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Aut���a: Ana �����l Re���d� Ma��� Patologia� d� Sistem� Locomotor Alterações metabólicas do crescimento dos ossos de origem endócrina É im���t���e av���a� qu� vári�� ho��ôni�� es�ão en���v��o� no c�e�c����to do es����et�, de mo�� qu� as al����ções do c�e�c����to são c�a�s�fi���as co� a hi��� o� hi����c�eção de���s ���môni��. 1. Hiperpituitarismo: ❏ O hormônio do crescimento é um polipeptídeo produzido pelas células somatotróficas da adenohipófise. ❏ O hiperpituitarismo pode ser definido como: aumento da secreção do hormônio do crescimento, resultando em observação da região de proliferação hiperestimulada. ❏ O excesso do hormônio do crescimento em animais jovens pode resultar em estimulação endocondral, intramembranosa e aposicional, resultando em gigantismo. ❏ Em animais adultos o hormônio do crescimento em excesso após o desaparecimento das placas epifisárias e suturas resulta em aumento de volume das extremidades do esqueleto (nariz, mandíbula, mãos e pés). ❏ Causas do hiperpituitarismo: ❏ Adenoma acidófilo de hipófise - tumor funcional da hipófise; ❏ Cadelas velhas tratadas com progestágenos; ❏ Gatos de meia idade, a acromegalia parece estar associada com tumores da pituitária secretores do hormônio do crescimento. 2. Hipopituitarismo: ❏ Caracterizado pela redução da secreção de hormônio de crescimento, que durante a fase inicial da vida afeta os crescimentos: endocondral, intramembranoso e aposicional. ❏ Observação: Nos bo����s, o hi����tu����is�� po�� se� ca����o po� ap����a de ad���-hi�ófise, qu� é um� co���ção ra��, e a ma���i� do� ca��� de��r���� oc���� em fe���, co���m���o es��� as����ad� à hi���l��i� de ad����l. Os fe��� são se��r� na����r�o� o� mo���m po��� de���� do na���m���o, em ra�ão da ge���ção p�o��n���a pe�� não li����ção do� ho��ôni�� da ����na� �� f��o ��� in����m o ���t�. ❏ Neste segmento podemos classificar o anão proporcional, denominado de nanismo pituitário, causado por cisto congênito de adeno-hipófise ou neoplasias. Apresenta características como: pelo de filhote persistindo, orelhas não levantam e não há desenvolvimento das gônadas; placas Aut���a: Ana �����l Re���d� Ma��� epifisárias são inativas e persistem além do tempo normal do seu aparecimento, já que não há estímulos para a divisão das células da camada de repouso e com a não produção de tiroxina, não há diferenciação das células da placa epifisária. ❏ Acromicria: ❏ Ocorre quando há pouca produção de hormônio do crescimento durante a fase adulta, e é uma condição rara restrita aos humanos. Tem-se início quando as placas epifisárias já desapareceram, mas há parada do crescimento aposicional, diminuindo a espessura do osso. ❏ A deficiência do hormônio do crescimento causa alteração do osso como órgão (acromicria) e do osso como tecido (osteoporose). 3. Hipotireoidismo: ❏ Caracterizado pela redução da secreção dos hormônios tireoidianos (tiroxina e triiotironina) resultando em parada do crescimento endocondral, intramembranoso e aposicional. ❏ Causas: ❏ Malformações da tireoide; ❏ Tireoidite autoimune; ❏ Ingestão de substâncias antitireoidianas (bociogênicos); ❏ Deficiência ou excesso de iodo; ❏ Deficiência protéico-energética também resultam em diminuição da síntese dos hormônios. ❏ Deficiência dos hormônios tireoidianos ativa o mecanismo de feedback, com o intuito de estimular que a hipófise aumenta a secreção de TSH. ❏ A ação trófica do TSH sobre a tireóide induz a hiperplasia e hipertrofia glandular o que caracteriza o bócio que pode ser definido como: aumento não inflamatório e não neoplásico da tireóide. ❏ Efeitos: ❏ Ocorre parada do crescimento aposicional, intramembranoso e endocondral; ❏ Ossos ficam menores e mais delgados; ❏ As placas epifisárias e as suturas persistem por tempo além do normal; ❏ Abaixo da placa epifisária forma-se a placa óssea terminal distal (patológica), esta não sofre invasão Aut���a: Ana �����l Re���d� Ma��� vascular regular em toda a sua extensão, apresentando-se como uma linha tortuosa e ocasionando retenção de ninhos de cartilagem degenerada dentro da metáfise; 4. Hipergonadismo: ❏ Caracteriza-se pelo aumento precoce da secreção dos hormônios sexuais ou pelo contato intrauterino com excesso de estrógeno. ❏ Ocorre para ou redução do crescimento endocondral e estímulo de aposição óssea. ❏ Resultante de: Tumores das glândulas sexuais ou secundariamente a tumores ou hiperplasia do córtex da adrenal, já que a zona fasciculada do córtex desta glândula secreta glicocorticóides (cortisol, corticosterona) e pequena quantidade de esteróide androgênico aldosterona. ❏ O excesso dos hormônios sexuais resultam em: ❏ Desaparecimento precoce das placas epifisárias e o contato intra-uterino com o excesso destes hormônios da mãe, faz com que os centros de ossificação surjam prematuramente no feto; ❏ O estrógeno apresenta efeito direto sobre os osteoblastos, estimulando a síntese de matriz óssea; a) Hipergonadismo das raças