação e esta 
compreensão é muito importante para a 
manutenção da saúde e o entendimento do 
processo da doença, ou melhor dizendo na 
MTC do desequilíbrio que causa a doença.
O homem primitivo observou que a 
natureza é composta por dois aspectos que 
se complementam e um não existe sem a 
presença do outro, o Yang e o Yin. O pri-
meiro padrão determinante para a manuten-
ção da vida, observado e entendido, é trans-
formado em teoria, conhecido como ciclo da 
luz e da sombra (HUIHE; BAINE, 2012).
Ao observar a luminosidade do sol, a 
alvorada quebrando a escuridão da noite 
anterior este movimento classifica o termo 
chinês, sem tradução no Ocidente, como 
Yang e gradativamente vai atribuindo 
características como luminosidade, calor, 
ascensão ao novo termo. Ao observar o 
crepúsculo em que gradativamente a som-
bra vai absorvendo a luz e implantando 
a penumbra, a agregação de atributos 
inverte a ordem do Yang propondo o termo 
Yin classificando os fenômenos como escu-
ridão, frio, declínio e decesso. Na fisiolo-
gia ao longo do tempo foi classificando o 
metabolismo humano em atividade e local 
Yang ou Yin (MACIOCIA, 2008).
 A teoria dos cinco elementos é uma 
adequação do modelo Budista dos quatro 
elementos: sólido, úmido, quente e móvel. 
Massoterapia oriental 25
Por meio deste conceito, procurava-se 
explicar os ciclos das estações a mudan-
ças dos fatores climáticos e a influência dos 
processos naturais sobre o homem (HICKS; 
HICKS; MOLE, 2007).
A teoria do Zang Fu (órgãos e vísceras) 
aborda a fisiologia energética, a inter-rela-
ção funcional e constitui o alicerce para a 
compreensão da avaliação e do tratamento 
das doenças. Descreve órgãos e vísceras 
classificados em Yin e Yang pertencentesa uma das matérias básicas da natureza: 
Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água (HICKS; 
HICKS; MOLE, 2007).
A referência mais antiga aos termos 
Yin/Yang está contida no livro das muta-
ções (Yi JING) datado de 700 a.C. A forma-
tação das teorias do Yin e Yang e os cinco 
elementos e Zang Fu marcam a transição 
de um modelo xamânico no qual a causa 
das doenças era atribuída a demônios, para 
o modelo médico no qual a causa das pato-
logias pode ser rastreada e relacionada a 
mais fatores como os nutricionais, emo-
cionais e a exposição a fatores climáticos 
(MACIOCIA, 2014).
O xamanismo é um termo generica-
mente usado em referência a práti-
cas etnomédicas, mágicas, religiosas 
(animista, primitiva), e filosóficas (metafísica), 
envolvendo cura, transe, transmutação e con-
tato entre corpos e espíritos de outros xamãs, 
de seres míticos, de animais, dos mortos.
As teorias do Yin e Yang, dos cinco 
elementos e Zang Fu são à base das teo-
rias médicas da MTC e estas proporcionam 
ao profissional a forma de mapear sinto-
mas e traçar um tratamento adequado de 
sinais ou da doença propriamente dita.
1.1.4 Técnicas associadas
A civilização chinesa é uma das mais 
importantes do mundo, possui mais de 
4000 anos, idealizaram um sistema com-
plexo que inclui um protocolo de avaliação 
de sinais e sintomas, a comparação e analo-
gias com as alterações climáticas, nuances 
de cores e ciclos da natureza e com opções 
de técnicas de tratamento de doenças e de 
manutenção da saúde empregando meios 
como: dietética energética chinesa; prática 
regular de exercícios físicos e exercícios res-
piratórios; a meditação; fórmulas fitoterápi-
cas; calor direto, o toque em forma de mas-
sagem e o uso de ventosas.
Massoterapia oriental26
A forma terapêutica mais aceita é 
sobre os movimentos intuitivos, observados 
em outros primatas como esfregar, coçar, 
dar pequenas pancadas de forma rítmica e 
cadenciada. Estes movimentos são associa-
dos a uma forma rudimentar de massagem, 
portanto, a massagem foi à primeira aplica-
ção terapêutica da MTC que evoluiu para o 
que, atualmente denominamos de massa-
gem Tui Na (MACIOCIA, 2008).
Com a descoberta do fogo, o homem 
primitivo observa que é possível cauterizar 
ferimentos e que obtém alívio de dores ao 
sentar próximo a fogueiras. Assim, passa a 
utilizar o calor das pedras quentes, a 
queima de ervas e das extremidades de 
galhos ardentes nos tratamentos de des-
confortos corporais o que se denomina 
como moxabustão (CHONGHUO, 2011). 
Este termo na tradução literal é “longo 
tempo de aplicação do fogo”, é a combus-
tão de uma erva chamada Artemísia.
A necessidade do homem em extrair 
parasitas fez com que ele utilizasse chifres 
de animais com um pequeno orifício na 
extremidade superior para sugar estes 
parasitas e o veneno de picadas. Essa téc-
nica evoluiu para sucção por pressão nega-
tiva, com a queima do ar dentro do chifre, 
que foram substituídos por bambu e, pos-
teriormente, por jarros de bronze e cerâ-
mica. Atualmente, é utilizado o vidro e 
denominamos esta técnica como ventosa-
terapia (CHONGHUO, 2011).
A ventosaterapia consiste na aplica-
ção de copos de vidro ou acrílico com 
a finalidade de criar um vácuo e fazer 
uma sucção da pele. Está ação possibilita mais oxi-
gênio às células, acelera o metabolismo e auxilia a 
função linfática, na estética pode ser usada no tra-
tamento da celulite.
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Massoterapia oriental 27
A forma mais rudimentar de acupun-
tura está associada às agulhas de Silex 
denominadas Agulhas Bian (8.000 – 2100 
a.C.), ou as agulhas de pedra. O livro da 
dinastia Han (206 a.C. – 220 d.C.), Shuo 
Wen Jie Zi (“Dicionário analítico de carac-
teres”) descreve o uso de agulhas de pedra 
polidas para certas intervenções cirúrgicas. 
Elas evoluíram na forma e nos materiais 
como ossos, bambu, até o domínio da side-
rurgia (produção, fundição e preparação do 
ferro e do aço) quando as agulhas passa-
ram por materiais como cobre, ouro e 
prata. Atualmente o material mais utili-
zado é o aço. No livro tratado médico 
Huandi Nei Jing (“Cânon Da Medicina“) 
(770-221 a.C.) prescreve o uso especifico 
para nove formas distintas de agulhas 
(CHONGHUO, 2011). 
A Era do bronze, em torno de 3300 
a.C., proporcionou agulhas finas, a evolu-
ção tecnológica facilitou a introdução das 
agulhas no corpo humano diminuindo a 
resistência fisiológica. Com elas foi possí-
vel o aprimoramento da técnica de acupun-
tura resultando na comprovação da teoria 
da circulação do “Qi” por trajetos, trilhos 
anatômicos denominados meridianos ou 
canais (CHONGHUO, 2011).
