Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Interpretação ECG - Checar nome do paciente e no papel do ECG se este esta em N e 25mm/s. - No eixo horizontal percebemos o tempo 1 QD Gd = 0,2s e 1 QD Pq = 0,04s - No eixo vertical percebemos a amplitude, em voltagem 1 QD Gd = 0,5 mV e 1 QD Pq = 0,1mV RITMO, FC E ONDA P. Ritmo sinusal? SIM, SE: Termos onda P + em D1, D2 e AVF e no traçado longo de D2; onda P precedendo todo QRS. FC: se REGULAR 1500/R-R (quadrados pequenos) OU 300/quadrados grandes. se IRREGULAR FC = nº QRS em 15 cm (30 quadrados maiores – conta de 2 em 2 (1cm cada)) x 10 (ritmo irregular). ONDA P despolarização atrial, sendo o somatório da despolarização do AE e AD. Possui < 3mm ou 120ms de comprimento e altura até 2,5mm ou 0,25 mV. Se o comprimento for igual ou maior que 3mm sugere sobrecarga AE – estenose mitral Se a altura for maior que 2,5mm sugere sobrecarga AD – hipertensão pulmonar. INTERVALO PR – Início da onda P ao início do QRS. É o intervalo entre a despolarização atrial e ventricular. Normal de 5 A 3 mm (quad. pq) ou 200 – 120 ms ou 0,2 – 0,12s. Se <3 mm = PR curto e > 5 mm = BAV 1ª grau. COMPLEXO QRS – é a despolarização ventricular. Normal: < 3mm ou 120ms. maior ou igual a 120ms = BLOQUEIO DE RAMO (BR). Para saber se é D ou E, devemos olhar para V1 Se o QRS for mais positivo em V1 e com padrão de R-linha = BRD Se o QRS for mais negativo em V1 = BRE SEGMENTO ST: final do QRS até a onda T. Deve-se verificar se a onda T esta no nível da linha de base. Se estiver abaixo da linha de base tem-se o infradesnivelamento de ST (Menor que 0,5mm pode ser fisiológico) Se estiver acima da linha de base tem-se o suprasnivelamento (supra menor que 1mm pode ser fisiológico – em V2 e V3 esse valor é maior). ONDA T – Padrão normal: assimétrica, mesma orientação que o QRS e aproximadamente 30% do QRS (altura). AVALIAÇÃO DO EIXO: vetor médio do QRS no plano frontal, basta seguir os seguintes passos: Determine a “positividade” ou “negatividade” do QRS nas derivações DI e aVF. Se QRS positivo em D1 e AVF : eixo normal Se QRS positivo em D1 e em AVF negativo: eixo desviado p/ ESQ Se em QRS for negativo em D1 e em AVF positivo: eixo desviado para direita Se em D1 ou AVF for 0 graus: olhar através de AVF só Se D1 isovolumétrico + AVF negativo: eixo desviado para ESQ. Se D1 isovolumétrico + AVF positivo: normal Se D1 positivo e AVF isovolumétrico: eixo desviado para direita Eixo entre -30º e -90º: desvio para esquerda. Principais causas: BRD, HVE, enfisema pulmonar, síndrome de WPW e infarto prévio. Eixo entre 90º e 180º: desvio para direita. Principais causas são o BRE, o infarto prévio e a hipertrofia do ventrículo direito. Qualidade do ECG – se esta bem feito: Onda P positiva em DI e D2 e Onda P negativa em AVR Obs: pode estar invertido em caso de colocação errada de eletrodos ou dextrocardia. SOBRECARGA DE CÂMERAS CARDÍACAS: Sobrecarga AD: Verificar na D2 E V1, onda P mais apiculada. Onda P mais apiculada – o lado direito estará mais elevado Amplitude =/> 2,5mm Eixo elétrico da onda P > +75 graus. (desvio do eixo da onda P para a D) Sobrecarga AE: Onda P com entalhe em D2 (onda P mitrale), morfologia mais achatada. Duração =/> 3mm, não muda a amplitude (altura). Sinal de morris: aumento de porção negativa em V1 > 1mm². Sobrecarga biatrial: ondas P altas e largas. Ex: doença pulmonar obstrutiva ou restritiva.Causas de sobrecarga do AD: O crescimento do AD geralmente