Formação da imagem radiográfica

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@_Isanogueira 
21/04/2021 
IMAGINOLOGIA 
Formação da imagem 
radiográfica 
Imagem latente 
Conjunto de cristais modificados/ionizados e não 
modificados/não ionizado pelo raio X, depois da 
radiografia ter sido finalizada. Ou seja, é a 
imagem do dente que já foi formada, mas ainda 
não é possível visualiza-la, só vai se tornar visível 
depois do processamento radiográfico. 
Processamento radiográfico 
É transformar aquela imagem latente (invisível) 
em uma imagem visível. 
1. Mergulhar a película radiográfica no 
revelador. O revelador vai possuir uma 
substancia (carbonato de sódio) que vai 
amolecer e expandir a gelatina para os 
cristais de brometo de prata (só os que 
foram ionizados) ficarem expostos. Ele vai 
converter esses cristais de brometo de 
prata em grãos sólidos de prata metálica 
pura (cor preta – radiolúcido, pois a 
estrutura que foi atravessada permitiu a 
passagem da radiação X). Deixar no 
máximo 40 segundos, se deixar muito 
tempo a radiografia vai ficar toda preta. 
2. Fazer uma lavagem intermediária com 
água. Remove o excesso de revelador e 
tem a função de interromper o processo 
de revelação. Deixar por volta de 10 a 20 
segundos. 
3. Colocar a película lavada no fixador. Ele 
vai atuar sobre os cristais que não foram 
expostos e não foram modificados pela 
energia dos raios x, ou seja, ele remove os 
cristais de emulsão (brometo de prata) 
que não foram ionizados pela radiação, 
para a imagem ficar estável; ele também 
contrai e endurece a gelatina. Deixar no 
máximo 5 minutos, se deixar muito 
tempo, a radiografia vai toda se dissolver. 
4. Lavagem final. Lavar com fluxo de água 
corrente em torno 1 a 2 minutos, para 
fazer a remoção dos resíduos de fixador, 
se não fizer esse processo, com os dias a 
radiografia vai ficando amarelada. 
5. Secagem. Remove toda a umidade da 
superfície do filme. 
 
 
Radiopaco – cor branca, é quando o corpo 
absorve a radiação e os cristais não vão ser 
ionizados. 
Radiolucido – cor preta, é quando o corpo deixa a 
radiação passar e os cristais vão ser ionizados e 
transformados em prata metálica. 
Obs: a cárie dentária deixa passar a radiação, 
sendo ela radiolucido. 
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IMAGINOLOGIA 
Em qual local deve ser realizado o 
processamento? 
Câmara escura portátil 
 Caixa opaca 
 Possui dois manguitos elásticos 
 Três/quatro recipientes (revelador, água, 
fixador e água) 
 
Montagem radiográfica 
Seriografia – são radiografias periapicais da boca 
inteira. 
 Incisivos e caninos: radiografia com longo 
eixo na vertical (em pé). 
 Pré-molares e molares: radiografia com 
longo eixo na horizontal (deitado). 
 A padronização do picote sempre vai estar 
voltado para a porção oculsal/incisal, ou 
seja, vai estar na coroa dos dentes. 
 Sempre expor a película pela parte ativa 
do picote, ou seja, parte convexa. 
 Posicionamento espelhado: lado direito 
da imagem = lado esquerdo do paciente. 
 