1.2 Teorias médicas chinesas
A Medicina Tradicional Chinesa se 
baseia na teoria do Yin/Yang, dos cinco 
elementos, nas substancias vitais e fun-
damentais e em meridianos e pontos e na 
relação entre os órgãos pela teoria Zang 
Fu. O aprendizado destes elementos é 
essencial ao tratamento baseado na MTC.
Este tipo de medicina vê o corpo 
humano como um sistema muito pequeno 
em um sistema amplo, o universo, isto ori-
gina as relações homem/natureza, e orien-
tam para a compreensão da fisiopatologia 
dos órgãos(é o estudo das funções anor-
mais ou patológicas dos vários órgãos e 
aparelhos do organismo) e da circulação da 
energia nos meridianos, resultado da inte-
ração das energias Yin e Yang.© G
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Massoterapia oriental28
1.2.1 Substâncias básicas: Qi, Xue; Jin Ye, Jing e Shen
Na MTC o Qi (energia), o Xue (san-
gue), o Jin Ye (líquidos orgânicos), o Jing 
(essência) e o Shen (espírito) constituem a 
base material para as atividades fisiológicas 
do organismo. Essas substâncias básicas do 
corpo influenciam o Zang-Fu (órgãos e vís-
ceras), os tecidos e outros órgãos. A produ-
ção de Qi, Xue, Jing, e Jin Yye e o Shen é rea-
lizada mediante as permanentes ativida-
des das respectivas funções dos diferentes 
Zang-Fu e suas relações de interdependên-
cia. As substâncias básicas servem para a 
atividade funcional das vísceras e esta ativi-
dade origina, desenvolve, faz circular e dis-
tribui o Qi, o sangue e os líquidos orgânicos.
O Qi (energia)
O Qi é a energia vital, base de tudo 
e tem as mais variadas denominações: 
material, matéria, energia, poder da vida. 
– na China chama-se Qi, no Japão Chi e na 
Índia Prana.
Para a MTC, tudo que existe, existe 
porque tem Qi, esta energia assume diver-
sos tipos e funções, transporta o alimento, 
o sangue e os fluídos corporais. Todas as 
outras substâncias vitais são manifesta-
ções do Qi em variados graus de materia-
lidade, indo do completamente material 
para o totalmente imaterial (ROSS, 2003).
O Qi se apresenta de dois modos:
• Ele participa da constituição do cor-
po e permite a manifestação da vida 
(Qi e pelo Qi da respiração e Qi da 
alimentação);
• Pela atividade fisiológica dos tecidos or-
gânicos (Qi dos órgãos e Qi dos vasos).
O Qi tem diferentes funções, são elas:
• Impulsão: coloca em movimento quan-
do se refere ao crescimento do corpo, 
a atividade fisiológica dos órgãos e dos 
meridianos, a circulação sanguínea e a 
distribuição dos líquidos orgânicos; 
• Regulação: da temperatura do corpo; 
• Proteção: quando impede a entra-
da de agentes patogênicos ou luta para 
expulsá-los; 
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Massoterapia oriental 29
• Controle: sobre o sangue, a transpira-
ção, urina e, nos homens, também sobre 
o esperma; 
• Transformação: O Qi circula em ascen-
são e descida; em entrada e saída do Qi 
quando se refere à atividade funcional 
de cada órgão e nas relações de coorde-
nação entre os órgãos.
O Xue (sangue)
O Xue para a MTC é a substância que 
nutre e que circula nos vasos sanguíneos 
e auxilia na formação e na estruturação e 
suporte do corpo. 
Para os chineses, o Xue possui outra 
conotação, diferente da medicina Ociden-
tal; o Xue corresponde ao Qi muito denso e 
material, sendo que o Xue e o Qi são inse-
paráveis; o Qi proporcionavida ao Xue. O 
Xue (sangue) é o filho de Qi, Qi é a mãe do 
Xue (MACIOCIA, 2014). 
A fonte do sangue na MTC deriva do 
Qi e dos alimentos produzidos pelo baço – 
onde vai para o pulmão e deste para o cora-
ção, local em que efetivamente é transfor-
mado em sangue (CHONGHUO, 2011).
Seguindo este raciocínio, o baço é a 
principal fonte de sangue, juntamente ao 
estômago, o qual inicia a depuração dos 
alimentos para iniciar a formação do Qi 
dos alimentos, que é empurrado pelo pul-
mão para o coração (somente sua ener-
gia), demonstrando o poder impulsor desta 
energia. Assim, pode-se afirmar que o Qi 
faz o Xue (sangue) se movimentar (MACIO-
CIA, 2008).
No processo de formação do Xue no 
coração, é importante relembrar a partici-
pação do Qi original. Este tipo de Qi é deri-
vado da Jing (essência) do rim, a qual, por 
sua vez produz a medula; porém, para os 
chineses esta medula é um dos principais 
componentes formadores da medula óssea, 
a qual representa um dos participantes na 
formação do sangue (visão Ocidental).
Para a MTC, o sangue tem como 
principal função nutrir o organismo, bem 
como, complementar a ação nutriente do 
Qi, já o Xue possui uma função hidratante, 
não permitindo que os tecidos corporais 
sequem o Xue do fígado umedece os olhos 
e os tendões e, também, nutre a pele e os 
cabelos (ROSS, 2003). 
Jin Ye (líquidos orgânicos) 
Todos os líquidos dos órgãos e vísceras 
(secreções e excreções) e são muito impor-
tantes na manutenção do corpo, provem 
dos alimentos e bebidas transformados pelo 
baço/pâncreas e estômago em várias fra-
ções. Jin que quer dizer “fluido” circula com 
Massoterapia oriental30
mais facilidade, é a parte mais pura e leve 
o Jin nutre os pulmões e a pele. Ye é o mais 
espesso dos líquidos orgânicos, é menos puro 
e mais denso ele vai umedecer o interior do 
organismo, deve nutrir todos os Zang e Fu 
(órgãos e vísceras) com a finalidade de nutrir 
ossos e cérebro (ROSS, 2003).
A função do Jin Ye é umedecer e ali-
mentar o corpo, lubrificar os órgãos e dar 
viscosidade ao sangue. O Jing Ye alimenta 
e enriquecem o Jing (essência), a medula e 
o cérebro, mantém o equilíbrio do yin e do 
yang e da temperatura corporal, e o bom 
funcionamento dos órgãos.
Jing (essência) 
O Jing é traduzido como essência, 
considerada como uma substância muito 
preciosa para ser cuidada e guardada. O 
Jing se apresenta em três aspectos: essên-
cia pré-celestial ou pré-natal; essência 
pós celestial ou pós-natal e a essência do 
rim, e estes aspectos explicam este pro-
cesso de refinamento.
