Proposta de Temas + Sugestoes de Abordagens para a Etapa Discursiva da PRF

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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
TEMAS DE REDAÇÃO
1 DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA COM ROTEIRO
• Conteúdo de viés mais conceitual e informativo, que consiste no esclarecimento dos aspectos pontuados no comando.
• Tem uma estrutura mais livre, que pode prescindir da abertura de parágrafo específico de introdução e não tem parágrafo de con-
clusão. Na prática, é como se se tratasse da produção de questões dissertativas em um mesmo formulário.
2 DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA COM ROTEIRO 
• Conteúdo híbrido, já que entremeia a abordagem opinativa em um conteúdo de vertente informativa.
• Embora siga a estrutura padrão de dissertação, a argumentação é mais linear, ou seja, a linha de raciocínio se estabelece entre as 
ideias apresentadas dentro de cada parágrafo, e não entre as ideias dos parágrafos (numa argumentação vertical).
TEMAS PARA TEXTO DISSERTATIVO-EXPOSITIVO (COM ROTEIRO)
 TEMA 1
Operação Blackout: PRF envia reforço ao Amapá
Ação busca reforçar a segurança no estado após o apagão que ocorreu no último dia 03 de novembro
 
 A população do Amapá tem vivido, desde o último dia 03 de novembro, um drama pela falta de energia. Cumprindo com a 
missão institucional de garantir segurança e mobilidade na região, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagra, neste sábado (14), a 
Operação Blackout.
 A ação de reforço concentrado no policiamento visa à manutenção da ordem, o enfrentamento à criminalidade e ao aumento 
da percepção de segurança no estado. Para isso, após decretada situação de emergência, a PRF enviou agentes do seu Sistema de Pronta 
Resposta Federal, que reforçarão o efetivo local, especialmente nas regiões amapaenses mais afetadas pelo desastre.
 A situação de crise no estado do Amapá estabeleceu-se devido a um “apagão”, na noite de terça-feira (03), quando uma tem-
pestade causou uma explosão seguida de incêndio, comprometendo transformadores na mais importante subestação do estado, que fica 
na Zona Norte de Macapá. Desde então, além do desabastecimento de energia elétrica, a população tem encontrado dificuldades na 
manutenção de alimentos, serviços de saúde e segurança.
https://www.gov.br/prf/pt-br/agencia-prf/noticias/noticias-novembro/operacao-blackout-prf-envia-reforco-ao-amapa. Acesso em 13/11/2020.
 Não bastasse toda a tragédia que se abateu sobre distritos e subdistritos de Mariana, na Região Central, os ex-moradores, espe-
cialmente os de Bento Rodrigues, sofrem mais um duro revés: o saque de suas casas agora em ruínas ou parcialmente cobertas pela 
lama de minério de ferro vazado da Barragem do Fundão, da mineradora Samarco. “Nem vendo nossa dor e tristeza, depois de perder 
tudo, estão tendo piedade da gente”, disse, ontem, o presidente da Associação Comunitário de Bento Rodrigues, José do Nascimento de 
Jesus, conhecido como Zezinho do Bento.
 “É preciso apertar o cerco cada vez mais. Que usem até helicóptero para proteger a área. Estão aproveitando do nosso sofri-
mento para furtar. Pedimos que a PM bloqueie todos os acessos para impedir a entrada de estranhos no Bento”, disse o ex-morador, que, 
como os demais habitantes da região, se refere a Bento Rodrigues usando a apenas o prenome do lugar.
In: Jornal “Estado de Minas”. Gustavo Werneck. 2/12/2015.
Considerando os fragmentos de textos acima como meramente motivadores, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema:
O PAPEL DAS FORÇAS POLICIAIS NA MANUTENÇÃO DA SEGURANÇA EM ÁREAS ATINGIDAS POR TRAGÉDIAS
Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
• Aspectos marcantes do quadro de violência e insegurança gerados por situações emergenciais em cidades brasileiras. 
[valor: 9,50 pontos]
• O que esperar do aparelho policial ante a explosão de violência em localidades atingidas por alguma catástrofe. [valor: 9,50 pontos]
• Como o Estado pode mitigar o sofrimento das pessoas que vivem em áreas marcadas pela insegurança. [valor: 9,50 pontos]
https://www.gov.br/prf/pt-br/agencia-prf/noticias/noticias-novembro/operacao-blackout-prf-envia-reforco-ao-amapa. Acesso em 13/11/2020
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SUGESTÃO DE ABORDAGEM
 O aluno deve, a partir dos textos motivadores, abordar o tema e os aspectos propostos, de maneira clara e coerente, empre-
gando os mecanismos de coesão textual.
 No que tange ao primeiro aspecto, espera-se que o aluno esclareça os aspectos mais emblemáticos de violência e de insegu-
rança gerados em algumas cidades brasileiras nos momentos de situações mais emergenciais. No caso da cidade de Petrópolis (região 
serrana do Rio de Janeiro, após os desabamentos causados pela chuva) e no caso das cidades de Mariana e de Brumadinho (por causa 
do rompimento das barragens da mineradora Vale, antiga Companhia Vale do Rio Doce), os moradores tiveram suas casas, já em ruínas, 
furtadas e saqueadas, quando bandidos roubaram os poucos pertences e o pouco dinheiro deixados para trás no desespero do momento. 
Mais recentemente, os habitantes da cidade de Macapá (no Pará, por causa do apagão de energia) reclamam do aumento exponencial 
dos episódios de violência ocasionados pela oportunidade gerada pela escuridão.
 Em relação ao segundo aspecto, o aluno deve esclarecer que o aparelho policial precisa apertar o cerco a essas pessoas que se 
aproveitam da desgraça alheia. Como ações, seria recomendável intensificar o patrulhamento dessas áreas, realizar o bloqueio de alguns 
acessos e ampliar a gama de aparelhos tecnológicos na vigilâncias das regiões, como drones e helicópteros, por exemplo. Além disso, 
pode-se enfatizar a necessidade de maior cooperação entre as Polícias Militar, Civil e Rodoviária com o intuito de deter mais rapida-
mente as pessoas que praticam esses delitos e fazer com que estas recebam uma punição rápida e exemplar, que sirva para coibir novas 
manifestações de violência.
 Por fim, no terceiro aspecto, espera-se que o aluno esclareça que, do ponto de vista jurídico, a Constituição Federal estabelece 
a responsabilidade civil objetiva do Estado pelos danos causados às pessoas e seu patrimônio por ação ou omissão de seus agentes (no 
caso das tragédias ocasionadas pelas chuvas e desabamentos, no caso do apagão de energia e até mesmo do rompimento de barragens). 
Além disso, as autoridades locais têm a obrigação de promover proteção contra a violência (incluindo a sexual), adotar medidas eficazes 
para garantir a segurança das populações afetadas pelo desastre natural. Em particular, deverá ser solicitada a implantação do pessoal 
responsável pela execução das leis em áreas onde há risco de violação da lei e da ordem, ou onde ele ocorra – incluindo a violência 
baseada no gênero, roubo ou saque.
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TEMA 2
 A cada dois anos, a Polícia Rodoviária Federal realiza em todo o País o mapeamento dos pontos vulneráveis à exploração 
sexual de crianças e adolescentes nas rodovias e estradas federais. O objetivo desse trabalho é criar dados e indicadores que possam ser 
estudados e monitorados, a fim de que sejam desenvolvidas estratégias, de vários setores da sociedade, visando a prevenção, o enfren-
tamento e a efetiva proteção de crianças e adolescentes vítimas desse crime. O mapeamento dos pontos vulneráveis à exploração sexual 
de crianças e adolescentes é realizado, em conjunto, entre a PRF, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a Orga-
nização Internacional do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, a ONG Childhood Brasil e algumas entidades do setor privado.
