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M a r i a L u i z a F e r n a n d e s – C a r d i o p e d – A n a K a r i n a – P á g i n a | 1 O ELETROCARDIOGRAMA AVALIAÇÃO DE: I Frequência cardíaca. I Ritmo. I Tamanho das cavidades cardíacas. I Distúrbios hidroeletrolíticos. I Isquemia. I Doenças sistêmicas. DEPENDE DA IDADE: I Frequência cardíaca. I Eixo elétrico. I Duração da onda P. I Duração do QRS. Ela não vai cobrar essa tabela. AMBIENTE INTRA-UTERINO I No ambiente intrauterino, temos uma pressa vascular pulmonar elevada e para que esse trabalho cardíaco seja adequado vamos ter uma massa miocárdica do VD igual ou maior que a do VE. APÓS O NASCIMENTO I Após o nascimento e a eliminação da circulação placentária, vamos ter um aumento da resistência vascular sistêmica e com a expansão pulmonar uma redução da resistência vascular pulmonar, com isso, progressivamente, vai acontecer uma da massa miocárdica do VD. OCORRE AO ECG: I Diminuição das forças direitas (AD/VD). I Aumento das forças esquerdas (AE/VE). I Aumento nos intervalos de condução. → Por conta desse processo de modificação da circulação fetal, para circulação pós natal até o estabelecimento da fase adulta. O ECG DO NEONATO I Ritmo sinusal. I FREQUÊNCIA CARDÍACA: 100 – 180 bpm. I FREQUÊNCIAS < 80 BPM: afastar patologia. → Inclusive cardiopatia estrutural. I FREQUÊNCIAS > 80 BPM: afastar taquiarritmia. I EIXO ELÉTRICO: + 110 º a + 180º. → Se tiver isso na fase adulta, nós vamos ter um desvio do eixo para a direita, mas isso é normal dentro período NEONATAL. I Ondas P pontiagudas, altas e simétricas. I PREDOMÍNIO DE POTENCIAIS ELÉTRICOS DO VD: ondas R altas em V1 e V2 e S maiores que R em V5 e V6. I ATÉ 48 HORAS (NO MÁXIMO ATÉ 7 DIAS DE VIDA): ondas T positivas em V1. Exemplo clássico de ECG de neonato normal. Ritmo sinusal, onda P (+) em D1, D2 e aVF. S e QRS desviado para a direita. QRS (-) em D1 e (+) em aVF. Eixo entre +90 e +180, no segundo quadrante. O D2 é a derivação com QRS mais isoelétrico, então o meu eixo elétrico S e QRS em torno de +120. Onda P (-) em V1 e uma O ECG NORMAL NA INFÂNCIA M a r i a L u i z a F e r n a n d e s – C a r d i o p e d – A n a K a r i n a – P á g i n a | 2 expressão com R amplo em V1 e V2 , com o S profundo em V5 e V6, ou seja, expressão de forças direitas. O ECG NA INFÂNCIA I Pequenos lactentes, pré-escolares, escolares, transição pro padrão de adulto. I Ritmo sinusal. I FREQUÊNCIA CARDÍACA, DURAÇÃO DO PR E QRS: de acordo com idade. I EIXO ELÉTRICO: 0 º a + 110º (média de 65 – 70º) Até 110º posso considerar normal. → Chegando mais para a esquerda e mais comumente no primeiro quadrante. I Nesse momento a gente não vê septo interventricular de uma forma adequada porque estamos no equilíbrio das câmaras, então a gente não vê onda Q em V1. I Onda Q em V1 é sempre PATOLÓGICA. → Mesmo nos neonatal e até mesmo na adolescência, por questões de segurança a gente sempre fala que essa onda é patológica. I ONDA T EM V1: negativa sempre antes dos seis anos de idade. → Podendo ser negativa até em mulheres jovens com até 20 anos. I Onda T em V5 e V6 deve ser sempre positiva. I ONDA R: o Amplitude reduzindo em V1 e V2. o Amplitude aumentando em V5 e V6. o Onda R de V4 a V6: Amplitude de 23 a 30mm. I ONDA S: o Amplitude reduzindo em V1 e V2. o Amplitude aumentando em V5 e V6. V1 com a onda R e a onda S de amplitudes reduzidas e aumentando e V5 e V6, sendo que o chama atenção em V5 e V6 a gente já começa a NÃO VER (criança mais