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Bioética
Bio (vida) + Ética (conduta moral) = Bioética 
Ética voltada para questões como: aborto, eutanásia, transplante, animais, meio ambiente e etc. É uma ética pratica, que trata de casos particulares dentro de realizações praticas. 
História 
Em 1927, foi publicado um artigo onde pela primeira vez, se utilizava a palavra bioética (bio + ethik), pelo teólogo Fritz Jahr. Ele caracterizou a bioética, como sendo o reconhecimento de obrigações éticas, com vidas humanas e todos os seres vivos. Respeitando todo ser vivo essencialmente como um fim em si mesmo e trata-o, se possível, como tal.
E em 1970, Van Rensselaer Potter, propôs que a finalidade da bioética é auxiliar a humanidade no sentido de participação racional, porém cautelosa no processo da evolução biológica e cultural. Bioética é a combinação de conhecimentos biológicos e valores humanos. Acreditando em uma construção de ponte para o futuro, através do diálogo entre ciência e humanidade. 
IMPORTÂNCIA, DEFINIÇÃO e temas
A Bioética é uma área de estudo interdisciplinar que envolve a Ética e a Biologia, fundamentando os princípios éticos que regem a vida quando essa é colocada em risco pela Medicina ou pelas ciências. A importância social da Bioética centra-se, justamente, no fato de que ela procura evitar que a vida seja afetada ou que alguns tipos de vida sejam considerados inferiores a outros. 
A Bioética trata de temas muito delicados, muitas vezes considerados tabus. Há uma dificuldade de estabelecimento de proposições únicas e últimas, pois existem, ao menos, três grandes áreas do conhecimento que envolvem a Bioética e porque, enquanto ciência, ela não pode se submeter à moral religiosa, que pode ser um obstáculo forte em questões relativas à vida, principalmente a humana. Alguns temas tratados:
· Médico e paciente x Cientista e Cobaia
· Eutanásia e suicídio assistido
· Aborto
· Utilização de células-tronco
· Direitos dos animais 
Princípios da Bioética
A utilização de “princípios” como forma de reflexão corresponde a uma abordagem clássica e bastante utilizada em Bioética.
O principialismo começa com o Relatório Belomnt, onde após os escândalos causados pelos experimentos na segunda guerra mundial, utilizou como referencial para as suas considerações éticas três princípios básicos: a Autonomia (respeito às pessoas); Beneficência e Justiça.
O filósofo americano Tom Beauchamp, que havia participado da Comissão que elaborou o relatório Belmont, e o teólogo James Chidress, publicaram em 1978 seu livro, Principles of Biomedical Ethics, adicionando a Não-Maleficência, que é compreendida pelos autores como tão relevante quanto a Beneficência – e não apenas seu oposto. 
Para eles, os quatro princípios são prima facie, ou seja, têm a mesma importância hierárquica entre si.
PRINCÍPIO DA Autonomia 
Se refere ao respeito da dignidade humana, onde certifica que a pessoa tenha seu direito de livre-arbítrio, de decisão a própria vida, garantido. Onde os serviços e profissionais de saúde devem respeitar à vontade, os valores morais e as crenças, a historicidade, os comportamentos de cada pessoa ou, em caso de ausência de sua consciência, de seu representante legal. Qualquer forma e imposição tornada ditatorial, é respondido por agressão à intimidade do ser humano. Nesse principio o respeito á pessoa, é o ponto central. 
Exige do profissional
Respeito à vontade, crenças, valores morais do sujeito, do paciente, e reconhecendo o domínio do paciente sobre sua vida e o respeito à sua intimidade. 
Exige do pesquisador
Termo de consentimento livre e esclarecido
Circunstâncias especiais 
Incapacidade: de crianças, adolescentes ou adultos, por diminuição da capacidade de raciocínio e decisão, e nas patologias neurológicas e psiquiátricas severas.
Situações de urgência: quando se necessita agir e não se pode obter o consentimento
Doenças compulsórias
Risco grave para a saúde de outras pessoas: obrigação de informar mesmo sem autorização do paciente.
Principio da Não-Maleficência 
Nesse princípio, se tem a obrigação de não infligir dano intencional, como: evitar intervenções que desrespeitem a dignidade humana; se a pessoa já apresenta dores e um estado complicado, é sensato que se evite ao máximo trazer mais dano, seja físico ou psicológico.
Exige do pesquisador
Assegurar que sejam minorados ou evitado danos físicos e emocionais aos sujeitos da pesquisa ou pacientes. Esses riscos são as possibilidades de danos de dimensão física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou espiritual do ser humano, em qualquer fase de uma pesquisa e dela decorrente. Dano associado ou decorrente da pesquisa é o agravo imediato ou tardio, ao indivíduo ou à coletividade, com nexo causal comprovado, direto ou indireto, decorrente do estudo científico.
Principio da Beneficência 
Nesse princípio, se assegura o compromisso em fazer o bem. Reconhecimento do bem supremo que é a vida humana e do reconhecimento de sua dignidade, que transcende seus aspectos materiais, qualquer que seja a situação biológica econômica ou cultural em que o indivíduo se encontre. Evitar submeter o paciente a intervenções cujo sofrimento resultante seja muito maior do que o benefício eventualmente conseguido. Assegura o bem-estar das pessoas, evitando danos e garantindo que sejam atendidos seus interesses. 
Princípio da Justiça
Nesse princípio, se garante a distribuição universal e justa dos serviços e bens, de forma equitativa e igualitária, devendo avaliar quem necessita mais e preceder a atenção. Não seria ética uma decisão que levasse um dos personagens envolvidos (profissional ou paciente) a se prejudicar.
Conflitos nos princípios:
Nem sempre o paciente tem condições de avaliar qual o melhor tratamento para ele. Poderá ocorrer de ele se recusar a tomar os remédios. Contudo, nesse caso, o profissional não pode alegar que “o paciente é adulto, sua autonomia deve ser respeitada e por isso ele faz o que ele quiser”. Ao contrário, o profissional, deverá se esforçar ao máximo para explicar ao paciente a importância

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