 A Organização Childhood Brasil criou, em 2006, o Programa Na Mão Certa, que reúne diversas empresas por meio do “Pacto 
Empresarial Contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes” nas rodovias brasileiras, quepropõe ações para proteger crianças 
e adolescentes da exploração sexual nas estradas. A principal estratégia adotada pelas empresas é a sensibilização dos motoristas de 
caminhão, para que atuem como agentes de proteção dos direitos de crianças e adolescentes.
 Extraído de: www.prf.gov.br/portal/policiamento-e-fiscalizacao/paginas-anteriores/atuacao-em-direitos-humanos/denuncia-de-ponto-de-explora-
cao-sexual (com adaptações).
Considerando que o texto acima tem caráter meramente motivador, redija um texto dissertativo que aborde, necessariamente, os seguin-
tes aspectos:
1 A responsabilidade da força policial para respeitar e resguardar crianças e adolescentes da exploração sexual nas rodovias brasi-
leiras. [valor: 14,00 pontos]
2 Ações desenvolvidas pela PRF com o objetivo maior de amparar as famílias envolvidas em situações dramáticas de exploração 
sexual de crianças. [valor: 14,00 pontos]
SUGESTÃO DE ABORDAGEM
 O aluno deve, a partir do texto motivador, abordar o tema e os aspectos propostos, de maneira clara e coerente, empregando os 
mecanismos de coesão textual.
 No que tange ao primeiro aspecto, espera-se que o aluno explique o papel da força policial dentro da rede de combate à explo-
ração sexual de crianças e adolescentes no Brasil, sob o paradigma da proteção integral definida pela Constituição Federal e pelo Esta-
tuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele deve realçar que, nesse caso específico, a polícia não deve ser vista como uma instituição 
necessariamente repressora e encarceradora de indivíduos que infringem as leis, mas como integrante de uma rede social de proteção 
que visa o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes de forma efetiva. Como exemplo, pode-se citar o caso da Polícia 
Rodoviária Federal, que realizou, em parceria com outros setores, o mapeamento de pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças 
e adolescentes nas rodovias federais brasileiras, o que tornou possível problematizar as possíveis causas de ocorrência, levá-las para a 
discussão democrática do problema e, posteriormente, para a realização de políticas adequadas de repressão a esse tipo de crime.
 Em relação ao segundo aspecto, o aluno pode citar as ações empreendidas pela Polícia Rodoviária Federal para ajudar as famí-
lias envolvidas em situações dramáticas de exploração sexual de crianças. O primeiro passo seria mapear essas famílias e as causas de 
estarem nessa situação ao longo das rodovias brasileiras e, em um segundo momento, fornecer a elas informações sobre como denun-
ciar, inclusive de forma anônima, os abusadores. Além disso, os Policiais incentivam as próprias crianças a comunicar situações de risco 
a alguém de confiança, como um professor ou um parente.
http://www.namaocerta.org.br/pacto.php
http://www.namaocerta.org.br/pacto.php
http://www.prf.gov.br/portal/policiamento-e-fiscalizacao/paginas-anteriores/atuacao-em-direitos-humanos/denuncia-de-ponto-de-exploracao-sexual
http://www.prf.gov.br/portal/policiamento-e-fiscalizacao/paginas-anteriores/atuacao-em-direitos-humanos/denuncia-de-ponto-de-exploracao-sexual
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TEMA 3
 De acordo com o estudo Brasil em desenvolvimento, Estado, Planejamento e Políticas Públicas, do IPEA (Instituto de Pes-
quisa Econômica Aplicada), a fronteira internacional do Brasil percorre onze unidades da Federação, delimitando o território nacional 
com o de dez países da América do Sul. Na faixa de 150 km de largura ao longo de 15.719 km (27% do território nacional), existem 
588 municípios, com aproximadamente 10 milhões de habitantes. Esses municípios têm atraído significativos contingentes de migrantes 
a partir de dinâmicas econômicas nacionais e internacionais. As aglomerações transfronteiriças incluem duas ou mais cidades que apre-
sentam relações expressivas entre si, podendo se localizar na fronteira de dois ou mais países, incluindo o Brasil. Essas aglomerações 
materializam um conjunto de novas possibilidades de inserção na divisão do trabalho, não se restringindo apenas à população local, mas 
expandindo sua influência para cidades e regiões além da fronteira, reforçando, assim, sua condição de centralidade na rede urbana da 
América do Sul.
Fonte: http://www.ipea.gov.br/portal/index. Acesso em 7.dez.2018 (com adaptações).
Tecnologia auxilia polícias no combate a crimes em fronteiras e divisas
O investimento para a compra de mais 38 scanners veiculares alia a técnica policial a uma tecnologia que já faz a diferença nos 16 mil 
quilômetros de fronteira terrestre do Brasil. O equipamento impressiona pela análise rápida e informações detalhadas que podem repas-
sar a uma equipe policial.
 O investimento para a compra de mais 38 scanners veiculares, feito pela Secretaria Nacional da Segurança Pública, do Minis-
tério da Justiça, alia a técnica policial a uma tecnologia que já faz a diferença nos 16 mil quilômetros de fronteira terrestre do Brasil. 
Cinco desses scanners já são utilizados desde o ano passado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
 O equipamento impressiona pela análise rápida e informações detalhadas que podem repassar a uma equipe policial. Parado 
ou em movimento, o equipamento é um verdadeiro Raio-X feito em veículos, de baixo para cima, de uma lateral à outra. Com os cinco 
primeiros scanners comprados pelo MJ, a PRF apreendeu centenas de quilos de drogas, material de contrabando e descaminho, armas 
de fogo que seriam vendidas em Estados distantes das fronteiras e pessoas viajando de forma irregular.
 A tecnologia não servirá apenas para combater crimes mais comuns nas fronteiras, como contrabando e tráfico de drogas, mas 
também vai inibir a circulação de quadrilhas organizadas responsáveis por explosões de caixas eletrônicos e assaltos a agências bancá-
rias, que cresce em Estados do Norte e Nordeste e aumenta a taxa de outros crimes violentos, como homicídios e latrocínios.
https://www.justica.gov.br/news/tecnologia-auxilia-policias-no-combate-a-crimes-em-fronteiras-e-divisas. Acesso em 15/11/2020.
Tendo os fragmentos de textos acima como unicamente motivadores, redija um texto dissertativo a respeito do seguinte tema:
O PAPEL DO ESTADO NA MANUTENÇÃO DA PAZ E DA SEGURANÇA EM ÁREAS DE FRONTEIRA DO BRASIL
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
1 As distintas relações do Brasil com os países vizinhos e os principais problemas nas regiões fronteiriças. [valor: 14,50 pontos]
2 A atuação da Polícia Rodoviária Federal no combate à criminalidade nos principais pontos de acessos terrestres no Brasil. 
[valor: 14,50 pontos]
SUGESTÃO DE ABORDAGEM
 O aluno deve, a partir dos textos motivadores, abordar o tema e os aspectos propostos, de maneira clara e coerente, empre-
gando os mecanismos de coesão textual.
 No que tange ao primeiro aspecto, espera-se que o aluno esclareça que a proximidade geográfica do Brasil com seus vizinhos 
pode provocar antagonismos ou ajudar a promover aproximações econômicas negociadas, como é o caso das relações entre Brasil, 
Argentina e Chile. Já no caso dos problemas advindos das regiões fronteiriças, o aluno pode destacar o narcotráfico, a extração ilegal 
de madeira e o tráfico de armas. Como as fronteiras brasileiras se estendem por cidades movimentadas e rincões em áreas remotas, as 
zonas fronteiriças estão especialmente sujeitas a crimes internacionais e, por isso, são locais de enfrentamento constante entre as forças 
policiais e organizações criminosas, sejam elas formadas por traficantes de drogas e armas ou por contrabandistas de mercadorias.