 
 Cartelas radiográficas 
 
 
Fatores que influemciam 
na qualidade das imagens 
radiográficas 
Radiografia ideal 
 Densidade média 
 Contraste médio 
 Máxima nitidez 
 Mínima distorção 
 Ausência de ruído 
Densidade média 
É o grau de escurecimento da imagem, (que vai 
depender da quantidade de radiação que saiu do 
aparelho; quantidade de radiação que atravessou 
o corpo; da quantidade de cristais que foram 
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IMAGINOLOGIA 
sensibilizados; da quantidade de cristais que 
foram reduzidos em prata metálica). Quando a 
imagem é muito escura quer dizer que tem uma 
alta densidade, e no contrário, quando a imagem 
está muito clara, quer dizer que tem uma baixa 
densidade. O correto para um diagnóstico é a 
imagem ter uma densidade média. 
O que vai influenciar para que a imagem seja 
mais escura e menos escura? 
 Vai depender da quantidade de radiação 
que chega até o filme. 
 Depende também da quantidade de prata 
precipitada na película após o 
processamento, ou seja, vai depender se o 
corpo vai absorver ou não a radiação X; 
vai deixar passar ou não essa radiação X 
até a película que pode ser ionizada ou 
não. 
 Tudo o que fizer para aumentar a 
quantidade de radiação X produzida, vai 
aumentar a densidade da imagem 
Possui alguns fatores que influenciam na 
densidade, como: 
Fator energético 
 Miliamperagem 
circuito/corrente que aquece o filamento de 
tungstênio. Quanto maior a miliamperagem do 
aparelho de raio x, vai produzir mais nuvens de 
elétrons, formando uma maior 
densidade/escurecimento da imagem 
radiográfica. Ou seja, com o aumento dos 
elétrons a imagem vai ficar mais densa. E 
quando tem uma miliamperagem baixa, vai 
produzir poucas nuvens de elétrons e formar uma 
menor densidade/ clareamento da imagem 
radiográfica, ou seja, com a diminuição dos 
elétrons a imagem vai ficar menos densa. 
 
 Tempo de exposição 
com o aumento da quantidade de tempo da 
radiação que está sendo produzida, mais raio X 
vai chegar na película, deixando a imagem mais 
densa/escura. E com a diminuição do tempo, a 
imagem vai ficar menos densa/clara. 
 Quilovoltagem 
É responsável pelo aceleramento dos elétrons, é 
o que cria aquela diferença de potencial; regula o 
poder de penetração do feixe de raios X; 
determina a qualidade do feixe. 
Quanto mais energético o feixe de radiação, mais 
fácil ele atravessa as estruturas, formando uma 
imagem mais densa/escura. 
Quanto menos energético o feixe de radiação, 
mais difícil vai ser de atravessar as estruturas, 
formando uma imagem menos densa/clara. 
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IMAGINOLOGIA 
Fator objeto 
É o próprio corpo que vai determinar se a 
imagem vai ficar radiolucida ou radiopaca, ou 
seja, se um corpo possuir uma densidade física, 
uma espessura ou um número atômico muito 
grande, esse corpo vai absorver com mais 
facilidade a radiação X, formando a imagem 
menos densa/clara/radiopaca. 
 Densidade física 
Quanto maior a densidade física do objeto, maior 
vai absorver radiação, menos cristais vão ser 
sensibilizados, o corpo vai ser pouco densa, ou 
seja, densidade física alta, a densidade da 
imagem vai ser baixa e densidade física baixa, a 
densidade da imagem vai ser alta. 
Cor de algumas estruturas: 
 
 Espessura 
É a mesma lógica da densidade física. Quando um 
corpo possui maior espessura, a densidade da 
imagem vais ser baixa (o corpo vai absorver mais 
energia, os cristais não vão ser sensibilizados e 
pouca radiação X vai chegar na película) e 
quando o corpo possui menor espessura, a 
densidade da imagem vai ser alta (isso acontece 
porque o corpo vai deixar passar mais radiação, 
os cristais vão se sensibilizar e vai chegar mais 
radiação X na película). 
Fator geométrico 
Está relacionado a distância entre a fonte do raio 
X, o corpo e o filme radiográfico. 
Quanto maior essa distância, menos radiação 
chega no filme e a densidade da imagem fica 
mais baixa/clara. 
Quanto menor essa distância, mais radiação 
chega no filme e a densidade da imagem fica 
mais alta/escura. 
Fator filme 
 Sensibilidade do filme 
É a capacidade do filme radiográfico formar uma 
imagem boa, com pouca radiação. 
Filme sensível – pouca intensidade de radiação. 
Filme que não é sensível – muita intensidade de 
radiação. 
Ex: se colocar a mesma intensidade de radiação 
nos dois filmes, qual filme vai ser mais denso? 
Filme sensível. 
Fator processamento 
 Temperatura 
Quanto mais quente está o ambiente/revelador, 
menos tempo a película precisa ficar imersa no 
revelador. 
Quanto mais frio, mais tempo a película vai 
precisar ficar imersa no revelador. 
 Tempo 
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IMAGINOLOGIA 
Quanto mais tempo passar no revelador, mais 
densa a imagem vai ser. 
Quanto menos tempo, menos densa a imagem 
vai ser. 
 Concentração 
Quantomaior concentração, maior a densidade 
da imagem. 
Quanto menos concentração, menor a densidade 
da imagem. 
Véu ou fog 
Velamento (quando a radiografia fica toda preta) 
ou queima do filme, os principais fatores que vai 
influenciar: exposição a luz; excesso de exposição 
aos raios X; armazenamento/processamento do 
filme em altas temperaturas; filme fora da 
validade; super revelação; radiação secundaria. 
Radiação primária: é aquela radiação que sai do 
tubo de raio X. 
Radiação secundária: é a que interage com um 
corpo, onde o feixe inicial da radiação muda de 
trajetória, essa radiação é muito importante que 
seja evitada, porque ela vai sensibilizar 
novamente o filme e deixar a imagem mais 
escura. 
Como evitar: filtro de alumínio (vai barrar os raios 
X moles); colimador de chumbo (diminui a área 
do paciente que vai ser irradiado); lâmina de 
chumbo (absorve toda a radiação retrógada e não 
vela a imagem); validade do filme; e depois que o 
filme for aberto tem que armazenar em um 
ambiente refrigerado. 
Contraste médio 
São as alterações de densidade dentro da 
imagem, ou seja, são os tons de preto, branco e 
cinza que a imagem possui. 
 