O Jing pré-celestial é formado no 
momento da concepção, a concentração 
nas células doadas, a essência da mãe con-
densada no óvulo e do pai no esperma-
tozóide. A união de uma célula Yin que 
entra em contato com um Yang gerando 
uma nova vida agora yin/yang unidos até o 
momento da separação do Yin e do Yang, o 
que significa a morte. A essência pré celes-
tial é a constituição básica de cada pessoa e 
o que determina nossa individualidade, após 
o nascimento é administrada no sistema 
rim, para determinar os ciclos ao longo de 
toda a vida a diminuição desta essência está 
relacionada ao envelhecimento e o fim a 
morte física (CHUNCAI, 1999).
O Jing dos alimentos bebidas e do ar 
fornece a essência pós-celestial, ou seja, 
depois da fase intrauterina em que o bebê 
alimenta-se do Yin da mãe este novo indi-
víduo deve ser capaz de extrair do ar, água 
e cereais, o Qi contido nestas substâncias 
e transformar este Qi junto aos Zang e Fu 
correspondentes (CHUNCAI, 1999).
A essência do rim deriva da pré celes-
tial e é reabastecida pela pós celestial, ela é 
guardada no rim e circula por todo o orga-
nismo. Esta essência determina o cres-
cimento, reprodução, desenvolvimento, 
maturação sexual, concepção e gravidez, 
como a menopausa e o envelhecimento.
Shen (espírito)
Shen – O termo espírito deve ser 
entendido como consciência ou razão. Shen 
tem muitas traduções, neste texto aborda-
remos a concepção chinesa em que a cons-
ciência reside no coração e não no cérebro. 
Massoterapia oriental 31
Quando o coração está em equilíbrio, as 
emoções estão equilibradas e atuação do 
Shen evidencia uma pessoa equilibrada, 
consciente e lúcida. As alterações energé-
ticas do coração desalojam o shen de sua 
morada. O coração, literalmente, deixa a 
pessoa fora de si. A razão, consciência, coe-
rência de pensamentos e comportamento 
é relacionada ao coração e a qualidade do 
sangue presente nele. (MACIOCIA, 2014).
1.2.2 Yin e Yang
Para o chinês o conhecimento resu-
me-se a três palavras: yang, yin e o Tao. 
Um yang e um yin é o Tao, o yang e o yin 
só existem em relação ao outro. O mundo 
material só existe pela interação destas 
duas energias. As características físicas, a 
natureza das manifestações e os movimen-
tos da natureza são interpretados pela teo-
ria do yin e do yang. A fisiologia, a patolo-
gia e o tratamento na MTC podem ser 
entendidos na relação yin-yang.
Caracteres chineses indicam o lado 
sombrio e o lado ensolarado de uma 
colina. O fenômeno YIN-Yang vem 
da observação contínua da alternância de fenô-
menos naturais como o dia e a noite e suas 
particularidades.
Quanto às características físicas, tudo 
que é animado, em movimento, exterior 
ascendente, quente, luminosos, funcional, 
cujas capacidades se desenvolvem e a ação 
é yang. O que está em repouso, tranqüilo, 
interior, descendente, frio, sombrio, que 
decresce é yin. Yang significa a claridade 
do sol, o dia, a luz, o calor, a secura, a vida, 
a masculinidade, a atividade, o esplendor 
e a solidez. Yin é a ausência de claridade, 
sombra, escuridão, noite, frio, umidade, 
morte, terra, lua, feminino, passivo, terno, 
frágil e vazio (MACIOCIA, 2014).
Quanto à natureza, o céu, que está 
no alto, e o fogo, que as chamas se ele-
vam são yang. A terra, embaixo, e a água 
que escorre fria também é yin. No universo 
qualquer fenômeno manifestado pode ser 
yin ou yang, e a sua base é:
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Massoterapia oriental32
• Oposição do yin e yang: quando um pre-
valece sobre o outro há a desordem, no 
ser humano este desequilíbrio irá gerar a 
doença. Em contrapartida, esta oposição 
constante mantém o equilíbrio e a trans-
formação da energia vital (Qi).
• Reciprocidade do yin e do yang: eles 
não se separam, esta relação é chama-
da de raiz recíproca, um não existe sem 
o outro. O Yin está no interior e susten-
ta o yang, O yang está no exterior. O yin 
determina a matéria e o yang a função.
• Crescimento e decréscimo do yin e do 
yang: eles estão sempre em movimen-
to, um cresce e o outro decresce. Para que 
uma atividade fisiológica yang se produ-
za, é necessário que a matéria nutritiva yin 
seja consumida. O metabolismo da maté-
ria nutritiva yin consome a energia yang. 
Este é o equilíbrio relativo, se um se eleva 
em demasia ou o outro declina em excesso 
e acarreta a doença (JIANPING, 2001).
Teoria do yin/yang
Estrutura 
orgânica
Funções
fisiológica
Causa e
evolução
das
doenças
Diagnóstico Tratamento
A teoria do yin e do yang na MTC ex- 
plica a estrutura orgânica do corpo humano, 
as suas funções fisiológicas, a causa e a evo-
lução das doenças e a utilização para o diag-
nóstico e tratamento destas.
1.2.3 Wu Xing: a teoria dos 5 elementos
A teoria do Wu Xing ou teoria dos 5 
elementos é mais recente que a teoria do 
Yin e Yang. Ela foi primeiramente docu-
mentada na China, no Período dos Estados 
Guerreiros (221-476 a.C.) e coexistiu, inde-
pendentemente, da teoria do Yin e Yang.
Foi durante a Dinastia Song (960-1279 
d.C.) que começou a fusão entre os dois 
sistemas e que o sistema dos 5 elementos 
foi utilizado para diagnóstico e tratamento 
de doenças pela primeira vez (HICKS; 
HICKS; MOLE, 2007).
Segundo Maciocia (2008), a teoria dos 
5 elementos é um sistema filosófico aplicável 
não só à medicina, mas a um modo de vida. 
Os chineses perceberam que, por meio da 
observação dos fenômenos naturais e suas 
evoluções de acordo com as estações,que o 
mundo se organizava em torno de cinco ele-
mentos ligados ao tempo e espaço e a MTC 
classifica os fenômenos conforme a natu-
reza, a função e a forma e os liga aos 5 ele-
mentos: água, fogo, metal, madeira e a terra. 
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Massoterapia oriental 33
A partir daí ocorre à sistematização entre a relação destes elementos com a constituição 
das vísceras (Zang Fu), o estado fisiológico ou patológico do organismo e como o meio circun-
vizinho afetam a vida dos homens. Os elementos são usados não pela sua natureza, mas sim 
pelas suas características:
Produção e flexibilidade, desbloqueio
Calor yang, inflamação para o alto
Desenvolvimento, transformação e alimento
Pureza, robustez e armazenamento
Frio, umidade, descrescimento e fluidez
Madeira
Fogo
Terra
Metal
Água
A Teoria dos Cinco Elementos é de 
vital importância para compreender a cons-
tituição dinâmica de absolutamente tudo 
que existe. A cada um desses cinco elemen-
tos estão associados um ponto cardeal ou 
direção, uma estação, um sabor, uma cor, 
um órgão (que é Yin), uma víscera (Yang), 
um meridiano, uma emoção, entre outros.