 No tocante ao segundo aspecto, o aluno precisa mencionar a atuação do Estado, representado aqui pela Polícia Rodoviária 
Federal, nas fronteiras brasileiras, principalmente nas zonas em que se pratica quase todo tipo de atividade ilícita, desde o contrabando 
de mercadorias até o tráficode drogas e armas. Aqui, o aluno pode destacar que a Polícia Rodoviária Federal, encarregada pela Cons-
tituição Federal de realizar o patrulhamento ostensivo das rodovias federais, é a instituição que faz as maiores apreensões de produtos 
que entram ilegalmente no território nacional pelas fronteiras. Por último, ele deve esclarecer que a atuação das forças de segurança, 
especialmente da Polícia Rodoviária Federal, nas áreas de fronteira não é tarefa fácil, seja pelo volume expressivo dos crimes de tráfico 
de entorpecentes, contrabando e descaminho, saída de veículos roubados, tráfico de armas e munições, evasão de divisas e tráfico de 
seres humanos, seja pelas dificuldades de fiscalização peculiares às fronteiras secas – onde prosperam as estradas clandestinas.
http://www.ipea.gov.br/portal/index
https://www.justica.gov.br/news/tecnologia-auxilia-policias-no-combate-a-crimes-em-fronteiras-e-divisas
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TEMA 4
 Há pouco mais de quarenta anos, a população brasileira vivia, em sua maior parte, nas áreas rurais, sem que houvesse muitas 
demandas por transporte de massa nos poucos aglomerados urbanos existentes. Hoje, cerca de 85% da população vive em centros urba-
nos, sendo que existem 36 cidades com mais de 500 mil habitantes na rede urbana brasileira, além de quarenta regiões metropolitanas 
estabelecidas, nas quais vivem mais de 80 milhões de brasileiros (cerca de 45% da população).
 Parte dos problemas urbanos vividos pela população brasileira hoje em dia é resultado desse forte e rápido crescimento das 
cidades, ocorrido após o início do processo de industrialização brasileira, sem que houvesse investimentos correspondentes na rede de 
infraestrutura urbana, formando grandes passivos nessa área. Os sistemas de transporte urbano são um exemplo claro desse descom-
passo entre o crescimento populacional e territorial urbano acelerado e a falta de investimento em infraestrutura de transporte de massa 
e não motorizado.
 Outro aspecto importante da interação entre crescimento urbano e mobilidade é a forma excludente como as cidades crescem, 
com a ocupação das áreas mais periféricas pelos mais pobres. Isto significa que o custo do transporte vai aumentando à medida que as 
fronteiras urbanas se expandem em função das maiores distâncias percorridas e também pela característica de cidades dormitórios das 
novas ocupações periféricas, que reduzem a rotatividade de uso do transporte público, aumentando seu custo unitário.
Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho. Desafios da mobilidade urbana no Brasil. IPEA. Maio de 2016 (com adaptações).
 À medida que o crescimento urbano avança, impulsionado ou não por novos investimentos e iniciativas imobiliárias, mais 
desafios a administração pública e as empresas enfrentam. Atualmente, não são as migrações as responsáveis pelo caos urbano das 
metrópoles brasileiras, e sim a falta de políticas públicas que freiem o inchaço habitacional. Exemplo clássico é a escassez de políticas 
habitacionais e de atividades econômicas que criem postos de trabalho próximos às moradias, visando descentralizar essas atividades 
para os anéis externos das cidades, as quais, ao evoluírem e ocuparem os respectivos territórios, tendem a manter concentradas as ativi-
dades sociais e econômicas, o que alonga os deslocamentos diários dos trabalhadores em razão do congestionamento do tráfego.
Aldo Paviani. Sustentabilidade urbana: utopia ou esperança? In: Correio Braziliense, 6/5/2018, p. 13 (com adaptações).
Considerando que os fragmentos de texto acima têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema:
AS GRANDES METRÓPOLES E O PROBLEMA DA MOBILIDADE URBANA
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
1 Problemas advindos da superpopulação nas grandes cidades. [valor: 9,00 pontos]
2 Alternativas para enfrentar os problemas de mobilidade nas grandes metrópoles. [valor: 9,00 pontos]
3 Desafios a serem enfrentados pelo Estado em relação ao trânsito e às condições de mobilidade nas grandes cidades. 
[valor: 10,00 pontos]
SUGESTÃO DE ABORDAGEM
 No que se refere ao primeiro aspecto a ser abordado, espera-se que o aluno esclareça que, se, por um lado, as cidades exercem 
um atrativo para a população por causa das ofertas de melhores oportunidades de emprego, educação, serviços, cultura e saúde, por 
outro, essa escolha também provoca prejuízos ao meio ambiente e gerou problemas relacionados a habitação, energia elétrica, água e 
saneamento básico. O aluno precisa destacar que o planejamento urbano e a evolução dos meios de transportes coletivos nas grandes 
cidades brasileiras não acompanharam o rápido crescimento populacional, que causou sérios problema de infraestrutura de transportes, 
a qual, por sua vez, contribuiu para que as pessoas de maior poder aquisitivo adquirissem seu próprio transporte, aumentando o número 
de veículos nas ruas.
 Quanto ao segundo aspecto, o aluno poderá sugerir a melhoria do transporte público – como a racionalização das linhas de 
ônibus, a implantação e a expansão da malha ferroviária urbana e de metrô, além dos modernos veículos leves sobre trilhos e da multi-
plicação de ciclovias e ciclofaixas seguras. E mais, o Estado precisa criar, urgentemente, políticas habitacionais que priorizem a cons-
trução de moradias próximas aos locais de trabalho, com o objetivo de reduzir o inchaço habitacional.
 Em relação ao terceiro aspecto, o aluno deve esclarecer que o Estado enfrenta muitos desafios para implantar uma mobilidade 
urbana satisfatória nas grandes cidades. O artigo 144 da Constituição Federal reza que a segurança viária compreende determinadas 
atitudes que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente. Os principais desafios a serem vencidos pelo Estado dizem 
respeito a melhorar os serviços de transporte público coletivo e a circulação viária; as infraestruturas do sistema de mobilidade urbana, 
incluindo as ciclovias e ciclofaixas; a acessibilidade para pessoas com deficiência e restrição de mobilidade, a integração dos modos de 
transporte público e destes com os privados e os não motorizados, entre outros.
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TEMA 5
 Não é de hoje que as inter-relações entre população, recursos naturais e desenvolvimento têm sido objeto de preocupação 
social e de estudos científicos. Desde há muito, as exigências cada vez mais complexas da sociedade moderna vêm acelerando o uso dos 
recursos naturais, resultando em danos ambientais que colocam em risco a sobrevivência da humanidade no planeta. A história mostra 
que o homem sempre utilizou os recursos naturais para o desenvolvimento da tecnologia e da economia e, com isso, garantir uma vida 
com mais qualidade.
 Entretanto, é fácil constatar que essa equação (exploração dos recursos naturais = desenvolvimento econômico e tecnológico 
= qualidade de vida) não vem se revelando verdadeira. Isso porque os recursos oriundos da natureza estão sendo aproveitados de forma 
predatória, causando graves danos ao meio ambiente e refletindo negativamente na própria condição de vida e de saúde do homem.
 Nesse sentido, Márcia Elaine Berbich de Moraes expõe que “tudo se tornou válido em nome do progresso, do bem estar da 
sociedade e da vida mais confortável”. Mas a busca do homem por uma vida melhor está lhe trazendo doenças, problemas sociais e 
comprometendo seu futuro na Terra, já que suas ações são altamente degradantes.