está associado à hipertrofia ou dilatação do VD. Patologias que causam aumento de pressão nas cavidades direitas pode causar dilatação do AD. DPOC, embolia pulmonar aguda, hipertensão pulmonar, pneumotórax, derrame pulmonar; doenças valvares direitas. Causas da sobrecarga do AE: Estenose e insuf. mitral; HAS; Estenose e insuf. AO; Cardiomiopatia hipertrófica. Sobrecargas ventriculares: ECG não é o padrão ouro para identificar – VER QRS - Eixo elétrico e morfologia. Alterações no QRS, observar derivações precordiais V1,V2,V3,V4,V5,V6 Duração de QRS normal: < 120s (< 3 quadradinhos) Polaridade da onda T geralmente acompanha o QRS ( se QRS é negativo, onda T negativa) V1: QRS geralmente positivo e V6: QRS geralmente negativo V1,V2,V3 olham melhor para direita do ventrículo e V4,V5,V6 olham melhor para esquerda do ventrículo Em sobrecargas ventriculares o QRS tende a ser mais alto pois o tempo de ativação do ventrículo é maior devido ao ventrículo acometido ter miocárdio mais espesso. Sobrecarga VE: – Sokolow-Lyon (S de V1 + maior R de V5 ou V6 ≥ 35mm – S 57% E 86%) – Cornell (R de avL + S de V3 ≥ 28mm se masc. ou ≥ 20mm se femin. – S 42% E 96%) – R de aVL ≥ 11mm (S 13% E 99%) Sobrecarga VD: Eixo elétrico desviado para a D e =/> 90graus. QRS mais negativo em D1 Ondas R com alta voltagem nas precordiais direitas ( V1 e V2) Ondas S profundas em V5 e V6 Onda P pulmonale – DPOC Diagnóstico diferencial de QRS de amplitude aumentada em indivíduos normais: crianças, adultos jovens; indivíduos longilíneos; atletas, mulheres mastectomizadas e vagotomia. Bloqueio de ramo: Bloqueio de ramo - é a interrupção parcial ou completa da condução do impulso em um ramo do feixe de His e bloqueio fascicular é a interrupção em um hemifascículo do ramo. É comum e em geral, não ocorrem sintomas, quando presente sugere cardiopatia. - Ramo D do feixe de His: despolariza o VD e o terço D do septo. - Ramo E do feixe de His: despolariza o VE e o restante do septo interventricular + fascículo anterior e (anterossuperior) Analisar a duração do QRS e V1 e V6. BRD: QRS igual ou maior que 120ms. O início do QRS pouco muda, no final parece estar mais alargado. BRE: analisar duração de QRS em V1 (onda S muito aumentada) e em V6 (onda R lenta e larga) despolarizações aberrantes: QRS igual ou maior que 120ms. Ausência de onda Q em D1, V5 e V6. Olhar em V1 onda S alargada e em V6 onda R alargada (em V6 pode ter a “orelha do coelho, é melhor ver o alrgamento de 6). Pode ter entalhe na onda R em D1, avL, V5, V6 BAV 1ª GRAU: Todas as ondas P normais são seguidas por complexos QRS, mas o intervalo PR é mais longo que o normal (> 0,20 s — Bloqueio atrioventricular.). Causas: por fármacos e pode ser fisiológico em pacientes mais jovens com tônus vagal exacerbado e em atletas bem treinados. Raramente é sintomático e não é necessário nenhum tratamento. Dica: SE QRS PREDOMINANTEMENTE POSITIVO: BRD SE QRS PREDOMINANTEMENTE NEGATIVO: BRE Para todo ECG: onda S tem que diminuir, quase inexistindo em V5 e V6 BAV 2ª GRAU: O intervalo P-R aumenta progressivamente a cada batimento até que o batimento atrial não é conduzido e não há complexo QRS (fenômeno de Wenckebach); a condução nodal AV continua no próximo batimento e a sequência se repete. Pode ser fisiológico em pacientes jovens e atléticos. Há 2 tipos MOBITZ 1 E 2. Mobitz tipo I: O intervalo P-R permanece constante. Os batimentos são intermitentemente não conduzidos e