1.2.4 Cinco substâncias da natureza, 
Geração, Dominância, Excesso de 
dominância e contradominância
A relação dos cinco elementos deve 
ser observada como as cinco fases do 
movimento das energias celestes em rela-
ção às suas influências na terra, caracteri-
zadas pelas cinco estações. As que conhe-
cemos outono, verão, inverno e primavera, 
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Massoterapia oriental34
mais o período do verão tardio ou fim do 
verão considerado pelos chineses.
Ao observar o ciclo de luz e sombra, 
calor e frio, e os alimentos disponíveis em 
cada estação, os chineses foram classifi-
cando os fenômenos nas cinco característi-
cas da matéria:
• Água − que gera a vida;
• Madeira − que representa a vida que 
brotou de uma semente, gerando cres-
cimento ascendente (para cima, que 
sobe) e é a substância básica geradora 
do fogo;
• Fogo − que após queimar vira a cinza 
que volta à terra.
• Terra − na qual encontramos o ouro e os 
metais preciosos. 
• Metal − onde surge a água e caracteriza 
o ciclo de crescimento. Podemos dizer 
que quem gera é a mãe e quem foi ge-
rado é o filho. Assim se estabelece o ci-
clo de geração ou dominância também 
conhecido como a teoria mãe e filho. Na 
figura as setas em vermelho no círculo 
externo (HICKS; HICKS; MOLE, 2007).
Para controlar a hiperatividade de 
uma única fase (elemento) a setas internas 
(estrela) demonstram a relação de controle 
mútuo via: água apaga fogo; este derrete o 
metal, o metal corta a madeira e esta 
absorve os nutrientes da terra, que absorve 
a água e se estabelece o ciclo de controle 
ou dominância (CHUNCAI, 1999).
 M ETAL
 ÁG UA
Quando existe um desequilíbrio crônico 
acontecem os ciclos de excesso de domi-
nância e contradominância (linha pontilhada 
da figura abaixo). A relação que os chineses 
observaram é de uma família em desarmo-
nia, em que a mãe dominadora em excesso 
ataca o filho e a contra dominância é o neto 
atacando os avós. Exemplo: água (neto) 
ataca terra (avó) com o objetivo de enfra-
quecer a mãe (metal) (MACIOCIA, 2014).
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Massoterapia oriental 35
Os cinco elementos apresentam-se, 
dinamicamente, interligados em uma rela-
ção de interdependência e movimento 
contínuo. Uns moderando, dominando, 
nutrindo ou inibindo outros. Pela sua pró-
pria natureza órgãos e vísceras uns domi-
nam outros. Mas tudo na natureza como 
no cosmos procura tender ao equilíbrio. 
Devemos entender os 5 Elementos den-
tro de uma dinâmica de ciclos inteiros com 
predomínio de certas características. Exis-
tem vários ciclos, mas dois principais: o de 
construção e o de destruição. É importante 
assinalar que esses termos não devem ser 
entendidos, literalmente, mas sim, no sen-
tido de geração e inibição.
1.3 Fatores exógenos
Na MTC, são consideradas múltiplas 
causas das doenças, no entanto, podem ser 
classificadas em três fatores: endógenos, 
exógenos e mistos. Existem seis fatores 
exógenos (climáticos), sete fatores endó-
genos (emocionais) e outros fatores con-
siderados mistos (fadigas, fatores nutri-
cionais, bebidas, acidentes e atividades 
sexuais). Primeiro o fator patogênico ataca 
os canais depois ataca o Zang ou Fu (órgão 
ou víscera). 
Estes fatores em determinadas situa-
ções podem causar desequilíbrios energé-
ticos e podem causar enfermidades. Como 
tudo em MTC podem ser classificados em 
dois aspectos o Yin e o Yang (JIANPING, 
2001). Os seis fatores exógenos são: vento, 
frio, umidade, secura e calor e calor de 
verão. Segundo Nakano e Yamamura 
(2008) a resistência natural a estes fatores 
é assegurada na energia Wei Qi (energia 
de defesa). Quando o corpo é exposto aos 
fatores exógenos em excesso vai provocar 
alterações fisiológicas e energéticas cau-
sando doenças. Exemplo: morar em uma 
casa úmida provoca doenças de etiologia 
umidade (doenças com catarro, rouquidão, 
edema, fleuma na MTC).
A manifestação de sinais e sintomas é 
um reflexo de algumas afecções corporais 
por influências da ação dos fatores etiológi-
cos, o vento causa tremor e toda síndrome 
será causada por algum fator patogênico ou 
por mais de um. Exemplo: umidade e vento, 
além da dor articular, adiciona mais o sin-
toma vento que é tremor.
Os fatores exógenos atacam principal-
mente o Yang com características de doen-
ças agudas. Quando temos o ataque de dois 
fatores caracteriza-se uma síndrome bi, o 
que geralmente confunde a avaliação do 
terapeuta, pela soma dos sintomas.
Massoterapia oriental36
Os fatores mistos ou extras são os de 
descontrole alimentar (fome ou excesso 
de alimentos, alimentos gordurosos, con-
dimentada ou abuso de álcool); o excesso 
de trabalho ou a falta de descanso (traba-
lho braçal ou mental em demasia); excesso 
de atividade sexual e a apatia e a falta de 
movimento vão causar alterações na pro-
dução e circulação da energia Qi o que 
pode mais uma vez gerar estagnação ener-
gética , sintomas ou doenças.
A saúde depende do equilíbrio dos 
fatores externos, internos e mistos, quando 
o corpo não se adapta podem ocorrer as 
estagnações ou os excessos, o organismo 
pode não reagir por falta de resistência cor-
poral explicada pela diminuição da ener-
gia vital – Qi. Ou pela influência patogênica 
sobre o organismo, causada pelos fatores 
exógenos e o entendimento desta influência 
é de grande importância para o tratamento 
e a prevenção na MTC e serão explicados 
mais detalhadamente. Na MTC estes fatores 
são conhecidos como os “seis perversos”: 
frio e vento; fogo e calor; umidade e secura.
1.3.1 Frio e vento
O frio é a energia do inverno e o vento 
a energia da primavera. O frio ataca o 
yang do organismo tornando-o incapaz de 
expulsar o frio. As características do frio 
são cólicas e a dor do frio ataca a parte 
inferior do corpo e a região do abdômen 
e é extremamente difícil aquecer o corpo. 
O vento ataca a parte superior do corpo, 
causa movimentos de tremor e a dor não 
fica limitada a uma articulação, ficam difu-
sas as demais articulações, o vento é o 
grande responsável pelos edemas genera-
lizados e o tratamento do mesmo é muito 
importante na área estética.