 Diante desse quadro, fica claro que meio ambiente e saúde são temas completamente indissociáveis, sendo certo que o ordena-
mento jurídico nacional contempla tal relação. Sem pretensão de exauriro assunto, o presente trabalho pretende destacar e exemplificar 
a correlação entre meio ambiente e saúde, inclusive sob o aspecto legal, e mostrar a importância da aplicação dos princípios da preven-
ção e da precaução, basilares do Direito Ambiental Brasileiro.
Extraído de https://jus.com.br/artigos/6484/a-relacao-entre-meio-ambiente-e-saude-e-a-importancia-dos-principios-da-prevencao-e-da-precaucao. 
Acesso em 15/11/2020 (com adaptações).
Considerando o fragmento de texto acima como unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: 
A RESPONSABILIDADE TRIPARTIDA NA PRESERVAÇÃO DO ECOSSISTEMA BRASILEIRO
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
• Cite algumas atitudes individuais que podem reduzir os efeitos negativos da ação humana sobre o planeta. [valor: 9,50 pontos]
• Explique a importância da responsabilidade socioambiental nas empresas. [valor: 9,50 pontos]
• Explique que ações devem ser empreendidas pelo Estado nos cuidados com o meio ambiente no sentido de garantir a melhoria das 
condições sanitárias da população. [valor: 9,50 pontos]
SUGESTÃO DE ABORDAGEM
 O aluno deve, a partir do texto motivador, abordar o tema e os aspectos propostos, de maneira clara e coerente, empregando os 
mecanismos de coesão textual.
 No que tange ao primeiro aspecto, espera-se que o aluno esclareça quais são as principais atitudes que cada indivíduo pode 
tomar para diminuir suas pegadas no planeta, as quais passam pela separação adequada do lixo; utilização de ecobags no lugar de saco-
las plásticas; substituição do automóvel por bicicleta ou transporte coletivo; economia de água e energia em casa e no trabalho, entre 
outras atitudes corriqueiras que, com o passar do tempo, farão grande diferença para o meio ambiente.
 Em relação ao segundo aspecto, o aluno pode explicar o conceito de responsabilidade socioambiental, que consiste no cumpri-
mento de leis e normas relacionadas à preservação do meio ambiente nas empresas e, principalmente, o compromisso que as empresas 
assumem no tocante à preservação do meio ambiente, o qual exige uma mudança de postura dos gestores organizacionais, que precisa-
rão melhorar o seu relacionamento com a comunidade e com os órgãos governamentais relacionados ao meio ambiente. Além disso, o 
aluno deve destacar que a questão ambiental, hoje, é vista como um dos valores do negócio e que a política de responsabilidade socio-
ambiental pressupõe um comprometimento da organização com toda a sociedade.
 Quanto ao terceiro aspecto, o aluno precisa explicar as ações que o Estado precisa empreender nos cuidados com o meio 
ambiente para dar à população melhores condições de saúde, destacando que os desafios são gigantescos. Como exemplos, o aluno pode 
mostrar a necessidade de se alterar a política ambiental brasileira, no sentido de harmonizar o que regem as leis e o que mostram as 
práticas estatais ante os interesses privados. Além disso, é possível mencionar a importância de o governo brasileiro adotar uma política 
mais afirmativa e democrática diante dos problemas ambientais e fortalecer uma concepção pública e política da gestão ambiental em 
prol do bem comum.
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TEMAS PARA TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO (COM ROTEIRO)
TEMA 1
 Em linhas gerais, há na literatura econômica duas explicações para a educação ser tida como um fator de redução da crimi-
nalidade. A primeira é que a educação muda as preferências intertemporais, levando o indivíduo a ter menos preferência pelo presente 
e a valorizar mais o futuro, isto é, a ter aversão a riscos e a ter mais paciência. A segunda explicação é que a educação contribui para 
o combate à criminalidade porque ensina valores morais, tais como disciplina e cooperação, tornando o indivíduo menos suscetível a 
praticar atos violentos e crimes.
 Há outras razões pelas quais se pode associar educação e redução da criminalidade. Quanto maior o nível de escolaridade do 
indivíduo, maior será para ele o retorno do trabalho lícito (isto é, o salário) e isso eleva o custo de oportunidade de se cometer crime. 
Além disso, há uma questão relacionada à possibilidade do estado de dependência do crime: a probabilidade de se cometerem crimes no 
presente está relacionada à quantidade de crimes que já se cometeram. Dessa forma, manter as crianças na escola, ocupadas durante o 
dia, contribuiria, em longo prazo, para a redução da criminalidade. Acredita-se, por essa razão, que haja uma relação entre maior nível 
de escolaridade e redução da criminalidade. A criminalidade é uma externalidade negativa com enormes custos sociais e, se a educação 
consegue diminuir a violência, o retorno social pode ser ainda maior que o retorno privado.
R. A. Duenhas, F. O. Gonçalves e E. Gelinski Jr. Educação, segurança pública e violência nos municípios brasileiros: uma análise de painel 
dinâmico de dados (com adaptações).
Geração 'nem-nem' quer trabalhar, mas não tem oportunidades
 O Brasil tem 10,9 milhões de jovens entre 15 e 29 anos que nem estudam nem trabalham. O número representa 23% da popu-
lação nesta faixa etária. Eles são chamados de geração “nem-nem” e, na maior parte das vezes, são vistos como apáticos ou preguiçosos 
por não estarem nem trabalhando nem estudando. Especialistas e profissionais que trabalham com esses jovens, principalmente os de 
origem periférica, discordam do uso do termo. Sabem que, na prática, a falta de oportunidades e o preconceito com a falta de experiência 
dos jovens, além de outras questões, tornam a questão “nem-nem” um pouco mais complexa. Foi a conclusões como essas que chegou 
a Tese de Impacto Social em Empregabilidade da Artemísia, organização de apoio a negócios de impacto social no país. Ela mostra, por 
exemplo, que há 100 vezes menos postos de trabalho para moradores de zonas periféricas. “Entre os que buscam emprego, há relatos 
de diversas barreiras, sendo uma das principais a segregação espacial”, afirma Priscila Martins, gerente de relações institucionais da 
Artemísia. De acordo com ela, além disso, os jovens não têm oportunidades para desenvolver uma trajetória acadêmico-profissional 
adequada. “Estão trabalhando, mas não recebem remuneração. Poderiam estar estudando, mas ajudam a família”.
https://economia.estadao.com.br/blogs/radar-do-emprego/geracao-nem-nem-quer-trabalhar-mas-nao-tem-oportunidades/. Conteúdo acessado em 
26/01/2020.
Considerando que os fragmentos de textos acima têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo, posicionando-se a 
respeito do tema:
O GRAVE PROBLEMA BRASILEIRO DOS JOVENS QUE ESTÃO À MARGEM DA VIDA
Ao elaborar seu texto, discuta, necessariamente, os seguintes aspectos:
1 A vulnerabilidade ao crime quando os jovens se encontram fora da escola e fora do mercado de trabalho. [valor: 7,00 pontos]
2 O reflexo negativo da gravidez precoce na vida das adolescentes e das jovens. [valor: 7,00 pontos]
3 A importância da educação no preparo dos jovens para o mundo do trabalho e para a formação do cidadão. [valor: 7,00]
4 Apresente sugestões de implantação de ações e (ou) projetos que possam contribuir para desviar os jovens do caminho da 
criminalidade. [valor: 7,00]
https://economia.estadao.com.br/blogs/radar-do-emprego/geracao-nem-nem-quer-trabalhar-mas-nao-tem-oportunidades/
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SUGESTÃO DE ABORDAGEM
 O aluno deve ser capaz de estruturar o seu texto em conformidade com os padrões gerais da tipologia textual dissertativa, res-
peitando os fatores de textualidade essenciais, com coesão e coerência. 