Escala curta de cinza ou alto contraste: pouco 
cinza, mais preto. 
Escala alta de cinza ou baixo contraste: muito 
cinza, pouco preto. 
O contraste ideal para o diagnóstico é o médio. 
Fator energético 
O que vai alterar o contraste das imagens 
radiográficas é a energia desse feixe, ou seja, a 
quilovoltagem (kVp). Quanto maior a 
quilovoltagem, mais energético o feixe de raio X 
vai ser, e se ele for muito energético, ele 
consegue penetrar com mais facilidade nas 
estruturas opacas a luz, formando uma imagem 
mais densa e um contraste mais baixo. E quanto 
menor quilovoltagem, menos energético vai ser, 
vai ser mais difícil de atravessar as estruturas, 
formando uma imagem menos densa e de alto 
contraste. 
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IMAGINOLOGIA 
 
Fator objeto 
Se o objeto tiver um contraste muito grande, a 
imagem vai ser mais contrastada. E se o objeto 
tiver um contraste pequeno, a imagem também 
vai ser menos contrastada. 
Véu ou fog 
O velamento quer dizer a ausência de contraste, 
ou seja, a presença do véu reduz o contraste. 
Máxima nitidez 
Nitidez – é a capacidade da imagem em 
reproduzir os pequenos detalhes do objeto 
Movimentação 
Durante a execução da técnica radiográfica, a 
movimentação do paciente, do filme e do 
cabeçote pode interferir na nitidez do filme, ou 
seja, tudo tem que estar imóvel na hora do 
procedimento. 
Fator geométrico 
 Distancia foco – objeto 
Quanto maior a distância entre a fonte de raio X e 
o objeto, a imagem se torna mais nítida. 
E quanto menor a distância entre o objeto e o 
filme, a imagem se torna mais nítida. 
Ou seja, para ter uma imagem nítida, a distância 
entre a fonte de raio X e o filme tem q ser grande. 
E a distância entre o dente e o filme tem que ser 
pequena. 
Mínima distorção 
 Fator geométrico 
Relação feixe de raios X com objeto e filme. 
Para a imagem não distorcer, o feixe de raio X 
central tem que incidir perpendicularmente ao 
dente e ao filme, mas só consegue atingir se o 
dente e o filme estiverem paralelos entre si. 
Técnica da bissetriz 
Ausência de ruído 
Ruido – nome técnico para alterações de 
densidade na imagem. Essas alterações podem 
ser do tipo: artefato e mosqueado. 
 Artefato: são alterações devido as 
manipulações no momento do 
processamento radiográfico (ex: não 
esperar secar completamente e tacar o 
dedo, arranhar com a unha; dobrar o 
filme dentro do revelador). 
 
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IMAGINOLOGIA 
 Mosqueado: é o próprio ruido do filme 
radiográfico, é quando o filme está 
conservado em temperaturas erradas ou 
o filme está próximo a validade, os cristais 
se degradam e formam pontos escuros. 
 
OBS: Qualquer variação nas etapas de obtenção 
da imagem radiográfica terá repercussão no 
resultado final.