1.3.2 Fogo e calor
 O excesso de calor interno ou esterno 
que causará o desequilíbrio do fogo, preju-
dicando os líquidos do corpo e esgotando o 
Qi. O fogo acende e aquece a parte supe-
rior do corpo: olhos vermelhos, pressão alta, 
dor de cabeça, perda de cabelos e cabelos 
opacos. O calor também gasta facilmente a 
energia do corpo produzindo a sede, urina 
pesada, tontura, desmaio. O calor aquece, 
combate o frio, mas quando em excesso 
queima destrói os tecidos. O calor em 
excesso sobe de forma muito rápida con-
sumindo de forma aguda tudo que ele tiver 
acesso, como exemplo paralisia facial e aci-
dentes vasculares.
Massoterapia oriental 37
1.3.3 Umidade e secura
A umidade é a energia do verão pro-
longado e a secura é a energiaprincipal do 
outono. A umidade e a secura são anta-
gônicas e ambas são difíceis de tratar, a 
secura é caracterizada pelas doenças de 
pele, rachaduras, articulações com crepi-
tações e a sua origem está relacionada ao 
baixo consumo de líquidos. A umidade está 
relacionada ao excesso de alimentos pasto-
sos e úmidos, a obesidade abdominal, aos 
edemas e a flacidez. Ainda está presente 
em todos os pacientes com alterações do 
baço com propensão a obesidade.
1.3.4 Sete sentimentos
A atividade emocional exerce grande 
influência no metabolismo do sistema 
Zang Fu. As doenças causadas pelas sete 
emoções são diferentes das doenças cau-
sadas pelos seis excessos climáticos.
Os fatores climáticos atacam o corpo 
de fora para dentro (Yang) penetram pela 
boca, nariz ou pele. As emoções agridem 
o organismo de dentro para fora (yin) pri-
meiro deprimem o Qi dos órgãos e vísce-
ras (Zang Fu) o desequilíbrio dos mesmos 
somente será percebido posteriormente 
(MACIOCIA, 2014).
Os cinco órgãos metabolizam as cinco 
energias, o coração produz a alegria; o 
fígado gera a raiva; o pulmão – o pesar, o 
baço – a ansiedade, e o rim refere ao medo. 
As sete emoções são: Alegria (xi), Raiva 
(Nu), Preocupação (Si) Ansiedade (You), 
Mágoa (Bei), Medo (Kong) e o Susto (Jing) 
(CHUNCAI, 1999).
A raiva faz o Qi subir, a alegria faz o 
Qi diminuir a intensidade, relaxando-o, 
ficando mais devagar; a tristeza consome 
Qi, o medo faz o Qi descer, já o susto per-
turba o fluxo do Qi e o bloqueia. 
Os fatores endógenos ao contrário dos 
fatores exógenos climáticos atacam o yin, 
geralmente, de forma lenta e devastadoras 
sendo doenças crônicas de evolução silen-
ciosa. Neste sentido a tristeza pode ser rela-
cionada à queda de cabelo, cabelos bran-
cos e a doenças de pele. A preocupação é a 
grande responsável pela obesidade. A raiva 
e a mágoa são as responsáveis pelas enxa-
quecas e TPM. O medo está ligado a nossa 
sobrevivência e a nossa vontade de viver, 
a energia do rim está ligada a nossa libido, 
sexualidade e junto ao pulmão que refere à 
tristeza vão causar as quedas de cabelo. A 
ansiedade gerada por pensamentos obses-
sivos também está relacionada à obesidade, 
Massoterapia oriental38
isto faz as alterações no estômago (gastrite) 
alterando a energia do sangue (Xue) que vai 
afetar o coração (risco de infarto). Para os 
chineses as alterações do Qi do estômago, 
inclusive os regimes alimentares podem ser 
a porta da loucura. As alterações de medo 
e ansiedade, seguida de susto pode gerar o 
que se conhece na medicina ocidental como 
síndrome do pânico (MACIOCIA, 2014). 
Unindo os conhecimentos das teo-
rias do Yin e Yang e dos cinco movimen-
tos podemos concluir que as teorias das 
cinco fases dos movimentos conseguem 
classificar quais as causas das patolo-
gias quando conseguimos definir os fato-
res etiológicos externos que foi exposto, 
a época do ano (estação) que os sintomas 
iniciaram e qual a emoção que está mais 
evidente; fatores nutricionais envolvidos; 
local da dor e da queixa caracterizando as 
questões mais materializadas do desequi-
líbrio e que a teoria do yin e do yang é o 
referencial para verificarmos o desequilí-
brio mais energético e sutil, muitas vezes 
antes da patologia se manifestar. Unindo 
as duas teorias podemos utilizá-las para 
prevenir, manter e restaurar a saúde.
Massoterapia oriental 39
Referências
CAMPOS NETO, A. A. M. de. O Confucionismo, Budismo, Taoismo e Cristianismo. O Direito 
chinês. Revista da Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 110, 
p. 67-94, 2016. ISSN 2318-8235. Disponível em: <www.revistas.usp.br/rfdusp/article/view/ 
115486>. Acesso em: 04/04/18.
CHONGHUO, T. Tratado de Medicina Chinesa. 1. ed. São Paulo: Roca, 2011.
CHUNCAI, Z. Clássico de Medicina do Imperador Amarelo – Tratado sobre a Saúde e a 
Vida Longa. 1. ed. São Paulo: Roca, 1999.
HICKS, A.; HICKS J.; MOLE, P. Acupuntura Constitucional dos Cinco Elementos. São Paulo: 
Roca, 2007.
HUIHE, Y.; BAINE, Z. Teoria Básica da Medicina Tradicional Chinesa. 2. ed. São Paulo: 
Atheneu, 2012.
JIANPING, H. Metodologia da medicina tradicional chinesa. São Paulo: ROCA, 2001.
MACIOCIA, G. Canais de Acupuntura: Uso Clínico dos Canais Secundários e dos Oito Vasos 
Extraordinários. São Paulo: Roca, 2008.
MACIOCIA, G. Fundamentos de Medicina Chinesa. 2. ed. São Paulo: Roca, 2014.
NAKANO, M.; YAMAMURA, Y. Livro dourado da Acupuntura em Dermatologia e Estética. 
2ª Ed. São Paulo: Center AO – Centro de Pesquisa e Estudo da Medicina Chinesa, 2008.
OMS. Estrategia de la OMS sobre medicina tradicional 2014-2023. Organización Mundial 
de la Salud. Ginebra; Organización Mundial de la Salud; 2013. 75 p. Livrotab, graf.Espanhol | 
CLASSIFICADO | ID: mis-37912
ROSS, J. Sistemas de Órgãos e Vísceras da Medicina Tradicional Chinesa. 1. ed. São 
Paulo: Roca, 2003.
Capítulo 2
Pontos tsubô ou keiketsu
A energia Qi circula por todo o organismo formando uma rede energética represen-
tada pelos meridianos, que são linhas energéticas invisíveis interligando as diferentes estru-
turas do corpo. Ao longo de cada meridiano situam-se pontos energéticos, que são chama-
dos de tsubos. Estes pontos e suas funções são essenciais para a compreensão de como se 
pode tratar distúrbios do organismo e é o que veremos ao longo deste capítulo. 