 Espera-se que seja realizada no texto uma discussão a respeito dos sérios problemas enfrentados pelos jovens que estão semtrabalho e que não possuem bom nível de escolaridade, sendo o mais grave de todos a vulnerabilidade ao crime.
 Quanto ao primeiro aspecto, o aluno terá de esclarecer o que é a geração “nem nem” – uma parcela de jovens brasileiros que 
não trabalham nem estudam, sendo que muitos nem mesmo procuram emprego, por motivos socioemocionais, problemas cognitivos ou 
obrigações familiares com parentes e filhos, entre outros. O aluno deve mostrar que, embora o termo “nem-nem” possa induzir à ideia 
de que os jovens são ociosos e improdutivos, muitos estão procurando trabalho, principalmente os homens, e mais da metade se dedica 
a trabalhos domésticos e a cuidados de crianças, principalmente as mulheres. É importante que o aluno discuta o fato de que, para esses 
jovens, a escola já não é interessante. Por outro lado, o apelo da sociedade de consumo e a vontade de possuir os mesmos bens dos 
jovens das classes mais favorecidas potencializam o risco de que eles se envolvam com criminosos na tentativa de conseguir dinheiro 
rapidamente.
 Em relação ao segundo aspecto, cabe ao aluno discutir as consequências negativas da gravidez na vida das adolescentes e 
das jovens, principalmente daquelas que vivem nas periferias das cidades: essas jovens, na maioria das vezes, param de estudar e difi-
cilmente voltam ao ambiente escolar. Envolvidas com o cuidado do filho, elas não conseguem mais trabalhar e acabam engravidando 
novamente, o que só agrava a sua situação de dependência financeira. Muitas delas, inclusive, tornam-se pequenas traficantes para 
ganhar um pouco de dinheiro para a sua sobrevivência e a de seus filhos.
 No que concerne ao terceiro aspecto, espera-se que o aluno discuta a importância do estudo e da educação no preparo dos 
jovens para o mundo do trabalho, além de colaborar para a sua formação como cidadãos. O aluno precisa explicar que o estudo formal, 
além de preparar o jovem para o mundo do trabalho, melhora sua autoestima e o afasta da trajetória do crime, já que ele, por ter uma 
perspectiva melhor de futuro (ou seja, passando a ter uma visão mais alargada da vida), não vai se arriscar na criminalidade. Cabe, aqui, 
também, que o aluno discuta a importância da educação para a formação do jovem como cidadão, tendo em vista que a escola (quando 
cumpre efetivamente o seu papel) vai transformar o aluno em um cidadão consciente do meio em que vive, plenamente capaz de cum-
prir seus deveres em sociedade, pois passará a ser conhecedor dos seus direitos.
 Relativamente ao quarto aspecto, espera-se que o aluno cite as principais ações que contribuem para desviar os jovens do 
caminho da criminalidade. Como exemplo, pode-se citar os projetos sociais levados a cabo pelas Polícias Militares, as palestras anti-
drogas, os cursos de teatro, os programas de cidadania e o incentivo à prática esportiva, que são bastante efetivos para ocupar os jovens 
e, assim, desviá-los da trajetória do crime. Além disso, pode-se também esclarecer que, do ponto de vista do Estado, o oferecimento de 
uma formação técnica que propicie a entrada mais rápida desses jovens no mercado de trabalho é uma forma de afastá-los da sedução 
da vida criminosa. Por fim, deve-se salientar que os governos estaduais podem colaborar por meio da criação de atividades esportivas 
para prevenir o crime e o uso de drogas entre os jovens.
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TEMA 2
Quais serão os efeitos de longo prazo da pandemia no mercado de trabalho dos países desenvolvidos após o término da 
crise imediata?
 Antes da pandemia, já havia muita discussão sobre as implicações da tecnologia para o futuro do trabalho. A mensagem era 
clara: o futuro do trabalho não é pré-determinado, cabe a nós moldá-lo. No entanto, esse futuro chegou mais cedo do que o previsto, 
pois muitos países, empresas e trabalhadores passaram a trabalhar remotamente para conter a transmissão da COVID-19, mudando dra-
maticamente a maneira como trabalhamos. As reuniões virtuais remotas agora são comuns e a atividade econômica aumentou em várias 
plataformas digitais.
 À medida que as restrições forem suspensas, uma pergunta que está na cabeça de todos é se isso se tornará o “novo normal”. 
Algumas grandes empresas das economias desenvolvidas já disseram que o que tem sido um piloto não planejado – o teletrabalho 
remoto – se tornará a maneira padrão de organizar o trabalho. Os trabalhadores não precisarão se deslocar novamente, a menos que 
optem por fazê-lo. Isso pode ser motivo de comemoração para as pessoas e o planeta. Mas a ideia do fim do escritório é certamente 
exagerada. A OIT estima que, em países de alta renda, 27% dos trabalhadores possam trabalhar de casa. Mas isso não significa que eles 
vão continuar trabalhando remotamente.
Quais são os benefícios e as desvantagens do trabalho remoto?
 A mudança para o trabalho remoto permitiu que muitas empresas continuassem operando e garantissem a saúde e a segurança 
de seus funcionários. Aqueles que puderam fazer a transição para o trabalho remoto durante a crise de saúde tiveram a oportunidade de 
compartilhar refeições com suas famílias. O trabalho tornou-se centrado no ser humano para acomodar a educação em casa e os cuida-
dos com crianças e idosos.
 No entanto, as linhas entre o tempo de trabalho e o tempo privado ficaram embaçadas para esses indivíduos, causando um 
aumento no estresse e na exposição a riscos para a saúde mental. Em meio a uma dramática desaceleração econômica causada pela 
pandemia e aumento das taxas de desemprego, existe a possibilidade de se promover mudanças na organização do trabalho, incluindo 
novos esquemas de compartilhamento que permitam flexibilidade e salvem empregos. Isso pode significar semanas de trabalho mais 
curtas ou acordos de compartilhamento de trabalho para evitar folgas em períodos com menos funcionários, ao mesmo tempo em que é 
reformulado o regime de expedientes para obter melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal no longo prazo.
 A transformação digital e a possibilidade de se envolver em trabalho remoto também foram acompanhadas de outros benefí-
cios. Apresentou a possibilidade de trabalhadores mais velhos e mais experientes prolongarem sua vida profissional de acordo com suas 
necessidades e proporcionou oportunidades de trabalho para aqueles em comunidades rurais. No entanto, para muitos outros, significou 
isolamento e uma perda de identidade e propósito. O valor social do trabalho e a dignidade e pertencimento derivada dele não podem 
ser substituídos por salas virtuais, por mais casuais que sejam.
Susan Hayter. Entrevista extraída de: https://nacoesunidas.org/como-a-covid-19-pode-mudar-o-futuro-do-trabalho 27/05/2020 (com adaptações).
Considerando que as informações precedentes têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo a respeito do seguinte tema:
TRABALHO E CORONAVÍRUS: HAVERÁ UM NOVO NORMAL APÓS A PANDEMIA?