miniaturas: Caracteriza-se pela secreção mais cedo dos hormônios sexuais com maturidade sexual precoce. Resultando: Coxa Plana É uma alteração não inflamatória que acomete a cabeça e o colo do fêmur. Não há predisposição sexual, mas acomete exclusivamente raças miniaturas. Causa: Maturidade sexual precoce e possivelmente fatores genéticos e isquêmicos. Luxação da Patela Um dos tecidos alvo para os hormônios esteróides é a cartilagem. Quando ocorre exposição aos hormônios precocemente ou se é exposta a elevadas doses em qualquer fase da vida, ocorrem alterações regressivas. A partir disso, a proliferação das células da cartilagem articular, especialmente em direção a epífise, é retardada e a cartilagem torna-se delgada e as epífises muito pequenas, resultando em presença de uma tróclea pequena com um sulco raso. Aut���a: Ana �����l Re���d� Ma��� Subluxação atlantoaxial A extremidade cranial da 2° vértebra, o processo odontóide cresce a partir de uma cartilagem apofisária. b) Hiperestrogenismo materno Fonte de estrógeno excessivo é a cadela gestante. O excesso agindo sobre as cartilagens do feto, pode resultar em: Displasia Coxofemoral Alteração do desenvolvimento da articulação da cabeça do fêmur com o acetábulo. As cartilagens da cabeça do fêmur e do acetábulo apresentam-se delgadas ou irregulares e as estruturas ósseas que derivam delas como a cabeça e o colo do fêmur e a fossa acetabular apresentam-se pequenas. Devido a cápsula articular crescer independentemente do crescimento ósseo, ocorre frouxidão e instabilidade articular com subsequentes lesões secundárias que caracterizam a osteoartrose degenerativa. De etiologia multifatorial, o hiperestrogenismo é citada como uma das causas da displasia coxofemoral, mas não é a única e podemos citar outros fatores como: fatores genético, hipercalcitonismo e aumento das concentrações plasmáticas de relaxina em cadelas prenhes e em filhotes em fase de aleitamento. Displasia do cotovelo Não ocorre a união do processo ancôneo com a ulna devido a presença de excesso de estrógeno, e estas estruturas desenvolvem-se a partir de centros de ossificação diferentes. Panosteíte eosinofílica Doença do tecido ósseo e não da cartilagem. Neste caso, ocorre proliferação óssea para dentro da cavidade medular. 5. Hipogonadismo: ❏ Caracteriza-se pela redução da secreção dos hormônios sexuais com retardo no fechamento das cartilagens de crescimento. ❏ Há aumento do crescimento dos ossos, mas não em excesso, pois ainda estão presentes os hormônios Aut���a: Ana �����l Re���d� Ma��� sexuais provenientes do córtex da adrenal. 6. Hiperadrenocorticismo: ❏ Caracteriza-se pelo aumento endógeno de corticosteróides. ❏ Os corticosteróides retardam o crescimento da cartilagem. A cartilagem articular torna-se delgada e o osso subcondral fica exposto. ❏ A consequência da parada do crescimento da cartilagem pode levarà formação insuficiente das trabéculas epifisárias. ❏ Os corticosteróides apresentam efeito negativo sobre os osteócitos reabsorventes, o que resulta em osteopetrose. ALTERAÇÕES METABÓLICAS DO CRESCIMENTO DOS OSSOS DE ORIGEM INDEFINIDA OU COMPLEXA 1. Condrodistrofia fetal ❏ Alteração congênita endocondral com maturação anormal das células cartilaginosas. ❏ Em animais, a etiopatogenia está associada a defeitos nos genes que controlam a condrogênese. ❏ Como apenas o crescimento endocondral está comprometido, o indivíduo acometido é um anão desproporcional, pois os ossos que crescem pelas suturas apresentam crescimento normal. ❏ Podemos observar que os ossos dos membros são menores e os ossos chatos do crânio crescem normalmente. O crescimento aposicional também é normal. ❏ Animal recém-nascido normal: ❏ O disco intervertebral é composto pelo anel fibroso e pelo núcleo pulposo constituído por tecido mesenquimal gelatinoso. ❏ Animais condrodistróficos: ❏ O tecido mesenquimal do núcleo pulposo se transforma em tecido cartilaginoso que é suscetível a calcificação que se estende para o anel fibroso que pode sofrer ruptura; ❏ O núcleo pulposo calcificado é expelido dorsal ou dorsolateralmente, comprimindo a medula (extrusão); ❏ Embora a calcificação do núcleo pulposo possa ocorrer em qualquer segmento da coluna vertebral, a protrusão ou extrusão do disco intervertebral somente ocorre nas regiões cervical, torácica caudal e lombar. Aut���a: Ana �����l Re���d� Ma��� ❏ Características: Osso largo, menor crescimento e mandíbula saltada. 2. Osteocondrose: ❏ Alteração generalizada do crescimento endocondral que se manifesta após o nascimento. ❏ Ocorre por falha na diferenciação das células das cartilagens de crescimento. ❏ Durante o crescimento há inadequada penetração vascular e calcificação da matriz cartilaginosa, resultando em degeneração das cartilagens. ❏ A cartilagem degenerada pode apresentar cavidades císticas, espessa em alguns pontos, aprofundando-se na epífise ou na metáfise. ❏ Síndrome, exemplo: Cão nadador: Fonte: Google Imagens. Fonte: Google Imagens.