2.1 Definição
Quando utilizamos a geometria, ponto nada mais é que uma localização no espaço, que, 
quando em conjunto, os pontos formam uma reta. Na Medicina Tradicional Chinesa (MTC) 
ponto é chamado de tsubos e o conjunto deles de meridiano. Na técnica de massagem shiatsu 
e na acupuntura local de aplicação de agulhas eles são denominados pontos de acupressão. 
Massoterapia oriental42
Os tsubos são traduzidos como poço 
ou cavidade de Qi, na qual a energia se 
condensa ao longo dos meridianos. Esses 
pontos são vórtices de energia, nos quais 
a energia vital aflora na superfície da pele 
e são bons condutores, quando podemos 
atuar com o calor, pela moxabustão (longo 
tempo de aplicação do fogo), com agulhas, 
pela acupuntura, e com os dedos, pelo 
shiatsu (JAHARA-PRADIPTO, 1986).
O significado de vórtices é um escoa-
mento giratório em que as linhas de 
corrente apresentam um padrão circu-
lar ou espiral. São movimentos espirais ao redor 
de um centro de rotação.
Os pontos apresentam diferentes fun-
ções e quando manipulados produzem efei-
tos terapêuticos no organismo. Alguns 
deles possuem a função de restaurar o 
equilíbrio e o fluxo energético do meridiano 
comprometido. Como nesses pontos a 
energia é concentrada, pode-se atuar sobre 
a energia Qi (WEN, 1985; DING, 1996).
Para Maciocia (2008) a teoria dos 
canais e pontos iniciou de forma rudimen-
tar com a massagem dos pontos e, com 
a intensa observação, os chineses desco-
briram pontos na superfície da pele, que, 
quando estimulados, provocavam dife-
rentes respostas como expansão da dor, 
formigamento ao longo de linhas e áreas e 
as relacionavam também com órgãos doen-
tes, a primeira associação entre sintoma e o 
trajeto na superfície corporal. 
Dessa prática da acupuntura ao longo 
dos séculos observou-se a “chegada do 
Qi” ou o “movimento do Qi” e a relação 
com os órgãos internos, estabelecendo a 
teoria dos canais que evoluiu para a teo-
ria dos meridianos. A inserção de agulhas 
era associada à sensibilidade dos pontos 
sob pressão e não recebiam nomes, nem 
tinham localização específica.
Os terapeutas passaram a associar 
pontos com resultados terapêuticos para 
determinadas doenças. Estes pontos foram 
fixados e nomeados conforme localização 
anatômica e indicação, as indicações seme-
lhantes tendiam a ficar localizadas em uma 
linha ao longo de determinadas regiões do 
corpo. Historicamente, em 200 d.C, tinha-
-se o conhecimento de 349 pontos ao 
longo dos canais (MACIOCIA, 2008). Atual-
mente, conhecemos mais de 1500 pontos.
Cada meridiano é formado por um 
certo número de tsubos, que, quando esti-
mulados, movimentam o Qi em sentido 
e ordem sempre constante, estespontos 
são locais onde a energia Qi será mais facil-
mente atingida e manipulada. As funções 
terapêuticas se relacionam às patologias 
Massoterapia oriental 43
que afetam os meridianos e ao pressionar-
mos um ponto situado num meridiano, res-
tabelecemos o livre fluxo de Qi ao longo de 
todo o meridiano. (DING, 1996; JAHARA-
-PRADIPTO, 1986),
Esse é o princípio do funcionamento 
da acupuntura e de todos os tratamentos 
por pressão da MTC.
2.1.1 Fisiologia energética
 Os pontos energéticos conhecidos 
como tsubos estão distribuídos em todo 
corpo e organizados em linhas como um rio 
e cada um tem uma relação direta com um 
órgão interno. Em cada um desses meridia-
nos podemos selecionar lugares para esti-
mular a passagem do fluxo da energia Qi. 
Cada ponto apresenta uma função energé-
tica comparada no ocidente com uma fun-
ção fisiológica.
Quando estimulamos o ponto com 
massagem ou outra forma de estímulo, 
estaremos interferindo na função do órgão 
associado a ele, portanto, além dos bene-
fícios para a pele a massagem pode com-
plementar outras formas de terapia. 
Quando associamos aos tratamentos esté-
ticos poderemos associar, simultanea-
mente, o estímulo externo ao interno com 
resultados melhores no externo. Como 
exemplo, ao estimular os pontos de intes-
tino grosso, a profunda limpeza intestinal 
será facilitada e provocará o clareamento 
de manchas do rosto. Aos estudarmos a 
função de cada meridiano, bem como as 
indicações dos pontos, o profissional de 
estética poderá associar o tratamento 
estético à manutenção da saúde.
2.1.2 Função dos pontos
Os pontos dos meridianos possuem 
muitas funções, desde uma função local, 
para tratar uma sensação de dor, até as 
funções sistêmicas, com ação em todo o 
organismo. A estimulação do ponto trata o 
meridiano em si e as regiões circunvizinhas. 
Cada ponto têm características próprias e é 
especifico para cada doença.
Algumas literaturas relacionadas à 
acupuntura usam o termo de pontos regu-
lares e não tsubos, para definir os pon-
tos cuja conexão é direta aos órgãos e vís-
ceras (teoria zang fu), mas estão localiza-
dos na superfície da pele e regularizam os 
sistemas defensivos e nutritivos, e fazem 
a conexão com o meio externo, influência 
dos fatores exógenos, que podem alterar a 
energia Qi (DING, 1996).
Massoterapia oriental44
Zang Fu refere-se aos órgãos e vísceras. 
Zang corresponde aos órgãos “cheios” 
que conservam a energia: rins, coração, 
pulmões, baço pâncreas e fígado e as vísceras que 
transformam, são “vazias”: intestino grosso, intes-
tino delgado, estomago, vesícula e bexiga.
Entre esses pontos há alguns com 
funções específicas e importantes, deno-
minados pontos de comando e divididos 
em várias categorias (MACIOCIA, 2014):
CATEGORIA FUNÇÃO
1. Pontos de tonificação.
Seu estímulo provoca o aumento de energia nos meridianos e da 
função do órgão correspondente.
2. Pontos de sedação.
Seu estímulo provoca a diminuição de energia nos meridianos e da 
função do órgão correspondente.
3. Doze pontos yuan (fonte).
Pode produzir tanto tonificação quanto sedação direta nos órgãos yin, 
indicando anormalidades na função dos órgãos yin. Atuam restabele-
cendo o equilíbrio da energia Qi, regularizando as funções fisiológicas 
dos órgãos internos e tonificam or órgãos yin e yang.
4. Quinze pontos LUO 
(conexão) ou saída de Qi.
São pontos de conexão de dois meridianos, especialmente acoplados e 
podem ser usados em combinação com pontos fonte ou por si só. 
5. Doze pontos de 
assentimento dorsal (Shu).
Os Shu Dorsais são pontos específicos das costas, relacionados com os 
sistemas Zang-Fu, onde o Qi é fundido.
6. Doze pontos de 
assentimento ventral (Mu).