Em seu texto, posicione-se, de forma clara e fundamentada, a respeito de como será moldado o novo mundo do trabalho após a pande-
mia da Covid-19 [valor: 3,50 pontos] e discuta as seguintes questões:
1 Como será possível adaptar as práticas de trabalho e colher benefícios dessa experiência com o trabalho remoto – para emprega-
dores e trabalhadores – sem perder o valor social e econômico do trabalho presencial? [valor: 12,50 pontos]
2 No caso de continuidade dos negócios presenciais, para aqueles que estão retornando ao seu local de trabalho, como será possível 
aliar a qualidade na prestação dos serviços à garantia de locais seguros e saudáveis tanto para os trabalhadores quanto para os 
clientes/usuários? [valor: 12,50 pontos]
https://nacoesunidas.org/como-a-covid-19-pode-mudar-o-futuro-do-trabalho 27/05/2020
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SUGESTÃO DE ABORDAGEM
 O aluno deve ser capaz de estruturaro seu texto em conformidade com os padrões gerais da tipologia textual dissertativa, res-
peitando os fatores de textualidade essenciais, com coesão e coerência. 
 Espera-se que o aluno manifeste, clara e objetivamente, o seu posicionamento a respeito da possibilidade de haver mudanças 
radicais nas formas de trabalho, mesmo após a pandemia do novo Coronavírus, tendo em vista que as pessoas estão se adaptando ao uso 
de tecnologias e ao trabalho remoto e podem se negar a voltar ao trabalho como se conhecia antes desse momento de crise sanitária.
 Em relação ao primeiro aspecto, o aluno deve comentar as possibilidades de adaptar as práticas de trabalho e colher benefícios 
dessa experiência com o trabalho remoto – para empregadores e trabalhadores – sem perder o valor social e econômico do trabalho pre-
sencial. Ou seja, ele deve mostrar que, a partir da pandemia, muitos profissionais tiveram de aderir ao home office integral, procurando 
adaptar seus lares para a execução de atividades profissionais e escapando do trânsito para ter mais tempo de aproveitar a família. Essa 
possibilidade de trabalhar em casa, com horários flexíveis, está totalmente alinhada com o desejo que as pessoas têm de mais liberdade 
e qualidade de vida no trabalho. Para as empresas, isso também é bastante vantajoso, pelo fato de que os trabalhadores se responsabi-
lizam pelas condições de trabalho, pelo cuidado com os novos ambientes em que atuam e ainda se mostram mais felizes e produtivos. 
Isso faz com que se chegue à conclusão de que, se agrada à empresa e ao trabalhador, a possibilidade de que essa situação perdure após 
a pandemia é bastante grande.
 No tocante ao segundo aspecto, o aluno precisa esclarecer os cuidados a serem tomados quando do retorno dos trabalhadores 
aos seus locais de trabalho, em que, concomitantemente à qualidade na prestação dos serviços, se alie a garantia de ambiente saudável 
e perfeitamente higienizado para os clientes e usuários de serviços. O aluno deve destacar, ainda, que o ambiente corporativo exigirá 
mais cuidado por parte dos gestores, independentemente do porte da empresa. E mais, mesmo em meio ao panorama atual da doença, é 
fundamental que a situação seja administrada sem pânico e com a circulação de informação responsável. Para isso, os gestores poderão 
promover palestras com especialistas, intensificar a comunicação interna em torno de medidas de prevenção e observar a importância 
de cuidados básicos com a saúde tanto de seus colaboradores quanto dos clientes. Por fim, pode-se salientar que os gestores terão de 
observar os cuidados diários mais simples, como providenciar produtos de limpeza e higiene com mais frequência; adquirir objetos de 
uso pessoal (talheres, pratos, copos e garrafas) descartáveis; manter os ambientes bem ventilados e evitar contato próximo a pessoas que 
apresentem sinais ou sintomas da doença.
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TEMA 3
 Em todos os espaços da sociedade sentimos a presença da tecnologia no dia a dia das pessoas, especialmente dos jovens. O 
avanço e o desenvolvimento acelerado da tecnologia têm mudado o mundo, em toda a parte a informática tornou-se um importante 
instrumento de trabalho e a vida virtualmente dirigida por aplicativos e redes sociais têm influenciado modos de comportamento e esti-
los de vida. Neste cenário a escola, enquanto instituição indispensável à socialização e formação de crianças e adolescentes tem sido 
pressionada a interagir com esse universo tecnológico em favor do ensino. É evidente que seu uso pode tornar a aprendizagem mais 
significativa e atraente, contudo a mera instrumentalização das escolas não é garantia de utilização efetiva no processo educativo.
 A tecnologia tem potencial transformador e em um contexto onde as conexões virtuais são responsáveis pela circulação em 
tempo real de um leque infinito de informações que pode efetivamente se transformar em caminhos para aprendizagem, o maior desafio 
é produzir conhecimento investindo no protagonismo de jovens cada vez mais antenados com as mudanças de seu tempo. Hoje em dia o 
domínio da tecnologia representa um dos principais meios de inserção social e em um ambiente escolar onde a aprendizagem contempla 
este aspecto da realidade, o conjunto de suas influências e as inter-relações que se estabelecem com os objetos de aprendizagem poten-
cializa o desenvolvimento das habilidades cognitivas. O processo educativo torna-se, desta maneira, mais amplo e dinâmico, resultando 
no rompimento com práticas pedagógicas fundamentadas na unilateralidade da relação professor-aluno e na mera transmissão de con-
teúdo das disciplinas do currículo; permitindo assim a democratização de espaços, o compartilhamento de saberes, a colaboração e a 
valorização da produção cultural e intelectual da comunidade.
Extraído de: https://www.infoescola.com/educacao/tecnologia-na-escola-e-no-ensino/. Acesso em 15/11/2020 (com adaptações). 
 O cenário contemporâneo apresenta para toda sociedade grandes desafios, e o principal deles diz respeito à qualidade da edu-
cação, com destaque para a presença das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no processo de ensino e de aprendizagem, 
que irão impactar e induzir mudanças no modelo pedagógico praticado na maioria das escolas. É uma necessidade premente discutir 
a educação brasileira frente à questão tecnológica (a relação entre tecnologia, trabalho e educação com base na realidade brasileira) e 
à formação para o trabalho e a sociedade. A educação brasileira contou com momentos de grande lucidez e possibilidades de avanço 
décadas atrás, quando, em 1882, Ruy Barbosa já fazia a proposta de uma educação universal e gratuita para todos caso o Brasil quisesse 
se tornar uma nação moderna.
Extraído de: http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/tecnologia-trabalho-e-educacao-insercoes-sociais-na-realidade-brasileira. Acesso em 15/11/2020 
(com adaptações). 
Considerando os fragmentos de textos acima como motivadores, redija um texto dissertativo, posicionando-se criticamente acerca do 
seguinte tema:
A FUNÇÃO DA ESCOLA NO MUNDO TECNOLÓGICO: MENOS ENSINO E MAIS APRENDIZAGEM
Ao elaborar o texto, discuta, de maneira crítica e fundamentada, os seguintes aspectos:
1 As mudanças ocasionadas no mundo do trabalho na contemporaneidade. [valor: 7,00 pontos]
2 A nova função da escola na sociedade contemporânea. [valor: 7,00 pontos]
3 Como a tecnologia passou a influenciar a transformação no ensino. [valor: 7,00 pontos]
4 Apresente estratégias para a implementação de uma educação tecnológica, que esteja voltada para a inclusão social. 
[valor: 8,00 pontos]
https://www.infoescola.com/educacao/tecnologia-na-escola-e-no-ensino/
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SUGESTÃO DE ABORDAGEM
 O aluno deve ser capaz de estruturar o seu texto em conformidade com os padrões gerais da tipologia textual dissertativa, res-
peitando os fatores de textualidade essenciais, com coesão e coerência. 