há falha de complexos QRS, geralmente em um ciclo repetido a cada 3 (bloqueio 3:1) ou 4 (bloqueio 4:1) ondas P. Mobitz tipo II, sempre é patológico. toda 2ª onda P (ou mais) é bloqueada Os pacientes podem ser assintomáticos ou desenvolver sensação de desfalecimento, pré-síncope e síncope, dependendo da razão dos batimentos conduzidos e bloqueados. Necessita tratamento – indica marcapasso. BAV 3ª GRAU OU COMPLETO = BAVT. Não existe nenhuma comunicação elétrica entre átrios e ventrículos e não há qualquer relação entre ondas P e complexos QRS (dissociação AV). A função cardíaca é mantida por escape juncional ou marca-passo ventricular. Os ritmos de escape que se originam acima da bifurcação do feixe de His registram complexos QRS estreitos, FC relativamente rápidas (> 40 bpm) e seguras e sintomas leves (p. ex., fadiga, sensação de desfalecimento relacionada à postura e intolerância ao esforço). Os ritmos de escapeque se originam abaixo da bifurcação registram complexos QRS mais largos, FC mais baixas e inadequadas e sintomas mais graves (p. ex., pré-síncope, síncope e IC). Os sinais são aqueles da dissociação AV, como ondas a em canhão, flutuações da PA e alterações de intensidade da B1. O risco de síncope relacionada à assistolia e morte súbita será maior, se o ritmo de escape for lento. Ondas P não correlacionadas com o complexo QRS, pq o ciclo da onda P esta dissociado do QRS. IAM – como avaliar no ECG. Morfologia de onda T, Desnivelamento de Segmento ST e Onda Q patológica. Cardiopatia isquêmica: - Engloba todas as alterações miocárdicas provocadas por déficit na circulação coronariana. O ECG demonstra essas modificações. - Isquemia => Lesão => Necrose - Isquemia: T invertida e T acuminada, profunda/alta e simétrica - Lesão: supra ST (supepicárdica) e infra ST (subendocárdico) - Necrose: onda Q IAM com supradesnivelamento de ST - 2 de 3 critérios: Dor precordial típica; Alteração enzimática; Alteração de ECG: - Nova elevação de ST ≥ 1 mm em pelo menos 2 derivações contíguas (exceto V2 e V3) - Em V2 e V3 depende do gênero e idade ( M: ≥ 1,5 mm / H > 40a: ≥ 2 mm / H < 40 a: ≥ 2,5 mm). Fase Hiperaguda: T apiculada e alta => supradesnivelamento; - Redução do supradesnivelamento e inversão da onda T (48h a 3-4 semanas => se mais duradouro pensar em aneurisma de VE / principalmente em IAM anterios extenso) - Segmento ST volta à linha de base e onda T fica mais negativa (meses ou definitiva); - Aparecimento de onda Q patológica (só desaparece em IAMs pequenos / é a manifestação elétrica da cicatriz miocárdica). O que é o supra e onde procura-lo? Procurar no ponto J: 1 mm acima em duas derivações. Supra em derivações septais V1 e V2 pensar em artéria descendente anterior Supra em derivações D1, AVL, V5 e V6 artéria circunflexa (CX) Supra em D2,D3, AVF, e recíproco em D1 e AVL (infras) coronária direita - COMPLEMENTAR ELETRO COM V3R/ V4R/ V7/V8/V9 (derivações espelho do lado direito do tórax) Imagem em espelho : infra em V1 e V2 pode ser supra de V7 e V8 infarto posterior Características da onda Q patológica: duração > 0,04 segundos; profundidade > 25-30% da onda R da derivação em que aparece; Aspecto QS (Q puro) O QUE AVALIAR NO ECG - Qualidade do ECG – ondas P+ em D1,D2 e Avr – (onda P negativa). - Regularidade (rítmico, arritmico) - Ritmo - Frequência - Onda P –se sim ritmo sinusal - QRS - Eixo ventricular (ver D1 e aVF) - Conclusão https://ecgnow.com.br/desafio/
Compartilhar