Os MU Frontais são pontos reflexos situados na região do tórax e abdô-
men, onde o Qi dos respectivos sistemas Zang Fu fundem-se.
7. Dezesseis pontos de alarme 
XI (Fissura).
Estes pontos são locais onde o Qi do Meridiano se concentra num 
mesmo lugar, há acúmulo de Qi, trata padrões agudos e de excesso.
8. Pontos dos cinco SHU antigos 
(Jin, Ying, Shu, Jing e Ho/He).
Pontos localizados ao longo dos 12 meridianos regulares e se situam entre 
o cotovelo e a ponta dos dedos, ou entre o joelho e a ponta dos artelhos.
Fonte: MACIOCIA, 2014.
Os pontos de comando são encontrados na literatura em forma de tabelas. Para o 
estudo da acupuntura. Além destas categorias, há ainda muitos outros pontos importantes 
classificados em pontos de união, pontos janela do céu, pontos estrelas celestiais, pontos 
fantasmas e pontos do sistema olho.
Massoterapia oriental 45
Observe a figura abaixo, ela é usada pelos chineses para ilustrar a natureza dos pon-
tos de transporte comparando a região entre os dedos e os cotovelos ou dos artelhos até o 
joelho com um rio: do ponto nascente na ponta dos dedos vão se tornando maiores grada-
tivamente e mais profundos até o ponto mar, o tamanho e a profundidade independem da 
direção do fluxo do canal, yin descendente ou yang ascendente (MACIOCIA, 2008). Tere-
mos então os cinco pontos de transporte: jin, ying, shu, jing e ho/he,ou nascente, manan-
cial, riacho, rio e mar respectivamente.
Canal como um rio
Riacho Rio
Manancial
Nascente
Qi super�cial Yin
Qi acelerado
Canal alargado
Qi aprofundado
Qi mergulhado
profundamente 
no corpo
Yang Mar
Fonte: MACIOCIA, 2008, p. 118. (Adaptado).
Cada um dos pontos de transporte 
terá uma dinâmica no canal, pois está rela-
cionada aos cinco elementos e aos órgãos 
e vísceras – Zang Fu. A energia Qi flui de 
forma superficial no ponto nascente e irá 
se aprofundar no organismo, ponto mar.
• No ponto nascente, temos a mudança 
de polaridade de yin para yang e vice-
-versa, a energia é mais instável (ponta 
dos dedos) e pode ser facilmente e rapi-
damente modificada, usado para expelir 
os fatores patogênicos.
• No ponto manancial, a energia está mais 
forte, usado para desobstruir o calor.
• No ponto riacho, o fluxo continua se 
aprofundando, o “Qi jorra” e é usado no 
transporte, neste ponto o Qi defensivo 
se concentra.
Massoterapia oriental46
• No ponto rio, a profundidade é maior e 
mais profunda, os fatores patogênicos irão 
se desviar para as articulações e tendões.
• No ponto mar o Qi flui mais devagar e cir-
cula para o interior se unindo ao Qi Geral.
Existem outras indicações de trata-
mento dos pontos que devem ser estuda-
das e aprofundadas em estudos de acupun-
tura e, por isso, não serão vistas aqui.
2.1.3 Excesso e deficiência
A situação de excesso e deficiência 
no organismo descreve um desequilíbrio 
Yin e Yang. Quando as características Yin 
estão elevadas os sintomas são: sensação 
de frio, cansaço físico, falta de força, falta 
de vitalidade, muito sono, flacidez etc.
Quando os sintomas são de excesso 
eles são yang: calor, agitação, insônia, rigi-
dez corporal.
Podemos ter diferentes estados de 
excesso e deficiência relacionados ao 
yin e yang: teremos o equilíbrio (saúde); 
deficiência de yin, deficiência de yang, excesso 
de yin e excesso de yang; a preponderância de 
um dos fatores para a MTC causará o consumo, a 
depleção do outro fator (sintomas e doenças).
Devemos usar as indicações dos pon-
tos yang para tratar as deficiências e dos 
pontos yin para tratar os excessos bus-
cando o equilíbrio homeostático.
2.1.4 Ponto ashi
Estes pontos se diferenciam dos 
demais por não ter uma localização defi-
nida, não pertencer a nenhum meridiano, 
nem se relacionam diretamente com algum 
sistema. Eles também não possuem nome 
próprio e não tratam uma variedade de 
sintomas. Basicamente pontos ashi são 
pontos de dor, sendo assim, resumida-
mente, se existir dor ou um ponto sensibili-
zado à pressão, temos pontos ashi. 
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Massoterapia oriental 47
A lógica na utilização desses pontos 
é se houver sensibilidade à palpação isto 
indica que existe a estagnação da energia 
Qi, do shue (sangue) ou de fatores patogê-
nicos como o vento, frio ou umidade (fato-
res exógenos). Estespontos são muito 
importantes nas desordens musculares.
2.2 Pontos shu
Os pontos shu também são conheci-
dos como pontos de transporte dorsal dor-
sais, assunto que veremos a seguir.
2.2.1 Pontos dorsais
Os pontos shu estão localizados em 
ambas as faces laterais da coluna vertebral, 
no meridiano da bexiga e estão relaciona-
dos aos órgãos, pois transportam a ener-
gia aos órgãos internos. Cada um dos 12 
órgãos está associado a um ponto shu no 
meridiano da bexiga (MACIOCIA, 2008). 
Os pontos conduzem o Qi para os 
órgãos internos. Os pontos shu estão no 
meridiano da bexiga havendo para cada 
órgão energético um ponto correspondente, 
afetando os órgãos diretamente. A ação dos 
pontos shu dorsal é sedativa. Os pontos shu 
dorsal formam uma espécie de reflexologia 
do meridiano da bexiga, no qual é possível 
trabalhar todos os zang fu (órgãos e vísceras), 
e são relacionados em forma de tabela como 
veremos no subtópico a seguir.
2.2.2 Tabela ponto shu / zang fu 
Estes pontos podem ser usados sem-
pre que o órgão interno referente a ele 
estiver afetado, conforme a tabela:
ZANG FU PONTO SHU
P – PULMÃO B13
CS – CIRCULAÇÃO SEXO B14
C – CORAÇÃO B15
F – FÍGADO B18 
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Massoterapia oriental48
ZANG FU PONTO SHU
VB – VESICULA BILIAR B19
BP – BAÇO PANCREAS B20
E – ESTÔMAGO B21
TA – TRIPLO AQUECEDOR B22
R – RIM B23
IG – INTESTINO GROSSO B25
ID – INTESTINO DELGADO B27
B – BEXIGA B28
Fonte: MACIOCIA, 2008.
É muito importante observar alguns 
critérios para o uso dos pontos shu:
• em doenças agudas acompanhadas de 
febre;
• em excesso energético;
• em estado avançado da doença, podem-
-se usar simultaneamente os pontos shu 
e mu.
Nesses casos, usa-se, primeiramente, 
os pontos shu-dorsais e, em seguida, os 
pontos mu-frontais (MACIOCIA, 2014). Os 
pontos shu sempre vão afetar os órgãos 
de forma direta por seguirem a linha da 
coluna vertebral.