 Em relação ao primeiro aspecto, o aluno precisa discutir a influência da revolução informacional sobre o homem contemporâ-
neo, a qual tem como base o avanço das telecomunicações, das mídias e das novas tecnologias da informação. Ele deve realçar que uma 
característica importante dessa revolução é o papel central da informação na sociedade, já que as transformações ocorridas na sociedade 
atual impõem a todas as pessoas, sem restrição, uma competição ilimitada e, por causa disso, o homem “global” terá a obrigação de 
estudar durante toda a vida para se manter atualizado e continuar como membro da sociedade do conhecimento.
 Quanto ao segundo aspecto, o aluno poderá esclarecer que, com esse cenário contemporâneo de transformações econômicas, 
políticas, sociais e culturais, as instituições de ensino precisam rever a sua função nessa sociedadeque exige um trabalhador mais fle-
xível e polivalente, capaz de pensar e aprender ininterruptamente, para atender às mais diversas demandas de qualidade e quantidade. 
É exatamente por isso que a escola precisa desenvolver saberes e capacidades na busca de uma sintonia entre o conhecimento voltado 
para o mundo do trabalho e o saber voltado para o mundo das relações sociais.
 Na abordagem do terceiro aspecto, o aluno deve propor que a escola enfrente o mais rápido possível esses novos desafios, 
inclusive aderindo às chamadas tecnologias da informação e da comunicação (TICs), as quais estão cada dia mais presentes no mundo 
do trabalho. Ele pode, ainda, esclarecer a necessidade de as escolas inovarem, também, na apresentação de um currículo mais atraente 
e mais adaptado à nova realidade mundial, que combine as competências cognitivas e técnicas para oferecer oportunidades de experi-
ências aplicadas ao novo mundo do trabalho.
 No tocante ao quarto aspecto, espera-se que o aluno discuta a necessidade premente de as escolas se prepararem para insti-
tuir uma educação cada vez mais tecnológica, que cumpra a sua função de inserir o aluno no mundo do trabalho e, consequentemente, 
facilite a sua inclusão social deste. A educação para o futuro é aquela que tem como objetivo incentivar o desenvolvimento da capa-
cidade empreendedora dos alunos, incentivar a pesquisa e a inovação científico-tecnológica e suas respectivas aplicações no mundo 
do trabalho; desenvolver competências profissionais tecnológicas (gerais e específicas) para a gestão de processos e para produção de 
bens e serviços, além de procurar compreender e avaliar os impactos sociais, econômicos e ambientais resultantes da produção, gestão 
e incorporação de novas tecnologias no universo laboral.
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TEMA 4
 No final de abril de 2019, uma manchete estampou jornal de grande circulação no País, no caderno Economia: “5,5 milhões 
usam apps de transporte para trabalhar: desemprego e popularização do serviço impulsionam trabalho com as plataformas, mas relação 
dos trabalhadores com os aplicativos é sensível”. A mesma notícia indicava estatística apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística (IBGE), no sentido de que mais de quatro milhões de trabalhadores utilizam atualmente tais plataformas como fonte de 
renda. Longe de ser a única notícia com abordagem acerca do tema, o fato é que bem o resume – seja pela escolha de sua topografia 
(publicada no caderno Economia) seja pela escolha de seu abrangente título – toda a tônica das palavras da moda da “uberização” e da 
“economia GIG”, motivada pela promessa da queda do desemprego não cumprida e pela urgência da obtenção de renda sem burocracias 
e, em contrapartida, sem direitos.
 O quadro que se delineia é tão dicotômico quanto a complexa relação economia x trabalho. Se, inicialmente, a maioria das 
vozes dos pretensos titulares dos direitos trabalhistas (que não serão exercidos pela economia “uberizada”) prefere um ganho maior e 
mais rápido, abrindo mão da manutenção de garantias constitucionais, os efeitos que se seguem não caminham na mesma direção. A 
constatação acerca da ausência de cobertura nos períodos de doenças e acidentes de trabalho – cada vez mais recorrentes em virtude 
das extensas jornadas – bem como a ausência de qualquer garantia em caso de desemprego, recaem como “elementos surpresa” para os 
trabalhadores “uberizados”.
Extraído de https://www.editorajc.com.br/uberizacao-liberdade-economica-e-escolhas-inconscientes/. Acesso em 6/08/2019. Com adaptações.
 Essa é a nova denominação do trabalhador do futuro – GIG. O trabalhador “on demand”, da chamada “economia de gratifica-
ção instantânea”, que recebe de acordo com a entrega. Também conhecida como “Freelance Economy” ou “Economia sob demanda” – é 
o ambiente de trabalho que compreende, de um lado, os trabalhadores temporários e sem vínculo empregatício (freelancers, autônomos) 
e, de outro, empresas que contratam esses trabalhadores independentes para serviços pontuais e isentos de regras, mas também de direi-
tos. O termo não é novo, mas se tornou tendência mundial na era digital, impulsionado por empresas como Uber, Airbnb e Amazon.
 Esse novo trabalhador GIG trabalhará por projetos pontuais grandes ou pequenos, locais ou remotos, de curta, média ou longa 
duração, isoladamente ou em times e administrará seu tempo, que estará diretamente ligado à sua capacidade de entrega, de desempe-
nho, de competência e, claro, ao desejo de gerar maiores ganhos financeiros. Na Economia GIG, não veremos qualquer tipo de benefício 
ou direito trabalhista: terminado o “objeto do contrato”, a relação chega ao fim.
Extraído de http://www.p4pro.com.br/economia-gig-e-o-novo-mundo-do-trabalho/. Acesso em março de 2020. Com adaptações.
Considerando os fragmentos como motivadores, redija um texto dissertativo, posicionando-se sobre essa temática [valor: 3,00 pontos] 
e discutindo, de maneira fundamentada,
 
• as transformações positivas que vêm acontecendo nesse novo mundo do trabalho. [valor: 9,00 pontos]
• as mudanças que surgem do ponto de vista negativo e como lidar com elas. [valor: 9,00 pontos]
• o que se pode esperar, em um futuro próximo, desse novo mundo do trabalho: que intervenções seriam necessárias para se alcançar 
a justa medida? [valor: 8,00 pontos]
https://www.editorajc.com.br/uberizacao-liberdade-economica-e-escolhas-inconscientes/
http://www.p4pro.com.br/economia-gig-e-o-novo-mundo-do-trabalho/
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SUGESTÃO DE ABORDAGEM
 O aluno deve ser capaz de estruturar o seu texto em conformidade com os padrões gerais da tipologia textual dissertativa, res-
peitando os fatores de textualidade essenciais, com coesão e coerência. 
 Espera-se que o aluno manifeste, clara e objetivamente, o seu posicionamento a respeito da “Economia GIG”, também conhe-
cida como “economia freelancer”, que é um ambiente o qual compreende tanto trabalhadores temporários e sem vínculos empregatícios 
quanto empresas que contratam esses trabalhadores para realizar tarefas pontuais, incluindo-se, aqui, os entregadores das empresas de 
serviços por aplicativos.
 Quanto ao primeiro aspecto, o aluno deve evidenciar que esse tipo de trabalho acarreta benefícios para quem o utiliza, por 
causa da rapidez, eficiência e, principalmente, economia obtidas. Já as empresas economizam recursos em termos de espaço para escri-
tório, treinamento e tecnologia, além de poderem contratar especialistas para projetos específicos temporariamente, sem necessitar 
alocar uma grande equipe para isso. Para quem trabalha como freelancer, essa modalidade de serviço pode melhorar o equilíbrio entre 
vida profissional e pessoal, pelo fato de que podem escolher o tipo de trabalho que querem realizar, a carga horária de trabalho e quanto 
irão ganhar.