velha) expressão de VD nas precordiais esquerdas. Ritmo sinusal. Onda P (+) em D1, D2 e aVF, com o eixo já em +90. D1 quase isso e aVF (+), já caminhando pro segundo quadrante. O ECG NA ADOLESCÊNCIA I Ritmo sinusal. I FREQUÊNCIA CARDÍACA, DURAÇÃO DO PR: de acordo com idade. I Bradicardia sinusal frequente. I EIXO ELÉTRICO: - 30º a + 90º (média de 55º). I DURAÇÃO DO QRS: 0,09 a 0,11 s. → No ambulatório vamos trazer para 0,08 e 0,12 s. I Ondas R e S amplas nas precordiais. I ONDA T EM V1: pode ser negativa até 20 anos especialmente me meninas. I PADRÃO DE REPOLARIZAÇÃO PRECOCE: o Segmento ST: elevação discreta. o Elevação do ponto J (ponto onde termina onda R) < 4 mm. o Ondas T altas e pontiagudas. Exemplo clássico de ECG: D1, D2 a aVF. Eixo quase em +90 também. O que está mais iso é D1. Onda T persistente (-) com supra de ST, com elevação do ponto J sem que isso signifique doença. Tem-se uma repolarização precoce. A onda T é a repolarização ventricular. A onda T começa ficar ampla e já temos essa elevação. Quando eu tenho uma elevação do segmento ST, obrigatoriamente eu vou ter uma elevação desse ponto J → repolarização precoce do ventrículo, normal da idade. Caso seja um paciente de 50 anos, eu vou dizer que ele tem sinais de alteração de polarização. SITUAÇÕES COMUNS: I ARRITMIA SINUSAL: o Crianças normais e adultos jovens têm incidência de 50%. o Benigna. o Ritmo sinusal mais rápido no final da inspiração e mais lento no final da expiração. M a r i a L u i z a F e r n a n d e s – C a r d i o p e d – A n a K a r i n a – P á g i n a | 3 Ritmo sinusal. D1, D2 e aVF com ondas P (+) e uma variação da FC, com o ritmo mais rápido e depois mais lento, mais rápido, mais lento e assim sucessivamente, provavelmente associado com a respiração. I DISTÚRBIO DE CONDUÇÃO PELO RAMO DIREITO: o Crianças normais têm incidência de 7%. o Benigna em geral. o Portadores de CIA têm em 93% dos casos. → Por isso na vigência de crianças de ECG com distúrbio do ramo direito mesmo em crianças NORMAIS, devemos solicitar ECO para afastar CIA. o Caracterizado por rSR' ou RSR' de V1 ou onda S espessa em V6. → Sendo 99,9% dos casos a gente vai ver essa apresentação na pediatria. rSR' em V1, a gente inclusive vê esse padrão se repetindo em V2. I EXTRASSISTOLIA ISOLADA: o Descarga elétrica que nasce de um foco ectópico. o Pode ser atrial, supraventricular e ventricular. o ISOLADA: quando aparece sozinha no ECG. o Geralmente benigna. o ECG AMBULATORIAL: 20 – 30% em crianças pequenas e 40% dos adolescentes. o ATRIAL: Onda P com morfologia diferente. o SUPRAVENTRICULAR: QRS igual aos demais, sem onda P precedendo. → P, QRS, onda T e num determinado momento, no meio do ciclo, eu vou ter um complexo QRS isolado não precedido de onda P, com a mesma morfologia dos demais. o VENTRICULAR: QRS isolado, sem onda P precedendo, com morfologia diferente (aberrante), duração prolongada, onda T com sentido oposto ao QRS. Em um momento eu não tenho mais onda P e faço um QRS aberrante (parte com maior área), então o QRS é (-) e uma onda T contraria ao QRS. DICAS I NORMAL: onda T negativa em V1, da primeira semana de vida até 6 anos. I Onda T sempre positiva em V5 e V6. I Ondas R altas de V4 e V6 comuns na infância. I ONDA Q EM V1: sempre patológica. I ARRITMIA SINUSAL: Ritmo sinusal rápido na inspiração e lento na expiração. (benigna). I DISTÚRBIO DE CONDUÇÃO PELO RAMO DIREITO: rSR' ou RSR' de V1 ou onda S espessa em V6.
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