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Glenda Domingos – Biomedicina, UFRJ anatomia do anatomia do coração • O coração bate cerca de 100000 vezes por dia, bombeando mais de 14 mil L • Apresenta forma cuneiforme • Repousa sobre o diafragma, próximo da linha mediana da cavidade toráxica – no mediastino • Se estende do osso esterno até a coluna vertebral • 2/3 do coração se situa na região esquerda do plano mediano do corpo • A extremidade pontiaguda para frente, para baixo e para a esquerda se chama ápice • A parte larga do coração, oposta ao ápice, temos a base do coração, voltada para trás, para cima e para a direita. Local de onde partem vários vasos – vasos da base • Face esternocostal: profunda ao esterno e às costelas • Face diafragmática: sobre o diafragma, entre o ápice a margem direita • Margem direita: estende-se da face interior até a base, volta-se para o pulmão direito • Margem esquerda: estende-se da base até o ápice, voltada para o lado esquerdo do pulmão. pontos de referência • Ponto superior direito • Ponto superior esquerdo • São dois de cada • Capaz de dar noção acerca do formato e tamanho do coração durante a ausculta estrutura do coração • Pericárdio: membrana que envolve e protege o coração o Pericárdio fibroso: com tecido conjuntivo duro e resistente o Pericárdio seroso: mais profundo, membrana fina e delicada, com camada dupla – lâmina parietal mais externa e lâmina visceral ou epicárdio, em contato com o miocárdio. São separadas pelo líquido pericárdico, contido na cavidade do pericárdio. • Parede do coração o Epicárdico: camada externa, transparente e fina, composta por tecido conjuntivo frouxo. Apresenta textura escorregadia e lisa. o Miocárdio: camada intermediária, composto por tecido muscular cardíaco, massa principal do coração. o Endocárdio: mais interno, camada fina de endotélio sobreposta a uma camada fina de tecido conjuntivo, formando um revestimento liso. É contínuo com o revestimento endotelial dos grandes vasos. câmaras cardíacas • Câmaras superiores: átrios • Câmaras inferiores: ventrículos • Na face anterior dos átrios há uma estrutura saculiforme, denominada aurícula. • Na face do coração encontram-se uma série de depressões – canaletas – chamadas de sulcos, contendo vasos sanguíneos e gorduras. Cada sulco marca o limite entre duas câmaras. sistema cardiovascular Glenda Domingos – Biomedicina, UFRJ o O sulco coronário marca o limite entre os ventrículos e átrios. o O sulco interventricular é uma rasa depressão na face anterior do coração, que marca o limite entre os vasos direito e esquerdo. Continua em torno da face posterior como sulco interventricular posterior, marcando o limite entre os ventrículos na face posterior do coração. • Átrio direito: forma a margem direita do coração, recebendo o sangue desoxigenado proveniente de 3 veias: a veia cava superior, inferior e pelo seio coronário. o Parede posterior lisa o Parede posterior enrugada, devido a presença de cristas musculares – músculos pectíneos o Septo interatrial forma uma divisão que separa átrios e ventrículos o O sangue passa do átrio direito para o ventrículo direito por meio da valva tricúspide – ou valva atrioventricular direita – formada por 3 válvulas. • Ventrículo direito: forma a maior parte da face anterior do coração. Em seu interior apresenta cristas formadas por fibras musculares cardíacas – as trabéculas cárneas. o As válvulas da valva tricúspide estão conectadas a cordões, chamados de cordas tendíneas, que são ligas aos músculos papilares. o É separado do ventrículo esquerdo pelo septo interventricular o O sangue passa do ventrículo direito para o tronco pulmonar por meio de uma valva – a valva tronco pulmonar. Esse grande vaso se bifurca em artérias pulmonar direita e esquerda, levando o sangue para os pulmões. • Átrio esquerdo: forma a maior parte da base do coração, recebendo sangue dos pulmões por meio de 4 veias pulmonares. o Sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo pela valva mitral – ou bicúspide, que possui 2 válvulas. • Ventrículo do esquerdo: apresenta estrutura semelhante ao ventrículo direito. o Sangue passa do ventrículo esquerdo pela valva da aorta para a região ascendente da aorta. o Sangue flui da aorta para as artérias coronárias que se ramificam da parte ascendente da aorta e levam o sangue até a parede do coração. O restante do sangue segue para o arco da aorta e, posteriormente, para a parte descendente da aorta que, juntamente aos ramos aórticos, levam sangue para