 Em relação ao segundo aspecto, o aluno precisa mostrar que essa nova forma de trabalho também apresenta inconvenientes e 
desvantagens: primeiro, devido ao conflito nas relações econômicas tradicionais entre trabalhadores, empresas e clientes. Além disso, 
pelo fato de as empresas verem esses trabalhadores como “prestadores terceiros independentes”, elas não querem se responsabilizar por 
danos causados a eles ou a seus veículos, tampouco por problemas encontrados durante o serviço. Por fim, esse modelo de contratação 
pode trazer prejuízos ao funcionário no tocante à redução das obrigações trabalhistas (que se configura como boa alternativa para as 
empresas, mas gera insegurança para o trabalhador).
 Relativamente ao terceiro aspecto, espera-se que o aluno apresente, de maneira crítica, o que o futuro reserva para esse novo 
estilo de trabalho e que intervenções devem ser realizadas para se alcançar a justa medida. Nesse caso, o aluno precisaespecificar os 
direitos que devem ser assegurados aos trabalhadores, como contratação de seguros de vida e de cobertura de danos em seu benefício, 
alimentação, água potável e espaço seguro para descanso durante as horas de trabalho, equipamentos de proteção individual (EPI) gra-
tuitos, além de outros benefícios, que alguns Deputados já estão tratando de lhes garantir.
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TEMA 5
 A nossa Constituição traz a garantia da liberdade de pensamento, expressão e/ou manifestação expressamente: o inciso IV do 
artigo 5º afirma que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato” – já trazendo o primeiro limite à tal liberdade, 
que é o anonimato –, e, continua, no inciso IX, que garante ser “livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comu-
nicação, independentemente de censura ou licença”.
 Já tratamos, nesta coluna, sobre a liberdade de expressão no âmbito do Facebook, quando esta rede social apagou posts que 
não correspondiam às políticas da empresa. Mas nessa ocasião discutimos a legitimidade de uma empresa privada de censurar cidadãos 
– algo que, como vimos acima, a própria Constituição proíbe – seja a censura pelo Estado, seja por agentes privados. Hoje, queremos 
trazer a discussão para o nível pessoal e continuar o debate sobre a possibilidade de limitação à liberdade de expressão em favor de 
outros direitos. Para começar, sempre repetimos o jargão “o seu direito termina quando começa o direito do outro”, porque acreditamos 
ser um bom parâmetro. E quais direitos, nestes casos, estão em jogo? Se, de um lado, temos a liberdade de expressão, do outro podemos 
ter a dignidade da pessoa humana, o direito à vida privada, à imagem e à honra. Com essa contraposição fica mais fácil perceber que a 
liberdade de expressão, apesar de fundamental e importantíssima como meio de garantia e desenvolvimento da nossa democracia, não 
pode ser utilizada como desculpa para prática de crimes e atividades ilícitas – como é o caso dos discursos que incitam a violência contra 
a mulher, dos discursos de ódio contra minorias, da difamação, calúnia e injúria e até discursos de incentivo ao terrorismo.
Internet: https://www.migalhas.com.br/coluna/constituicao-na-escola/287487/liberdade-de-expressao-em-tempos-de-internet. Acesso em outubro de 
2020. Com adaptações.
 “Desprezo o que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito a dizê-lo.” É com essa afirmação atribuída a Voltaire, filósofo 
do iluminismo francês, que Nigel Warburton principia o seu ensaio sobre liberdade de expressão. A liberdade de expressão — entendida 
em sentido amplo, em que se incluem a palavra escrita, as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas, entre 
outros — é um direito consagrado no artigo 19º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948. A liberdade de expressão 
é particularmente valiosa em uma sociedade democrática, ao ponto de haver quem sustente que, na ausência de uma ampla liberdade 
de expressão, nenhum governo seria de todo legítimo e não deveria ser denominado democrático. Essa é a perspectiva defendida por 
Ronald Dworkin, para quem “A livre expressão é uma das condições de um governo legítimo. As leis e políticas não são legítimas a 
menos que tenham sido adotadas por meio de um processo democrático, e um processo não é democrático se o governo impediu alguém 
de exprimir as suas convicções acerca de quais devem ser essas leis e políticas”. Desde os alvores da democracia ateniense, são sobeja-
mente conhecidas as suas relações com a argumentação e a retórica. Porém, tal como a retórica e a argumentação podem ser postas ao 
serviço da mentira e da manipulação, também em relação à liberdade de expressão se coloca a questão dos seus limites.
Internet: https://agora-m.blogs.sapo.pt/. Acesso em outubro de 2020. Com adaptações.
Considerando que os fragmentos de texto precedentes têm caráter motivador, redija um texto dissertativo, posicionando-se sobre o 
seguinte tema:
A LIBERDADE DE EXPRESSÃO SOB A PERSPECTIVA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
Ao elaborar seu texto, discuta, necessária e fundamentadamente, os seguintes aspectos:
1 O tênue limiar entre a liberdade de expressão e a disseminação de discursos de ódio. [valor: 9,50 pontos]
2 Liberdade de expressão em tempos de revolução digital. [valor: 9,50 pontos]
3 Como é possível fazer com que a liberdade de expressão coexista com outros direitos? [valor: 9,50 pontos]
https://www.migalhas.com.br/coluna/constituicao-na-escola/287487/liberdade-de-expressao-em-tempos-de-internet
https://agora-m.blogs.sapo.pt/
BASEADO NO FORMATO DE PROVA APLICADO PELA BANCA CEBRASPE
SUGESTÃO DE ABORDAGEM
 O aluno precisa ser capaz de estruturar o seu texto em conformidade com os padrões gerais da tipologia textual dissertativa, 
respeitando os fatores de textualidade essenciais, com coesão e coerência.
 Espera-se que, no primeiro aspecto, seja realizada no texto uma discussão a respeito do fato de que a sociedade contempo-
rânea está, a cada dia, mais impulsionada pela interconexão de ideias, a qual, por sua vez, está intimamente relacionada ao conceito 
de liberdade de expressão. Entretanto, se as mídias sociais são propícias para a propagação de ideologias, conhecimentos e opiniões, 
também podem servir de meio para disseminação de conflitos sociais e manifestações de ódio, fazendo emergir a necessidade de restri-
ções em prol da manutenção e respeito ao estado democrático e das garantias fundamentais dispostas na Constituição Federal.
 Quanto ao segundo aspecto, o aluno deve explicar o conceito de liberdade de expressão, relacionada à exposição de ideias e 
opiniões – opinião de um cidadão, a ideologia de um político, a investigação de um jornalista –, além de garantir o acesso à informa-
ção a partir de diferentes e variadas fontes em um ambiente democrático, que preserve as liberdades pessoais e de imprensa. A seguir, 
o aluno precisa discutir o direito à liberdade de expressão em tempos de revolução digital, quando as pessoas, simplesmente por terem 
assinaturas em redes sociais e por acreditarem que estão protegidas pelo anonimato, demonstram opiniões preconceituosas, racistas, 
homofóbicas e que incitam ao ódio e à violência. O aluno necessariamente terá de explicar que, se de um lado existe a liberdade de 
expressão, do outro há a dignidade da pessoa humana, o direito à vida privada, à imagem e à honra. Portanto, a liberdade de expressão, 
apesar de fundamental como meio de garantia e desenvolvimento da democracia, não pode ser utilizada como desculpa para a prática 
de crimes e de atividades ilícitas.
 Concernente ao terceiro aspecto, espera-se que o aluno esclareça como é possível que a liberdade de expressão coexista com 
outros direitos, argumentando que ela deve ser usada de modo racional e equilibrado e deve ser, portanto, revestida de ética e moral, 
de modo a evitar que sejam ocasionados possíveis prejuízos a outrem. Na prática da vida, sempre haverá conflitos na seara de direitos 
fundamentais, mas o que não se pode é, de imediato, dar prevalência a um direito e deixar o outro a descoberto.
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