Coluna região cervical
Anatomicamente, os pontos do meri-
diano da bexiga estão localizados sobre a 
estrutura do sistema nervoso periférico. A 
figura acima da região cervical ilustra a saída 
dos nervos espinhais que irão fazer a cone-
xão da medula e fazer a inervação do tronco, 
membros superiores e partes da cabeça.
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Massoterapia oriental 49
2.3 Pontos MU
Os pontos mu também são conhecidos 
como pontos de coleta frontais, o que signi-
fica coletar, assuntos que veremos a seguir.
2.3.1 Pontos frontais (mu)
Os 12 pontos mu-frontais são pontos 
reflexos de natureza Yin (parte frontal do 
tórax e abdômen) e são usados para tonificar 
os órgãos internos e expelem o fator pato-
gênico. O nível dos pontos Mu sob a região 
abdominal corresponde ao nível dos pontos 
Shu na região das costas e ambos se locali-
zam no mesmo nível de seus sistemas Zang-
-Fu. A associação dos pontos shu e mu tor-
nam o tratamento mais forte. (MACIOCIA, 
2008). Alguns pontos Mu estão localizados 
no meridiano vaso governador, como ilus-
trado abaixo a localização deste meridiano.
São considerados muito importan-
tes no tratamento das doenças agudas, por 
exemplo, bronquite aguda, cistite aguda. 
2.3.2 Tabela ponto MU / zang fu
Da mesma forma que os pontos Shu, 
eles podem ser usados tanto no diagnós-
tico quanto no tratamento, porém, não 
estão localizados sobre um mesmo meri-
diano como os pontos Shu, o que signi-
fica que um ponto Mu pode tratar direta-
mente o órgão, entretanto, não tratará o 
meridiano. Segue a tabela dos pontos MU 
conforme Maciocia (2008).
ZANG FU PONTO MU
P – PULMÃO P1
CS – CIRCULAÇÃO SEXO VC17
C –CORAÇÃO VC 14
F – FÍGADO F14
VB – VESICULA BILIAR VB24
BP –BAÇO PANCREAS F13
E – ESTÔMAGO VC12
TA – TRIPLO AQUECEDOR VC05
R – RIM VB25
IG – INTESTINO GROSSO E25
ID – INTESTINO DELGADO VC4
B – BEXIGA VC3
Fonte: MACIOCIA, 2008.
(Cheng Jiang) CV24
(Hu Yin) CV1
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 S
hu
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er
st
oc
k
Massoterapia oriental50
O conjunto dos pontos Shu e Mu constituem um grupo de pontos específicos muito 
importantes, pois a energia Qi acionada nestes pontos Mu e Shu se comunicam direta-
mente com seus respectivos sistemas Zang-Fu.
O diagnóstico e tratamento podem ser avaliados pelas reações positivas como sensibili-
dade e dor nestes pontos indicando importantes alterações no Zang-Fu, os fatores patogêni-
cos podem ocasionar patologias tanto do sistema Zang-Fu como na superfície corpórea.
A escolha dos pontos corretos e de forma criteriosa trará o sucesso no tratamento, 
não pelos pontos individuais, mas sim, pela ação sobre o fluxo energético do canal ao qual 
o ponto pertence. Para o acupunturista esta combinação ainda envolverá a inserção cor-
reta da agulha e escolha da agulha apropriada. Para a aplicação do Shiatsu, mais especifi-
camente do Zen Shiatsu, o conhecimento dos pontos é muito importante, mas mais do que 
isto a linha, ou canal que eles formam a teoria dos meridianos.
Massoterapia oriental 51
Referências
DING, L. Acupuntura,Teoria do Meridiano e Pontos de Acupuntura. São Paulo: Roca, 1996. 
JAHARA – PRADIPTO, M. Zen Shiatsu: Equilíbrio e Consciência do Corpo. São Paulo: Summus, 
1986.
MACIOCIA, G. Canais de Acupuntura: Uso Clínico dos Canais Secundários e dos Oito Vasos 
Extraordinários. São Paulo: Roca, 2008.
WEN, T. S. Acupuntura Clássica Chinesa. São Paulo: Cultrix, 1985.
Capítulo 3
Meridianos – Anatomia energética
Entender a anatomia energética da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é compreen-
der que os meridianos, que são os canais por onde correm as energias para a nutrição e 
defesa do organismo.
O termo genérico que engloba os meridianos e suas ramificações é o Jiang Luo (Jiang 
significa caminho e Luo significa rede). 
3.1 Definição
A teoria dos meridianos levou muito tempo para ser elaborada e foram definidas por 
meio de experiências e pesquisas visando a acupuntura. Os pontos localizados ao longo 
dos meridianos se ligam, energeticamente, aos órgãos fazendo a circulação do Qi e do Xue, 
alterações nos órgãos podem ser tratadas pela estimulação destes pontos, por isso são 
tomados como base de cura e prevenção de doenças.
Os meridianos são dispostos verticalmente, com ramificações diagonais que os ligam 
entre si, a cada ramificação eles ficam mais finos formando uma rede interligada.
Massoterapia oriental54
3.1.1 Meridianos e os órgãos energéticos
Os meridianos são canais de energia, 
retratam caminhos invisíveis por onde flui 
o Qi e o Xue, ou seja, circulam yin e yang 
para nutrir e equilibrar o corpo. Formam 
uma rede de energia que conecta todas as 
partes do corpo, assim como o corpo com 
o universo. Podem ser comparados à fiação 
de uma casa, porém os meridianos não têm 
estrutura física, os meridianos são parte da 
anatomia do corpo de energia sútil e não 
tem forma concreta. 
Os meridianos são caminhos localiza-
dos tanto sob a superfície da pele quanto, 
profundamente, dentro do corpo, que car-
regam a energia sútil denominada Qi. Os 
meridianos ligam o interior do corpo com 
o exterior/meio ambiente e parte superior 
com inferior do corpo. Eles propiciam liga-
ções entre as estruturas para identificar a 
causa de problemas de saúde bem como 
o diagnóstico para a cura. Eles regulam as 
funções de energia do corpo e mantêm o 
mesmo em harmonia. 
A MTC entende que quando o sistema 
orgânico funciona bem, o Qi flui livremente 
através dos meridianos, os órgãos traba-
lham em harmonia, os meridianos e o corpo 
(incluindo a mente, o espírito e as emoções), 
quando saudáveis, mantêm a homeostase, 
ou seja, uma condição dinâmica de harmo-
nia interna, na qual as energias yin e yang 
funcionam harmoniosamente, o que evita 
doenças; quando o Qi não flui dizemos que 
a energia está estagnada. 
Esta estagnação reflete sinais e sinto-
mas, o órgão afetado está em desequilíbrio 
e quando esta estagnação se mantém apa-
rece a doença (MACIOCIA, 2008).
Os meridianos disfuncionais tam-
bém podem se tornar suscetíveis a fato-
res patogênicos externos (calor,

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