todo o corpo. o A partir do arco da aorta se formam 3 artérias: artéria carótida comum esquerda – leva sangue para o pescoço e cabeça no lado esquerdo, artéria subclávia esquerda – passa abaixo da clavícula e leva o sangue oxigenado para os membros superiores esquerdos e tronco braquiocefálico – se bifurca em duas artérias no lado direito, a artéria carótida comum direita e artéria subclávia direita. Glenda Domingos – Biomedicina, UFRJ função e espessura • Ventrículos apresentam paredes mais espessas que os átrios, uma vez que bombeiam o sangue por distâncias maiores. • O ventrículo direito bombeia o snague até os pulmões, enquanto o esquerdo bombeia o sangue para outras regiões do corpo, trabalhando mais para manter a mesma intensidade de fluxo sanguíneo. • Essa diferença funcional é confirmada anatomicamente, visto que a parede funcional do ventrículo esquerdo é consideravelmente mais espessa que a do ventrículo direito. • A parede do coração também apresenta tecido conjuntivo denso, que forma o esqueleto fibroso mitral – estrutura responsável pela fundação na qual as valvas do coração se fixam, formando um anel fibroso. • Esses anéis servem como um ponto de inserção para os feixes musculares cardíacos e evita o estriamento excessivo das valvas à medida que o sangue passa por elas. valvas cardíacas • Valvas atrioventriculares: estão localizadas entre um átrio e um ventrículo, sendo denominadas de tricúspide – lado direito – e mitral – lado esquerdo. • O sangue se movimenta dos átrios para os ventrículos pelas valvas abertas, momento em que as cordas tendíneas estão frouxas e os músculos papilares, relaxados. • À medida que os ventrículos se contraem, os músculos papilares também contraem, puxando as cordas tendíneas, evitando o fluxo retrógrado do sangue. distúrbios das valvas • Estenose: quando uma valva não se abre completamente. • Insuficiência cardíaca: quando uma valva não se fecha completamente. A insuficiência da valva mitral permite o fluxo retrogrado de sangue para o átrio esquerdo, gerando um prolapso da valva atrioventricular esquerda. Esse distúrbio atinge cerca de 30% da população e nem sempre é grave. • Caso a valva não possa ser corrigida cirurgicamente, ela precisa ser substituída. circulação coronária • São duas as artérias coronárias: a direita e a esquerda, que se formam a partir da região ascendente da aorta, ramificando- se em ramos que fornecem sangue oxigenado para o coração. • Depois de liberado oxigênio e sangue para o músculo cardíaco, o sangue passa para os capilares, capta CO2 e segue para as veias. • O sangue desoxigenado proveniente do miocárdio é drenado no grande seio vascular, na face posterior do coração – seio coronário – e desemboca no átrio direito. bulhas cardíacas • São escutadas pela auscultação, através do estetoscópio. • O som do batimento cardíaco se origina da turbulência do sangue, produzido pelo fechamento das valvas cardíacas. Assim, como apresentamos 4 valvas, existem 4 bulhas cardíacas, das quais apenas 2 são capazes de serem ouvidas pelo estetoscópio. Glenda Domingos – Biomedicina, UFRJ • A 1° bulha (B1) é mais alta e mais longa que a 2°. Ela é produzida pelaturbulência do sangue associado ao fechamento das valvas atrioventriculares, logo após o início da sístole ventricular. • A 2° bulha (B2) é produzida pela turbulência do sangue associada ao fechamento das valvas arteriais, no inicio da diástole (fase de relaxamento) ventricular. sopros cardíacos • É considerado um som anormal. Embora alguns possam ser considerados inocentes, eles podem, normalmente, ser um indicativo de distúrbio valvar. cardiopatias • Doença da artéria coronária: afeta 7 milhões de pessoas. Efeito da formação e acúmulo de placas ateroscleróticas nas artérias coronárias, levando a uma redução de fluxo sanguíneo para o miocárdio. • Infarto do miocárdio: A obstrução parcial do fluxo sanguíneo nas artérias coronárias. Pode provocar isquemia do coração, causando hipóxia. Já a obstrução total provoca o infarto, caracterizado pela morte de uma área tecidual devido à interrupção do suprimento de sangue. • Defeitos cardíacos coronários: comunicação interatrial, defeito no septo interventricular. • Arritmias: irregularidade do ritmo cardíaco. • Insuficiência cardíaca congestiva: o coração não atua como uma bomba eficiente. Pode causar doença da artéria coronária, pressão arterial alta prolongada, distúrbios valvares, defeitos congênitos e infarto do miocárdio.
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